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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: JOÃO SOARES DA SILVA
(João Gordo)
Dário Teixeira Cotrim

A verdadeira história literária de Montes Claros ainda continua adormecida. È verdade. Pois, em virtude de fatos ocorridos na política local, durante o início da década de trinta, Montes Claros perdeu um dos mais completo poeta de todos os tempos: João Soares da Silva, conhecido carinhosamente pelo nome de João Gordo.
O Poeta João Soares da Silva nasceu na cidade de Montes Claros no dia 22 (vinte e dois) de agosto de 1903. Ele era filho de Luiz Gonçalves da Silva e de dona Gabriela Soares Ferreira. Iniciou os seus estudos de primeiras letras no Grupo Escolar Gonçalves Chaves. O menino João Gordo desde muito cedo demonstrava tendências para a literatura (poesias, teatro e literatura de cordel). Gostava muito de ler poemas dos autores românticos, principalmente os poemas de Casimiro de Abreu, Olavo Bilac, Gonçalves Dias e Castro Alves, conforme atestam essas influências nas suas primeiras produções literárias, em particular nos livros “Cantilenas”, “Auras Matutinas” e “Tempestade de Amor”. Além da vocação literária, o poeta gostava e prestava a sua colaboração nos jornais da época. Em vista disso, contribuiu com forte determinação na fundação de dois pequenos jornais humorísticos da cidade.
João Soares ainda foi consultor da União Operária e Patriótica de Montes Claros. Ele não chegou a publicar os seus livros, mas deixou vários deles encadernados com a família. Entretanto, na Biblioteca Pública Municipal “Antônio Teixeira de Carvalho” (Doutor Santos) existem cinco exemplares de sua produção. São eles: “A Flor Desastrada” (Teatro - 1922); “Lúcio, o filho do sertão”, romance de costumes sertanejos, produzido no ano de 1922; “Tempestade de Amor” (Poemas – 1922); “Cantilenas” (Poemas – 1923) e “Auras Matutinas” (Poemas – 1923). Ainda consta a existência de mais outros livros de sua autoria. São eles: “Flores do Campo”, Páginas Sertanejas”, “Flores Murchas”, “Nas asas do Cupido”, “Alvorecer” e “Violas e Cantadores”. O poeta João Soares da Silva morreu no final da noite do dia 6 de fevereiro de 1930, assassinado durante o tiroteio conhecido por “Tocaia dos Bugres”, em frente da residência de dona Tiburtina Alves.
Não é, talvez, muito fácil não gostar de seus textos. Isso implica na forma utilizada pelo autor, que explorou com exaustão o soneto clássico e, também, a rima e a aliteração. Noutro aspecto, sem perder de vista a beleza da forma e do conteúdo, mais fácil ainda é viajar na imaginação de seus versos sem nunca deixar de manifestar o sentido humano das suas palavras.
Foi nesta ordem de valores que a Secretaria Municipal de Cultura aprovou a escolha de seus livros para inaugurar o pequeno mostruário de obras raras da Biblioteca Pública Municipal. Nesta oportunidade a direção da Biblioteca Pública Municipal convida a todos para visitarem o Mostruário Permanente de Livros Raros.

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