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Mensagem: SONORAS QUEIXASE pensar que - até pouco tempo atrás - havia quem reclamasse do som de um velho eixo encontrando-se com um voltear sem fim da roda do carro de boi, atiçado um pouco mais por uma solução de óleo de mamona pingando eficaz e homeopaticamente no mesmo lugar , aumentando o ranger que logo virava cantoria , subindo e descendo vagarosamente todas as ladeiras que encontrasse pela frente.Subidas , descidas e vencidas, nas voltas e de novo nas idas, ruim para alguns ( de pouca paciência), bons para outros, de boa vontade e de bem com a vida.A queixa do som alto sempre existiu.Dos passarinhos que trinavam bonito nas gaiolas dos vizinhos.Do canto dos galos mais machistas que acordavam cedo já pensando nelas. E elas (as galinhas) adoravam.Dos gatos de rua apaixonados e seus bacanais noturnos, de escandalosas mordidas, frenéticas unhadas e histéricos miados.Dos cachorros mal educados e seus latidos de todas as madrugadas, principalmente nas madrugadas de sextas e sábados, quando se, em sendo trabalhador, precisava-se dormir até mais tarde. Mas tudo era natural e acabava se acostumando.Hoje, em qualquer lugar que se vai este apocalipse sonoro nos acompanha. Até na praia, onde se pensa ir - após um ano de sacrifício – atrás de um pouco de paz e quietude que o mar – antigamente - nos oferecia, a invasão dos ritmos duvidosos - e sua licenciosa desarmonia - leva-nos a crer que somos meros estranhos nesta terra que já foi nossa.Na mesma moeda, em alto e bom som.Reclamem. Abraços a todos.Flavio Pinto
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