Estudo confirma que dobrou o uso de crack e cocaína entre crianças

Estudo nos centros estaduais de atendimento de São Paulo mostra que, em dois anos, dobrou o número de menores de idade em tratamento intensivo por causa de crack e cocaína. O número passou de 179 registros em 2006 para 371 no ano passado - um aumento de 107%. Para os especialistas, a presença maior do crack e da cocaína reflete três estratégias de mercado que passaram a ditar o tráfico: fidelização da clientela cada vez mais cedo; facilitação do acesso a drogas de todos os tipos e diversificação do público consumidor. "Todo negócio exige ampliar o consumo e o crack não poderia continuar sendo tão restrito", afirma Luizemir Lago, responsável pela política antidrogas de São Paulo e uma das responsáveis pelo estudo. Especialistas afirmam que compulsão por essas drogas está em todas as classes sociais.