Supremo autoriza depoimento de Lula na Lava-Jato, como informante; data não foi marcada

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou que o ex-presidente Lula preste depoimento na Lava-Jato. Lula será interrogado na condição de informante e não como investigado. O pedido para ouvir o ex-presidente foi feito pela Polícia Federal – que, em relatório enviado ao STF, diz que Lula pode ter sido pessoalmente beneficiado pelo esquema de corrupção na Petrobras. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitiu parecer favorável ao depoimento.
80 DIAS
A data do interrogatório ainda não foi marcada, mas a Polícia Federal quer ouvir Lula no prazo de 80 dias. Zavascki, que é relator dos inquéritos da Lava-Jato no STF, também se manifestou sobre o pedido do PSDB para que a presidente Dilma Rousseff fosse investigada. O ministro do STF explicou que apenas o Ministério Público Federal teria poderes para fazer esse pedido.
NOTA
Em nota, o Instituto Lula afirmou que o ex-presidente não será ouvido como testemunha e que ele está à disposição para prestar esclarecimentos: "A manifestação do ministro Teori Zavascki confirma o entendimento do procurador-geral da República: o ex-presidente Lula não pode ser investigado nos inquéritos sobre a Petrobras, porque não há qualquer razão para isso. Teori vai além: Lula não pode nem mesmo ser ouvido como testemunha."