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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Mudou para pior ?

Waldyr Senna Batista

Se é verdade que o presidente Lula da Silva, como foi noticiado no início de janeiro, mandou liberar recursos para a recuperação da BR-135, a inclusão da rodovia no PAC ( Plano de aceleração do crescimento), agora, equivale a retrocesso. A realização da obra ficou mais difícil.
Isso porque a primeira notícia sugeria que o cumprimento da medida poderia ser imediato, bastando que o vice-presidente José Alencar falasse com o ministro dos transportes. Como componente do PAC, ela agora passa a ser um item entre centenas de outros, para cuja concretização será necessária a aprovação do programa pelo Congresso e, depois disso, a adoção de gestões no emaranhado da burocracia e a costura no complicado jogo de interesses em todas as instâncias políticas e administrativas.
Convém lembrar, também, que o PAC é apenas mais um dos inúmeros pacotes apresentados por sucessivos governos. O Avança Brasil, no governo Fernando Henrique Cardoso, foi um deles. Compunha-se de mais de quinhentas propostas, que tinham prazo estipulado para serem concretizados e, que se saiba, não deram em nada.
No que se refere à BR-135, no PAC, há o aval do vice-presidente da República, que se valeu de canais privilegiados junto à poderosa ministra Dilma Roussef, que gerencia com mão de ferro os assuntos estratégicos do governo, para confirmar a inclusão da rodovia no programa. Mas, apesar disso, o mais provável é que, neste ano, quando muito, seja realizada apenas nova operação tapa-buracos, com os resultados pífios que todos conhecem. A última delas, no ano passado, de caráter indisfarçavelmente eleitoreiro, já foi anulada pela ação das chuvas.
Falou-se, há tempos, que o governo federal planejava o recapeamento da BR-135 como etapa inicial para sua privatização. As concessionárias é que cuidariam da reconstrução. Seriam instaladas quatro “praças” de cobrança de pedágio entre Montes Claros e Belo Horizonte( uma a cada 100 quilômetros). Mas, se houve essa pretensão, a campanha eleitoral mostrou que ela está descartada, pois o atual governo é contrário a qualquer tipo de privatização, tendo cancelado, há dias, editais de licitação para a concessão de rodovias em outras regiões.
Os fatos apontam, assim, para nova operação emergencial, pois o estado lastimável da BR-135, principalmente no trecho entre Curvelo e o trevo da BR-040, não permite esperar pela demorada tramitação do PAC. O que é lamentável, pois está mais do que comprovado que esse procedimento equivale a jogar o dinheiro do contribuinte dentro das crateras das estradas.
Reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, edição do dia 22 passado, demonstrou isso, com base em números oficiais do Dnit. Na última operação emergencial, que se estendeu por 23.149 km de estradas federais em 23 estados, houve dispêndio de R$ 407 milhões, e os buracos já voltaram a aparecer. Em Minas Gerais, segundo a reportagem, há 842,1 km de trechos com buracos.
O problema abrange todo o território nacional, tornando ineficaz a movimentação de grupos regionais na cobrança de medidas do governo. Essas manifestações devem ser aplaudidas, porque demonstram interesse por parte da sociedade, diretamente prejudicada pela deterioração da rodovia. Ressalte-se, principalmente, a iniciativa da ACI -Associação comercial e industrial de Montes Claros, que bancou a elaboração de projeto para a reconstrução da BR-135, na esperança de assim queimar etapas. Mas pode ter sido em pura perda.

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