Manifestantes usam carro-bomba para enfrentar tropas na Líbia; filho de Kadafi fala em “guerra civil”

Os opositores ao regime de Muamar Gaddafi usaram um carro com explosivos e um tanque para atacar um acampamento militar na cidade de Benghazi, na Líbia. Os confrontos na Líbia entre manifestantes e forças de segurança mataram ontem 25 pessoas, segundo a rede norte-americana CNN. A CNN afirma que, com os confrontos de domingo, as mortes na Líbia chegam a 209. Inspirados pela agitação na vizinha Tunísia e no Egito, os manifestantes exigem o fim da ditadura de Muamar Gaddafi, que já dura 42 anos. As forças de segurança de Gaddafi responderam com violência. As comunicações estão sendo controladas, e o acesso de jornalistas internacionais a Benghazi não é permitido. Ontem à noite, o filho do ditador, Seif al-Islam Kadafi, falou à televisão estatal. Segundo a rede Al Jazeera, ele prometeu reformas e indicou que uma "guerra civil" vai começar, caso prossigam as manifestações.(Atualização: às 14h50m, o ministro da Justiça líbio, Mustafa Abdeljalil, apresentou nesta segunda-feira sua demissão segundo o jornal eletrônico "Quryna", o motivo seria a "excessiva utilização de violência" contra manifestantes por parte das forças de ordem).