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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 19 de abril de 2024

Morte, prisão perpétua ou desterro de ursa de 17 anos, responsável pela morte de corredor de 26, divide a Itália e influencia até nas eleições

Sexta 21/04/23 - 18h51

No dia 5 de abril, um jovem corredor italiano chamado Andrea Papi, de 26 anos, foi morto por um urso enquanto praticava corrida na floresta de Monte Peller, na Província Autônoma de Trento, no norte da Itália.

Exames genéticos confirmaram que a ursa JJ4, também conhecida como Gaia, de 17 anos, foi responsável pela morte do corredor.

Em seguida, o presidente da Província de Trento, Maurizio Fugatti, decretou que não só JJ4, mas também dois ursos machos problemáticos, MJ5 e M62, fossem capturados e abatidos.

Gaia foi capturada e seus três filhotes, que estavam com ela no momento da captura, foram libertados ilesos.

No entanto, a associação animalista LAV apresentou um recurso e conseguiu suspender a decisão de abater JJ4 até o dia 11 de maio, quando haverá um pronunciamento oficial sobre o assunto.

Enquanto isso, JJ4 permanece detida na reserva faunística Casteller.

O destino da ursa está incerto, podendo ser condenada à pena de morte, prisão perpétua ou transferência para outro local.

A LAV sugeriu que ela fosse transferida para uma reserva na Alemanha disposta a acolhê-la.

A situação se transformou em uma questão controversa entre o tribunal, apoiado pelos defensores dos animais, e o presidente da província, Fugatti, conhecido por sua postura inflexível e linha dura.

A imprensa italiana tem destacado o tema do abate de JJ4, que divide a opinião pública, e as eleições provinciais do Trento, marcadas para 22 de outubro, podem ser afetadas pela polêmica.

Nas redes sociais, Fugatti tem sido acusado de "xenofobia plantígrada" por sua oposição aos ursos pardos alpinos, que são considerados "estrangeiros na Itália", enquanto o urso pardo marsicano é protegido por ser um "italiano nativo".

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