Marinha põe a pique o único porta-aviões do hemisfério sul, e que na esquadra francesa (desde 1960) chegou a ser o maior do mundo. Depois, o S. Paulo liderou a armada brasileira. (Local do naufrágio tem 5 quilômetros de profundidade, em águas nacionais. Leia a nota oficial, na íntegra)
Sábado 04/02/23 - 6h20Na mesma tarde em que o judiciário negou recurso para impedir o afundamento, a Marinha brasileira afundou o Porta-aviões São Paulo.
A grande embarcação, que foi nau capitânia da esquadra brasileira, estava navegando há meses no mar depois de proibida de entrar no Brasil e nos portos do exterior.
"O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro", afirma a Marinha, por nota.
Ainda ontem, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) liberou a Marinha para afundar o porta-aviões, rejeitando pedido do Ministério Público Federal, que viu grave risco ambiental no afundamento.
A NOTA
É a seguinte, na íntegra, a nota oficial da Marinha Brasileira:
"Em 03 de fevereiro de 2023.
Em relação ao casco do ex-Navio Aeródromo “São Paulo”, diante dos fatos apresentados na Nota Oficial Conjunta do Ministério da Defesa, Advocacia-Geral da União e Marinha do Brasil, cabe informar que a operação de alijamento, por meio do afundamento planejado e controlado, ocorreu no final da tarde de hoje (03), estritamente conforme concebido.
O procedimento foi conduzido com as necessárias competências técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro.
A área para a destinação final do casco, situada em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), a 350 Km da costa e com profundidade aproximada de 5 mil metros, foi selecionada com base em estudos conduzidos pelo Centro de Hidrografia da Marinha e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. As análises consideraram aspectos relativos à segurança da navegação e ao meio ambiente, com especial atenção para a mitigação de impactos à saúde pública, atividades de pesca e ecossistemas.
Por fim, a Marinha do Brasil presta legítima reverência ao ex-Navio Aeródromo “São Paulo”. Barco que abriga alma beligerante perpetuada na mente de homens e mulheres que guarneceram seus conveses, dignos servidores da Marinha Nacional Francesa e da Marinha do Brasil, sob a égide das tradições navais e de elevado espírito marinheiro.