Vale sabia que rompimento da barragem destruiria suas instalações - reafirma jornal. "Estou esperando meu filho sair do barro", diz um pai
Sábado 02/02/19 - 9hO plano de emergência da barragem de Brumadinho previa que, em caso de colapso da estrutura, a onda de rejeitos e lama poderia atingir o refeitório dos funcionários da Vale e a área administrativa em até um minuto. O local foi um dos primeiros a ser soterrado na tragédia.
PLANO
A previsão consta do Plano de Ações Emergenciais da barragem, documento obrigatório ao qual o jornal ”Folha de São Paulo” teve acesso.
115 MORTOS
Até ontem à noite, as autoridades contabilizam 115 mortos e 248 desaparecidos. Parte dos mortos e desaparecidos estava no refeitório e no prédio administrativo da unidade.
SABIA
O jornal revelou que a “Vale sabia, antes da tragédia, que um eventual rompimento da barragem destruiria suas instalações e poderia gerar uma onda de rejeitos com alcance de até 65 km do ponto de ruptura”.
AGUARDANDO
Hoje, a declaração, curta, de um pai ganhou as manchetes nacionais: "Estou esperando meu filho sair do barro". O mecânico Luiz Paulo Caetano, chamado pela Vale, começou a trabalhar na sexta-feira do tsunami. Tinha 31 anos. Havia acabado de se casar.