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Mensagem: A VIDA E A IDÉIA DE DEUS<br><br>Oswaldo Antunes<br><br>Uma afirmação de Leonardo Boff : a vida não é espírito nem matéria, é simplesmente eterna; a ciência demonstra que, antes de a vida começar em nosso planeta, antes do antes, já havia vida. É conjectura, cientificamente embasada, que, de certa forma, contesta, e confunde mais, o mistério com que se costuma envolver o inicio do universo. O big-bang foi precedido pelo que já havia. Raciocínio que levanta a questão das crenças fabulosas, não baseadas em dados científicos, como a do surgimento da vida humana no paraíso.<br>Muitos cientistas foram perseguidos, censurados e até condenados por se rebelarem em desfavor dessas crenças. O astrônomo Galileu Galilei escapou da fogueira por afirmar que a Terra gira ao redor do Sol. O cientista, teólogo, filósofo, astrônomo e matemático, Giordano Bruno, foi condenado à morte por suas teorias sobre o universo infinito e a multiplicidade dos sistemas siderais, por rejeitar a teoria geocêntrica tradicional e ultrapassar a teoria heliocêntrica de Copérnico, que mantinha o universo finito. Interessado na natureza das idéias e no processo associativo da mente humana, embora tais campos não existissem na ciência, Bruno foi tomado pelo fascínio de provar, com embasamento filosófico, os grandes conhecimentos científicos. E por ter usado a intuição nas suas descobertas - dir-se-ia que foi o predecessor de Einstein – pagou com a vida biológica a ousadia de fazer parte da vida e tentar explica-la. <br>Ainda hoje existe a obrigatoriedade religiosa da aceitação de preceitos que, na verdade, são fruto de ultrapassadas conveniências políticas. Essa obrigatoriedade existe para os que aceitam o deus que faz e desfaz, policia, julga e castiga; um deus que não é o Deus da origem das coisas e das idéias; existe para os que não sabem que religião é o modo de cultuar uma idéia de Deus. Em determinados momentos históricos, à falta de liberdade, a crença religiosa passou a ser desumana. Negou, como alguns dogmas ainda negam, a possibilidade de idéias que não convinham aos poderosos. <br>É a dúvida que cria a necessidade da Fé. Entendimento parecido, aliás, com o que está no Eclesiastes: “Na muita sabedoria há muito enfado; aumenta a ciência e também a tristeza”. Porque o conhecimento pode limitar a alegria da Verdade que o próprio Cristo se negou a dizer o que seja. Porque ninguém sabe a origem do que existe, fora e dentro de nós, uma parcela cientificamente explicável do que já existia antes do antes e não há como explicar.
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