No Brasil, o 1º de abril como "dia da mentira" pode ter começado em 1828, através de um jornal mineiro. Saiba a origem profunda do dia das pegadinhas

Sábado 01/04/23 - 7h01

Embora haja várias versões sobre a origem do Dia da Mentira, a mais popular afirma que ele se consolidou em 1582, quando o calendário juliano foi substituído pelo calendário gregoriano, que usamos até hoje - e os franceses são responsabilizados por isso.

O Ano Novo era celebrado no calendário antigo a partir do dia 25 de março, início da primavera no Hemisfério Norte, até 1º de abril.

No entanto, esse sistema não levava em conta a translação da Terra ao redor do Sol, o que gerava defasagens consideráveis nas datas.

Em 1582, o Papa Gregório XIII propôs a atualização do calendário durante o Concílio de Trento, importante reunião da Igreja Católica, e estabeleceu o primeiro dia do ano em 1º de janeiro.

Uma parcela da população francesa, insatisfeita com a mudança, teria decidido não seguir a nova ordem e continuou a celebrar a festa do Ano Novo como antes.

Esse ato fez com que se tornassem alvo de piadas por parte da sociedade, que passou a convidá-los para festas inexistentes de Ano Novo e a zombar da celebração.

BFRASIL

No Brasil, o primeiro registro notável da comemoração da data aparece em 1828, quando o jornal impresso mineiro "A Mentira" publicou, falsamente, em sua primeira edição, a notícia da morte de Dom Pedro I - em 1º de abril.