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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: É, o Mural tá quente de mensagens e disposições: denúncia do desmatamento que a (...) (que sempre soube lidar muito bem com o estamento governamental e consegue fazer o que ninguém mais consegue ... De utilidade pública (sic)?)faz no Sapucaia; assassinatos vários e generalizados...; carnaval perto da Santa Casa ? Insanidade! Mas o que me comoveu foi o texto da Ruth Tupinambá. De forma suave e serena ela discorre sobre uma das mais significativas facetas do impacto da mudança no paradigma econômico prevalente na sociedade brasileira, e pontualmente na montesclarense, desde o´pós-guerra. Ela, no entanto, conta os fatos e de forma muito interessante, mas que se constituiam, na opinião de autores como Maria da Conceição Tavares, apenas na ponta do iciberg da mudança imposta pela articulação internacional ao capitalismo nacional (guerra-fria, trilateralismo...). O país, para se integrar ao mundo de economia que se globalizava, teve que deixar de ser patrimonialista (a fazenda e a casa grande; o fazendeiro, ´coronel de terras e gentes...´ e a gestão familiar dos bens e propriedades; a produção agropastoril que se torna de larga escala; as relações patrimonialistas que se espraiavam para a política e forjavam lideranças tradicionalistas, etc...) e, mesmo tentanto ser produtivista (Sudene, projetos industriais em Montes Claros e na maior parte do País, fora São Paulo já globalizado...) tem que se submeter ao novo caráter do capitalismo financeiro (o banqueiro mineiro que vende o banco para os paulistas; o gerente local que deixa de ser amigo para se tornar explorador; as relações que de comunitárias - no modelo do Parsoniano - passam a ter base racional-legal das societárias - de extirpe weberiana; a acumulação patrimonial sendo substituida pela monetarização da economia...). Assisti este filme quando menino e só entendi depois: vi meu pai e muitos fazendeiros que engordavam boi e porco para vender aos frigoríficos de BH e Rio serem substituidos por estes compradores, com o apoio dos mesmos bancos que ganhavam dinheiro na intermediação que faziam. O momento da moratória decretada pelo governo no fim da guerra foi o turning-point desta nova faceta, e mais perversa, do capitalismo nacional. Quem não se ajustou ao funcionamento do capitalismo financeiro que ainda assola o país, como meu pai e os velhos fazendeiros, dançou...

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