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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Israel reage a crítica do governo brasileiro e diz que país é “irrelevante”; Brasil rejeita ser "anão diplomático"

Quinta 24/07/14 - 14h

O governo de Israel reagiu fortemente às críticas do Brasil à operação militar na faixa de Gaza. Ao jornal “Folha de São Paulo”, a Chancelaria de Israel afirmou que o "comportamento" do Brasil "ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante". Além disso, o governo disse que o país escolhe "ser parte do problema, em vez de integrar a solução". O "comportamento" ao qual Tel Aviv se refere é o comunicado distribuído, ontem à noite, em que o Itamaraty condena o "uso desproporcional da força" por parte de Israel e não faz referência às agressões de palestinos contra israelenses. Também ontem, o governo brasileiro chamou o embaixador de Israel em Brasília, Rafael Eldad, para expressar seu protesto, e convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv de volta a Brasília. Na linguagem diplomática, o protesto feito a Eldad e a convocação de Henrique Pinto são sinais fortes de desagrado.
NOTA OFICIAL
o governo de Israel emitiu hoje o seguinte comunicado: "Israel manifesta o seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de retirar seu Embaixador para consultas. Esta decisão não reflete o nível das relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Tais medidas não contribuem para promover a calma e estabilidade na região. Em vez disso, elas fornecem suporte ao terrorismo, e, naturalmente, afetam a capacidade do Brasil de exercer influência. Israel espera o apoio de seus amigos na luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo".
Já o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, respondeu que “se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles, seguramente”. “Países têm o direto de discordar. E nós estamos usando o nosso direito de sinalizar para Israel que achamos inaceitável a morte de mulheres e crianças, mas não contestamos o direito de Israel de se defender. Jamais contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas”, afirmou, segundo relato da Agência Brasil.

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