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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 18 de abril de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°79477
De: Ivana Rebello Data: Sexta 20/2/2015 8:10:06
Cidade: Montes Claros

O sonho de voar

Os homens de seu tempo dizem que foi ele quem subiu intrepidamente numa longa escada e colocou o sino da Catedral de Montes Claros, construída por Chiquinho Guimarães.
Dois amigos o ajudaram, mas, infelizmente, não pude encontrar alguém que me dissesse o nome desses amigos. O caso fica como mera curiosidade e destaca a atração de Toninho Rebello para as alturas. O importante é que o sino da catedral ainda está lá, tocando em raras ocasiões, em que os corações montes-clarenses repicam de orgulho e alegria.
Já rapazinho, morando em Belo Horizonte, depois de deixar o Colégio Arnaldo, Toninho Rebello matriculou-se na Escola de Aeronáutica em Juiz de Fora, sem avisar a família.
Segundo ele, as cartas eram morosas, a comunicação muito difícil e o desejo de voar era urgente: Eu queria seguir a carreira da aviação, tinha gosto pela aventura....Tirei breve de piloto.
Chegando a Montes Claros, contou à família sua façanha, certo de que seguiria carreira na Aeronáutica. A decisão, entretanto, não foi bem aceita por seus pais. Voar na época era procurar a morte, explicaria Antônio Lafetá Rebello, em entrevista ao jornalista Jorge Silveira. No entanto, Toninho matricula-se na 1ª turma de alunos do Aeroclube de Montes Claros,fundado por Nathércio França e Flamarion Wanderley, em 1937, tendo como colegas Ormezindo Lima, Mário Rodrigues, Judith Alves, Mário Magnus Cardoso, entre outros. Era um grupo pioneiro e afoito.
Em artigo da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, assinado por Juvenal Caldeira Durães, Mário, ou Maninho, como era conhecido, recorda-se de um episódio vivenciado entre ele e Toninho. Certo dia, o avião TTO apresentara problemas, e ele ficara bom tempo tentando consertá-los, até que o colega de turma, Toninho Rebello, propõe testar o avião, no ar. Toninho, ávido para voar, assumiu o comando do aparelho e levantaram voo, os dois. No entanto, na hora da aterrisagem, o avião, desnorteado, principiou a chacoalhar, não obedecendo a qualquer comando do piloto. O avião, de fato, caiu num matagal próximo ao campo de pouso, mas não houve maiores consequências para os intrépidos aviadores.
Outro fato atesta o espírito destemido do jovem Tonininho. E o episódio aconteceu por ocasião de um famoso eclipse, que voltou os olhos curiosos do mundo para a vizinha cidade de Bocaiúva.
No dia 20 de maio de 1947, um eclipse total do sol deixou a cidade mineira, por instantes, totalmente escurecida. As notícias do fenômeno já há muito se tinham espalhado, por isso os primeiros pesquisadores americanos começaram a chegar a Bocaiuva em julho de 1946. Ao final, seriam 128 americanos alojados na cidade, o que já demonstra o peso do evento para a comunidade científica do mundo. Numa localidade denominada Extrema, os pesquisadores construíram sua base científica, e por lá se instalaram, para assistirem a tudo, em lugar privilegiado.
Certamente que tal movimentação alvoroçou a cidade de Montes Claros, e entre todos, Toninho Rebello apressou-se para ver de perto o eclipse. Assumiu o comando de um TTO, tendo ao lado o amigo Hermes de Paula, que, também aguçado pela curiosidade, não queria ficar de fora de tamanha movimentação. Voaram com instrumentos precários, debaixo de temporal, em condições de tempo muito ruins. Aterrissaram no campo de pouso em Bocaiuva, onde vinte nos aguardavam melhores condições para voar, sob o olhar de espanto de todos.
Em outra ocasião, Toninho Rebello decide visitar seu amigo de infância, José Gomes, então residindo na cidade de Monte Azul. Decide ir pilotando e, para tal, manda revisar o avião, confere equipamentos de voo além de, precavido, levar consigo a mochila com o paraquedas. Em pleno voo, no entanto, faltando poucos quilômetros para chegar a Monte Azul, o motor do avião começa a ratear, apresentando problemas.
Apalpa, com certo nervosismo, a mochila do paraquedas, quase certo de que estaria ali sua última chance. Entretanto, com muito esforço e uma boa porção de sorte, conseguiu fazer um pouso forçado, livrando-se de um provável acidente.
Ali, já em solo da aprazível cidade, e partilhando da boa mesa do amigo, relata o caso a todos. Inquirido se sentira medo, ele respondera que não, afinal estava com o paraquedas bem atrelado em si, como garantia de vida. Acabara de dizer tais palavras, apalpando novamente, convicto, a mochila que ainda trazia consigo. Abre-a, para exibir o objeto que o salvaria, caso sua manobra não fosse bem sucedida. Para sua surpresa, entretanto, a mochila estava vazia.
Uma sorte maior do que ele supusera, a princípio, ou uma estrela que parecia acompanhá-lo, talvez, favoreceu a incipiente carreira de piloto de Antônio Lafetá Rebello. Essa estrela também brilhou, quando ele foi convocado a servir militarmente, na base brasileira, na Itália, por ocasião da 2ª Guerra Mundial. Estava na fazenda, trabalhando. Assim que foi convocado, partiu imediatamente. Por essa época já namorava a jovem professora de natação, Marcolina Athayde, que conhecera em um de seus habituais passeios à Praça de Esportes. Tal como num filme, antes de responder ao chamado da pátria, ficou noivo. Ficou cerca de três meses na caserna, no Rio de Janeiro, aguardando ordens para partir. Em Montes Claros, sua noiva aguardava, sobressaltada, o rumo dos acontecimentos e Dona Lourinha, sua mãe, rezava pela proteção do filho, que iria para a guerra. Não foi. A guerra tomou novos rumos. Ele não fez carreira na aeronáutica, como pretendia. Pouco depois se casaria com sua única e eterna namorada, com quem ficaria até o último dia de vida. Estava destinado a outros voos.
O horizonte que o esperava era o da sua própria cidade.
Uma curiosidade intensa por assuntos que envolvessem política e economia e outros correlatos ao bem estar social envolvia o jovem cidadão montes-clarense.
Admirava Dr. Santos, então prefeito da cidade. Via nele a configuração de um homem à frente de seu tempo, com ideias arrojadas e mente iluminada. Colava-se a ele, para ouvi-lo falar, influenciado por suas palavras e projetos. Toninho era ainda menino, mas se acercava dele, ouvindo-o embevecido.
Mais tarde, em entrevista, Toninho externaria sua admiração ao político montes-clarense: Era um gênio, um fenômeno... Fez muitas coisas para o progresso de Montes Claros: Praça de esportes,
investiu na saúde pública... naquela época, sem nada a ver com política, eu achava que todo prefeito deveria ser como ele...
Toninho se recordava de quando ouviu, pelo rádio, a notícia do lançamento da bomba atômica Little Boy sobre a cidade de Hiroshima. Era uma segunda feira, de 06 de agosto de 1945. Toninho estava em sua fazenda, quando ouviu a nota jornalística, pulou da cadeira onde estava, pegou seu jeep e "veio voando" para Montes Claros. Ele não conseguia explicar, mas sentia que alguma coisa de muito grande e extraordinária estava acontecendo, que mudaria história do mundo, em definitivo.
Estacionou num bar em que costumeiramente os homens da cidade se reuniam para falar de política e negócios. Naquele dia, pressentido por Toninho como diferente, as conversas seguiam, no entanto, seu curso rotineiro. Os mesmos assuntos de sempre testemunhavam a vida pacata de uma Montes Claros sertaneja, debalde os esforços de Toninho para incluir na pauta do dia a notícia do bombardeio americano, sentiu falta do Dr. Santos, pois sabia que ele iria dimensionar o peso daquele acontecimento sobre a vida dos homens, a partir de então. Ninguém quis falar sobre a bomba de Hiroshima.
A vida corria devagar, o homem ia devagar, um cachorro atravessava a rua, devagar, como lembrava o ritmo arrastado de um famoso poema de Drummond. O coração de Toninho Rebello, no entanto, pulsava energicamente, em ritmo frenético. Estava escrito que ele voaria de outra forma.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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Mensagem N°79476
De: Aluízio Data: Quinta 19/2/2015 15:10:20
Cidade: Moc mg

Chove agora na parte leste de M. Claros, chuva de ventos vinda do lado de Francisco Sá. Antes da chuva, um lençol de poeira varreu os bairros nas margens da Avenida Plínio Ribeiro, que antes era o trecho da BR 135 que atravessa a área urbana da cidade. A chuva, mais de vento, vai na direção dos montes claros, hoje muito impropriamente chamados de Serra do Mel.

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Mensagem N°79475
De: Alice Data: Quinta 19/2/2015 10:57:21
Cidade: M. Claros

Qua 18/02/15 - 13h - Depois de marcar e desmarcar chuvas em M. Claros após o Carnaval, meteorologia praticamente não vê mais chance até 27 de fevereiro. (Mas, deu meia-volta)
Deu meia-volta, sim. Choveu na parte leste do município, na direção de Francisco Sá e Juramento. Em Capitão Enéas, choveu forte.

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Mensagem N°79474
De: Manoel Hygino Data: Quinta 19/2/2015 10:24:37
Cidade: Belo Horizonte

Apenas para lembrança

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Carnaval... se foi. Agora é esperar o de 2016, evidentemente com perspectivas menos sombrias, porque o deste ano apareceu pintado com tons plúmbeos. Fernando Om, que sabe analisar os problemas, escreveu: “Mais do que tratados a respeito, um simples comentário en passant pode muitas vezes trazer à luz a verdade nua e crua daquilo que está realmente por trás dos episódios: Carnaval? “Todo mundo fingindo ser muito feliz”.
E o brasileiro vai vivendo no país do faz de conta, do jeitinho e dos lençóis amarelecidos em que somos embrulhados. Oxalá possa alguém lembrar-se de festa passada com de imagem da marchinha que identificou o confete como pedacinho colorido de saudade. Bons e mais alegres tempos que habitam os corações.
Diferentemente de Paris, em que houve a chacina na redação do Charlie Hebdo, por estampar a figura do profeta em suas páginas, aqui os maometanos, ou jihadistas (se existem), não apelaram às armas para punir de morte os infiéis. Pôde-se apelar, sem receios e atitudes hostis, cantando, como há muitos anos: “Alá, Alá ô, meu bom Alá:? Mande água para ioiô/ manda água para Iaiá”. A falta de chuva, por sinal, foi a maior das últimas décadas. O volume que chegou aos reservatórios das principais hidrelétricas em janeiro, nunca esteve tão baixo nos últimos 85 anos. São Pedro caprichou, desta vez, coagindo os foliões a apelar para Alá, meu bom Alá.
Nos períodos de calor mais intenso, quase perdidas as esperanças, pedia-se em coro: “Tomara que chova, sete dias em parar”, o que seria uma catástrofe, s e atendida a súplica. Lembro o governador Francelino Pereira, piauiense, confrade na Academia Mineira de Letras, singrando de barco o caudal do São Francisco, para transmitir uma palavra de alento e encorajamento às populações ribeirinhas, cujas casas foram invadidas e danificadas pela torrente impetuosa. Carnaval no Brasil parece apagar todas as dores e vilipêndios, haja vista as fotos nos jornais e as reportagens nas televisões. O de Belo Horizonte, que se vai resgatando em prestígio e ganhando público, não merecera, nos anos 40/50, o entusiasmo de Manoel Luis Caldas, representante aqui da Francepresse. Ele considerava nossa festança momesca menos animada do que a Semana Santa no Rio de Janeiro, onde era apaixonado atleta do Bola Preta, com sede social perto do Municipal.
O historiador Nelson Vianna lembrou um velho carnaval em minha terra, há muitas décadas. No domingo gordo, formou-se um cortejo representando um casamento. Recém-chegado à cidade, um jovem fantasiou-se de noiva, com todo o requinte, véu e grinalda, um rico buquê. De fraque, modelo de distinção, o noivo desfilou de gravata e botinas de verniz, pelas ruas, seguido o par nubente por graves testemunhas. Cantava-se o sucesso da época “Americana”.
Na terça-feira, novamente o grupo desfilou com os mesmos personagens. A noiva, porém, já esposa, carregava um bebê passou a esposa, bebê nos braços. Seguiam-se os padrinhos, antes testemunhas. Encaminhavam-se ao batizado. Tudo no mais perfeito respeito e alegria

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Mensagem N°79473
De: Jorge Silveira Data: Quinta 19/2/2015 8:44:04
Cidade: Montes Claros

O nascimento da candidatura única

Antes de Toninho Rebello se tornar prefeito de Montes Claros, eu o conhecia muito pouco, mesmo já militando na imprensa local, onde comecei em 1962. Tinha mais conhecimento com Jaiminho, seu irmão, já que meu sogro, Seimando Sarmento, comprava muito na loja dele (Jaiminho), ali na rua Governador Valadares, na esquina com a Praça Dr. Carlos. Fiquei conhecendo Toninho pessoalmente numa reunião entre produtores rurais, em que ele, Antônio Augusto Ataíde e Roberto Campos fizeram uma palestra com vistas à venda de ações do Frigonorte, que na época estava sendo construído com recursos da Sudene. Se não me falha a memória, isto lá pelos idos de 1965. Seimando fez questão de me apresentar a Toninho, de quem era companheiro de maçonaria e muito amigos. Não estou bem certo, mas me parece que na época Toninho era o presidente do Frigonorte. Alguns anos depois ele seria presidente do Cortnorte.
Sabia, de ouvir falar, que Toninho tinha sido muito importante na instalação da telefônica em Montes Claros, na fundação da Cooperativa Agropecuária e na construção do Parque de Exposição. Era uma das grandes lideranças rurais da região, muito respeitado por todo mundo. Nos meios políticos, seu nome já começava a ser cogitado para uma candidatura a prefeito, para a sucessão de Pedro Santos. Toninho era udenista meio roxo, mas como não tinha militância política, transitava muito bem entre próceres do PSD e do PR, partidos de maior expressão na cidade. Mas com o golpe militar de 1964, já se comentava abertamente que os antigos partidos seriam extintos pelo presidente Castelo Branco, para a criação do bipartidarismo.
Consultado sobre a possibilidade de sua candidatura, que havia sido lançada primeiro pela maçonaria, Toninho não aceitou a princípio. Como não tinha militância política, dificilmente teria condições de derrotar nomes tradicionais como Simeão Ribeiro (ex-prefeito), João Valle Maurício, Alfheu de Quadros, já comentados como possíveis candidatos.
Bateu o pé de que só seria candidato numa candidatura única. A maçonaria entrou no circuito e começou a pressionar para que os partidos se unissem e lançassem Toninho como candidato único. O movimento ganhou força, com o apoio da Associação Comercial e Industrial, que enxergava a necessidade de um prefeito que melhorasse a infra-estrutura da cidade, que começava a receber as primeiras indústrias incentivadas pela Sudene.
Segundo me contaram, o nome de Toninho Rebello como candidato único foi homologado em uma reunião na casa de deba (Hildelberto Freitas), com a presença das principais lideranças do PSD, PR, UDN, PTB. Estavam por lá Cel Lopinho, José Avelino, Dr. Alfheu Gonçalves de Quadros João Valle Maurício, Pedro Santos, João Athayde, José Linhares Dr. Loiola, Geraldo Correia Machado; os deputados estaduais Euler Araújo Lafetá e Artur Fagundes; os deputados federais Edgar Pereira e Luis de Paula, o advogado Carlos Mota políticos. Provavelmente havia mais gente, mas quem nos nos contou na época não se lembrou. O certo é que o nome de Toninho foi aceito por todos, tendo o Dr. Alfheu como candidato a vice. Toninho não estava presente e foi comunicado depois da decisão conjunta.
Interessante como há quase cinquenta anos e quando a política local entre PSD, UDN, PR e PTB era acuradíssima, muito mais do que hoje, todos se juntaram em benefício da cidade, esquecendo as divergências políticas e até pessoais.
Comprovar-se-ia depois que a união seria extremamente benéfica para o município, que em quatro anos experimentaria um desenvolvimento extraordinário. Neste curto período, de 1967 a 1970, Montes Claros deixaria de ser "a cidade da poeira e das muriçocas"- e dizem alguns também das raparigas - para assumir de fato o papel de capital do norte de Minas.
A experiência deu tão certo que seis anos depois a própria população daria seu veredicto: elegeu novamente Toninho Rebello, desta vez em disputa com mais cinco candidatos ( Pedro Santos, Hamilton Lopes, Pedro Narciso, José da Conceição Santos e Aroldo Tourinho). O reconhecimento do povo foi tão grande que Toninho teve mais votos do que os outros cinco candidatos juntos. O mais significativo: pela primeira vez Pedro Santos era derrotado. Pelo próprio eleitorado Toninho foi cognominado de "o candidato positivo".
Foi uma campanha memorável, na qual após cada comício Toninho era carregado nos braços do povo. Ele saberia retribuir: sua segunda administração seria ainda melhor do que a primeira. Transformou a cidade num verdadeiro canteiro de obras, preparando-a para o desenvolvimento que viria com os projetos da Sudene.
Foi uma época única. Daí para frente, Montes Claros nunca viveria outra igual. Saudosismo? Talvez. Mas quase todos que viveram aquela época concordam que em nenhum momento de sua história Montes Claros respirou tanto desenvolvimento. A cidade transformou-se num imenso canteiro de obras. Empresários de fora traziam indústrias para a cidade, com incentivos da Sudene, entusiasmados com a seriedade e competência da administração municipal. O final da década de 1970 e o princípio da década de 1980 foram sem dúvida os anos de desenvolvimento de Montes Claros. Tudo fruto do desprendimento e amor a Montes Claros de lideranças políticas que lá nos idos de 1966, deixando de lado as vaidades e o interesse próprio, escolheram dar ao município uma candidatura única. E como prefeito, um homem acima de qualquer suspeita, o produtor rural Antônio Lafetá Rebello, criador de gado, sem militância política, mas tido e havido como bom gerente e administrador. Confirmaria estas qualidades em seus dois mandatos como prefeito.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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Mensagem N°79472
De: familia veloso Data: Quarta 18/2/2015 16:29:02
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Faleceu ontem nesta cidade Horácio Reis, que era genro do saudoso Firmino Veloso, tendo deixado viúva e seis filhos, dentre eles o advogado D. Helder Veloso e Humberto Veloso, este funcionário da Unimontes.

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Mensagem N°79471
De: Adriano Data: Quarta 18/2/2015 09:59:29
Cidade: BH

Por falta de quem reivindique em nome geral, a tecnologia 4G da telefonia celular já chegou a 9 cidades de Minas, mas passa ao largo de Montes Claros. A empresa Vivo já está com sistema de 4ª Geração funcionando em BH, Juiz de Fora, Uberlândia, Contagem, Ipatinga, Sete Lagoas, Pouso Alegre, Varginha e Poços de Caldas. Em todas elas, a qualidade de vida é infinitamente maior do que em Montes Claros, que acha ser grande coisa ganhar em população, inchaço. E problemas.

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Mensagem N°79470
De: Soares Data: Terça 17/2/2015 10:56:47
Cidade: Montes Claros

O belo trabalho de Ivana Rebello e Jorge Silveira, trazendo para as gerações de agora a notícia de que M. Claros teve sim um Homem Público da estatura de Toninho Rebello, este esforço de transmitir consciência moral aos que nos sucederão, fizeram-me ir de volta, neste mesmo montesclaros.com, a uma das páginas mais bela e terna que já li.
É crônica de novembro de 2010, da extraordinária memorialista Ruth Tupinambá - e que nos deixou em novembro último, retirando-se na ponta dos pés dois ou três anos antes de atingir a cumeeira dos 100.
Dona Ruth, como a admirávamos, traça com perfeição e lirismo a imagem do menino Toninho, que décadas depois, centúrias depois, seguirá ocupando na nossa memória e na nossa gratidão o lugar de Homem Público nº 1, exemplar. Grande Cisne de Outras Margens.
(E aproveito para sugerir: leiam, releiam tudo que escreveu esta inexcedível memorialista, Ruth Tupinambá. Indique a leitura aos filhos e netos, para que saibam que temos valores, e é preciso seguir com eles. Muito do que escreveu Ruth Tupinambá escreveu para este este montesclaros.com, na seção colunista, com o seu nome. Ruth e Toninho - filhos de Montes Claros, e que nos chamam permanentemente aos nossos deveres e obrigações).


Por Ruth Tupinambá - 27/11/2010 14:46:34


O Milagre aconteceu: Toninho

(Por ocasião do aniversário da cidade, julho de 1982)

Você vivia triste, minha querida Montes Claros, porque era feia e desajeitada!
Sua pele era grosseira, suja e esburacada!E como mulher vaidosa, queria ser muito bonita e admirada! E você sofria muito, minha querida Montes Claros. E nós sofríamos também.
Os anos foram passando e você envelhecendo cada vez mais.
Sua mocidade e alegria foram desaparecendo também e você quase se conformara em ser uma velha triste e sem atrativos... E nós, seus filhos dedicados, que gostamos tanto de você, procurávamos uma solução para seu caso e um remédio para seu mal.
E o milagre aconteceu!Você deixou de ser a velha rota e mal vestida e, como num conto de fadas, sob o toque benfazejo de uma varinha mágica, é hoje bonita, elegante, e admirada por todos!
Agora tem a pele lisa, limpa, cheirosa, bonita e bem tratada. E cresceu muito!Largas ruas e avenidas rasgaram seu coração, como mananciais fecundos, levando a seus filhos mais distantes e humildes, conforto, alegria e segurança!
Com grande prazer e uma felicidade enorme, nós sentimos que, a cada dia que passa, você fica mais bonita e dentro das vestes multicoloridas de suas praças e avenidas, seus encantos naturais mais se realçam.
Sei que você hoje é muito feliz, minha querida Montes Claros! Você está tranqüila porque é amada demais por seus filhos e, tranqüila, dorme e sonha sem pesadelos, porque um filho mais amoroso pensa em você, dia e noite, e fielmente a protege e a defende, em todas as horas, para que seja grandiosamente bela, exuberante e realizada.
Sem ser um doutor Pitanguy, transformou-a da cabeça aos pés, realizando a mais bela plástica, minorando seus sofrimentos, resolvendo grandes e angustiosos problemas de seus filhos, incansável, cheio de fé e amor por você, como um grande artista da maior obra prima!
Só ele, idealista na sua imensa filantropia, poderia realizar este grande milagre. E, repito, o milagre aconteceu!
Todos vêem a grande transformação. Vêem e admiram esta obra maravilhosa, extraordinária de um administrador inato e que antes de tudo ama demais sua terra.
Só por amor constrói e idealiza as belas obras, e só com amor se chega à perfeição.
Obrigada, Toninho!Deixo de lado a cerimônia que lhe é devida e repito: mil vezes, obrigada, Toninho!
Se falo com esta simplicidade, acredite, o faço de coração aberto,porque só ele poderá traduzir o que sinto agora! Se assim falo é porque pra mim você foi, é e será sempre, o Toninho que conheci, anos atrás, quando éramos crianças e nossa cidade era escura ew triste.
Você era um menino forte e alegre, que liderava um grupo de companheiros quando jogava bola na pracinha singela da Igreja do Rosário. Você já era, Toninho, o mais querido da turma, o companheiro ideal com quem os meninos contavam certo na hora dos apertos, apaziguando os mais exaltados e defendendo os mais fracos no momento exato!
Naquela época remota, você não era apenas um menino comum, ou um líder nos brinquedos das crianças daquele tempo. Você era um grande menino, de alma simples e coração puro, cheio de nobres ideais e altruisticamente humanos e que, apenas em embrião mais tarde se desenvolveram moldados pelo exemplo paterno de honradez e retidão e que se identificaram e se firmaram hoje beneficiando uma comunidade inteira.
Não era por simples curiosidade, Toninho, que eu o observava, tantas e tantas vezes, encolhida no portãozinho da tia Joaquina, sua vizinha, enquanto com meus primos você brincava e se misturava às outras crianças humildes, numa camaradagem espontânea e feliz, longe de preconceitos.
É que as crianças são as grandes espectadoras obscuras, invisíveis, às vezes, talvez as mais sinceras do mundo dos adultos.
E eu, naquele tempo, já admirava sua agilidade e destreza, quando driblava a bola num incansável campeonato infantil de jogadores de pés descalços e bola de meias... Também, vibrava com seu entusiasmo quando dirigia outros brinquedos, correndo sem se amofinar com os pedregulhos, enquanto grossos pingos de chuva ensopavam sua cabeça descoberta, fazendo açudes e soltando barcos de papel nas grandes enxurradas, que com enorme correnteza descambavam pelos grandes sulcos da rua Joaquim Nabuco, hoje Gonçalves Figueira.
E, quando, transformado em cowboy, corria ao redor da Igrejinha do Rosário, e em ponto estratégico derrotava os bandidos, salvando os companheiros.
E aquela Montes Claros, Toninho, que o conheceu de calças curtas, vende-o correr alegremente, sentindo o contato dos seus pés descalços, quando se atolavam na poeira quente de suas ruas desprovidas de qualquer estética e que você já sabia amar, está transformada, nesta grande metrópole que, feliz, lhe agradece!
Que Deus lhe proteja, Toninho, e não o abandone jamais, permitindo anos afora, a continuação das grandes e belas obras que você vem fazendo, dia-a-dia, na nossa querida Montes Claros.
Que continue dirigindo, com eficiência e entusiasmo, como vem fazendo, esta consciente equipe que você possui dentro da Prefeitura.
Parabéns, Montes Claros, pelo seu aniversário e pela maquiagem linda que você ganhou. Parabéns, pelo prefeito que possui!
Obrigada, Toninho, por tudo que você conseguiu fazer nestes anos de sua gestão – a nova Montes Claros -, a querida e bela cidade que você idealizou, e pelo que você conseguiu realizar. Obrigada!

oOo

(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°79469
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Terça 17/2/2015 12:09:38
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

LEMBRANÇAS DE UMA GRANDE AMIZADE

Ouço os sinos da Matriz chamando, provavelmente, para a Missa das nove e, de repente, já não estou mais aqui. Meu pensamento voa e, de novo, estou saindo da chácara em que morávamos, no atual bairro Santa Rita, para encontrar minha inseparável amiga, Lila Teixeira (hoje Schoffel), na Ovídio de Abreu.
De lá nos dirigíamos para a Missa das nove, na Matriz. Andar para nós aquela distância, naquele tempo, não era senão um “pulinho” apenas.
Íamos sempre de roupa nova, em cima do salto, com meia fina, duas alegres adolescentes, cheias de graça, encantadas com a festa da Vida. À nossa frente, o futuro era apenas um sonho colorido, um caminho atapetado de flores e esperanças.
Assistíamos a Missa com toda piedade, mas nossos corações estavam aos pulos, esperando o momento mais desejado do dia, quando a Missa terminaria e nós iríamos em direção à Praça de Esportes, onde, na “boate”, a hora dançante do domingo nos esperava.
Lá, das dez às treze horas, ou, algumas vezes, até às catorze, dançávamos contentes. Jamais levamos “chá de cadeira”. Éramos disputadas e o romantismo predominava: olhos nos olhos, mãos a tremer de emoção, ligeiramente abraçadas aos nossos pares.
Podíamos chegar a casa um pouco mais tarde, pois domingo era dia de “ajantarado”, isto é, um almoço farto e variado, em que se comia na parte da tarde.
Às dezesseis horas, tínhamos a infalível matinê e, à noite, o “footing” na Praça Coronel.
Tempos de inocência e pura alegria!...
Poderíamos imaginar que, na descida da ladeira da vida, estaríamos ainda juntas, mas sós?!
Não nos casamos muito cedo para aquela época, pois moça, depois dos vinte anos, já estava no “barricão”.
Eu ainda me casei na década dos vinte com aquele que, hoje sei, era o verdadeiro amor de minha vida. Isso depois de inumeráveis paixões que ainda me confundiriam mesmo no futuro.
Ela, embora muito cortejada, sempre esperando por seu “príncipe alto, louro, de olhos azuis”.
Um dia, ele chegou lá das “estranjas” e eu e meu marido fomos padrinhos dessa tão esperada união.
Mas, a vida nem sempre piedosa e justa, depois de muita festa, nos bateu na cara com a dura realidade de perdermos, ambas, os nossos companheiros.
E, hoje, sem pai e mãe, sem marido, que sempre foram meus refúgios, meus amigos mais queridos, meus portos seguros, onde poderia sempre aportar com tranqüilidade, mesmo depois das loucuras da juventude, vivido o luto, ainda vejo a vida como uma bela aventura e um grande aprendizado.
Jamais eu e ela perdemos a paixão pela vida e o encantamento de, pelo caminho, observar as belezas, bênçãos de Deus.
Mesmo agora quando a doença terrível toma conta de seu organismo, com a sombra da morte ameaçando-a, ela sorri e ainda brinca.
Hoje, quando ao alvorecer, um raio de luz bate em mim, agradeço sempre ao Senhor pelo dom supremo da vida.
Dores e alegrias, encontros e desencontros, chegadas e partidas sempre os teremos. Mas, nada disso faz a vida menos bela...
Agora que nossos filhos já são adultos, quase na maturidade, temos a alegria dos netos, que nos trazem de volta o encantamento da infância de nossos filhos.
Como alguém pode abominar a Vida, quando ela nos presenteia, a cada dia, com tanta beleza e tantas graças?...
Tudo passa... Momentos de alegria e aqueles de dor. O tempo vai nos esculpindo de formas diferentes, mesmo guardando traços da juventude, e nos dá, hoje, o maior dos presentes: a Sabedoria.
A única tristeza real, na velhice, é não encontrarmos mais pela nossa querida cidade os traços concretos, palpáveis, de nossa juventude, pois o passado vai sendo dilapidado pela ganância impetuosa do homem que fez Montes Claros perder as suas mais belas características.

Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79468
De: Ivana Rebello Data: Segunda 16/2/2015 13:18:51
Cidade: Montes Claros

O filho de Jayme Rebello: um menino que nadava nas águas do Rio Vieira


O culto da exatidão atrapalha-me. Afinal o que importa é a cronologia do sentimento, e não a do calendário.
Cyro dos Anjos


Um dos passageiros do navio que aportava no Rio de Janeiro, em setembro de 1900, era um menino com 13 anos incompletos, chamado Jayme Rebello. Trazia de seu um embrulho, com seus poucos pertences, uma carta de recomendações a um parente distante e uma vontade de " fazer a vida" no Brasil, então terra de oportunidades. Deixara mãe, irmãos e a pequenina Aldeia de Sanjurge, vinculada ao município de Chaves, situada muito próxima da Espanha, numa distância que não chega a dez quilômetros.
Jayme Rebello fixou-se na cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou na casa comercial Gomes de Castro & Cia, do ramo de armarinhos e ferragens. Posteriormente tornou-se "cometa" como eram conhecidos os caixeiros-viajantes, que se tornaram, na verdade, responsáveis pelo abastecimento comercial do interior do Brasil. Iam onde os trilhos do trem de ferro não alcançavam; percorriam as fazendas e as casas de comércio das pequenas cidades interioranas, levando produtos dos mais diversos gêneros e notícias do eixo Rio de Janeiro- São Paulo.
Em 1916, Jayme Rebello decidiu fixar-se na cidade de Montes Claros. No ano seguinte, casou-se com Dolores Quiroga Lafetá, chamada doravante de Dolores Lafetá Rebello ou "Dona Lourinha", como era mais conhecida. Em 1918, nascia o primeiro dos 15 filhos que teriam: Antônio Lafetá Rebello. Depois dele vieram Jayme Rebello Filho, Elza Lafetá Rebello - falecida ainda na infância -, Maria Clara Rebello, Dulce Lafetá Rebello, João Lafetá Rebello - morto na juventude -, Olga Rebello, Fábio Lafetá Rebello, Carmen Lafetá Rebello, Vera Rebello Pires, Roberto Rebello, Lúcia Rebello Athayde, Isabel Rebello de Paula, Célia Lafetá Rebello e Geraldo Lafetá Rebello.
Toninho Rebello cresceu numa Montes Claros antiga e pacata. Nasceu um ano depois da chegada da luz elétrica ao município, considerada por muitos o primeiro grande passo da cidade rumo ao progresso. Um trecho do livro Montes Claros, sua história, sua gente e seus costumes, de Hermes de Paula,
dá aos leitores de hoje o significado afetivo e histórico do fato:
Quando enfim o cronometro feriu as oito horas e a luz se fecha clara, brilhante, majestosa, um verdadeiro delírio se apossou de todos os circunstantes, que romperam em vivas e palmas uníssonos e entusiásticos." (PAULA, 1957, p. 25). Era a luz que chegava! Depois, muitos foram comemorar no baile de gala, na Escola Normal.
Nos primeiros anos de vida, em idade escolar, Toninho Rebello foi morar com a avó materna, Dona Quita Lafetá, pois precisava estudar e seus pais, Dolores e Jayme Rebello residiam por essa época na fazenda Cedro, um pouco distante da cidade.
Em 1926, quando Toninho era um menino de oito anos, é inaugurada a 1ª agência bancária em Montes Claros, na rua que hoje tem o nome de Dr. Veloso, n. 490. Deu-se, naquele mesmo ano, a chegada da ferrovia à cidade. A ferrovia era a maior reivindicação do Norte de Minas Gerais ao governo da união. O Brasil emergia como nação, sedento do novo, abrindo estradas rumo ao interior. A moeda era o real, os famosos "mil-reis". O café também era uma moeda forte: movia a economia e gerava enriquecimento à sombra de suas plantações. Do sul de Minas Gerais até o interior de São Paulo, as lavouras de café avançavam fazendo algumas fortunas. A semana de Arte Moderna de 1922, que provocaria estardalhaço em São Paulo, assinalava uma vontade de sair de uma realidade agrária, rural, para entrar em novos tempos. O apito das fábricas, nos bairros operários, era um chamado insistente à industrialização.
O sertão de Minas Gerais, norte árido, cerrado rude, parecia apartado de toda essa movimentação, até a chegada do trem de ferro. Para a maioria da população o trem de ferro representava o progresso. O trote sincopado dos cavalos e o ritmo lento dos carros de bois perderiam pouco a pouco seu espaço, dando lugar ao ritmo frenético de uma modernidade a que o Brasil ansiava.
Montes Claros, daquele início de século XX, contava com cerca de 30.000 habitantes. Sua economia girava em torno da agricultura, em que se destacava a produção de grãos; de uma incipiente indústria, que contava com fábrica de tecidos, a Cedro Madureira, da qual Jayme Rebello foi um dos primeiros proprietários; uma charutaria e um comércio, movimentado por caixeiros-viajantes e representantes comerciais. Havia um jornal que já apresentava, naquela época, caracteres de uma modernidade emergente: continha fotos, charges e desenhos em seu espaço, e trazia, para o deleite das damas da época, publicações dos folhetins, que levavam para o sertão ensolarado os dramas de uma Europa gótica e enevoada.
O trem de ferro, entre outras coisas, fomentaria o comércio de gado, dando impulso às atividades dos invernistas. Mas, essencialmente, o trem de ferro representava, no sonho de muitos sertanejos, a ligação de Montes Claros com o resto do Brasil.
Toninho Rebello, menino como todos, cresceu jogando futebol no largo da Matriz, junto à Capela de Nossa Senhora e São José, onde nasceu a cidade. As casas, que foram surgindo atrás da igreja, passaram a ser chamadas de Rua de Baixo, porque ficavam mais próximas do rio. Naquele tempo, era ali que se concentravam os grandes acontecimentos e festejos, incluindo as festas de Agosto, com suas alegres cantorias e seu colorido mestiço: afro, lusitano e bugre - herança de três matizes. A casa que Jayme Rebello construiu, e na qual nasceram quase todos os seus filhos, ficava ali nas proximidades, na antiga rua Direita, hoje rua Dr. Veloso, próximo ao casarão dos Oliveira. O português arrematara em hasta pública o prédio em que funcionava a antiga Câmara Municipal, para ali construir morada. Até hoje a casa resiste aos rumos da vertiginosa expansão imobiliária por que passa Montes Claros, nos dias atuais.
À noitinha, as famílias reuniam-se na porta das casas. As cadeiras eram dispostas em semicírculo e, uma a uma, iam todos chegando para o serão cotidiano. Nessas rodas familiares, discutiam-se assuntos os mais variados: eram dadas as notícias de nascimento ou de noivado, falava-se de política e de religião e também se liam os capítulos dos folhetins, que eram ansiosamente aguardados.
Toninho foi um menino como todos os meninos daquela Montes Claros antiga. Corria livre pelas ruas enlameadas, caçava passarinho, jogava pedras, ia nadar escondido no Rio Vieira; diversão proibida, por causa da xistose ou esquistossomose, verminose bastante comum naquela região pobre.
Contraiu xistose algumas vezes, e teve melhor sorte que seu irmão, Joãozinho Rebello, que morreu, alguns anos depois, vitimado dessa doença de sertanejo.
Somente uma vez o menino Antoninho apanhou do pai.
Montes Claros acabara de receber um novo sistema de iluminação elétrica, que maravilhou a todos. Era a luz que chegava, agora com mais força e maior alcance, permitindo que os serões familiares se encompridassem e com ele, a gostosa prosa do final do dia.
Numa tarde, um carro de boi passa defronte à casa de Jayme Rebello com seu ritmo lento e sua cantiga arrastada.
Entreolharam-se os três filhos mais velhos de Jayme Rebello: Toninho, Jayminho e Joãozinho. A um sinal positivo do mais velho, aboletaram-se todos no carro de boi e rumaram para o alto da serra, somente para ver as luzes da cidade se acendendo. A visão da cidade iluminada enterneceu o coração do menino Toninho: começara muito cedo a sua história de amor com sua cidade...
No entanto, a casa de Jayme e Dolores estava em polvo-rosa com o sumiço dos três meninos. Procuram nas vizinhanças, nos poços, nas beiras de rios e córregos, nos fundos de cisterna e nenhum sinal dos fujões. O alarme se estendeu aos amigos e conhecidos, que logo se propuseram a ajudar nas buscas. A noite já ia adiantada, quando os três reapareceram.
Haviam voltado a pé da serra, embevecidos com o espetáculo da cidade iluminada, mas não escaparam das reprimendas da mãe e de um bom corretivo do pai.
Toninho Rebello afirmaria, durante toda a vida, que nunca quisera ser doutor, mas sua formação educacional seguiu a tradição das famílias abastadas da época. Estudou as séries iniciais no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e continuou os estudos como interno, no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, pertencente à Congregação do Verbo Divino e dirigido por padres alemães. A semelhança do personagem Sérgio, do conhecido livro O Ateneu, de Raul Pompéia, Toninho deixava a vida de menino livre de cidade interiorana para ali conhecer outro mundo. Mundo de regras e horários rigorosos, no qual as cartas dos pais chegavam muito demoradamente e só eram passadas aos estudantes depois de abertas e lidas pelo olhar de censor dos padres. Ali também estudaram Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa.
As férias eram períodos ansiados, mas nem sempre, devido às dificuldades com transportes e comunicação, era possível gozá-las em casa, na sua cidade. As irmãs Maria Clara e Dulce se recordam que, inconformado com a rigidez monástica, a ausência de seus passeios às margens do Rio Vieira e dos alegres serões de sua terra natal, Toninho, certo dia, foge da severa vigilância dos padres alemães e vai buscar acolhida em casa de uma parente, irmã de seu tio avô, que morava em Belo Horizonte. Os parentes insistiram em demovê-lo da ideia, tentam argumentar com ele; por fim, quiseram leva-lo à força de volta ao colégio. Os padres, também chamados, tentam levá-lo de volta ao colégio, mas o menino, irredutível, agarra-se à barra de um antigo fogão de ferro com todas as forças, negando-se a voltar à escola. Quase que o fogão ia perdendo uma parte...
Nunca se soube de fato o motivo real de tamanha resistência, disso ele nunca falou. Voltou ao colégio para completar os estudos, mas na condição de aluno externo. O episódio, no entanto, já revelava, no menino de ontem, uma das características mais evidentes no homem que seria: a teimosia.
Certa feita, muitos anos depois, quando Toninho já era prefeito de Montes Claros, em entrevista, o jornalista Jorge Silveira perguntou-lhe se era verdade que ele era um " cabeça dura", como diziam. Toninho riu: Não sou cabeça dura, sou determinado. Aliás, sou de uma família de teimosos...
Lembrou-se, na ocasião, de um caso quase folclórico na família Lafetá, de quem descendia sua mãe, Dona Lourinha.
Um parente, querendo demonstrar convicção, agarrou-se a um garfo, aos 16 anos, determinado a não soltá-lo nunca, até o fim dos dias. Segurou-o até os 36 anos, quando largou o garfo e morreu. Desde então, na família, quando alguém se aferra convictamente a uma decisão, não se mostrando disposto a considerar outros pontos de vista, sempre há quem se lembre do fato e saia com a admoestação: Olha o garfo, olha o garfo... Toninho Rebello, em sua vida pessoal e pública, algumas vezes ouviu esse refrão.
Como filho, foi obediente, pois era muito difícil escapar à severa rotina da casa de Jayme Rebello. Brincalhão com os irmãos, espirituoso desde sempre, vivia pregando pequenas peças nos mais novos. Nas noites, sob as luzes débeis da época, escondia-se sob um lençol branco e passava pela janela do quarto das meninas, fazendo barulhos fantasmagóricos. Gritos de susto, sobressaltos e balbúrdia eram, pouco depois, contidos pela voz do pai que pedia silêncio e mandava todos para a cama.
Praticava esportes, principalmente vôlei e basquete. Não chegou a destacar-se como um dos melhores, mas também não era dos piores, conforme ele próprio se lembrava. Foi faixa preta de judô, sendo, inclusive o responsável por trazer o esporte para a cidade. As aulas aconteciam no então Clube do Ateneu, clube que ajudou a fundar, e cuja sede era o Estádio João Rebello, em homenagem ao irmão que fora grande desportista e que falecera precocemente.
Desde os 16 anos, Toninho sentia uma necessidade de se envolver com alguma coisa pública, participando de várias agremiações e clubes de interesses os mais variados: futebol, filatelia, banda de música. Herdara o espírito pioneiro do pai.
Participou ativamente do Combinado Padre Osmar, como atleta. Era integrante do Grêmio Literário, ao lado dos amigos de sempre José Gomes e José Laércio. Dessa agremiação é que surgiria, mais tarde, o Ateneu, do qual presidente e em que muito trabalhou. Mas essa já é outra história.
Revolver o tempo à cata das histórias de infância de Antônio Lafetá Rebello foi também um gratificante reencontro com a história de Montes Claros. Muitos meninos, como ele, de uma cidade antiga, que percorreram a Rua de Cima e a de Baixo, viram os mouros e cristãos lutarem nas cavalhadas, ali, perto do Fórum; subiram em pé de goiaba; pegaram piaba no Rio Vieira; jogaram pião e empinaram papagaio. Meninos homens, meninos-velhinhos, meninos de outra cidade.
No Toninho menino, encontrei vestígios do homem adulto. Desde pequeno fora corajoso e arrojado. Muitos anos depois, como prefeito de sua cidade natal, ele deixaria grafadas na história e na paisagem dessa cidade seu compromisso com sua gente.


(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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Mensagem N°79467
De: José Prates Data: Segunda 16/2/2015 12:55:38
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

VIVER, NA ACEPÇÃO DA PALAVRA

Quando nos aposentamos e nos dispomos ao “descanso” em casa, sem nada a fazer, a não ser ler o jornal pela manhã, chega-nos um momento em que nos sentimos incomodados com a falta de ocupação da mente e do corpo em qualquer ação que nos desperte para a vida. Viver, na acepção da palavra, é manter-se em atividade mental ou física com criações ou afazeres que mantenham a mente e o corpo em plena atividade. Qualquer órgão parado, sem função, sem exercício, atrofia, morre. A mente, principalmente. Sem ocupação positiva, passa a criar coisas desinteressantes, às vezes, prejudiciais à própria mente. Muitas pessoas desculpando-se pela ociosidade mental, dizem que sua idade não permite à mente fazer isso nem aquilo porque a idade avançada interfere na ação mental. Ou seja, passam a pensar e agir como velhos incapazes, sempre com a desculpa de que isto ou aquilo não é mais pra sua idade. Realmente, existem procedimentos que não são para a idade avançada, principalmente, nas mulheres, como, por exemplo, a maneira de trajar-se. Algumas mulheres idosas usam trajes que chegam ao ridículo. São poucas, mas, existem as que não se conformam com a velhice e na vestimenta buscam mostrar juventude. É uma maneira de confortar a si própria, mostrando, pelo traje, que a velhice não chegou. Mas o procedimento não deve ser este. O ideal é aceitar e cuidar da velhice do corpo, sem deixar a mente “envelhecer”. É mantê-la jovem, com idéias jovens, enriquecida pela experiência adquirida no trajeto percorrido na estrada da vida, evitando, porem, procedimentos que cheguemA ao ridículo.
Quantos e quantos idosos, homens, mulheres, com sessenta, setenta, oitenta e até noventa anos estão levando aos jornais seus artigos, suas crônicas, com criticas ou elogios aos acontecimentos no país, que os jornais publicaram. São mentes conservadas na juventude, mantidas, porem, num corpo velho. Está aí, Anselmo Gois, noventa anos, com a mente jovem trazendo a nós seus comentários inteligentes sobre Isto ou aquilo que aconteceu no país. Não é um jovem, mas, mantém a mente jovem para nos servir. Como ele é, existem muitos outros, nas diversas atividades da vida. O envelhecimento do corpo é natural pela ação do tempo. A vida que o jovem leva hoje, nesse mundo tumultuado, influencia como ele estará na terceira idade. Mas, nuca é tarde para começar a se cuidar. Por isso é que devemos levar a essa juventude o estimulo à vida produtiva em sociedade, sem egocentrismo. Isto porque o sentimento de fraternidade deve existir na sociedade como um meio de união nas ações sociais ou de trabalho. O sentimento de fraternidade gera o amor ao próximo que elimina o egocentrismo. Por isso é necessário na sociedade. É por isso que devemos lutar, levando ao jovem de hoje a idéia da fraternidade como principio de vida em sociedade.

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Mensagem N°79466
De: Médica Data: Segunda 16/2/2015 10:56:30
Cidade: M. Claros

Tenho um parente que esta internado no Hospital HU(Hospital Universitário de Montes Claros) e ficamos sabendo que não tem médico para atendimento hoje, O que sera dos doentes ali internados? O que devemos fazer nestas condições?

caro Luis, os pacientes internados no HUCF são assistidos por médicos diferentes dos plantonistas do PA. São escalas diferentes. Normalmente interna-se para um médico que passa todo os dias a visita, avalia, olha exames, faz evolução, etc. E se acontecer algo aos que estão internados, existe um médico exclusivo para intercorrencias dos internados. A falta de plantonista do PA prejudica atendimento de casos novos e da porta de entrada, não da internação.

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Mensagem N°79465
De: João Data: Segunda 16/2/2015 10:21:23
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O Hospital Universitário (HU) vive uma crise imensurável em sua administração aja visto que os seus funcionários dispõe de condições totalmente inadequadas de trabalho tais como: falta de funcionários para grande demanda de pacientes , falta de matérias para prestar o atendimento inclusive de EPIs, medicamentos sempre em falta além de tudo isso recebem uma alimentação de má qualidade tendo sido cortada a quase 2 meses do cardápio a carne.
Como não se bastasse tudo isso não estam recebendo parte dos benefícios como vale alimentação por exemplo e a grande defasagem dos vencimentos.
Fica uma alerta a todos que precisam dessa importante instituição de saúde ; será que da pra confiar nossos entes em funcionários que mesmo sendo bastante capacitados não tem estímulo e motivação para exercer suas funções além de sobrecarregados.

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Mensagem N°79463
De: Luiz Data: Domingo 15/2/2015 21:09:51
Cidade: Minas Gerais

Tenho um parente que esta internado no Hospital HU(Hospital Universitário de Montes Claros) e ficamos sabendo que não tem médico para atendimento hoje, O que sera dos doentes ali internados? O que devemos fazer nestas condições?

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Mensagem N°79462
De: Antonio Geraldo Data: Domingo 15/2/2015 17:21:42
Cidade: Moc

" Em quatro anos, a transformação Tendo sido eleito como candidato único em 1966 (mais adiante contarei como se deu a escolha), o prefeito Antonio Lafetá Rebello tomou posse no início de 1967. Recebeu a prefeitura com salários atrasados em três meses. (...)"

Nesta falta de pessoas sérias, principalmente na política temos que apelarmos ao saudosismo para lembrarmos de uma pessoa de integridade ímpar,que infelizmente, é convenientemente esquecida pela sociedade. Ainda me lembro de Toninho Rebello dirigindo o seu corcel particular, cena inacreditável por se tratar da maior cidade do norte de Minas. hoje nos deparamos com frequência com prefeitos de cidades com o pior idh do pais ostentando carrões oficiais com motoristas.Mas me permita o jornalista corrigir um equívoco, a vila ipê até o início da década 80 tinha dois quarteirões da av Presidente Kennedy com um calçamento, contemplando a residência do Ex. vice prefeito Ivanir Pereira e a sede do DNOCS. Portanto meu caro jornalista, a pavimentação da vila ipê ou bairro Edgar Pereira foi pago compulsoriamente pelos moradores.

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Mensagem N°79461
De: PM Data: Domingo 15/2/2015 12:49:11
Cidade: Montes Claros

Policiais Militares ontem, 14, por volta das 18h20min, quando em patrulhamento pela Rodovia MGC, 251, Km 610, Coração de Jesus/MG, quando receberam informações que havia ocorrido um acidente de trânsito envolvendo um caminhão e uma motocicleta na citada rodovia. No local, em contato com M. A. R. G., 31 anos, condutor do caminhão, VW/24.250, placa HMA-1482/Montes Claros/MG, este relatou que transitava pela rodovia, sentido Coração de Jesus/trevo da BR 365 quando, numa curva, visualizou a motocicleta Honda Twister, 250, placa GZY-1446/Montes Claros/MG, conduzida por W. S. S., 1º Sgt PM, pertencente a Banda de Música da 11ª RPM, transitando na contramão de direção; que tentou impedir o acidente porém, não conseguiu evitar a colisão frontal entre os veículos; que acionou o socorro, comparecendo ao local uma equipe do SAMU, que constatou o óbito. Perícia compareceu ao local, realizou os trabalhos de praxe, liberando o corpo ao serviço funerário para encaminhamento ao IML, em Montes Claros/MG. Os materiais pertencentes à vítima foram encaminhados ao Pelotão PM em Coração de Jesus/MG. O veículo caminhão foi liberado ao seu condutor.
***
Policiais Militares hoje, 15, por volta das 2h44min, compareceram na Av. Américo Martins, Bairro Jaraguá, nesta cidade, onde, segundo a vitima transitava pela estrada da produção em seu veículo VW Gol, placa GTZ-9503, cor vermelha, ao reduzir num quebra-molas, foi surpreendido por aproximadamente cinco indivíduos, que o abordaram dizendo que se não entregasse o veículo atirariam. Após o roubo os indivíduos evadiram levando o veículo e um aparelho celular. Rastreamento continua.

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Mensagem N°79460
De: Carlos Data: Domingo 15/2/2015 11:10:45
Cidade: Montes Claros/MG

Faleceu vitima de acidente de motocicleta próximo a Montes Claros, o instrutor Bianchini da Auto Escola Vitória. Deus conforte a família e os amigos.

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Mensagem N°79459
De: David Data: Domingo 15/2/2015 08:26:08
Cidade: Montes Claros

É com muita tristeza que venho comunicar o falecimento do meu amigo e colega 1º Sgt Wellington, componente da Banda de música do 10º Batalhão, vítima de acidente de trânsito ocorrido na rodovia de acesso à cidade de Coração de Jesus.ontem por volta das 19:00 horas o militar se deslocava para trabalhar em reforço naquela cidade e, quando já se aproximava daquela localidade, ao fazer uma curva, colidiu de frente com um caminhão, sendo inevitável o óbito. Exímio "tarolista" que será insubstituível. Desejo a todos os familiares meus sentimentos, que Deus conforte a todos neste momento de dor.

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Mensagem N°79458
De: Jorge Silveira Data: Domingo 15/2/2015 14:25:39
Cidade: Montes Claros

Em quatro anos, a transformação

Tendo sido eleito como candidato único em 1966 (mais adiante contarei como se deu a escolha), o prefeito Antonio Lafetá Rebello tomou posse no início de 1967. Recebeu a prefeitura com salários atrasados em três meses. Pedro Santos, seu antecessor, não se notabilizava pela organização. Era grande medico, humanitário, atendia Deus e o mundo sem cobrar nada e por isso mesmo tinha milhares de votos sem precisar fazer campanha. Quando se elegeu, sucedendo o engenheiro Simeão Ribeiro Pires - o maior tribuno que já conheci - derrotou a dobradinha Maurício e Mário (os médicos João Valle Mauricio e Mário Ribeiro), considerada favoritíssima. Pedro Santos era tão desligado que uma vez foi fotografado, numa solenidade, calçando uma meia preta e outra branca. Não poderia ser um bom prefeito. Não tinha nada de administrador, mas tinha votos, pela grande alma que era. Por sinal, sua desastrada administração foi o motivo mais forte de as lideranças politicas do município optarem por uma candidatura única para sucedê-lo, convergindo para o nome de Antônio Lafetá Rebello. Toninho Rebello assumiu sabendo que ia administrar um pepino formidável. A cidade crescia ao deusdará. E as primeiras indústrias da Sudene chegando. A fábrica de cimento (Matsultur) e o Frigonorte já eram praticamente uma realidade. E quase toda a cidade sem calçamento, sem rede de esgoto sem escolas e postos de saúde nos novos bairros que surgiam. O mercado era tao antigo como a cidade, bem no centro (na praça Dr. Carlos) e ameaçava despencar na cabeça dos usuários. Rodoviária praticamente não existia, era uma coisa horrível e acanhadíssima próxima à Estacão Ferroviária. Era problema e mais problema para ser resolvido e Toninho sabia tudo que iria enfrentar. Mas não era homem de se intimidar. Ao contrário de Pedro Santos, primava pela organização.
Quando aceitou ser candidato, já tinha arquitetado tudo o que iria realizar.
Sua primeira ação, antes mesmo de assumir, foi escolher um secretariado de primeira grandeza, sem nenhuma interferência politica. Na chefia de gabinete, Expedito Guarinello, amigo e de sua extrema confiança. Para tomar conta do cofre, Orlando Ferreira Lima, homem seriíssimo e ex-fiscal de rendas do estado, acostumado com finanças. Para a Educação, outro amigo do peito, Julio Gonçalves Pereira, no qual depositava total confiança. Na saúde, o médico Ildeu Macedo, competente e de família tradicional. Para procurador da prefeitura, a escolha recaiu num jovem advogado, Afonso Prates Correia, privilegiada inteligência (quase um gênio), filho de português (Seu Correia). Mais tarde, Afonso chegaria a Sub-Procurador Geral da República, o que mostra como Toninho enxergava longe. Para a secretaria de obras, considerada primordial para o projeto que pretendia realizar, ele escolheu outro jovem promissor, com pouca experiência, mas que seria "o burro de carga" da administração: Geraldo Magela Maia, humilde, quase invisível, mas que ombreava com Toninho no trabalho incansável. Começava às seis da manhã e só parava já à noite. Almoçava quando dava. Não deixava obra parada por um segundo sequer.
Mas Toninho sabia que apenas um secretariado de primeira era pouco. Ia precisar de muito mais ajuda, pois tinha planos ambiciosos para a cidade. Assim, cooptou para ajudá-lo na área de projetos o jovem arquiteto José Correa Machado, da Construtora Casa Grande, que seria de inestimável colaboração na realização das obras da prefeitura, mais como um consultor. Foi o projetista do Centro Cultural. Machado ajudou Toninho inteiramente de graça, sem nunca receber um tostão. Mas se projetou muito e mais tarde se elegeria vereador e também secretário do prefeito Jairo Ataíde. Foi também presidente da Sociedade Rural de Montes Claros. Pouca gente sabe, mas Machado era o candidato escolhido por Toninho para sua sucessão, em seu primeiro mandato. Ele acabou não aceitando, pois além da Construtora Casa Grande, estava envolvido na implantação da SIOM, fábrica de óculos e de material óptico, com recursos oriundos dos incentivos fiscais da Sudene. E também previa que derrotar Pedro Santos seria tarefa quase impossível.
No programa de obras idealizado por Toninho, o carro chefe era a implantação de aproximadamente 200 quilômetros de asfalto em ruas da cidade sem nenhuma pavimentação, começando pela área central, que regorgitava de poeira na seca e de lama na chuva. Depois avançaria para os bairros, todos, sem exceção, sem pavimentação. Todos os Santos, São José, Vila Guilhermina, Santo Expedito, Alto São João, Funcionários, Cândida Câmara, Jardim São Luiz, Vila Brasília, Vila Ipê (hoje Edgar Pereira), Morrinhos, todos seriam asfaltados. Para bairros mais distantes, como Santos Reis, Três Pilastras, Delfino, Santo Antônio, Eldorado e outros, seriam asfaltadas as vias de acesso. Era muito asfalto previsto para muito pouco tempo. Toninho, então, motivou um grupo de empresários da cidade a formar a Pavisan, para disputar as muitas licitações que haveria nesta área de asfaltamento. A idéia deu certo e os engenheiros Jamil Habib Curi, Evanildo Guedes Fragoso, José Correa Machado, formaram a Pavisan, que seria responsável por grande parte dos serviços de asfaltamento realizados na primeira gestão de Toninho.
Mas a primeira grande obra de Toninho, tão logo se elegeu, pouca gente se lembra. Foi a construção de rede de esgoto e águas pluviais em toda a área central da cidade. Ruas como Dr. Santos Dr. Veloso, Camilo Prates, Afonso Pena, Presidente Vargas, Simeão Ribeiro e outras não possuíam rede de esgoto. Eram fossas em todas as casas. Antes mesmo de assumir, Toninho negociou com a DNOCS para que as obras fossem realizadas por aquele órgão federal. Muito amigo de Joaquim Costa, que era diretor regional do órgão na época, e com o apoio do deputado Edgar Pereira, em Brasília, conseguiu que o governo federal, através do DNOCS, realizasse toda a obra, com custo zero para a prefeitura. Foi sua primeira grande vitória poucos meses depois de assumir. Sem alarde, sem qualquer publicidade - a não ser a gratuita dada pelos dois jornais da cidade - mas com um trabalho sério e planejado, em seu mandato Toninho Rebello mudou completamente o aspecto urbanístico de Montes Claros. A cidade ficou pronta para receber as indústrias da Sudene. E recebeu dezenas. Mas isto é outra história, que deixo para historiadores mais competentes.
Além de asfaltar praticamente toda a cidade com asfalto de primeiríssima qualidade, de implantar a rede de esgoto e de águas pluviais em toda a área central, Toninho construiu dois novos mercados municipais (um na rua Joaquim Costa/esquina com Belo Horizonte, outro na rua Melo Viana), o Parque Municipal Milton Prates (com sua avenida de acesso), várias escolas e postos de saúde na cidade e na zona rural, tudo isso em apenas quatro anos. E entregou para seu sucessor Pedro Santos, uma prefeitura organizada e com alguns milhões em caixa. Fato que repetiria em 1983, quando transferiu a prefeitura para Tadeu Leite, que recebeu uma administração municipal enxuta e com o cofre abarrotado de dinheiro. Ao contrário da maioria dos prefeitos, Toninho conseguia não apenas realizar muito, mas também economizar como poucos.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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Mensagem N°79457
De: Marcelo Antonio Pereira Duraes Data: Sábado 14/2/2015 12:34:11
Cidade: BOCAIUVA/MG

e um absurdo :tentei comprar o novo extintor de incendio para revenda no meu estabelecimento aqui em bocaiuva, a fabrica me pediu 300 dias para entregar o pedido

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Mensagem N°79456
De: Polícia Militar - 11ª RPM Data: Sábado 14/2/2015 12:31:54
Cidade: Montes Claros

Policiais Militares ontem 13, por volta das 20h45min, compareceram na Av. Engenheiro Rolando Trindade Bassi, Bairro Jardim Alvorada, nesta cidade, onde,segundo informações os presos do Presídio Alvorada haviam colocado fogo em vários colchões no interior das celas. No local já se encontrava uma equipe de resgate de Bombeiros Militar e um caminhão de apoio contra incêndios; também compareceu ao local 04 (quatro) equipes do SAMU que prestou os primeiros socorros aos detentos, vítimas de intoxicação. Equipe de Policiais Militares do Canil e integrantes do Grupo de Intervenções Rápidas do presídio regional, adentraram ao local e assumiram o controle das ações. Nove detentos, após receberem atendimento, foram encaminhados à HPS locais para serem medicados. Segundo os diretores tudo começou devido a reclamação dos detentos quanto a superlotação das celas. A situação foi controlada e os agentes penitenciários procederam as buscas nas celas onde encontraram vários objetos como chuço, pedaços de ferro e de cerra.

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Mensagem N°79455
De: Lorenna Data: Sexta 13/2/2015 12:50:31
Cidade: Montes Claros-MG

Pessoal, o que está acontecendo no Vera Cruz? Quanta violência a troco de vidas! Fico indignada com tanta violência. Muito Triste! Não podemos andar com nossos filhos nas ruas, ir a uma padaria, na praça, em nada mais. As ruas próxima a Quadra/Escola está cheia de "(...)" Armados e com drogas. Pelo amor de Deus! Prendam esses marginais e não soltem mais. Na noite de quarta feira, muitos tiros... aos marginais que levaram tiro acho é pouco, mais a moça que estava na porta da casa que não tem nada a ver, levou um tiro na mão e raspou o peito, se tivesse atingindo o peito poderia está morta. (...)

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Mensagem N°79454
De: Gustavo Mameluque Data: Sexta 13/2/2015 13:43:10
Cidade: Montes Claros

Faleceu ontem em Guaraciama o Jovem Jonathan Meira dos Santos, 26 anos, vítima de um Acidente na Propriedade de sua família. Egresso do Curso de Administração das Faculdades Santo Agostinho, Produtor Rural e Pequeno empresário, era casado e deixa filha. Tive a alegria de ser Professor de Direito do Jonathan no Curso de Administração. Para ele e família deixamos a seguinte mensagem após o Sepultamento ocorrido hoje em Montes Claros. Jonathan é o primeiro aluno que perco. Que perco para a eternidade. Foram mais de dez anos de magistério para que me encontrasse com esta realidade. Talvez outros professores já tenham vivido esta triste experiência. É como se a gente perdesse um " filho". Especialmente Jonathan que era além do mais meu vizinho sendo que o conheci ele ainda tinha 13 anos de idade. Desejo a seus pais Argemiro e Betinha a força da fé e o bálsamo da esperança. Com certeza, como lembrou Pe. Avilmar na sua missa de hoje, um dia, todos nos reencontraremos. " A certeza que eu tenho em mim, é que um dia verei a Deus. Contemplá-lo com os olhos meus é a felicidade sem fim".

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Mensagem N°79453
De: Allan Data: Sexta 13/2/2015 11:43:09
Cidade: montes claros/MG

Soluções mágicas Isaías caldeira Um dia, quando criança, peguei um sofrê com as mãos. Acho que andei pegando mais um ou outro pássaro. Foi o bastante para meu pai alardear meus poderes sobrenaturais na cidade que só conheceria anos depois, quando parti da roça para estudar em Montes Claros. Aqui chegando, logo minhas tias e primos queriam saber dos meus dons extraordinários. (...)

Mais uma vez o Dr Isaías nos presenteia com lúcidas e surpreendentes considerações acerca do sistema de justiça em nosso país. Aos nossos governantes e políticos cada vez mais desacreditados por uma população que clama por segurança, saúde, etc, etc parafraseio o ilustríssimo autor: "Parece simples, mas é preciso coragem para se fazer o óbvio, deixando de lado malabarismos jurídicos e retóricos."

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Mensagem N°79452
De: Ivana Ferrante Rebello Data: Sexta 13/2/2015 11:32:36
Cidade: Montes Claros/MG

"Ivana, Acho mais que justo escrever sobre Montes Claros, seus grandes homens, suas memórias. As gerações que virão tem o direito de sabre da sua história.Dr.Hermes de Paula teve esta preocupação ao escrever ´MONTES CLAROS - Sua História, sua Gente, seus Costumes´. Também é justo escrever e lembrar que uma dia tivemos um lindo mercado municipal, uma igrejinha que era uma jóia, chamada do Rosário, de um prédio onde funcionou um dos melhores colégios de MG e no entanto, todas essas edificações foram demolidas. Isto para atender um falso desenvolvimento que nada de bom ofereu em troca. Eram edificações que só pediam manutenção. Memórias vivas de uma cidade assim como são os casarões atrás da Matriz. Estes tem história e felizmente são preservados. As novas gerações não sabem que ao lado da catedral havia o cemitário velho. Terreno que pertencia à Igreja. Os ossos dos pioneiros foram retirados e levados para nem sei onde. Na época, foi uma grita contra esses fatos, mas a igreja levou a melhor e hoje, temos aquela área toda loteada pára o comércio. Em Buenos Aires, os argentinos acham chique morar ao lado da Ricoleta. Velho cemitério, pleno de história. Outra cultura(?). Há que se ter muito cuidado nas intervenções urbanas de modo a não ferir a cidade e preserva-la. Estas minhas preocpações são inerentes ao arquiteto urbanista que sou e amante de uma Montes Claros querida. Se aas grandes cidades do mundo tem estas preocupações, por que nós não devemos também tê-las?. É necessário se criar um espírito de conservação da nossa históra. Para atender a mobilidade urbana sem grandes interferências, nunca se pensou em adotar linhas de metrô. Por que não? Temos que pensar grande."

Caro Luís, concordo em todas as letras com suas colocações. Montes Claros carece de memória, e de quem as preserve. A arquitetura conta uma história importantíssima que se vai esboroando pouco a pouco, em nossa Montes Claros. Até os lotes tristemente vazios e as pracinhas maltratadas falam do descaso a nossa cidade. Sou especialista em Literatura e estudo Hermes de Paula, Cândido Canela, entre outros que deixaram seu registro no patrimônio imaterial da cidade. Se não cuidarmos destes, quem saberá de seus escritos, seu canto? Acho que podemos pensar em viabilizar obras grande se modernas, conservando os espaços que constituem nossa herança cultural. Grande abraço!

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Mensagem N°79451
De: Ivana Rebello Data: Quarta 11/2/2015 11:07:54
Cidade: Montes Claros

Os sinos dobram

Ivana Rebello

A morte de qualquer homem me diminui
porque eu sou parte da humanidade;
e por isso, nunca procure saber
por quem os sinos dobram,
eles dobram por ti.
John Donne, poeta inglês do século XVI.

Montes Claros acordou diferente naquela manhã de novembro de 1992. Meu olhar percorreu as ruas tortas, estreitas, entrando e saindo umas das outras, desordenadamente.
Vejo um velho muro verde de musgo que é porta de entrada para um beco também velho. Ali sobreviveu um pé de murta cheirosa ao lado de flores plebeias, nascidas na frincha das pedras. Na parte antiga, as casas velhas encostam-se umas nas outras, cochichando como velhas comadres:
Toninho morreu... Toninho morreu...
Montes Claros, minha cidade, chorava pelo filho que a amou.
Dali se via uma dureza de montes, dois, antes revestidos e enflorados, que, naquele dia, entremostravam as faces lascadas pelas máquinas vorazes dos homens. E a poeira fina e amarela, que a tudo cobria como pó e pele, inquietava-se.
Sonhos de velhas árvores. Lama pestilenta. Evocação do burgo, primitivo e agreste. Uma planície de terras, cercada por montes azulados. A bota ferrada do fazendeiro pisando a dura terra.
Minha cidade de sol, batida pela inclemência do sertão sem chuvas, dava adeus a seu filho que partia. E, não sei de onde, vinha até mim o canto melancólico do vaqueiro - um longo e tristíssimo aboio para dor e saudade.
A primeira a me avisar foi Júnia, minha prima:
Tio Toninho morreu...
A notícia interrompera uma aula, no meio da tarde. Se eu tivesse um dom premonitório, eu saberia que alguma coisa muito maior se interrompera na cidade de Montes Claros. Os prenúncios dessa mudança já se anunciavam há algum tempo.
Lembrei-me de alguém - um desses homens cujo nome não vale a pena citar - que, por ocasião da última campanha política da cidade, ria desabridamente, de um cartãozinho elegante, cunhado e assinado por Antônio Lafetá Rebello. No cartão, Toninho Rebello manifestava apoio a um candidato e pedia a quem o recebesse que votasse nesse candidato, se não por ele, mas por amor a Montes Claros. Quem ria, sacudia o cartão, mostrando- o a alguém: Que coisa mais fora de moda! Não se faz mais política dessa forma! Toninho está ultrapassado...
Eu era uma jovenzinha cheia de ideias e algum atrevimento. Olhei abismada para aquele pobre senhor. De fato, as vultosas propagandas e o estardalhaço haviam tomado o lugar das grandes obras e da sobriedade nos gastos com o dinheiro público. O cartãozinho de meu tio amarelara e envelhecera. Começava a morrer ali um jeito de fazer política e administrar. Ele não elegeu seu candidato.
Mas naquela manhã de novembro, a cidade chorou por ele.
Morreu serenamente, em sua casa, no condomínio que construíra para si e sua família e ao qual dera o nome de seu sogro "Jacinto Ataíde", velado pelas flores amarelas da acácia, que ele mesmo plantara. O coração que fora grande, fora enorme, finalmente se rebelara contra sua displicência de cardiopata e sua proverbial paixão pela carne de sol de dois pelos, de Mirabela. Um infarto fulminante o levou.
Os filhos que moravam ali, ao redor, reuniram-se. Tia Marcolina pranteava a perda de seu grande companheiro de vida, pai de seus sete filhos. Cristina, sua filha, grávida de sua primeira menina - Acácia - com a cabeça do pai sobre os joelhos, deixava as lágrimas correrem silenciosamente pelo rosto. Os amigos, um a um, foram chegando. A notícia se espalhara como rastro de pólvora.
Toninho Rebello morreu...
Oswaldo Antunes, diretor de O Jornal de Montes Claros, diletíssimo amigo, descreve a cena de forma admirável:

Dos amigos, o primeiro a chegar à casa naquele dia foi o Diretor de O Jornal de Montes Claros, que viu Toninho como que dormindo, semblante sereno, a cabeça apoiada no colo da filha Cristina, ela acariciando-o e chorando, as lágrimas a caírem sobre seu ventre expandido onde pulsava uma vida nova. Era vida menina, prestes a sair da Plenitude para o mundo, enquanto o avó se acabava no mundo fortuito e na Plenitude imergia. A cena revela mais esperança e futuridade do que tristeza e passamento. O homem público, pai, avó, amigo não se fora completamente: a vida e seu brilho pareciam ter ficado onde estava o corpo quieto, e, como lá fora a radiação da branca e diurna lua cheia, acariciavam a família despercebidamente, consolavam amigos, vigiavam a cidade amada.

Um grande homem despedia-se do outro com palavras que só ele, jornalista excepcional, poderia dizer. Naquele dia, ele não noticiava o fato: pintava uma cena que assinalava para um fim e um começo.
Paulo Narciso, outro grande jornalista, que se aproximara muito do cidadão Toninho, longe e fora do poder, quando soubera que este era alvo de perseguições mesquinhas, as quais pretendiam atingir também sua família, dá seu testemunho de que, pouco antes de sua morte, mantivera com ele conversa amigável, por telefone. Toninho lhe parecera alegre e bem. Tinha acabado de retornar do Parque de Exposições. Não é possível encontrar palavras que substituam o momento, escrito de forma impecável por Paulo Narciso:

pelo telefone novamente o revi, manso, prudente, modesto, limpo no corpo e na alma, como sempre metido em camisa alva e bem passada por sobre a calça, como se ao alcance da mão existisse permanentemente um estoque de camisas, limpas como ele, sóbrias como sempre foi.
Na conversa, de vinte minutos, mencionamos aspectos da vida da cidade, lançamos um olhar sobre o cotidiano e nos despedimos com afeto, nos prometendo novas conversas mais amiúdes. Desci para o almoço com minha mãe, quando o telefone imediatamente tocou ao chegar.
Era o prefeito Mário Ribeiro. Ele avisou que ia me dar uma notícia dura, e recomendou que me assentasse. "Toninho Rebello acaba de morrer". Contraditei imediatamente, com veemência, dizendo que havia falado com ele quinze minutos antes, que era impossível, que era engano, que não podia ser - relutei o mais que pude. Mário Ribeiro não deixou dúvidas, categórico, mas não convincente. Larguei do telefone, tomei o carro, corri para a casa de Toninho.
Ao entrar na reservada rua que desemboca na sua casa, onde menino estudei com o seu filho Jacinto nas amoreiras que lá existiam, derramadas sobre o muro, ao entrar na rua o movimento na porta da casa fez-me convencer daquilo que não fora capaz o telefonema de Mário Ribeiro. Estava mesmo morto, e apenas fisicamente, o maior prefeito da história de M. Claros, paradigma do homem público que imaginei e conheci na vida, em profundo desacordo com o que viria depois e prossegue até hoje.[...].
Morto, parece ainda maior do que vivo, repete a lição do professor Pedro Sant`ana, também saudade nossa. Eternas lembranças, às quais, é preciso recorrer, e meditar.

Morto, parece ainda maior do que vivo. Quanta verdade encerrava essa frase! Sobretudo porque Toninho Rebello ostentava uma postura rara, uma humilde altivez de homem bom. Nunca quis ser grande, por isso abriu mão de placas e honrarias. Preferia as tardes longas, ao lado de sua Marcolina, na sossegada varanda de sua casa, onde, vez ou outra, achegavam-se os netos. O pai o chamava de " Antoninho", a maioria preferia dizer "Toninho Rebello" e para outros era simplesmente "Seo Tunin".
Estudou no Grupo Escolar Gonçalves Chaves, mais tarde a Escola Estadual Gonçalves Chaves, e no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, como interno. Era inteligente e tinha cultura, mas era humilde demais para fazer alarde do que sabia. Nunca teve preocupação em ser doutor. Tirou o breve de" piloto e gostava de voar.
Em razão da insatisfação familiar, que achava que voar era procurar a morte, Toninho Rebello não foi piloto da Escola da Aeronáutica. Voou em outra direção, um voo rasante e audacioso, rente ao chão de Montes Claros, cidade que amou desabridamente, para ampliar seus horizontes.
Cheguei à sua casa por volta das quinze horas. Havia ali muita gente. Meus primos e eu chorávamos. Alguns muito furtivamente, porque um Rebello raramente chora para fora.
Meu pai estava com os olhos vermelhos - eu podia pressentir o vazio em seu peito.
Tio Expedito Guarinello, que fora seu assessor e amigo fiel, estava transtornado. Perdia o grande amigo, o homem que mais admirou. Mamãe, com quem meu tio Toninho sempre brincara, lembrou-se do dia, não muito distante, em que recebera um telefonema dele, no final de uma tarde:
Marília, você quer ser minha vizinha ?
Uai, Toninho, vai se mudar de casa ?
Sim. Vou para um lugar bonito, sossegado, cercado de árvores frondosas, com vista para o nascente... Pretendo morar lá pra sempre.
Que lugar é esse Toninho? Deve ser muito bom. Vou falar com Roberto. Qual é o endereço ?
Com uma gargalhada, tio Toninho explica: Lote tal, quadra tal, no cemitério.
Mamãe reagiu quase com raiva, enquanto meu tio ria sonoramente. Para quem não sabe, minha mãe é uma das pessoas que mais gostam da vida e nutria pelos assuntos que falavam de morte uma verdadeira e confessa repulsa. A proposta de meu tio visava apenas tirá-la do sério.
Mas naquela tarde de novembro ele estava indo à sua ultima morada.
Ouvi conversas daqui e dali, mas elas se perdiam no tumulto de minha tristeza. Entrei em sua casa e meu olhar de professora procurou sua estante de livros. Os livros falam muito sobre os homens. Havia uma parte dela, a maior parte, em que só havia escritores de Montes Claros. Ali, naquele arranjo simples e doméstico, lia-se, mais uma vez, uma história de amor de um filho à sua terra natal.
Queriam que ele fosse velado na Câmara Municipal, na prefeitura da cidade que ele amou e a qual administrou por dois mandatos. Outros falaram em levar o corpo para o Centro Cultural, que ele havia construído. Naquela época não entendi bem, mas hoje compreendo a acertada decisão de Tia Marcolina: seu marido seria velado na Igrejinha dos Catopés, conforme a chamávamos, ali, na Praça Portugal, onde eles haviam se casado. Não poderia haver outro lugar para dar adeus a Toninho Rebello.
Algum tempo atrás, meu tio Expedito Guarinello dissera-me que eu deveria falar com tio Toninho. Ele estava amargurado com tantas inverdades que andavam dizendo a seu respeito, talvez eu devesse escrever alguma coisa... Mas não tive tempo, meu querido tio Toninho. Aquele encontro que eu e tio Expedito combinamos nunca aconteceu.
Outros bons homens se foram. Montes Claros, a nossa cidade, está mudada. Cresceu vertiginosamente, mas não sei se cresceu bem. Hoje, quase que não se pode andar pelas ruas.
Instintivamente, procuro a parte antiga da cidade. Onde as ruas são mais estreitas e as casas caiadas me olham com suas longuíssimas janelas azuis. Velha cidade de meus avós.
Rude tronco ancestral, raízes fundas. Essa velha cidade sussurra a meus ouvidos as muitas coisa que viveu.
Naquele dia 10 de novembro de 1992, Montes Claros chorou.
E os sinos dobram até hoje, passados mais de vinte anos de sua morte, quando se fala no nome de Toninho Rebello.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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Mensagem N°79450
De: Isaias Caldeira Data: Sexta 13/2/2015 09:28:37
Cidade: Montes Claros-MG

Soluções mágicas

Isaías caldeira

Um dia, quando criança, peguei um sofrê com as mãos. Acho que andei pegando mais um ou outro pássaro. Foi o bastante para meu pai alardear meus poderes sobrenaturais na cidade que só conheceria anos depois, quando parti da roça para estudar em Montes Claros. Aqui chegando, logo minhas tias e primos queriam saber dos meus dons extraordinários. Eu, que até então não tinha a dimensão do feito e achava que apenas ocorrera de pegar os passarinhos que se mostraram dóceis e acessíveis à minha aproximação e contato, aceitei de bom grado os atributos mágicos, de modo que cheguei a acreditar nos poderes que me atribuíam. Assim, às escondidas, sem a presença das pessoas, várias vezes me pus a observar os pardais que abundavam nos quintais daquele tempo, tentando deles me aproximar e realizar a façanha de apanhá-los com as mãos. Bichos arredios, logo davam asas, abrigando-se nas frondosas mangueiras próximas, indiferentes aos meus desejos e boas intenções, certamente temerosos do vezo dos meninos de dirigirem- lhes pedradas. Aos poucos, fui aceitando minha incapacidade para o encantamento de pássaros, e quando alguém me pedia para fazê-lo, arrumava uma desculpa qualquer, especialmente de que somente me relacionava com os passarinhos da roça, muito diferentes dos pardais e outras espécies da cidade, que insistam em comer os restos de comida jogados fora e enchiam de piolhos os telhados das casas citadinas. Ainda adolescente, dei-me conta que apenas me ativera e considerara, então, o olhar do outro, nisso que chamamos vaidade, em contraponto aquilo que eu realmente era, um pobre mágico mirim sem cartola e sem truques, incapaz de tirar pássaros do nada, tampouco de apreendê-los em minhas mãos pequenas e inábeis. Hoje, já um velho em gestação, por mais que me esforce em contrário, vez ou outra sou tentado pelos créditos e louros que alguns me pespegam, e me surpreendo em gozos súbitos , movidos por uma satisfação íntima que emerge do somatório das loas recebidas, e chego a acreditar, como o poeta, que alguma mão “anotou em mim o sigilo do gênio”. Graças a Deus não duram esses desvarios mais que alguns segundos, e logo o menino fracassado nos seus pendores extraordinários emerge, colocando em fuga esse pássaro de penas douradas, da mesma gênese volúvel do beijo que antecede o escarro, fruto do barro informe que apodamos de opinião pública. Juiz de província, com um poder liliputiano, esforço-me para dar conta de uma tarefa infinda, levando aos ombros a balança da justiça dos homens, onde devo medir os seus atos, sob o prisma das construções jurídicas previamente estabelecidas e codificadas. Tarefa de Sísifo, quando quase me dou por satisfeito com minha atuação jurisdicional, eis que os fatos jogam-me de novo ao rés do penhasco, e vem a sensação de inutilidade, de fracasso pessoal e das instituições, por não atender minimamente aos anseios de um povo acuado e desprotegido, em permanente risco de morte em meio a uma guerra civil não declarada. Atuando na área criminal há muitos anos, sei que perdemos a batalha contra a criminalidade. Cadeias superlotadas, algumas já interditadas, centenas de novos inquéritos chegando mensalmente às varas criminais, estruturas precárias em todos os setores responsáveis pela aplicação da lei e combate aos crimes, esta é a realidade vivenciada. Não há mais vagas no sistema prisional para maiores e menores. Para se prender alguém, coloca-se em liberdade outro, revezando-se nas celas dos presídios e centros de recuperação menoristas. Acabado o expediente forense, após várias audiências, despachos e sentenças , retornando para casa, imagino o país daqui a alguns anos, se continuar neste ritmo, e temo caminharmos para o impasse, para o confronto social, onde o descrédito nas instituições nos conduzirá à luta fratricida, no desespero das vítimas dessa guerra civil em curso, que mata mais que em países oficialmente em litígios bélicos. Mas talvez exista algum pássaro na cartola das autoridades responsáveis, e façam a mágica de apresentarem ao público uma solução para o impasse, devolvendo a paz hoje perdida, embora desde menino saiba que não é tão fácil pegar pássaros de verdade sem o uso de métodos convencionais, no caso, leis mais duras, com penas que desestimulem os criminosos e efetividade no seu cumprimento. Parece simples, mas é preciso coragem para se fazer o óbvio, deixando de lado malabarismos jurídicos e retóricos. Afinal, a ave da injustiça já se assenta nos umbrais das portas e não é preciso mágica para tocá-la com as mãos.

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Mensagem N°79449
De: J. Geraldo Data: Quinta 12/2/2015 14:34:11
Cidade: M. Claros

Qui 12/02/15 - 12h05 - Nova fuzilaria, com mais 3 feridos, na noite do Bairro Vera Cruz
Apenas uma observação importante: este local onde ocorrem repetidos tiroteios foi uma invasão incentivada por políticos a partir dos anos 80. Nós, moradores honestos do Bairro Vera Cruz, nada temos com isto. Somos apenas vítimas da degradação promovida pelos políticos, e que também atinge o corpo policial, pois tornou a cidade impatrulhável. (....)

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Mensagem N°79448
De: Polícia Militar Data: Quinta 12/2/2015 12:04:39
Cidade: M. Claros

No dia 11 de fevereiro, por volta das 22h, na Rua Altair Pereira de Souza, bairro Vera Cruz, a Polícia Militar registrou um homicídio tentado vindo a prender o autor. No local acima citado, a Polícia Militar se deparou com as vítimas: um menor em conflito com a lei de 17 anos atingido com um disparo na região do peito e um outro na coxa da perna direita; uma mulher de 31 anos, atingida com um disparo no peito e um no braço direito que veio a transfixar; um homem de 21 anos, atingido com um disparo na perna direita e um outro na perna esquerda. Segundo uma das vítimas, o autor dos disparos seria um cidadão que
Diante das informações foi iniciado um intenso rastreamento à procura dos autores, vindo o F.G.C. a ser localizado na residência dele, momento em que fora dado voz de prisão pelo crime de homicídio tentado, sendo conduzido até a delegacia. Durante a confecção do boletim de ocorrência, o senhor R.C.P. 36 anos se apresentou como sendo um dos cunhados do autor, uma vez que ele ficou sabendo que estariam cogitando o nome dele com o envolvimento do homicídio tentado ocorrido, ele foi então convidado a deslocar ate a delegacia para melhores esclarecimentos. As três vítimas foram encaminhados para o hospital. O rastreamento em busca do veículo e das armas utilizadas continua.

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Mensagem N°79447
De: conceição Data: Quarta 11/2/2015 17:58:31
Cidade: montes claros

Tremeu no Sumaré

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Mensagem N°79446
De: Nanda Data: Quarta 11/2/2015 17:40:08
Cidade: bairro Santa Rita

Também senti aq no Santa Rita

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Mensagem N°79445
De: conceição Data: Quarta 11/2/2015 17:56:55
Cidade: montes claros

Tremeu aqui no sumaré

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Mensagem N°79444
De: Amanda Aguiar Data: Quarta 11/2/2015 17:43:14
Cidade: MONTES CLAROS  País: Brasil

Acabou de tremer aqui no Centro. Alguém também sentiu?

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Mensagem N°79443
De: Raissa Data: Quarta 11/2/2015 17:35:24
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Tremeu e fez barulho aqui no Vila Regina O.O

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Mensagem N°79442
De: Priscilla Data: Quarta 11/2/2015 17:31:13
Cidade: Montes Claros/MG

Tremeu aqui também no Bairro Universitário (próximo ao JK).

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Mensagem N°79441
De: Guilherme Data: Quarta 11/2/2015 17:28:53
Cidade: montes claros mg  País: Brasil

Tremor fraco de terra aqui no todos os santos agora 17:24h

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Mensagem N°79440
De: Regina Data: Quarta 11/2/2015 17:28:03
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A terra tremeu aqui no centro. Algum outro bairro também?

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Mensagem N°79439
De: Maryana Data: Quarta 11/2/2015 17:24:58
Cidade: MONTES CLAROS

acabou de tremer aqui no centro!

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Mensagem N°79438
De: Rogério Data: Quarta 11/2/2015 14:59:41
Cidade: Montes Claros/MG

Já se vão mais de duas horas e meia de falta de energia em grande parte da cidade. E a Cemig é incapaz sequer de esclarecer, e ter a mínima previsão de restabelecimento dos serviços. Lamentável!

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Mensagem N°79437
De: joao luiz Data: Quarta 11/2/2015 13:16:58
Cidade: MONTES CLAROS  País: brasil

Faleceu nesta quarta-feira (11/2), o economista José Geraldo Mendonça Júnior, de 56 anos, servidor técnico-administrativo da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que também teve atuação na área cultural como poeta – era conhecido como “Penninha”. Nos últimos anos, ele esteve lotado no Hospital Universitário Clemente de Faria

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Mensagem N°79436
De: Estado de Minas Data: Quarta 11/2/2015 12:33:44
Cidade: BH

Cidade administrativa de Montes Claros terá nome de José Alencar - Luiz Ribeiro - A Prefeitura de Montes Claros vai instalar uma nova sede administrativa, que receberá o nome do ex-vice-presidente da República José Alencar Gomes da Silva, falecido em março de 2011. A administração municipal será transferida para o prédio onde funcionou a primeira fábrica do Grupo Coteminas, fundado por Alencar na cidade do Norte de Minas, que se tornou o maior conglomerado têxtil do país. A mudança vai acarretar um custo total de R$ 78 milhões para os cofres do município, conforme projeto do Executivo enviado à Câmara Municipal – R$ 48 milhões, divididos em 36 parcelas, pelo imóvel; R$ 20 milhões para a reforma do prédio; e R$ 10 milhões na compra de equipamentos.
O prefeito Ruy Muniz (PRB) explica, no entanto, que não terá que gastar todo esse montante para instalar a nova cidade administrativa. O argumento é que, na negociação com a Coteminas – tratada diretamente com o presidente do grupo, Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, nos R$ 48 milhões pagos pela antiga fábrica de tecidos (100 mil metros quadrados), está incluído ainda um terreno de 62 mil metros quadrados, ao lado da antiga indústria, situada na Avenida Governador Magalhães Pinto, perto do aeroporto local.
O prefeito informou que, por meio de licitação, a área será vendida para cartórios, bancos, despachantes, lanchonetes, restaurantes e outros comerciantes e investidores. Segundo ele, com a valorização dos imóveis na região, por causa da instalação da futura sede administrativa, a expectativa da prefeitura é faturar pelo menos R$ 50 milhões com a venda do terreno. “Assim, a compra do prédio da Coteminas vai sair de graça e com sobra”, sustenta o chefe do Executivo.
Conforme o projeto encaminhado à Câmara Municipal, pedindo autorização dos vereadores para a efetivação do negócio, os R$ 48 milhões serão pagos à Coteminas em 36 parcelas, sendo as primeiras 12 prestações de R$ 1 milhão; e as outras 24 de R$ 1,5 milhão cada, com correção pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM).
O prefeito Ruy Muniz informou que a meta da administração municipal é iniciar a instalação da sede administrativa assim que a autorização seja aprovada pelos vereadores. A meta é que as obras sejam iniciadas em março, devendo ser concluídas dentro de seis meses. Dentro desse cronograma, a prefeitura deverá ser transferida para novo endereço em setembro.
Muniz anunciou ainda que a prefeitura vai buscar um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custear as despesas R$ 30 milhões para as obras de reforma e compra de móveis e equipamentos para as repartições. Ele disse que vai buscar recursos de uma linha especial de crédito, do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos ((Pmat), lançado pelo BNDES. O prefeito argumenta que Montes Claros tem uma capacidade de endividamento de R$ 600 milhões e que, dessa forma, o empréstimo não vai comprometer as finanças municipais.
Ainda na justificativa da necessidade da nova sede administrativa, o prefeito sustenta que a administração municipal ganhará eficiência com as diversas secretarias em um único local, com uma economia mensal de aproximadamente R$ 200 mil, montante gasto hoje com o pagamento de aluguel para abrigar órgãos municipais. Muniz anunciou ainda que o atual prédio da prefeitura será aproveitado para a implantação do Centro de Especialidades Médicas na Região Central da cidade.
O vereador Eduardo Madureira (PT), que integra a bancada da oposição na Câmara Municipal, disse que terá de analisar o projeto da instalação da cidade administrativa. Por outro lado, ele salienta que, antes de ser implantada, a proposta deve ser mais discutida com a comunidade. “O projeto tem que ser debatido com os representantes da sociedade, para saber se a cidade administrativa é realmente uma prioridade neste momento, verificar se é viável e vai trazer bons frutos para a cidade. Precisamos ter mais clareza sobre a questão”, afirmou o vereador petista.

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Mensagem N°79435
De: Wanderlino Arruda Data: Quarta 11/2/2015 10:12:54
Cidade: Montes Claros/MG

TONINHO REBELLO, LIVRO DE IVANA E DE JORGE

Wanderlino Arruda

De forma mais do que direta, o Eclesiastes usa o simbolismo do capítulo três para dizer que tudo neste mundo tem o seu tempo e cada coisa tem a sua ocasião, porque para isso Deus marcou um tempo certo. Esta verdade eterna, própria e apropriada para qualquer momento, vem - agora - também aqui acontecer no dia vinte e cinco, com o lançamento do livro TONINHO REBELLO, O HOMEM E O POLÍTICO, de Ivana Rebello e Jorge Silveira, membros ilustres do Instituto Histórico e das Academias de Letras. Um acontecimento marcante para os que conheceram e para os que vão conhecer através da leitura o maior prefeito que, em oito anos, realizou em Montes Claros a melhor administração de todos os tempos. Era mais do que chegado o instante preciso para esta justiça histórica. O livro - realmente bom e muito bem escrito - fruto de duas inteligências mais do que brilhantes - Ivana, doutora em Literatura, e Jorge, destaque maior do jornalismo, tem tudo para honrar a filosofia do Eclesiastes no registro bíblico da ocasião para cada coisa. A história de vida de Toninho Rebello precisava de tempo para ser maturada - pelo menos uma geração depois - quando acontecimentos simples ou mais do que importantes na simplicidade de sua vida se tornassem registros realmente históricos. Com elementos comparativos do antes e do depois de suas administrações frente à Prefeitura de Montes Claros, nada melhor do que o destaque aparecer já neste Século XXI, com tantas gestões boas e gestões ruins no comando do município. Entre todas, algumas realmente elogiáveis, as de Toninho ainda foram as melhores e mais destacadas, porque de uma cidade provinciana, ele projetou uma reconhecida metrópole. Quem te viu e quem te vê, Montes Claros! Para Ivan Rebello, o livro TONINHO REBELLO, O HOMEM E O POLÍTICO surgiu "de uma admiração mútua: minha e do jornalista e escritor Jorge Silveira, a quem muito respeito pela coragem; pelo exercício do jornalismo seno, inteligente, e por seu zelo a Montes Claros. A ele, como grande jornalista que é, coube a parte mais densa deste livro: aquela que testemunha o político, o prefeito, o ideólogo. A mim, coube o retrato do homem de família, que, entre outras coisas, recobra lembranças de um menino comum, que corria nas ruas de Montes Claros. Sua vida pessoal não o diferencia de tantos que fizeram a história da cidade; cresceu, casou-se, teve filhos e netos. Mas também nessa vida íntima ele se pautou pela conduta íntegra e severa. Para Jorge Silveira, que conheceu muito bem apenas o Toninho Rebello administrador e político, foi muitíssimo importante juntar-se a Ivana na estrutura e produção do livro. "Convidei sua sobrinha, professora emérita e escritora, Ivana Ferrante Rebello, para compartilhar comigo estas memórias, cabendo-lhe mostrar aos leitores como foi e o que foi o Toninho pai de família, o Toninho irmão, o Toninho filho de seu Jaime, o Toninho avô, enfim, o homem em todas as suas características e princípios familiares. Acredito que juntando as memórias de Antônio Lafetá Rebello a quatro mãos, teremos um retrato bem aproximado daquele que, em quase todos os sentidos, foi e continua sendo o paradigma de alguns conceitos tão em desuso nos dias atuais como austeridade, ética, honra, honestidade, amizade, cidadania e patriotismo." Juntos e/ou separados, cada qual vendo Toninho pelo seu especial jeito de viver - do cidadão e do administrador - Jorge e Ivana realizaram o que muitos de nós que lutamos entre o jornalismo e a literatura histórica gostaríamos de fazer: grafar a verdade com toda beleza que ela pode ser sustentada, fazer justiça a quem foi e é merecedor dela. Parabéns, companheiros, amigos e confrades. Somos-lhes devedores pela muita eficiência e bonito amor a Montes Claros! Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°79434
De: Corpo de Bombeiros Data: Quarta 11/2/2015 09:54:15
Cidade: Montes Claros

(...) O 7º Batalhão de Bombeiros de Montes Claros, foi acionado no município de Francisco Sá, região Norte de Minas, para combater um incêndio em um depósito de materiais da prefeitura daquele município. Devido à alta temperatura das chamas, foram destruídos diversos instrumentos musicais de fanfarra, ornamentações de carnaval além de produtos de vigilância ambiental. Os militares utilizaram três mil litros de água para eliminar o risco de reiginição das chamas. O teto do local desabou e praticamente tudo foi danificado. O local foi isolado até a realização da perícia que apontará as causas do incêndio.​

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Mensagem N°79433
De: Prefeitura Data: Terça 10/2/2015 17:21:27
Cidade: Montes Claros

Prefeitura anuncia nova sede administrativa - O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, anunciou na manhã desta terça-feira (10), durante entrevista coletiva para a imprensa, a construção da Cidade Administrativa de Montes Claros, que funcionará como sede da Prefeitura e de todas as secretarias municipais, que hoje estão espalhadas em diversos imóveis da cidade e geram gastos com aluguéis aos cofres públicos. A nova sede da Administração funcionará no terreno da antiga fábrica da Coteminas, na avenida Magalhães Pinto, região Norte de Montes Claros. Com a mudança, a Prefeitura espera economizar de R$ 4 a R$ 5 milhões por ano, com aluguéis, contas de luz e logística.
De acordo com o prefeito, o local será adquirido pela Prefeitura pelo valor de R$ 48 milhões, enquanto outros R$ 20 milhões serão gastos na reforma e mais R$ 10 milhões na compra de móveis e equipamentos. No entanto, o chefe do Executivo garantiu que estes recursos não onerarão os cofres da Prefeitura. O motivo é simples: o terreno, que tem 162 mil metros quadrados, terá parte dele (cerca de 50 mil metros) vendido para a iniciativa privada, que irá construir no local diversos estabelecimentos (bancos, restaurantes, lanchonetes, despachantes, cartórios, entre outros) para atender, principalmente, aos servidores municipais, que são cerca de seis mil.
O município estima que irá arrecadar, com esta venda, pelo menos R$ 50 milhões. Além disso, já estão avançadas as negociações para que o município possa obter financiamento junto ao BNDES, através do PMAT (Programa de Modernização da Administração Tributária). “Realço que nada deste dinheiro vai ser tirado do caixa, nem vai atrapalhar nossas obras, que continuam a todo vapor em todos os bairros, com asfalto, escolas e unidades de Saúde”, afirmou o prefeito.
ASFALTO – O prefeito também anunciou que, em breve, irá realizar outra licitação para a realização de pavimentação na cidade, no mesmo valor (R$ 50 milhões) daquela realizada em setembro de 2014 e que teve como vencedora a Elmorais, que já está realizando obras em diversos bairros da cidade.
PONTES – Também foi anunciado um processo de Tomada de Preços para a duplicação da ponte da avenida Minas Gerais, que passa sobre a rede ferroviária federal, que vai melhorar a conexão com o polo universitário, pagando “uma dívida histórica com o povo da região”. Também será construída uma nova ponte, na avenida Sidney Chaves.
CEMEI´s – O prefeito anunciou que a Secretaria de Educação irá anunciar, em breve, uma licitação para a construção de 18 novos CEMEI´s na cidade, em uma obra de quase R$ 35 milhões.
NOVA FACHADA DO MERCADO MUNICIPAL – O Mercado Municipal irá receber uma nova fachada, que será uma réplica perfeita da antiga, quando o logradouro ainda funcionava no local onde hoje está o Shopping Popular, na Praça Doutor Carlos. Junto com a nova fachada, será construído o Espaço Cultural do Sertão, que abrigará apresentações artísticas.
PARQUE IBITURUNA – A Prefeitura irá retirar três linhas de transmissão da CEMIG que hoje passam em uma área verde, pertencente ao município de Montes Claros, e que fica localizada no bairro Ibituruna. A retirada das linhas permitirá a utilização de uma área de 500 mil metros quadrados, onde será construído o Parque Ibituruna, nos mesmo moldes do Parque Madureira, do Rio de Janeiro. O local contará com fontes, pistas de skate, quiosques, ciclovia, pista de caminhada, concha acústica. Como o parque vai ocupar apenas 300 mil metros quadrados, o restante será comercializado. O dinheiro arrecadado, segundo estimativas da Prefeitura, será o suficiente para construir o parque e ainda vai sobrar muito para investir na infraestrutura do município.
CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS – Com a criação da Cidade Administrativa, o prédio que atualmente abriga a sede da Prefeitura irá se transformar no primeiro Centro de Especialidades Médicas do interior de Minas. No local, a população fará consultas de diversas especialidades, como cardiologia, neurologia e oftalmologia, além de realizar exames especializados, como de tomografia, endoscopia e ultrassonografia, além de cirurgias eletivas. O projeto do Centro já está sendo elaborado.

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Mensagem N°79432
De: Jorge Silveira Data: Terça 10/2/2015 14:25:54
Cidade: Montes Claros

Palavra do autor

Quando resolvi colocar no papel as memórias dos dois mandatos de Antônio Lafetá Rebello como prefeito de Montes Claros (1967/70 e 1977/82), minha intenção foi perpetuar a gestão daquele que considero ter sido o maior administrador público da história do município. Opinião compartilhada quase por unanimidade por quase todos que viveram as décadas de 1960/1970 na cidade. Como jornalista, vivi intensamente estes dez anos de frenética movimentação administrativa, onde as obras se sucediam como num turbilhão.
Toninho Rebello, como era conhecido, transformou a Montes Claros provinciana da década de 1960 na verdadeira capital do norte de Minas. Construiu as maiores obras que até hoje existem na cidade, como o Terminal Rodoviário, o Centro Cultural, o Parque Municipal, o Ceanorte, a Avenida Deputado Esteves Rodrigues, a Avenida Mestra Fininha (de acesso ao Parque) e outras menos lembradas, mas também muito importantes, como toda a rede de asfalto, de primeiríssima qualidade, que implantou em toda cidade, e quase uma dezena de praças, como a Wanderley Fagundes, a Itapetinga, a Flamarion Wanderley e outras.
Como conheci muito bem apenas o Toninho Rebello administrador e político, convidei sua sobrinha, professora emérita e escritora, Ivana Ferrante Rebello, para compartilhar comigo estas memórias, cabendo-lhe mostrar aos leitores como foi e o que foi o Toninho pai de família, o Toninho irmão, o Toninho filho de seu Jaime, o Toninho avô, enfim, o homem em todas as suas características e princípios familiares. Acredito que juntando as memórias de Antônio Lafetá Rebello a quatro mãos, teremos um retrato bem aproximado daquele que, em quase todos os sentidos, foi e continua sendo o paradigma de alguns conceitos tão em desuso nos dias atuais como austeridade, ética, honra, honestidade, amizade, cidadania e patriotismo.
Como político e administrador, sei que Toninho Rebello ainda hoje seria ave raríssima na nossa fauna política. Se no cenário político nacional houvesse pelo menos uns 20% de homens com ele, provavelmente o conceito do cidadão em relação à classe política seria outro. E se o dinheiro público fosse administrado da forma como Toninho o fazia, no mínimo o país estaria em outra posição no “ranking” das nações emergentes. No caso de Montes Claros, se os prefeitos que vieram posteriormente tivessem seguido um mínimo dos conceitos administrativos deixados por Toninho, certamente a nossa cidade estaria em muito melhor condição, não esse desastre administrativo com o qual convivemos diariamente.
É bom deixar claro que tudo relatado nestas memórias são fatos verídicos. Não existe romance ou ficção. Se houver algum erro de data ou de nome, desde já me penitencio e peço desculpas, pois tudo aqui narrado foi escrito de memora ( que pode eventualmente falhar). Como jornalista e repórter do “Diário de Montes Claros”, vivi de dentro da prefeitura e do convívio com Toninho, os dez anos em que ele administrou o município. Foram dez anos dos quais extraí uma lição importantíssima: por mais bem feito que se faça qualquer coisa, só se chegará próximo da perfeição se tudo for feito com amor, com muito amor. A administração de Toninho foi quase perfeita por suas várias qualidades, mas antes de tudo e muito mais pelo amor que ele tinha por Montes Claros. Era um amor que ultrapassava todos os sentidos, chegando a ser mesmo compulsivo em alguns momentos. Mas foi exatamente esta compulsão que fez da administração de Toninho a maior de todas que se viu em Montes Claros no últimos 50 anos ou mais. Mas é melhor deixar para os leitores, especialmente os que não conheceram Toninho Rebello e que não viveram aqueles dez anos de intensa euforia administrativa, a análise e o julgamento do homem e do político Antônio Lafetá Rebello. Há ainda vivos muitos políticos que viveram e compartilharam das administrações de Toninho Rebello, como Pedro Narciso, Aristóteles Ruas, José da Conceição Santos, Iran Rego, Deosvaldo Pena, Júlio Gonçalves Pereira, Humberto Souto, Carlos Pimenta, Cláudio Pereira, Augusto Vieira (Bala Doce) e outros. Todos citados foram ou são políticos. Alguns como Júlio e Iran, secretários municipais de Toninho, um na primeira administração, o outro na segunda. Augusto Vieira líder de Toninho na Câmara Municipal. Mas todos, sem exceção, foram testemunhas do que era Toninho e do que foram suas duas administrações. Poderão avaliar (ou não) tudo o que é relatado nesta obra.
Quanto ao Toninho homem, ao Toninho família, acredito que os leitores não poderiam estar em melhores mãos do que estando com Ivana Rebello. Ivana é das pessoas mais cultas e mais inteligentes que conheci e conheço. Estou certo de que os leitores irão se extasiar com sua prosa agradável, com suas análises corajosas, com seu texto perfeito. Sei que muito mais do que completar, ela engrandecerá estas memórias. Sinto-me orgulhoso de tê-la ao meu lado, resgatando para Montes Claros e seu povo a história daquele que foi um dos maiores montes-clarenses de todos os tempos, exemplo de administrador, de político e de homem de família. Um outro Juca Prates ( ou mais um) no amor à sua terra. Desejamos, Ivana e eu, que além de resgatar a memória de Toninho Rebello, ela sirva de parâmetro para outros prefeitos. Desejamos que o respeito ao dinheiro público, a organização administrativa, a visão de futuro e o acendrado amor a Montes Claros, marcas registrados de Toninho Rebello, possam orientar os nossos próximos administradores.
Para que assim a cidade possa ter prefeitos mais conscientes de que a prefeitura não deve nunca ser acesso ou trampolim para interesses pessoais ou políticos. Mas sim, e unicamente, uma forma, a melhor forma, de dar aos cidadãos que aqui vivem e criam seus filhos uma melhor qualidade de vida.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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Mensagem N°79431
De: De um pai Data: Terça 10/2/2015 11:48:00
Cidade: montes claros  País: Brasil

senhores, nao e segredo algum que o Pentaurea clube deixou de ser o clube familiar e campestre projetado por dr Hermes para se tornar um clube de vícios que atende somente a um restrito grupo de (...), o clube que outrora era reconhecido por seus seletos sócios tornou-se um espaço de bebedeiras e badernas. uma pena. mas o que me traz a escrever nessa gazeta e o fato dos diretores decidirem deliberadamente trazer as dependências do clube, novamente uma festa chamada "luau do Pentaurea". neste mesmo mural em outros anos acompanhamos pais desesperados escrevendo sobre os horrores desta festa. voltada (...) para o uso de drogas. não rogo mais aos diretores, infelizmente eles não tem (...)de entender o mal que fazem ao clube e aos nossos jovens. rogo aos pais, não se enganem mesmo com outro nome a festa e a mesma e os perigos que a cercam também, protejam seus filhos. digam não .

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Mensagem N°79429
De: Ivana Rebello Data: Segunda 9/2/2015 16:24:40
Cidade: Montes Claros

Palavra da autora

Por que escrever um livro sobre Antônio Lafetá Rebello?
Os motivos são muitos. Entre eles o fato de que não há, na cidade em que ele foi prefeito e que verdadeiramente amou, nenhuma referência à sua memória. Nas muitas obras que realizou, as quais não costumava colocar placas, estão afixados os tempos em que importavam mais aos políticos executar que propagar.
Toninho Rebello, como era conhecido, não foi político, no sentido que hoje se entende pelo termo - e essa característica o afasta daqueles que insistem em vincular seu nome a qualquer grupo político. Ele foi um grande administrador e, indiscutivelmente, foi apaixonado por sua terra natal. Sua época não foi o da propaganda, cujo troar causa mais estardalhaço que as obras que pretende anunciar.
Era comum vê-lo sentado na mureta da antiga Caixa Econômica Estadual, na rua Dr. Santos, cercado de amigos, usando confortáveis calças de tergal e camisas de manga curta, sempre por fora das calças. Foi um homem simples, bom, leal a seus princípios. Era inquieto, obstinado e empreendedor. Muitas coisas se falam sobre ele. E nem todas são verdadeiras.
Este livro surgiu de uma admiração mútua: minha e do jornalista e escritor Jorge Silveira, a quem muito respeito pela coragem; pelo exercício do jornalismo seno, inteligente, e por seu zelo a Montes Claros. A ele, como grande jornalista que é, coube a parte mais densa deste livro: aquela que testemunha o político, o prefeito, o ideólogo. A mim, coube o retrato do homem de família, que, entre outras coisas, recobra lembranças de um menino comum, que corria nas ruas de Montes Claros. Sua vida pessoal não o diferencia de tantos que fizeram a história da cidade; cresceu, casou-se, teve filhos e netos. Mas também nessa vida íntima ele se pautou pela conduta íntegra e severa.
Durante minha vida, ouvi inverdades a respeito de Toninho Rebello. E ainda as ouço. Aceitei o convite de Jorge Silveira por duas razões: porque conheço sua inteligência e competência como jornalista, em todos os aspectos que engrandece essa tão nobre profissão, e porque precisava, como professora, sobrinha e montes-clarense, deixar escrito um testemunho à minha cidade.
Confesso que senti dificuldades, pois Antônio Lafetá Rebello foi um homem discreto ao extremo e bastante exigente com seus filhos. Tive receio de invadir uma casa tão serena que tão bem soube se resguardar da luz e da lama que costumavam resvalar da cena política. Agradeço a todos que me abriram suas casas, seus corações e suas memórias.
Este livro não pretende idealizar Toninho Rebello. Seu objetivo é apenas contar uma história.
Uma história que a cidade de Montes Claros merece conhecer.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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Mensagem N°79428
De: Tribunal de Justiça de Minas Gerais Data: Segunda 9/2/2015 10:11:49
Cidade: Belo Horizonte

Montes Claros terá Centro Judiciário a partir de 10 de fevereiro - Na próxima terça-feira, 10 de fevereiro, a comarca de Montes Claros vai contar com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejus) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A solenidade está marcada para as 10h, no Fórum Gonçalves Chaves que fica na Rua Raimundo Penalva, 70 - Vila Guilhermina.
A instalação do centro, que deverá ser coordenado pelo diretor do Foro da comarca de Montes Claros, juiz de Direito Richardson Xavier Brant, integra as realizações do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos da 3ª Vice-Presidência do TJMG.
O Cejus reúne em um só local uma série de serviços prestados pelo Judiciário à população. O setor processual promove audiências e sessões de conciliação e mediação de demandas que já se tornaram judiciais. O pré-processual se incumbe da negociação de acordos entre partes em conflito, com a ajuda de um terceiro capacitado e isento, quando o impasse ainda não se transformou numa ação na Justiça. Por fim, o setor de cidadania é voltado para o atendimento e a orientação ao público.
Em Montes Claros, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania vai funcionar através de parceria entre o TJMG e a Instituição Educacional Santo Agostinho, a Sociedade Padrão de Educação Superior, a Universidade Estadual de Montes Claros e Faculdades Unidades de Montes Claros.
Atualmente, as comarcas com centros judiciários são, pela ordem de instalação: Lambari, Itajubá, Governador Valadares, Caeté, São João del-Rei, Itaúna, Pouso Alegre, Viçosa, Patos de Minas, Belo Horizonte, Tombos, Conselheiro Lafaiete, Santa Bárbara, Paracatu, Curvelo e Varginha.
Leia mais sobre o cejus.

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Mensagem N°79427
De: Alberto Sena Data: Segunda 9/2/2015 09:34:12
Cidade: Grão Mogol

(...) Esta era – e ainda deve ser – uma esquina bendita em Montes Claros. Rua Presidente Vargas com Rua Simeão Ribeiro, quarteirão fechado. Mas na década de 60, o quarteirão era aberto. Nessa esquina, a vida fervilhava em seus melhores tempos. Era uma passarela de moças bonitas e moços nem tanto – com exceção de uma meia dúzia de três ou quatro, eu incluso, claro.
Nessa esquina a juventude da época disputava assento na vitrine da Loja Ramos com a turma de Gerinha Português, integrada por Cici Santamaria, pai do amigo virtual “facebuquiano”, Ygor Santamaria; Fernando “Arrupiado”, Waltinho Fernandes, Saulo Wanderley (muito antes de se tornar o manda chuva da Cowan de hoje), Jabbur, filho mais novo do velho nem tão velho Jabbur, os irmãos Marco Antônio e Marco Aurélio Rocha, ex-colegas do ginásio da Escola Normal, naquele sobrado de portas mil, felizmente recuperado, entre outros. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79426
De: Walter Abreu Data: Segunda 9/2/2015 09:33:35
Cidade: Montes Claros

(...) No Norte de Minas vivemos isto permanentemente. Vejamos o exemplo do problema da água, que se agrava sem uma perspectiva de solução. Há um forte embate ideológico e político sobre a viabilidade das barragens e, enquanto um lado não impõe ao outro a vitória de suas teses, a água vai acabando. Nos inúmeros encontros em que participei para debater o tema, sempre há de um lado os que defendem as pequenas barragens, e de outro os que advogam em favor das grandes. Ambas são importantes e cada uma tem a sua função. As pequenas são indispensáveis ao controle ambiental, à infiltração da água no subsolo, ao combate à erosão, à pequena irrigação e a outros fins nobres. A grande barragem é importante para a geração de energia, para o aumento da oferta de água para fins econômicos, como irrigação, turismo e piscicultura, para perenizar rios, para a segurança hídrica e alimentar e mais outros tantos benefícios. Importante frisar que os fins econômicos são também sociais.
Mais ou menos como o debate entre os que defendem a ciclovia e os que querem a ferrovia. Ambas são ótimas, mas cada uma para seu fim. Não podemos pensar em usar a ciclovia para transportar minério de ferro, muito menos a ferrovia como forma de transporte individual. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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