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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de setembro de 2024
 

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Mensagem: “Complexo de vira-latas”

Waldyr Senna Batista

Há quem atribua à grande imprensa o vezo de só abrir espaço para Montes Claros e Norte de Minas em geral quando se trata da divulgação de notícias negativas. Haveria predisposição nesse sentido, com o objetivo de denegrir a imagem da região.<br>De nossa parte, diríamos que quem assim pensa sofre do que popularmente se denomina mania de perseguição. E o dramaturgo Nélson Rodrigues, bem ao seu estilo irreverente, chamaria de “complexo de vira-latas”, que consiste em as pessoas se atribuírem a incapacidade para competir.<br>O que se pode dizer, quanto à imprensa, é que não há essa deliberação premeditada; e, quanto ao Norte de Minas, a realidade é que nem sempre é favorável, inclusive por culpa de suas próprias lideranças,que quase sempre se mostram apáticas e incompetentes.<br>Agora mesmo o jornal “Estado de Minas”, de Belo Horizonte, divulgou resultado de pesquisa realizada com 85 das maiores empresas do Estado, em que o Norte de Minas aparece como a região mineira mais propícia a receber investimentos. E Montes Claros, nesse levantamento, é considerada a cidade mais atrativa para novos empreendimentos.<br>Isso não é pouca coisa, especialmente se se considerar que se trata de pesquisa realizada por empresa de renome internacional – a Deloitte – a serviço da Fiemg (Federação das indústrias de Minas Gerais), entre outubro e dezembro do ano passado, e cujo objetivo era sondar as perspectivas do setor para 2006. De forma geral, os empresários consultados manifestam-se propensos a aumentar os investimentos no Estado, notadamente na modernização das linhas de produção, esperando lucros e faturamento maiores do que os do ano passado. O cenário prevê a contratação de mais empregados e o aumento dos gastos em programas sociais, principalmente os voltados para a educação.<br>As previsões são de que o PIB (produto interno bruto) mineiro vai superar o nacional neste ano (4% contra 3,5%), o que o presidente da Fiemg, Róbson Andrade, atribui ao diálogo da iniciativa privada com o governo do Estado: “Hoje, temos parceria e diálogo com o governo, o que cria no empresariado a sensação de apoio e gera ambiente para negócios”, afirma ele. No que é seguido pela diretora de marquetingue da consultoria Deloitte, Heloísa Montes, que destaca: “ O ambiente de negócios em Minas é bastante positivo, influenciado especialmente pela postura de diálogo do governo estadual”.<br>Esse otimismo revelado pela pesquisa chega a surpreender, a partir da recomendação de nada menos de 46% dos entrevistados para que a região Norte de Minas seja prioritária nos investimentos do governo do Estado neste ano. Montes Claros, a cidade-pólo, é apontada em primeiro plano para receber esses recursos.<br>Segundo o jornal, nem a Deloitte sabe explicar essa preferência da pesquisa. “Talvez seja por se tratar de uma região que pertence a uma área que recebe incentivos fiscais do governo federal”, sugere Heloísa Montes. E Róbson Andrade reforça: “o Norte de Minas tem grande potencial para setores como agroindústria, biotecnologia e gemas e jóias”. Mas ele cita como ponto negativo a precariedade das condições das estradas na região.<br>A reportagem do “Estado de Minas”, por seu turno, alinha outros aspectos favoráveis à região: “Montes Claros, por exemplo, tem a mais moderna unidade industrial da fabricante de tecidos Coteminas (...) e as unidades de biotecnologia da Biominas. Um pouco mais adiante, Janaúba aparece como grande produtor de bananas para (abastecer) Minas, Rio e São Paulo. Jaíba, por sua vez, concentra ambicioso projeto de irrigação, cuja segunda fase, que tira de cena o produtor individual para abrir espaço às empresas, foi recentemente inaugurada pelo governo. Pirapora, também na região, poderia tornar-se um pólo turístico vigoroso, às margens do rio São Francisco”.<br>Trata-se, como se vê, de divulgação das mais positivas, que em nada revela predisposição contrária aos interesses do Norte de Minas. Pelo contrário. Mas, que se saiba, a publicação do jornal belo-horizontino passou despercebida, aqui e na região. Ninguém se manifestou ou se dispôs a manter contato com o empresariado ligado à Fiemg para obter mais informações e mostrar interesse em dar seguimento à disposição de boa vontade contida na reportagem. No caso, as prefeituras da região, Montes Claros à frente, e a nossa sempre eficiente Associação Comercial e Industrial.

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