Silvio Santos nega conhecimento sobre fraudes no Panamericano: “Me diziam que o banco era uma maravilha”

O empresário e apresentador Silvio Santos depôs ontem na Justiça Federal como testemunha de defesa de um dos réus na ação penal sobre o rombo de R$ 4,3 bilhões no Banco Panamericano, que um dia fez parte do seu conglomerado e quebrou em 2010. "Me diziam que o banco era uma maravilha", afirmou Silvio, ao ser perguntado se tinha conhecimento das fraudes. Por 55 minutos, Silvio Santos respondeu às perguntas dos advogados dos acusados, de um procurador da República e do juiz que conduz o processo. O animador recorreu, muitas vezes, à expressão "não me lembro". A sessão foi marcada por perguntas sobre o depoimento que ele próprio prestou à Polícia Federal em 2011. Na ocasião, disse acreditar que o presidente do banco, Rafael Palladino, era o "autor intelectual" da estratégia que levou ao rombo. Ontem, em Juízo, declarou: "Acho que o Rafael deve ter concordado, mas não que tenha sido o autor intelectual”.