Polícia Civil conclui sobre bolo envenenado da avó: “Isso indicou, em tese, a participação da avó no envenenamento". Neta de 9 anos morreu e outra, de 11, sofreu tentativa de homicídio
Sexta 26/09/25 - 16h0816h03m, sexta-feira, da Polícia Civil:
São Francisco: Polícia Civil conclui inquérito sobre homicídio por envenenamento
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apura a morte de uma menina de 9 anos e a tentativa de homicídio contra a irmã dela, de 11, em São Francisco, região Norte do estado.
O crime ocorreu em 25 de julho deste ano.
As vítimas teriam ingerido bolo preparado pela avó, de 59 anos, que permanece presa preventivamente.
De acordo com as investigações, a criança de 9 anos passou mal logo após consumir o alimento e morreu no hospital.
A irmã mais velha também ingeriu o bolo, mas em menor quantidade, apresentou sintomas leves e sobreviveu.
Laudos periciais confirmaram a presença de Terbufós, substância tóxica usada na fabricação clandestina do “chumbinho”, tanto no alimento quanto no organismo da vítima.
O delegado Flávio Cavalcanti Rocha representou pelas medidas cautelares que resultaram na prisão preventiva da investigada, em 22 de agosto.
O delegado William Araújo, que conduziu as investigações, destacou que a PCMG comprovou a presença de veneno no alimento e no organismo da vítima. “Isso indicou, em tese, a participação da avó no envenenamento.
Portanto, a prisão é fundamental para garantir a continuidade das apurações”, disse.
A suspeita foi indiciada por homicídio qualificado, nas formas consumada e tentada, com base no artigo 121, § 2º, inciso III, do Código Penal, que prevê agravante quando o crime é praticado com emprego de veneno.
O inquérito foi encaminhado à Justiça, mas levantamentos complementares seguem em andamento para esclarecer a motivação e reunir novos elementos de prova.
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00h16m, sábado, do jornal Estado de Minas, de BH:
Avó presa por suspeita de matar neta com bolo envenenado é indiciada em MG
Laudos periciais confirmaram que o alimento continha terbufós, substância tóxica usada na fabricação clandestina do ´chumbinho´
Bruno Luis Barros
O inquérito instaurado para apurar a morte de Alana dos Santos Cardoso Marques, de 9 anos, e a tentativa de homicídio contra a irmã dela, de 11, em São Francisco, no Norte do estado, foi concluído com o indiciamento da avó das crianças, de 59 anos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (26/9) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Em 23 de julho, Alana e a irmã estavam na casa da avó quando a mulher fez um bolo para elas. Pouco depois de comer, a neta mais nova começou a sentir náuseas e dores abdominais.
Com a ajuda de um vizinho, Alana foi levada ao Hospital Dr. Brício de Castro Dourado, onde foi constatado que ela estava “cianótica, com pupilas mióticas [contração anormal] e sem pulso”. A morte aconteceu pouco depois.
A avó das crianças foi presa preventivamente no último dia 19. A investigação apontou que ela não deu importância quando a vítima se queixou de estar passando mal, demorando cerca de 50 minutos para socorrê-la.
Laudos periciais confirmaram a presença de terbufós [no bolo], substância tóxica usada na fabricação clandestina do “chumbinho”, tanto no alimento quanto no organismo de Alana, esclareceu o delegado William Araújo, que conduziu as investigações. “Isso indicou, em tese, a participação da avó no envenenamento. Portanto, a prisão é fundamental para garantir a continuidade das apurações”, disse.
O delegado esclareceu ainda que a irmã mais velha também comeu o bolo, mas em menor quantidade. Com isso, a vítima apresentou sintomas leves e sobreviveu. A Polícia Civil ainda não sabe o que teria motivado o crime.
Indiciamento
A suspeita foi indiciada por homicídio qualificado, nas formas consumada e tentada, com base no terceiro inciso do segundo parágrafo do artigo 121 do Código Penal.
“O inquérito foi encaminhado à Justiça, mas levantamentos complementares seguem em andamento para esclarecer a motivação e reunir novos elementos de prova”, finalizou a Polícia Civil.