Cardeal argentino - agora Papa Francisco, em homenagem ao santo de Assis - preferia usar terno à batina, e andava de metrô e ônibus

O Papa Francisco normalmente não usava batina quando era arcebispo de Buenos Aires. Se tinha uma reunião, preferia o terno. Como arcebispo, Jorge Mario Bergoglio comprava pessoalmente jornais e os lia tomando mate. E se tinha de deslocar-se para um local mais distante, onde estão paróquias que acompanhava de perto, ia de metrô e ônibus. O novo Papa é conhecido por seu trabalho nas "villas" (favelas argentinas) e por apoiar os chamados "curas villeros", padres que se dedicam aos pobres dessas áreas. De família de italianos, o novo Papa é um dos 5 filhos de um operário de ferrovia. A pobreza sempre esteve no foco de suas preocupações. A parte menos conhecida da trajetória de Bergoglio, porém, tem a ver com sua atuação durante a ditadura militar (1976-1983). Ele é acusado por ativistas de direitos humanos de encobrir crimes, apoiar o regime e entregar dois sacerdotes à repressão. Bergoglio sempre negou qualquer tipo de colaboração com a ditadura. Recentemente, ele teve um enfrentamento com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por causa da aprovação do casamento gay, afirmando que as crianças devem ser criadas por mães e pais.