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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 18 de abril de 2024

Jornal espanhol analisa e conclui: "Brasil enfrenta pandemias em várias velocidades e, em nenhum lugar, há quadro estável de contenção"

Sábado 25/07/20 - 6h56

O diário espanhol El Pais, em reportagem de Beatriz Jucá, apresentou análise da pandemia do coronavirus no Brasil. Em resumo, conclui:
- Não há um retrato único da pandemia do coronavírus no Brasil. Ela avança em diferentes velocidades entre as regiões de um país tão grande e diverso ― e os dados gerais pouco norteiam sobre a gravidade da situação.
- Há semanas, os dados brasileiros estão estacionados em um nível preocupante. A curva de novos óbitos aparece estabilizada, mas diariamente entram para os registros oficiais mais de 1.000 novas mortes pela covid-19.
- Para se ter uma ideia, é como registrar a cada dia um total de mortes que equivale ao número de passageiros de três aviões.
- É preciso olhar mais de perto os cenários heterogêneos entre as regiões para entender porque - diferente de outros países, que apresentaram um pico de óbitos e depois uma descida na curva - o Brasil mantém esse platô tão elevado.
- Enquanto o vírus parece arrefecer em alguns Estados do Norte e do Nordeste (os primeiros a verem seus sistemas de saúde colapsarem com a epidemia, como por exemplo Ceará e Amazonas), ele ganha velocidade em Estados que foram mais poupados no início da crise.
- Os contágios agora crescem especialmente em parte do Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, como por exemplo Mato Grosso e Rio Grande do Sul, num cenário em que a gestão do Ministério da Saúde, com comando interino desde maio, é criticada e há falta de medicamentos básicos para internação.
- O que se tem hoje no Brasil é um sistema de várias epidemias, com surtos, ondas e variações muito diferentes entre regiões, Estados e mesmo municípios.

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