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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 20 de abril de 2024

Jornal revela: sangue frio de coronel salvou a Terra da destruição em setembro de 1983. Um gesto seu teria enviado arsenal atômico da Rússia contra o ocidente. (Poder explosivo de um único míssil é o dobro de todas as bombas da 2ª Guerra)

Sexta 01/09/17 - 9h37

Com o título "Stanislav Petrov, o homem que salvou o mundo", o jornal espanhol El Paiz revelou ontem que a Terra esteve na iminência de um vasto bombardeio atômico em setembro de 1983, e que um tenente-coronel russo manteve o sangue frio para não disparar o maciço arsenal nuclear do seu país contra os Estados Unidos.
ALARME
Segundo o jornal, "por 15 minutos, Stanislav Petrov teve o destino da humanidade em suas mãos. Foi o tempo que durou o alarme falso de um ataque nuclear".
O DOBRO
Foi em 26 de setembro de 1983:
"No meio da noite, o centro foi sacudido por um alarme: os computadores tinham detectado um míssil que estaria voando em direção à Rússia a 24.000 quilômetros por hora. Petrov pediu que se confirmasse a informação; os computadores a mantiveram, embora os satélites de observação não conseguissem ver o tal míssil. Petrov achou — eram outros tempos — que as máquinas e seus algoritmos podiam se enganar. Decidiu aguardar; nos cinco minutos seguintes, mais quatro alarmes foram disparados. Um único desses mísseis tinha — tem — o dobro do poder explosivo de todas as bombas da Segunda Guerra Mundial reunidas.
PROTOCOLO
O jornal acrescentou: "Se Petrov tivesse seguido o protocolo e alertado seus superiores, em poucos minutos várias centenas de mísseis nucleares teriam sido disparados em direção ao território norte-americano. Em apenas uma hora, a guerra nuclear teria acabado com a vida de milhões e milhões de pessoas. Mas Petrov decidiu esperar".
ERRO
"Ele decidiu, então, que o alarme devia resultar de algum erro. Não fazia sentido que os EUA estivessem mandando apenas cinco mísseis em vez de centenas, como se poderia prever. Alguns minutos depois, o radar confirmou que não havia ataque nenhum."
PROTOCOLO
O jornal conclui: "talvez um outro militar tivesse seguido ao pé da letra o protocolo, talvez o mundo não existisse mais. Sua vida são esses 15 minutos, mas esses 15 minutos salvaram o mundo: poucas vidas — tão plenas, tão vazias — pesaram tanto para o destino como a sua".

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