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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 18 de abril de 2024
 

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Mensagem: Duas pandemias Manoel Hygino A espanhola mais conhecida no Brasil é uma gripe. Dela se guardam dolorosas lembranças, embora não existam sobreviventes. Enfim, são passados cem anos, um pouco mais. Ela desembarcou aqui em outubro de 1918, por um militar que servia no Rio de Janeiro e, transferindo-se para cá, começou a contaminar a cidade. Belo Horizonte tinha, pois, 21 anos, era a prendada filha da República, uma capital construída para sede do governo de Minas, sucedendo Ouro Preto, julgada já inapta para abrigar a administração pública. No lugar de Curral Del-Rei, exigia-se uma metrópole na verdadeira acepção da palavra. Sonhava-se uma urbe moderna, bonita, limpa, arejada, e o nome dizia muito – Belo Horizonte. Mas se pretendia mais: que ela oferecesse a seus habitantes condições efetivas de salubridade, para que vivessem bem e sãos. Tudo se fizera para que assim fosse. Até que, naquela segunda década do século XX, a perigosa moléstia, que ligava seu nome à nação ibérica, por aqui desembarcou num vagão para passageiros, na estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, tão intimamente entranhada na história do lugar que também fora denominado Cidade de Minas – coisas e fatos pretéritos, que não devem ser esquecidas. A doença entrou pela porta da frente, isso é, pela praça que se batizou com o nome de Rui Barbosa, o herói da campanha civilista à Presidência da República e que fez questão de vir conhecê-la. Aí, então, apareceu a ibérica, que depois se demonstraria que não era da península europeia. Foi um Deus nos acuda em todos os setores da vida cotidiana, como comentam os escritores da época e, agora, focalizam novos autores atuantes no campo das letras e da medicina. O médico Pedro Salles, colega de Juscelino na Faculdade de Medicina, discorre a respeito. Mario Lara, jornalista, faz o mesmo em espaço próprio de sua ampla biografia de Cícero Pereira, um dos paladinos pela saúde e a vida por aqui. A professora Anny Jackeline Torres Silveira, mestre em História pela UFMG e doutora pela UEMG, envereda pelo tema e nele se aprofunda em “A Influenza Espanhola e a cidade planejada”, apresentando-nos como foi e como a cidade enfrentou seus problemas. Quando a moléstia aqui chegou, no século passado, a única instituição hospitalar era a Santa Casa de Belo Horizonte, fundada em 1899, que construía paulatinamente suas unidades de atendimento. Tudo dificílimo, mas a gente necessitada foi atendida, como o fez a Faculdade de Medicina, que interrompeu aulas para oferecer assistência em suas salas. Para atender à demanda, o número de leitos do Hospital Central cresceu para 1.220 leitos, dos quais, 692 para o Hospital Universitário.

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