Economistas questionam redução de IPI; desconto no preço dos móveis deve ser de 5%

Economistas questionam as seguidas concessões de benefícios fiscais feitas pelo governo, num momento de recuperação da economia e de dificuldades na arrecadação. O governo anunciou a prorrogação do IPI reduzido para materiais de construção e a isenção do imposto para móveis. Para alguns economistas, não faz sentido adotar esse tipo de medida numa economia em crescimento. "O governo poderia ter agido mais rapidamente no fim de 2008 e ter dado os incentivos para mais setores", diz o economista chefe da MB Associados, Sergio Vale. O consultor tributário Clóvis Panzarini observa que uma eventual queda na arrecadação, com a redução de IPI, poderia comprometer o superávit primário. A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário calcula que o desconto no preço dos móveis para o consumidor final deve ser de 5%, com a redução do IPI para zero.