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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 26 de abril de 2024

Joesley Batista e Ricardo Saud se entregam à Polícia Federal em São Paulo. E seu novo advogado acusa o procurador-geral de deslealdade

Domingo 10/09/17 - 15h34

Por volta das 14h desde domingo, Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos da JBS, se entregaram à polícia. Foram nos seus próprios veículos até o prédio da Polícia Federal em S. Paulo. Há poucas informações se serão levados ainda hoje para Brasília.
DISCRIÇÃO
Ao ordenar as prisões, a pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Fachin instruiu que fossem feitas com “a máxima discrição e com a menor ostensividade”. O sigilo do caso foi quebrado: “Inexiste razão, em homenagem ao princípio constitucional da publicidade dos atos judiciais, para manter o regime de sigilo”.
EFICÁCIA
Na mesma decisão em que decretou a prisão temporária de Joesley e Saud, controlador e executivo da JBS, Fachin suspendeu a eficácia do acordo de delação premiada dos dois.
DESLEALDADE
Logo depois da prisão dos delatores da JBS, o advogado Kakay, que também é advogado de José Dirceu e de outros presos famosos, divulgou nota oficial em que acusa o procurador-geral, Janot, de deslealdade:

“Assumi a defesa do Joesley e do Ricardo perante o STF, juntamente com os demais advogados que já atuavam na causa, para tratar deste episódio da prisão e para atuar junto ao Supremo Tribunal. Entendo que os delatores ao assinarem a delação cumpriram rigorosamente tudo o que lhes era imposto. Não pode o Dr. Janot agir com falta de lealdade e, insinuar que o acordo de delação foi descumprido. Os clientes prestaram declarações e se colocaram sempre à disposição da Justiça. Este é mais um elemento forte que levara a descrença e a falta de credibilidade do instituto da delação. Sempre ressalto a importância deste instituto, mas é necessário que seja revisto o seu uso. A proposta de quebra unilateral, sem motivo, por parte do Estado, no caso representado pelo Procurador Geral, gera uma insegurança geral para todos os delatores. Meus clientes agiram com lealdade e continuam à disposição do Poder Judiciário ressaltando a confiança no Supremo Tribunal. KAKAY”.

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