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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de setembro de 2024
 

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Mensagem: DE UM GINÁSIO, LOYOLA & COMPANHIA


Não fui do tempo do Colégio Diocesano. Nunca estudei lá. Infelizmente.

Quando terminei o primário no D.João Pimenta, já o tinham transformado em seminário, quando então, radicalmente, transformou a nossa bucólica Rua da Fábrica num pequeno - assaz movimentado - Vaticano, como se fosse um verdadeiro e real filme de De Sica, onde, em dias de festa e procissão , entusiasmados aprendizes de padres passeavam em compenetrados grupos fingindo que não viam passar as lindas meninas do Imaculada.

Mas , como era perto de casa , sempre vi e participei de tudo por lá : os disputados jogos contra o Seminário (batinas brancas, lá do Melo) de Padre Pedro no campo de futebol e as peças e sketches teatrais, levados semanalmente no prédio anexo, chamado de Congregação Mariana , onde também se realizavam grêmios estudantis e incríveis sessões de cinema grátis.

Vagamente me lembro de, certa vez, uma acalorada disputa pela Presidência do Diretório de Estudantes de M.Claros (famoso DEMC, cuja sede era na Praça Cel.Ribeiro) que presenciei. Não me recordo quem ganhou ou perdeu, mas sei que meu nobre colega ( de letras e de Banco do Brasil) Wanderlino Arruda teve uma mexida qualquer na eleição.(Garanto que qualquer dia ele vai contar o que foi, na qualidade de mais novo nonagésimo-oitaviano da praça...)

Quando era festa do Ginásio, sob os vigilantes olhares dos Padres Agostinho e Gustavo(que depois virou Monsenhor e adorava bater o anel na cabeça dos meninos que pediam benção), as sessões sempre começavam com o hino : “Colégio Diocesano, oficina que trabalha” . Só me lembro deste começo.

Muitos filmes de cowboy, mudos, falados e registros particulares daquela fase da vida da cidade, estes maravilhosamente filmados em preto e branco ( 8 milímetros) pelo inesquecível Itajahy Borba, dono do Armazém Loyola que numa época sem os poderosos supermercados e chiques delikatessens de hoje, abastecia Montes Claros do que de melhor e finesse havia em comidas e bebidas das Oropa, França e Bahia, como diria Jair Silva.

Filmagens lindas e históricas do antigo Carnaval e futebol montesclarense.Rolos e mais rolos. Já vi alguns.Alô Secretaria da Cultura : até hoje, os filhos (relacionados abaixo ) conservam com carinho este acervo. Lances de jogos e gols de memoráveis Cassimiro e Ateneu, carnaval de rua e bailes nos salões do Clube Montes Claros. De arrasar.

Nos aniversários de Mazinho, Fuiu, Jaya, Vaguinho, Valdo, Fátima, Kátia e Ludmila, Seu Itajahy, com a maior vibração, sempre passava um filme novo ( foi ali que vi a Ilha do Tesouro, do primeiro pirata de olho de vidro e papagaio no ombro ), com direito à livre degustação de todos os sabores de sorvete Kibon - vinha de avião, do Rio, acondicionado em caixas de gelo seco – servido sem miséria em taças de prata. A meninada, literalmente, boquiaberta.

Tudo isso - ainda e sempre - com o maior dos sorrisos e gentilezas da adorável D.Hilda Loyola.

Aí vi a foto do ginásio, destelhado.As telhas na calçada e na chuva. Que tristeza.

Espero, pelo menos, que o supermercado seja tão bom e variado quanto foi o Armazém Loyola.


Abraços a todos.

Flavio Pinto

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