Domingo 06/03/11 - 11h02
O novo terremoto sentido ontem pela população de M. claros ocorreu exatamente às 20h29m, mesmo horário em que as pessoas, amedrontadas, começaram a deixar centenas de depoimentos no site da Rádio Montes Claros 98 FM, no endereço montesclaros.com. A Universidade de Brasília, pelo Observatório Sismológico, divulgou agora cedo os dados preliminares confirmando o último evento, ontem à noite, na área urbana, em ponto ainda a ser precisado. O anterior foi em 29 de setembro de 2010 e da mesma forma foi muito sentido pela população. Não há registro de danos, nos dois. Segundo o professor George Sand França, o abalo ocorreu a 3 km de profundidade, em algum ponto da cidade de Montes Claros. É considerado um terremoto “raso”, uma vez que em países como o Chile, de forte histórico de mortes provocadas por terremotos, eles acontecem a 600 quilômetros de fundura e atingem graus máximos de destruição. No Brasil, os terremotos ocorrem entre três a cinco quilômetros de profundidade. O Observatório não descarta a possibilidade de novos abalos ou tremores nas horas seguintes aos primeiros, e até nos dias seguintes. Recomenda que a população se eduque e evite pânico, o que é o mais perigoso nas ocorrências de baixa intensidade, como foi novamente a de ontem em Montes Claros. O terremoto das 20h29 foi descrito como “fraco”, com intensidade três, mas o aumento populacional leva as pessoas a sentirem mais os seus efeitos, e a temê-los. M. Claros vem registrando abalos nos últimos 50 anos, sempre entre dois e pouco mais que três graus, como o de ontem à noite, de menor risco – embora nada assegure que eles se manterão neste tamanho. Há uma falha geológica de menor importância confirmada na região, o que - segundo entendidos - justificaria a instalação de sismógrafo na cidade, ao custo de 50 mil reais. Segundo o professor Sand, os terremotos que ocorrem no Brasil, de pequenas magnitudes, só são capazes de derrubar prédios quando atingem vigor acima de 4,5 a 5 graus, como o registrado em Itacarambi, há alguns anos, e que matou uma criança. Assim mesmo, as casas construídas sem maior técnica ou cuidadas são as mais vulneráveis. Construções bem feitas suportariam até 4 graus, ou pouco mais. A recomendação é de que, sentido o abalo, as pessoas se protejam. Se estiverem deitadas, cubram a cabeça com um travesseiro ou procurem se abrigar nas partes mais sólidas das construções, como debaixo das soleiras ou vigas, e até debaixo de mesas mais sólidas. Devem sair de casa, mas em perfeita ordem e sem pânico. Os edifícios mais altos correm mais riscos, mas se forem bem construídos também tendem a suportar terremotos de até 4 a 5 graus. (ler mais no Mural)
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