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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 28 de abril de 2024
 

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Mensagem: O adeus de um digno Manoel Hygino No sábado, dia 23 de outubro, foi sepultado em Montes Claros, cidade que muito estimava e por cujas causas mais legítimas se batia, o empresário Lúcio Marcos Bemquerer, nascido em Grão Mogol, em que voltara a viver. Ali, durante aproximadamente um ano, quase dois, esperou que a boa sorte o livrasse dos problemas neurológicos que o acometiam. Foi um demorado período recolhido à Santa Casa local até que, no dia 22, empreendeu-lhe a viagem de volta. Aprisionada a população pelas sucessivas tempestades ou suas ameaças, chegando fim de semana, resignou-se a partir com o silêncio que os mortos e homens de bem e dignos merecem. Empresário de ampla visão dos desafios de nosso tempo, atualizado com as novas perspectivas - boas ou más - que esperavam os mineiros e os brasileiros, Lúcio participou intensivamente de todas as campanhas e iniciativas que visassem o Norte do estado e sua população. Um dos primeiros da região a formar-se em Economia, na época em que a profissão era ainda vista como um luxo ou capricho. Lúcio Bemquerer demonstrou a seriedade de seus propósitos e a expectativa de êxito em programas que beneficiassem o sertão mineiro e sua gente, como o fez como Presidente da Associação Comercial e Industrial de Minas, inclusive participando de memorável campanha em favor da Santa Casa da capital. Representante dos sócios minoritários da Petrobrás por extenso período, demonstrou estar afinado com os anseios da nação. Dele, escreveu o jornalista Paulo Narciso, logo após o infausto evento: “Sua vida, exemplar, exibirá para sempre o selo da correção, da gentileza incomum, e dos objetivos superiores - até os momentos finais e conclusivos. De Lúcio ainda se dirá que o nosso destino comum transitou por suas mãos, honradas e diligentes”. Assim foi. Por fim, na singela e tocante cerimônia de despedida, no meio da tarde pós-tempestade, recordou-se frase do poeta persa, que adverte de que o tambor tocou diferente. Foi deste modo: “Ouviram os que puderam ouvir, na tarde calma e leve, depois do vendável”. A perda de um cidadão correto e sempre disponível para as melhores causas do homem e da sociedade, em época de tantos trapalhões e corruptos, constitui um signo de que dias piores poderiam sobrevir. Esperemos que não aconteça, porque a mensagem do ilustre mineiro está no presépio Mãos de Deus, com personagem em tamanho natural, que ele mandou confeccionar para sua cidade natal, mas é um símbolo de esperança quando se aproxima a comemoração do nascimento de Jesus, em Nazaré.

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