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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Para : Sr. S. PINTO
Ref. : Sua mensagem nº 1980
Seus restos mortais NÃO foram levados para Santos (*)
O historiador Salomão de Vasconcelos constatou surpreso, em Santos, que os restos mortais de Fernão Dias Paes para ali não foram levados. No escasso documento da época apenas o registro do naufrágio do corpo.
Depois de morto  diz a Câmara(1)  ainda o perseguiram as calamidades, tendo padecido naufrágio no Rio das Velhas e sendo o corpo encontrado muitos dias depois, a diligências do filho Garcia Rodrigues.
Sua sepultura fôra abandonada e esquecida nas proximidades de Guaicuí. Na meditação histórica, na tristeza de um esquecimento de Bandeirantes e Pioneiros, frente ao Arraial (Guaicuí) em completa decadência da falta de culto ao passado, batem os sinos por trezentos anos de história pelo passado adentro.
(*) Ribeiro Pires, Simeão – Raízes de Minas, edição de 1979, de Minas Gráfica Editora Ltda., Belo Horizonte, páginas 95 e 96.
Os sepultamentos faziam-se em campo santo. O único campo santo disponível era a velha Igreja de Pedras, iniciativa dos padres jesuítas, que vieram para o Brasil em 1550, no governo de Tomé de Souza, dedicados à evangelização dos gentios.
Guaicuí, ponto de encontro das águas dos dois grandes rios e “habitat” de importantes grupos indígenas, desde priscas eras, foi um dos locais privilegiados pelos jesuítas para o exercício da sua missão evangelizadora.
Ao que consta, em divulgação da Prefeitura Municipal de Várzea da Palma, a construção foi iniciada em 1650.
(1) Atestação da Câmara Municipal de Taubaté transcrita nas páginas 112 e 113 do livro SERRA GERAL de Simeão Ribeiro Pires.
...“enquanto ele dito Governador se recolhia com as amostras que trazia para o príncipe, nosso Senhor e vindo com elas, lhe deu a peste no Rio que chamam das Velhas, da qual pereceu com notável mortandade dos seus índios cujas relíquias recolheu seu filho para a feitoria do Sumidouro aonde estavam convalescendo os poucos que escaparam para continuar sua viagem para o povoado quando chegou o Administrador Geral Dom Rodrigo Castelo Branco com o Capitão Matias Cardoso de Almeida a Paraopeba, aonde assentou arraial cinco ou seis dias antes de chegar a feitoria donde estava o dito Garcia Rodrigues Paes, o qual depois de se comunicarem por cartas veio pessoalmente a manifestar ao dito administrador as esmeraldas que o defunto, seu pai, trazia por amostra para que as enviasse à sua Alteza por ele, o que não podia fazer com a brevidade que desejava, oferecendo ao dito Administrador as feitorias com tudo o mais que seu pai havia fabricado nelas para o exame da prata.
RESOLUÇÃO DE FERNÃO DIAS PAES (**)
E vendo que o ião desamparando logo nos primeiros anos os homens que o acompanhavam de Povoado, por não poderem sofrer tanta dilação e ausências de suas casas, lhe disse com notável resolução que ainda que todos recolhessem, ele ali havia de ficar só, e com seu filho Garcia Dias Paes que iam em sua companhia, havia de prosseguir a jornada até morrer, e que em seu testamento havia de deixar ordem ao dito seu filho, que sob pena de maldição prosseguisse a jornada, ainda que fosse só com os seus índios, e que nem trouxessem nem mandassem seus ossos a enterrar a povoado, sem que primeiro descobrisse as esmeraldas, e que depois delas descobertas os poderia trazer”.
2) “O corpo de Fernão Dias Paes não foi levado para São Paulo. Achado no Rio das Velhas, vários quilômetros abaixo do naufrágio e muitos dias depois, foi sepultado às margens do rio. O local ficou assinalado durante muito tempo por uma modesta cruz de madeira. O tempo, porém, destruiu-a, perdendo-se, assim, os seis sinais”.
(Eschwege W.L. Pluto – In Brasilienses, pág. 111)
apub Simeão Ribeiro Pires, in Serra Geral, pág. 115

Tudo faz crer que a versão mais plausível é a de que o corpo foi sepultado em campo santo, na Igreja de Pedras.

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