Procurador decide denunciar petroleira por crime ambiental; vazamento de óleo pode ser maior do que o informado
Sábado 17/03/12 - 7hUm dia depois de a Chevron anunciar um segundo vazamento de petróleo na Bacia de Campos, o procurador Eduardo Santos de Oliveira, do Ministério Público Federal, decidiu denunciar criminalmente os responsáveis pelo acidente. A petroleira norte-americana afirma que apenas cinco litros de petróleo vazaram de uma fenda de 800 metros no solo marinho entre os dias 5 e 13 de março, mas especialistas duvidam da versão. Eles suspeitam que o incidente pode estar ligado ao primeiro derramamento da Chevron na região, ocorrido há quatro meses, a três quilômetros do local. Na ocasião, 2,4 mil barris jorraram no oceano. Uma das hipóteses dos técnicos é de falha na cimentação do poço do primeiro vazamento, por onde o petróleo pode ter se infiltrado. O Ibama notificou a Chevron e quer, até terça-feira, explicações sobre o que fez para conter o derramamento. Marinha, Ibama e Agência Nacional do Petróleo se reunião, na próxima quarta-feira, para avaliar a atuação da Chevron no caso. Pelo primeiro vazamento, a empresa pode ser multada em até R$ 150 milhões.