Revista Science publica estudo sobre o beijo, documentado há 4.500 anos. Ora como beijo-amigável, ora como beijo romântico-sentimental. Saiba
Segunda 22/05/23 - 14h00
Com base em fontes escritas das primeiras sociedades da Mesopotâmia, os pesquisadores argumentam que o beijo já era praticado há aproximadamente 4.500 anos no Oriente Médio.
O estudo destaca que o beijo não é um costume exclusivo de uma única região, mas parece ter sido praticado em várias culturas antigas ao longo de milênios.
Os pesquisadores distinguem dois tipos de beijo: o beijo amigável-parental e o beijo romântico-sexual. Enquanto o beijo amigável dos pais parece ser universal ao longo do tempo e da geografia, o beijo romântico-sexual é mais predominante em sociedades estratificadas.
A pesquisa sugere que o beijo romântico-sexual evoluiu como uma forma de avaliar a adequação de um parceiro em potencial, por meio de pistas químicas comunicadas na saliva ou respiração.
Além disso, o beijo facilita a excitação sexual e as relações sexuais, promovendo o apego entre os indivíduos.
O estudo também menciona que o beijo é observado em outras espécies animais, como os bonobos e chimpanzés, que são parentes próximos dos humanos.
Essas espécies demonstram beijos romântico-sexuais e beijos platônicos para gerenciar as relações sociais, o que pode sugerir a presença e a evolução desse comportamento nos ancestrais humanos.
Além de explorar a importância do beijo nas interações sociais e sexuais no passado, os pesquisadores também investigam o potencial da prática na transmissão de microrganismos causadores de doenças.
Embora haja dúvidas sobre o beijo ter sido um gatilho para a disseminação do vírus herpes simplex 1, os pesquisadores apontam que os textos médicos antigos da Mesopotâmia mencionam uma doença com sintomas semelhantes à infecção por herpes.
Em conclusão, o estudo destaca a presença do beijo em várias culturas antigas e sua importância nas relações românticas e familiares.
Também ressalta a possibilidade de o beijo ter desempenhado um papel na transmissão precoce de doenças, embora essa hipótese ainda precise ser investigada com mais detalhes.