Pressionados pela população, vereadores de BH mantêm veto a reajuste salarial, que também foi aprovado em Montes Claros

Após uma sessão tumultuada, a Câmara de Belo Horizonte decidiu ontem manter o veto ao reajuste salarial de 61,8% aos vereadores da capital. Assim que o vice-presidente da Câmara, vereador Alexandre Gomes, anunciou o placar da votação, os manifestantes que ocupavam as galerias começaram a entoar a “Marchinha da Coxinha”, que faz referência aos gastos do vereador Léo Burguês com a compra de lanches no comércio da própria madrasta. Na sequência, os manifestantes cantaram o hino nacional brasileiro. Antes da votação, os vereadores se revezaram no discurso diante dos colegas para defender que o projeto de lei que estabelece o novo vencimento para a próxima legislatura fosse rejeitado. Os vereadores, em sua maioria, alegaram que optaram por ouvir “a voz da sociedade" e mantiveram o veto do prefeito Marcio Lacerda ao reajuste de 61,8%. Pelo menos dois vereadores defenderam o aumento e foram vaiados. Atualmente, cada vereador de BH recebe mensalmente salário de 9.288 reais. O mesmo reajuste vetado pelo prefeito de Belo Horizonte foi aprovado pelos vereadores de Montes Claros para a próxima legislatura.