A 178 km de M. Claros, narra a PM: "...aproveitando-se que o jovem estava olhando para o interior do poço, sacou o revólver e atirou 2 vezes na cabeça dele; em seguida, enrolou o corpo em um papelão para não ter contato com as mãos e o jogou dentro da cisterna"
Quarta 14/02/24 - 10h17A Polícia Militar de Minas Gerais, por meio de sua 11ª RPM, foi acionada em seu Quartel em Salinas, na noite dessa terça-feira (13), por uma jovem, de 28 anos, que informou que o seu irmão, de 29 anos, estaria em cárcere privado feito pelo autor, de 43 anos, tendo ela apresentado mensagem de áudio onde a vítima lhe havia enviado e dizendo: “se algo acontecesse com ele, o autor seria o responsável pela sua morte”.
Ainda segundo a solicitante, o irmão dela estava desaparecido desde as 9 horas da manhã do dia anterior e a motivação do crime foi porque o autor contratou a vítima para ameaçar a ex-amásia dele, tendo feito vários pagamentos (de R$ 400,00, R$ 500,00 e R$ 200,00) ao jovem/vítima, porém o mesmo não teria concluído o que havia sido combinado e dizia que precisaria de mais dinheiro, resultando, assim, em seu assassinato.
A vítima também tinha relatado para a irmã que o autor também pagava outras pessoas para bater na porta e atear fogo na casa da ex.
A guarnição, em rastreamento, foi a uma residência localizada à Rua Quinto Corsino para verificação dos indícios de crime e localização do acusado.
Ao chegar ao local, encontraram uma mulher, de 34 anos, ex-companheira do autor.
Ao ser questionada, a moradora disse que o homem não residia mais no referido endereço e que estava amedrontada, pois muita já havia ocorrido com ela, teve a motocicleta roubada, a sua casa foi incendiada, pessoas entraram no imóvel e bateram em suas pernas.
A mulher também relatou que a irmã da vítima a procurou e mostrou um áudio do irmão e que se ele morresse seria o ex-companheiro dela (da moradora) que o matou.
Em continuidade às diligências, os militares abordaram o acusado no final da Avenida Três de Maio (próximo ao Anel Rodoviário). Com ele, foi encontrada uma faca.
Ao ser questionado sobre o paradeiro do jovem, a princípio demonstrou nervosismo, falou que não tinha nada com ele, mas, depois, disse que esteve com o mesmo há poucos dias, não sabendo responder ao certo quando foi o último dia em que se encontraram nem o nível de envolvimento entre eles e o que teria feito desde o desparecimento da vítima.
Em seguida, os militares foram até a casa do acusado, na Rua Mané Guarrincha, mas a vítima não estava no local.
A irmã da vítima foi à residência e também o questionou sobre o paradeiro do irmão, falou sobre os conteúdos dos áudios e das mensagens enviados por ele. Neste momento, o morador ficou ainda mais nervoso.
Os policiais, ao verificarem o celular do homem, constataram que o mesmo foi formatado há cerca de 20 minutos, o que aumentou a suspeição da participação dele no desaparecimento do jovem.
Em seguida, o homem confessou a autoria do homicídio e a ocultação do cadáver e relatou, também, que, há aproximadamente um mês, estava sendo extorquido pela vítima, que o ameaçava constantemente de contar para a sua ex-companheira que ele era o mandante do incêndio na casa dela e das agressões.
Com isso, o autor planejou matar o jovem com o revólver calibre .38 que a sua ex comprou para tentar se defender das ameaças e agressões.
O autor também relatou que a sua ex-companheira pedia para ele matar o ex-marido dela.
O autor contou que, na manhã da última segunda-feira (12), entrou em contato com a vítima no Bairro Sílvio Santiago, onde combinaram ir de carro a um antigo restaurante (lugar conhecido como “muriçoca”), no km 285, à beira da BR-251, para ajudá-lo a retirar uma bomba d’água de dentro de uma cisterna.
Ao chegarem ao local, seguiram a pé para a cisterna, retiraram a tampa de concreto dela e, após indicar o serviço, aproveitando-se que o jovem estava olhando para o interior do poço, sacou o revólver e atirou duas vezes na cabeça dele, em seguida enrolou o corpo em um papelão para não ter contato com as mãos e o jogou dentro da cisterna.
Após o homicídio, o homem tampou a cisterna e retornou para a cidade, tendo dispensado as cápsulas deflagradas na rede de esgoto perto de sua casa e escondeu a arma no telhado do imóvel.
Os militares, então, retornaram à casa do autor e localizaram o revólver entre o telhado e a laje, acionaram o Corpo de Bombeiros e a perícia da Polícia Civil e foram ao local onde o cadáver foi ocultado.
O corpo foi retirado da cisterna (de mais de 40 metros de profundidade) pelos bombeiros e encaminhado ao IML após a perícia da Polícia Civil.
O carro do autor também foi recolhido pela perícia.
Ao ser questionada, a ex-companheira do autor se restringiu a dizer que comprou a arma para se proteger e que a entregou para o ex-namorado, mas que não sabia que ele estava sofrendo ameaças e extorsão e que não tinha conhecimento do envolvimento entre ele e a vítima.
A mulher também disse que o jovem teria ligado para ela dizendo que o mandante do incêndio em sua residência seria o seu ex-marido e que o ex-namorado dela teria solicitado autorização para matá-lo (o ex-marido), mas que ela disse não ser necessário pois não poderia afirmar que o mesmo seria o real mandante dos crimes.
O autor foi preso e conduzido à Delegacia.
A mulher também foi conduzida para prestar esclarecimentos.
Os telefones celulares dos dois foram apreendidos.
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Divulgação do Corpo de Bombeiros:
Na noite desta terça-feira (13/02), bombeiros do 9º Pelotão foram acionados pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para resgatar o corpo de uma pessoa, suposta vítima de homicídio, que encontrava-se numa cisterna na zona rural de Salinas.
Uma equipe de bombeiros, com o apoio de guarnições da PMMG, deslocou até o local para realizar o resgate.
O corpo encontrava-se em uma cisterna com aproxidamente 8 metros de profundidade, exigindo o uso de técnicas de salvamento terrestre para a descida e resgate.
O corpo foi resgatado e entregue aos cuidados do Perito da Polícia Civil, que compareceu a para realizar os trabalhos investigativos.
Os acontecimentos relacionados ao fato estão sendo investigados pela Polícia civil de Salinas.
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Jornal O Tempo, de BH:
Corpo de um homem é retirado de cisterna com 8 metros de profundidade em MG
O resgate foi feito na noite desta terça-feira (13); a polícia acredita que ele tenha sido vítima do crime de homicídio
O corpo de um homem foi retirado de uma cisterna durante a noite desta terça-feira (13 de fevereiro), na cidade de Salinas, no Norte de Minas. A polícia acredita que ele tenha sido vítima do crime de homicídio. O caso é investigado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele foi encontrado em uma cisterna de aproximadamente oito metros de profundidade. Foi necessário a descida de um bombeiro para resgatar o corpo.
Os trabalhos foram acompanhados por uma equipe da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Ainda não se sabe o que poderia ter motivado o crime. A identidade da vítima não foi divulgada.
Após o resgate, o corpo foi entregue para a perícia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Um inquérito foi aberto para investigar o ocorrido.
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Jornal Estado de Minas, de BH:
Bombeiros resgatam corpo de homem dentro de cisterna em Salinas
Homem foi morto a tiros. Suspeito foi preso pela Polícia Militar, e motivação do crime ainda será investigada pela Policia Civil
Luiz Ribeiro
O corpo de um homem, de 29 anos, vítima de homicídio, foi resgatado de uma cisterna, com 45 metros de profundidade, na localidade de Muriçoca, na Zona Rural de de Salinas, no Norte de Minas. O resgate foi feito por uma equipe do Corpo de Bombeiros, na noite dessa terça-feira (13/2).
Conforme informações levantadas junto à fonte dos meios policiais de Salinas, o homem foi morto a tiros e, em seguida, teve o corpo jogado dentro da cisterna. Um homem, de 43, suspeito pelo homicídio, foi preso pela Polícia Militar (PM).
A mulher da vítima chegou a ser conduzida até a delegacia por suspeita de coautoria no assassinato do marido, mas ela negou qualquer envolvimento no crime e foi liberada.
A vitima é moradora de Salinas e estava desaparecida desde segunda-feira, conforme registro feito junto à PM por uma parente do homem.
A motivação do crime ainda é desconhecida e será investigada pela Polícia Civil. Ao ser conduzido à delegacia, o suspeito disse que cometeu o homicídio, alegando que o motivo seria extorsão por parte da vítima. No entanto, acabou apresentando outras versões desencontradas, segundo uma fonte. Com isso, a apuração terá que ser aprofundada.
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