Boate de Santa Maria funcionou quase 1 ano e meio sem alvará de incêndio, aponta relatório

A boate Kiss, em Santa Maria, ficou sem alvará válido de prevenção contra incêndios durante quase um ano e meio ao longo de seus 3 anos e 5 meses de funcionamento, segundo relatório entregue pelo Corpo de Bombeiros à polícia. O primeiro alvará foi expedido em 28 de agosto de 2009, com validade de um ano. Após o vencimento, a nova licença só foi dada no dia 11 de agosto de 2011, tendo vencido em agosto do ano seguinte, mais de 5 meses antes da tragédia. Em nota no site da Brigada Militar, o comandante-geral Sérgio Abreu disse que o proprietário da boate Kiss pediu inspeção dos bombeiros para renovação do alvará e que o processo estava em tramitação. Abreu afirmou que, de acordo com o alvará anterior, "os sistemas de prevenção de incêndio previstos na lei estavam instalados e operantes". Na terça-feira, o major Gerson Pereira, chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, afirmou em entrevista que a boate tinha todas as exigências estabelecidas pela lei vigente no Brasil.