Recusa da extradição de Pizzolato pode abrir precedente “muito perigoso” para o Brasil, afirma procurador-geral da República
Quarta 29/10/14 - 14hO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a decisão da Justiça italiana em rejeitar o pedido de extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pode abrir um precedente "muito perigoso" para o Brasil. Segundo a defesa de Pizzolato, a situação dos presídios brasileiros foi o fator principal para a Corte italiana ter negado o pedido do governo brasileiro para trazer o ex-diretor, condenado por envolvimento no mensalão, de volta ao Brasil para cumprir pena. Rodrigo Janot destacou que, embora nosso sistema não seja "100% falido", ele tem "alguns presídios que atendem às propostas de segurança sem violência". "Mas a estratégia da defesa foi explorar presídios que, na verdade, são enxovias mesmo e conseguiu (abrir um) precedente muito perigoso para o Brasil que é não conseguir extraditar mais ninguém da comunidade europeia", afirmou o procurador-geral.