Ministério da Fazenda quer limitar concessão do seguro-desemprego e cortar parcelas

O jornal “Folha de São Paulo” revelou hoje que “proposta encaminhada pelo Ministério da Fazenda ao Planalto defende a elevação do período mínimo de trabalho para obtenção do seguro (desemprego), hoje de 6 meses, para até 18 meses, e a redução das parcelas de acordo com as solicitações”. Segundo a Folha, “o Ministério do Trabalho é contrário às mudanças”. O jornal diz que “o cenário político também é desfavorável: boa parte das alterações em estudo precisa passar pelo Congresso Nacional, que está com a base governista conflagrada”. Segundo a reportagem, “os setores do governo que defendem mudanças para diminuir esses gastos a partir de uma concessão mais controlada dos benefícios não entendem como essas despesas tiveram um avanço recorde nos últimos anos, enquanto a taxa de desemprego foi reduzida drasticamente”. Em 2003, a taxa média anual de desemprego era de 12,3%, e as despesas com seguro e abono somavam R$ 13,7 bilhões. Em 2012, a taxa de pessoas sem trabalho caiu para 5,5%, mas o gasto subiu para R$ 40 bilhões.