Táxi aéreo com família de Angélica teve pane nas 2 bombas de combustível, mas piloto - com 30 anos de voo - conseguiu o milagre de pousar em pasto; sujeira na gasolina pode ser a causa
Segunda 25/05/15 - 9h O acidente envolvendo os apresentadores Angélica e Luciano Huck, ontem por volta das 11 horas, em área de pastagem, próximo a Miranda, no Mato Grosso do Sul, teria sido provocado por problemas na bomba de combustível. O piloto, com 30 anos de experiência, conseguiu pousar num pasto. A informação foi dada por Lucilene Gonçalves Vaz, mulher do comandante Osmar Aurélio Frattine Vaz, de 52 anos, que pilotava a aeronave. "Ele (Osmar) me disse que uma bomba de combustível falhou. Ele tentou a outra, que falhou também. Por isso, precisou fazer o pouso forçado", disse Lucilene na entrada do Pronto Socorro da Santa Casa de Campo Grande.
VÉRTEBRA
Por volta das 19h10, Luciano Huck e família deixaram a Santa Casa com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O casal foi levado em ambulâncias separadas para a Base Aérea de Campo Grande, de onde seguiu para São Paulo em aeronave particular. Os filhos de Luciano e Angélica foram transferidos mais cedo. Ao chegar a São Paulo, o casal de apresentadores foi encaminhado para o Hospital Albert Einstein. Angelica teve escoriações no quadril e Hulck fraturou a vértebra. Eles seguem internados. As duas babás também seguiram viagem. Segundo informações da Aeronáutica, o avião, do modelo Embraer 820C, decolou às 10h45 (horário de Brasília) da Estância Caiman, reserva do Pantanal no município de Miranda, e seguiria para Campo Grande, num trajeto de cerca de 230 km. Com 10 minutos de voo, às 10h55, o piloto informou aos controladores de voo uma falha no equipamento e avisou que faria pouso de emergência.
SUJEIRA
Pane dupla no sistema de abastecimento de combustível é rara. Entre as causas, estão fadiga das peças, falha de operação e até sujeira no combustível. O comandante, segundo experientes colegas, foi hábil em escolher pousar num pasto, e não numa estrada, reduzindo o atrito da fuselagem com o solo, deslizando sobre o capim alto, uma vez que o trem de pouso estava recolhido.
VACAS
Relato do comandante, que entrou para a história da família: "Eu não abaixei o trem de pouso para o avião não virar quando pousássemos. Aí desliguei os dois motores e, quando estávamos para tocar o solo, avistei algumas vacas e subi um pouco. Pousamos. O avião andou uns 400 metros e tocou em uma curva de nível, como se fosse uma lombada que tem em fazendas. Aí ele virou 90 graus para esquerda, eu puxei o manche e não entendo como o avião obedeceu... Foram muitos gritos, mas estávamos eu e o copiloto concentrados. Fico feliz que todo mundo esteja bem."