Rapaz fuzilado pelas costas, por engano, saiu para conversar com os amigos, na esquina - 15 minutos depois estava morto; avó não foi informada

O rapaz executado ontem à noite, no bairro de Interlagos, em Montes Claros, saiu de casa por volta das 19 horas e ainda brincou com a mãe, que lhe pediu para não sair. Disse que voltaria logo. Segundo o tio João Soares, seu sobrinho Max Willian (foto), de 28 anos, estava no computador e, depois de guardá-lo no quarto, calçou o tênis da irmã e saiu para ir a esquina, conversar com os colegas. Quinze minutos depois, era executado com seis tiros, todas pelas costas - e provavelmente por engano, tomado por outra pessoa. Max e a irmã viviam com a mãe no bairro de Interlagos e, de acordo com o tio, foram criados muito unidos. “Antigamente você achava que isso nunca poderia acontecer com alguém da sua família. A vida perdeu o valor. Meu sobrinho era uma pessoa tranquila, da casa para o trabalho e do trabalho para a igreja. Nós pedimos que a polícia se interesse em resolver esse crime. Mataram uma pessoa inocente que nunca deu trabalho para a mãe", disse o tio. Max trabalhava como empacotador de pães há um ano. Fonte da polícia disse que esta é a terceira execução por engano de pessoa, nos últimos quatro meses.
AVÓ
Até o início da tarde de hoje, a avó de Max, dona Jonita, de 78 anos, que o criou, ainda não havia sido informada da morte do neto. Jonita tem problema de coração e diabetes. “Ainda não sabemos como vamos contar. Chegamos a levá-la ao médico, para que ele a preparasse para receber a notícia. Contamos a ela que Max havia se acidentado e estava muito mal”, disse João Aparecido. O velório de Max acontece na Santa Casa. O sepultamento está marcado para às 17h30 de hoje. (Ler mais no Mural)