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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: FIM DOS ANOS 60

Raphael Reys, Sindô, o coroinha e sacristão, o instrumentista e músico Waldemar Euzébio e o ator e estudante Agnaldo Rocha faziam teatro na casa paroquial do padre Tadeu, a galera sintonizava nas rádios piratas com o seu Disk Jockey, Rodrigo Lucas, dirigia Dreyfus e as meninas eram dondocas. Um francês argelino dono de um restaurante em Niterói matava Kennedy a serviço do FBI e da máfia, havia a fracassada guerra do Vietnã com soldados sendo drogados para agüentarem o tranco da guerrilha.
Aqui no Brasil, a CIA implantava o AI5 e Beto Guedes ainda garoto usava camiseta de vidrilhos e soltava papagaios na Praça da Catedral. O glamour era as moças usarem sapato salto plataforma alta e roqueiros pintavam o rosto ao bom estilo dos Mutantes e de Alice Cooper.
Apareciam as saias calças e os rapazes sarados eram chamados de Pães e as meninas de geração Pão com Cocada ou Doce de Leite... Tudo era bacana, bárbaro. A rapaziada aprendia Kama-Sutra tupiniquim com as revistas de Carlos Zéfiro.
Rapazes com cintos de couro com fivela de prata ou de alpaca estilo cowboy tomavam Urupol para limpar a bexiga após curarem a blenorragia tropical. O sonho ainda não havia acabado e aqui nos Montes Claros dançavam bolero na casa de Roxa sob as luzes do abajur lilás. Sob o manto da luxúria havia as tardes na casa de Leobina e dançávamos o Sirtaki nas praças.
Zoca Gontijo inaugurava o coquetel Teresa Cristina, Josias Loyola vendia blusas buclê importada e umas cabeças ocas cheiravam teracloretileno-etil (um vermífugo) e diziam que estavam doidos e flutuando...
Não mais havia as fitas de Roy Rogers de Roque Lane e nem o cavalo Silver do Zorro. Sarita Montiel e Miguel Acheves Mejia cantavam e usavam sombreros e disputava os palcos com Mário Moreno, o Cantinflas.
Fidel Castro fazia pose com o seu charuto Havana, Che ganhava o mundo com sua foto de artista romântico. Os nossos militares treinados pelo exército norte americano tomavam o poder, por absoluta falta de que fazer nos quartéis.
Na época, escrevia o maravilhoso e corajoso Rubem Braga, que: militar não faz nada, mas começa cedo prá burro: às 7 da manhã estão todos lá...
A máfia tirava Kennedy e impunha Jonshon, um cego moral.
Pelas ruas de Montes Claros, andavam Tuia, Maria Babona, Geraldo Pascovira, Seu Manoel Cego, Requeijão, João Doido, Galinheiro e Zarur montado na sua bicicleta sueca vestido num uniforme de combate. Didi bancava o jogo do bicho dentro do Mercado Municipal. Leonel Beirão promovia festas dançantes no logradouro regadas à fubuia muita animação e palavrões
A rapaziada fumava cigarros Capri com filtro, tomava Cuba Libre, comia canapés e usava camisa Macgregor abertas no sovaco. Os Condons não eram lubrificados e muito menos musicados. A tralha de pescaria era levada de Rural Willes. Havia as garruchas Rabo de Égua, calibres 320 e 380
Bala 44 para caçar de carabina Winchester era vendida livremente na porta do mercado, dentro de uma cesta de vine por Emanuel Pinto.
As meninas assistiam ao filme O Mágico de Oz e cantavam a música tema.

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