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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 29 de março de 2024

Indonésia fuzilou 8 dos 9 condenados, entre eles o segundo brasileiro traficante; mulher filipina teria sido poupada à última hora, ou francês

Terça 28/04/15 - 14h38

O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, foi fuzilado há pouco na prisão de segurança máxima de Cilacap, Indonésia, quando é madrugada naquele país. Mais oito pessoas, sendo sete estrangeiros, também foram mortos. O brasileiro foi preso em 2004, aos 32 anos, quando tentou entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Foi condenado à morte no ano seguinte, 2005. Outro brasileiro foi executado em janeiro, no mesmo local - chamava-se Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos. Recentemente, Goularte foi diagnosticado com esquizofrenia - falava frases desconexas, em frequentes delírios, e não acreditava que seria fuzilado, mostrando descolamento da realidade.
POUPADA
Outros sete condenados por tráfico de drogas também foram fuzilados. Apenas a filipina Mary Jane Fiesta Veloso teria sido poupada depois que suposta traficante se entregou à polícia e disse que havia recrutado a condenada para a venda de drogas.
DISPAROS
O encarregado de negócios da Embaixada do Brasil na Indonésia, Leonardo Monteiro, acompanhou o fuzilamento a um quilômetro do local, ao lado da prima de Gularte, Angelita Muxfeldt. Ele disse que ouviu a série de disparos por volta da 0h30 (horário local). "Os disparos já ocorreram e estamos aguardando confirmação formal", acrescentou.
CONTROVÉRSIA
Um francês, e não a mulher filipina, teria sido poupado hoje do fuzilamento, segundo outras fontes. O francês Serge Atlaoui, teria sido poupado e aguarda uma definição. A imprensa francesa noticiou que a pressão exercida pelo presidente François Hollande foi fundamental para que Atlaoui ganhasse mais tempo. A Indonésia recusou todos os pedidos de clemência, inclusive do Brasil.
108 ATIRADORES
Pelas leis da Indonésia, foi necessário um pelotão de 12 atiradores para cada condenado, o que representa 108 fuzileiros de elite, selecionados entre os de melhor pontaria e tranquilidade "espiritual". No campo aberto onde as execuções aconteceram, só havia médicos, religiosos e policiais. Ao médico coube constatar a morte e liberar o corpo, que é limpo e vestido com um terno. Em seguida, o caixão branco é embarcado numa ambulância.

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