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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 1 de julho de 2024

No último pregão do mês, dólar fechou em alta de 2,46%, a 5,58 reais; é o maior valor desde janeiro de 2022

Sexta 28/06/24 - 18h22

Nesta sexta-feira (28/6), o dólar fechou em alta de 1,46%, alcançando R$ 5,588, o maior valor desde janeiro de 2022.

O aumento, no último pregão do mês, é atribuído às incertezas internas sobre as contas públicas e a dificuldade do governo de chegar ao equilíbrio fiscal através do corte de gastos em vez de aumento de impostos.

A definição da taxa Ptax, que serve de referência para contratos futuros, influenciou o movimento do mercado.

Investidores "comprados" (que esperam a alta do dólar) prevaleceram sobre os "vendidos" (que esperam a queda).

As frequentes críticas de Lula à política monetária do Banco Central também aumentam a incerteza nos mercados.



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Dólar sobe para R$ 5,58 e fecha semestre com alta de 15,15%

Bolsa cai 0,32%, mas encerra mês com ganho de 1,49%

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília


Em mais um dia de nervosismo no mercado doméstico e internacional, o dólar encostou em R$ 5,60 e chegou ao maior valor em dois anos e meio. A bolsa de valores teve pequena queda, mas conseguiu fechar o mês com ganhos.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (28) vendido a R$ 5,588, com alta de R$ 0,081 (+1,46%). A cotação chegou a operar em baixa nos primeiros minutos de negociação, mas disparou ainda na primeira hora de funcionamento do mercado. Na máxima do dia, por volta das 15h45, chegou a R$ 5,59.

A moeda norte-americana está no maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando tinha fechado em R$ 5,67. A divisa subiu 6,47% apenas em junho e 15,15% no primeiro semestre. O euro comercial fechou em R$ 5,98 e aproxima-se dos R$ 6 pela primeira vez desde fevereiro de 2022.

O mercado de ações teve um dia de ajuste. Após dois dias seguidos de alta, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.911 pontos, com queda de 0,32%. Apesar do recuo de hoje, o indicador subiu 1,49% no mês. Em 2024, a bolsa recua 7,65%.

Fatores internos e externos tumultuaram o mercado nesta sexta-feira. Nos Estados Unidos, a divulgação de que a inflação ao consumidor desacelerou em maio animou o mercado no início do dia, mas as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a subir após o índice de confiança ao consumidor cair menos que o esperado. Juros altos em economias avançadas pressionam o dólar em países emergentes, como o Brasil.

Os principais fatores, no entanto, que influenciaram o mercado financeiro nesta sexta-feira foram externos. Tradicionalmente, o último dia útil do semestre é marcado pela forte demanda de dólares por multinacionais que remetem os lucros ao exterior.

Além disso, os investidores receberam mal uma entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou absurda a Taxa Selic de 10,5% ao ano. O déficit primário de R$ 63,9 bilhões do setor público em maio também repercutiu mal. O resultado negativo foi impulsionado pela antecipação do décimo terceiro da Previdência Social.



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