Bolonha nega extradição e ex-diretor do Banco do Brasil é solto. Governo vai recorrer

A Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, negou ontem o pedido de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. O ex-diretor foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Henrique Pizzolato foi solto às 20h30, logo depois de voltar à prisão. Ao deixar o local acompanhado de sua mulher, ele disse que fugiu para a Itália para salvar sua vida. "Eu não fugi, eu salvei minha vida. Você acha que salvar a vida não vale a pena?", respondeu Pizzolato aos jornalistas. A defesa de Pizzolato centrou fogo no desrespeito aos direitos humanos em presídios brasileiros para tentar impedir a extradição dele para o Brasil. O caso de Pedrinhas (Maranhão), onde imagens de detentos sendo decapitados correram o mundo, foi um dos citados na argumentação na corte italiana. O governo brasileiro deverá recorrer da decisão italiana, entendida por analistas como uma reação à não extradição de Cesare Battisti, foragido da Itália no Brasil.