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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°37299
De: montesclaros.com Data: Quarta 30/7/2008 17:30:47
Cidade: M. Claros

A rede holandesa Makro, maior atacadista (em faturamento) do Brasil, revelou ainda há pouco os dados da loja (fotos) – de número 60 – que abrirá amanhã às 7h em Montes Claros, no bairro Planalto. As principais informações hoje liberadas:
- A chegada da loja costuma reduzir entre 10 a 15% os preços praticados na área de atendimento.
- A loja local atenderá 100 municípios vizinhos, inclusive os do Sul da Bahia, daí sua localização na principal entrada de M. Claros, atualmente em duplicação entre o Parque de Exposições e o Max Min Clube.
- O horário inicial de atendimento será de segunda a sábado, entre 7 e 22 horas. Domingos e feriados entre 8 e 16 horas.
- No Brasil, a rede tem 1,8 milhão de clientes. Pessoas físicas e jurídicas serão atendidas apenas com o cartão-passaporte. Cartão de crédito apenas da própria empresa, com prazo de pagamento de até 40 dias, tanto para pessoas físicas como jurídicas.
- O foco é fortalecer o pequeno comerciante, carente de abastecimento na medida de sua necessidade e de acordo com o seu capital de giro.
- O investimento total foi de 15 milhões de reais, em área de 10 mil metros quadrados, dos quais 5 mil m2 reservados para área de venda. Da área total de 62 mil, comprada da Mitsubishi, sucessora da antiga Fuji, 30 mil metros são suficientes para as necessidades atuais e futuras da loja. Os 32 mil m2 remanescentes serão vendidos e se localizam ao fundo do galpão. As propostas já estão sendo avaliadas.
- Serão comercializados 12 mil itens, entre alimentos secos, alimentos perecíveis e não alimentos. O foco principal está em hotéis, restaurantes, cafés, lanchonetes, bares e assemelhados.
- O restaurante, com capacidade para cerca de 150 pessoas, funcionará inicialmente apenas para o almoço, entre 11h30m e15h.
- Pelo menos metade do estacionamento – com 200 vagas - será coberto; é um dos poucos itens atrasados para a inauguração; hoje, o pátio já será iluminado à noite, assim como a avenida duplicada, defronte.
- Não haverá retorno na frente do atacadista, nem da Coteminas; quem vier da cidade, necessariamente fará o retorno na entrada do aeroporto. Como não é shopping, a rede não espera um movimento que prejudique os moradores do bairro Jaraguá. “Se existe algo que cuidamos com especial carinho, são os vizinhos” - disseram o venezuelano José Leon, diretor nacional de vendas, e Roberto Ribeiro, o curvelano que é gerente de Marketing.
- Atualmente, são 5 as cidades mineiras que tem lojas Makro: M. Claros, Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e Uberlândia.
- 90% dos 250 empregos criados, diretos e indiretos, foram preenchidos na cidade; os 10% restantes são funções de direção; o gerente da loja local veio de São Paulo.
- Dos 15 milhões de reais investidos, 6 milhões foram em mercadorias. 20 mil clientes já se cadastraram.
- O objetivo é atender área de 1,2 milhão de habitantes ao redor de Montes Claros.
- O valor da refeição, no sistema de cobrança por pessoa (e não por peso), só será revelado amanhã, dia da inauguração. Haverá promoções de inauguração, não reveladas. Hoje à noite, às 19h, haverá coquetel de inauguração

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Mensagem N°37292
De: Web Outros Data: Quarta 30/7/2008 10:59:50
Cidade: Belo Horizonte

Um tema, três enfoques

Manoel Hygino (Jornal "Hoje em Dia")

A morte está conosco todo tempo. Meu livro sobre Pedro Nava, me alertou para novos ângulos do problema, que é de todas as pessoas. Do meu trabalho, tive a surpresa de receber pedidos de mais exemplares, há poucos dias, o que constitui um estímulo para quem escreve. Desde a publicação, colho subsídios para uma segunda edição, ampliada. Haverá tempo ainda? Diz a questão.
Sobre a morte, comentei o livro de Evaldo Alves d’Assumpção, médico, tanatologista, dedicado permanentemente ao estudo da complexa matéria. Presidente da Academia Mineira de Medicina, integra outros prestigiosos sodalícios. Para ele, a morte não é problema para os que partem, e sim para os que ficam.
Então me veio às mãos ‘Morte‘, ensaio de José de Anchieta Corrêa, graduado em filosofia pela PUCMinas, mestre e doutor pela Universidade de Louvain, Bélgica, e professor aposentado na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais, co-autor, dentre outros livros, de ‘A nossa casa de cada dia‘.
José de Anchieta analisa o problema de outros ângulos. Seu estudo, que me merecerá comentário posteriormente, observa, por exemplo: ‘Há ainda a considerar o fato de que o homem do século XXI vive anestesiado sob uma cultura de negação da morte, imobilizado e mantido calado diante da indústria da morte. Estamos nos referindo à escandalosa destinação de bilhões e mais bilhões de dólares, retirados da riqueza das nações, para a fabricação e a compra de armas de guerra visando exterminar os chamados ‘povos do mal‘ e se apossar de suas riquezas. Armas de guerra, consciente e sadicamente, dirigidas contra populações cujas vulnerabilidade humana e qualidade de vida são as piores do planeta. O velho ditado romano ‘se queres a paz, prepara-te para a guerra‘ foi, nos tempos atuais, mudado para pior. Sua versão agora é, escandalosa e cinicamente, ‘se queres a paz, faz a guerra‘.
Meditemos. O tema é extremamente sério.
O problema oferece outro ângulo. O apresentado pelo nonagenário amigo, operoso, membro do nosso IHGMG, Luiz de Paula Ferreira ao programar o futuro: ‘Ainda que não mereça, não gostaria de ir diretamente para o céu, quando chegar a minha hora‘.
E tece considerações:
‘Quero ficar por aqui durante algum tempo. Viajando. Para conhecer lugares que antes não pude visitar. E rever paisagens que me encantaram em outros tempos. Na suposição, é claro, de que as almas tenham direito de ir e vir. Sem gastar combustível, sem carregar farnel.
No primeiro dia acho que vou me sentar numa ponta de nuvem para examinar a situação. E pensar um pouco, já não direi sobre a vida, mas acerca do meu futuro.
Quero passear um pouco, aproveitando a facilidade de locomoção. Começarei por Minas, para rever e despedir-me dos campos natais: os vales do Rio das Velhas, do São Francisco, do Verde Grande e a Serra do Cabral.
Em seguida quero rastrear as pegadas do velho Rosa nos sertões e veredas do Andrequicé e do Urucuia. Na esperança de encontrá-lo a contar casos, juntamente com o Manoelzão, à sombra de alguma velha gameleira.
Depois subirei ao mais alto pico da Mantiqueira para sonhar ante a visão de meio mundo de povoados e cidades mineiras e paulistas. Mas não deixarei Minas sem antes ouvir serestas em Montes Claros, Diamantina e Santa Luzia.
Para visitar o Sul do país, o Nordeste, o pantanal mato-grossense e a Amazônia, reservarei tempo adequado. Sem me esquecer do Vale do Rio de Contas e da Chapada Diamantina, na velha Bahia, berço sagrado de meus antepassados maternos.
Percorrei o mundo detendo-me mais tempos na visita a Portugal, Espanha, Itália e França, coração da latinidade. Daí passarei ao Oriente, onde nasceram todas as grandes religiões do mundo. No final desse périplo irei pousar no topo nevado do Evereste, na Cordilheira do Himalaia, para um período de meditação.
Só depois irei bater às portas da eternidade.‘

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Mensagem N°37290
De: Gilson Nunes Data: Quarta 30/7/2008 10:23:20
Cidade: Cuiabá/MT

Nome: Gilson Nunes
E-mail: [email protected]
Telefone: (65) 84012998
Cidade/UF: Cuiabá/MT
Mensagem: Quero parabenizar o nosso amigo Vanderlino Arruda pela lembrança do nosso querido Manuel 400. Eu o conheci muito bem. Eele era amigo de meu pai Anésio Pereira Nunes, da Pensão S~çao Pedro e min ha mãe Albânia. O Manuel é tudo isso que o Vanderlino disse e mais ainda, tornou-se um eterno personagem que o folclóre montes-clarense jamais poderá deixar de enalter. Fazendo homenagens como essa sobre o Manuel Quatrocentos, continuaremos mantendo a nossa história cada vez mais viva e atraente para as gerações vindouras. paabéns Vanderlino, pela iniciativa.

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Mensagem N°37288
De: Luiz de Paula Data: Quarta 30/7/2008 09:48:00
Cidade: Montes Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 30)

NOVAMENTE EM MONTES CLAROS

Após o balanço e entrega da filial de Juramento ao comprador, sr. José Gonçalves, comerciante estabelecido na localidade, fui transferido para a nova matriz da firma, em Montes Claros, com comércio por atacado de cereais, ferragens e bebidas e engarrafamento de cachaça. E compra de algodão e mamona. Era o ano de 1938.
Em 1939 matriculei-me na Escola de Comércio do Instituto Norte Mineiro de Educação, em horário noturno de 19:00 às 22:00 horas.
Seis anos depois de ter deixado o ginásio eu estava voltando a uma sala de aulas diplomando-me 4 anos depois, como Perito Contador, sempre como primeiro aluno da turma, durante todo o curso.
Em 1940 a firma encerrou a atividade comercial e ingressou na indústria de beneficiamento de algodão, sob a razão social de Sociedade Algodoeira Montesclarense, para a qual eu fui transferido como tesoureiro e auxiliar de escritório.
Em 1943, como já relatei, assumi a contabilidade da empresa.
Três anos mais tarde acumulei a gerência e passei a receber 5% dos lucros da empresa.
Em 1952 os dois sócios fundadores decidiram dissolver a sociedade e cada um deles propôs adquirir a parte do outro desde que eu a assumisse.
Contei os meus níqueis e propus comprar 35% das quotas do sócio de Curvelo, tendo o sócio local adquirido 15%.
Dez anos depois de haver recebido o diploma de Perito Contador, ou seja, em 1953, matriculei-me na Faculdade de Direito de Niterói. Para tanto pedi um ano de licença à empresa e fui para o Rio de Janeiro preparar-me para enfrentar os exames vestibulares, que exigiam, para os contabilistas, além das provas de português, inglês ou francês, também as de História da Filosofia e História do Brasil e Geral.
Éramos 665 inscritos no vestibular. Obtive o 2º lugar, porque preferi o idioma francês ao inglês, embora sabendo que a banca examinadora de francês não admitia nota acima de 7. Minha nota nas provas de francês foi 7. A aluna que obteve o primeiro lugar, de nome Ingborg, preferiu o inglês. O pai dela era professor da faculdade e examinador das provas de inglês. Ela obteve nota 10. Merecidamente. Não foi ajudada. Mas perdeu para mim nas outras matérias. Mas com essa diferença de 3 pontos ultrapassou a soma de minhas notas.
No final do curso, em 1957, obtive as maiores notas da Faculdade. Primeiro lugar. Tenho as minhas notas e as da Ingborg, no final do curso. Ela também se colocou entre os primeiros. A diaba da moça é competente.

LPF - 5 – 10 – 8 – 8 – 8 – 10 = 49
INGBORG - 6 – 7 – 8 – 7 – 9 – 8 = 45

Em 1960, o sócio majoritário, que havia fixado residência em Belo Horizonte, vendeu-me os 65% que possuía, com um ano de prazo e juros de 1,5% ao mês.
Como detentor único da Sociedade Algodoeira Montesclarense, transformei-a em sociedade anônima, sob a denominação de Algodoeira Luiz de Paula S/A, incluindo como sócio, sem capital, o comerciante Gentil Antunes de Souza.
Em 1967 criei a Cia. de Tecidos Norte de Minas – COTEMINAS, convidando para sócio o sr. José Alencar Gomes da Silva. Nesse mesmo ano entramos com o projeto na Sudene.
Em 1968, a fim de reunir recursos financeiros para implantação da fábrica de tecidos, vendi a Algodoeira à firma Pereira Diniz & Cia, de Curvelo.
Entregamos aos compradores uma empresa sólida, conceituada, apresentando lucros crescentes, seguidamente, ano após ano.
Três anos depois eles faliram.

FALANDO COM MARIA ISABEL

A vida é uma dádiva de Deus. Uma graça que nos permite alcançar o ponto culminante da evolução da matéria. E ser por algum tempo um ente que pensa e cria.
Assim acreditando tenho sempre amado a vida e valorizado o que possuo - a família, a saúde, a moral, os amigos, a natureza, a crença em um ser superior.
Gosto de fazer pausas na labuta do dia e sentir o que há de valioso em minha volta. E de me comprazer com isso. Os exemplos vêm de minha infância. Criança de 9 anos, distante de meus pais e vivendo em Montes Claros, eu era engraxate.
Pobre e vindo da roça, e ingênuo na profissão, sofri a princípio com as perseguições dos concorrentes.
Ficávamos em fila, lado a lado, na calçada da rua Simeão Ribeiro, acompanhando o muro que então havia onde é hoje o Restaurante Montes Claros, do sr. Pedro Valério, e a loja de roupas do João Leopoldo França. No quarteirão em cuja esquina, com a rua Governador Valadares, ficava o Bar do sr. Brasiliano Ribeiro da Cruz e onde é hoje a Lanchonete Cristal.
Era um trecho de rua de muito movimento, principalmente nas manhãs de domingo, quando o povo das ruas de cima descia para assistir às missas das 7 e das 9 horas, na igreja Matriz.
Eu não tinha capital para comprar latas grandes de graxa inglesa “Âncora”, que era a melhor, mas custava um mil réis, cada lata. Comprova latinhas de graxa brasileira, de qualidade inferior, de trezentos réis cada. Quando o freguês, ao acaso, assentava-se na minha cadeira, e eu começava a retirar meu material da caixa - as escovas para tinta e graxa, o vidro de tinta, o pano de dar brilho, e as latas de graxa, meus concorrentes, de um lado e outro, punham as mãos na boca, fingindo tentar esconder um riso incontido, ao mesmo tempo em que lançavam olhares denunciadores às minhas pequenas latas de graxa e ao freguês, a quem procuravam denunciar a má qualidade do meu material de trabalho.
As minhas duas escovas para sapatos pretos, eu não as pude comprar de cerdas macias, que eram mais caras. As que pude comprar, de baixo custo, eram ásperas. Em razão disso, alguns colegas iam mais longe na denúncia. Falavam comigo, mas para serem ouvidos e entendidos pelo freguês: “essas escovas suas são para raspar cavalos. Elas riscam o couro do sapato...”
Não obstante toda essa barra que enfrentava, eu me lembro de um dia em que coloquei as duas mãos no interior da caixa e pelo tato fui repassando cada um dos apetrechos que àquela altura constituíam todo meu patrimônio na vida. As escovas, para sapatos vermelhos e para sapatos pretos, um par para cada cor. As escovinhas de dentes, para tintas vermelha e preta. As latas de graxa, também das duas cores. As tiras de flanelas, para o brilho, no final do trabalho. E assim por diante. À medida em que manuseava, um por um aqueles instrumentos de trabalho, que haviam custado o meu dinheiro e que eu fôra melhorando e completando aos poucos, à medida em que eu sopesava cada um e identificava sua utilidade, ia tomando conta de mim uma euforia nunca sentida antes, uma grata sensação de felicidade.
Quando, um ano mais tarde, pude voltar para casa, vendi esse patrimônio por cinco mil réis... Equivalente ao salário de um dia de um trabalhador comum.
Meus colegas da rua Simeão Ribeiro haviam se tornado, com o tempo, amigos e companheiros de futebol no largo da Igreja do Rosário.
Hoje recordo esse tempo com saudades.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°37287
De: Mariá Data: Quarta 30/7/2008 09:23:29
Cidade: Moc

Tradicionalmente é a chegada dos Catopês, na segunda semana de agosto, que põe fim ao frio noturno do inverno montesclarense. Isto, um mês antes do fim do Inverno oficial e da entrada da Primavera, em torno de 20 de setembro. Nas noites em que os Catopês circundam a cidade com suas caixas e atabaques, preparando a levantada do primeiro mastro na quarta-feira que antecede a comemoração de Nossa Senhora do Rosário,o frio já costuma estar cedendo. Raramente, até o domingo que põe ponto final nas festas, há necessidade de blusa. De roupas brancas, os Catopês; de saiotes indígenas, os Caboclinhos; e de solenes trajes vermelhos, os calados Marujos já evoluem nos seus dias de fé debaixo de um clima noturno muito confortável. Acendem fogueiras por onde passam, é verdade, mas não para espantar o resto de frio; acendem fogueiras para esticar, afinar e melhorar o som dos seus tamborins, com os quais penetram fundo no coração da cidade, acendendo a convocação ancestral. A isso dá-se o nome de tradição, que é passar um costume de pai para filho, centenáriamente. E, também nisto, os Catopês, os Marujos e CAboclinhos são os nossos eternos campeões. Até o frio, que este ano incomodou muito, lhes obedece. Vale a pena acompanhá-los pelos subúrbios da cidade, aonde vão apanhar as bandeiras que serão levantadas na Igrejinha do Rosário. Como há mais de 170 anos. A emoção deste ano, prestem atenção, estará intensamente com os Caboclinhos. Eles provavelmente desfilarão com uma fita de crepe preta, sinal de luto pela morte recentíssima do seu chefe máximo - o pedreiro Joaquim Poló. Nos últimos ensaios cantam como nunca, soltam a voz, - e choram, como nunca. "Aplaudam quem sorrir trazendo lágrimas no olhar..."

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Mensagem N°37286
De: Fernando Data: Quarta 30/7/2008 08:50:09
Cidade: Montes Claros

A avenida Cula Mangabeira de Montes Claros tem sido palco de acidentes de transito diariamente, ou melhor, são raros os dias que não tem mais de um acidente envolvendo carros, pedestres e, em grande maioria, os apressados dos motociclistas. É uma pena que a secretaria de transito não tenha essa estatistica em mãos para tomar uma medida eficaz no intuito de diminuir o trabalho do pessoal do SAMU e do Corpo de Bombeiros.

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Mensagem N°37282
De: Raquel Data: Terça 29/7/2008 16:47:30
Cidade: M. Claros

Um mês e dois dias depois da data inicialmente prevista, vai ser inaugurada neste 31 de julho, em Montes Claros, a loja de número 63 da rede atacadista holandeza Makro. Ainda há pouco, uma centena de funcionários de várias empresas (muitos delas, talvez a maioria, de fora) davam os retoques finais para o início das atividades. Colocam os postes de iluminação do imenso pátio, pintam o restaurante na frente, plantam gramas, finalizam os passeios, arrumam mercadorias, etc. Amanhã, véspera da inauguração oficial, às 3h da tarde, o diretor Nacional de Vendas e Expansão, José Leon Rodriguez, o Diretor Regional de Vendas, André Santoro, e o Diretor de Marketing, Gustavo Delamanha, reunirão a rapaziada da imprensa para discorrer em torno de como a rede "acredita no potencial da região de Montes Claros e estimula o crescimento econômico do pequeno e médio comerciante" A Makro está no Brasil há 36 anos e "é líder no mercado de atacadista no sistema de auto-serviço e tem como missão ser o mais eficiente canal de abastecimento dos clientes profissionais e o melhor canal de distribuição para os fornecedores no Brasil e na América Latina, com a melhor oferta". Uma coisa já ficou bem clara: a capacidade de transformação dos empreendedores que chegam. Em menos dois meses, adquiriram as instalações da antiga Fuji, depois Mitsubshi, no bairro Planalto, ao lado da Coteminas, e operaram uma grande e rápida cabal transformação. Mudou tudo, a partir do antigo galpão de montagens de instalações elétricas.
Mas, uma coisa preocupa a vizinhança, muito satisfeita com a vinda da rede Makro. A duplicação da avenida Magalhães Pinto, pelo meio, ainda não definiu se haverá uma rotatória defronte à Coteminas. Caso não haja, todo o movimento para esta indústria, somado ao da Makro, será levado para o trevo do aeroporto, transtornando e barulhando aquele que é um dos bairros mais pacatos e charmosos da cidade - o Jaraguá. Outra coisa: a inauguração de depois de amanhã ainda utilizará uma avenida Magalhães Pinto, em duplicação, metida em grande balbúrdia, com desvios por todos os lados. Exatamente em frente à rede holandeza sequer foram colocadas as luminárias da rede de iluminação pública, coisa que certamente cairá no eixo nos próximos dias. Também a pista do lado contrário está interditada, recebendo novo piso.
O fato é que a chegada do grupo alterará profundamente o mercado abastecedor de M. Claros, possivelmente baixando os preços e realinhando os antigos líderes no setor. Ganhará a cidade. A localização não poderia ser melhor, pois - além de contar agora com uma avenida duplicada - é por ali a entrada mais movimentada de M. Claros. Praticamente todo o Norte de minas passa pela avenida Magalhães Pinto, que, óbvio, concentra o movimento que vem do norte/nordeste. Os últimos prefeitos de M. Claros preferiram ignorar esta realidade e deixaram para o governo do Estado, através do DER, fazer este gol de placa, como diriam os desportistas. Mas que vão tentar puxar a sardinha para si, isso vão. Podem, então, pelo menos resolver o problema do retorno na altura da Coteminas.

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Mensagem N°37281
De: Augusto Vieira Data: Terça 29/7/2008 16:45:56
Cidade: Belo Horizonte

O BREVÊ DE GEGÊ
Gegê Gomes, filho dos saudosos “Antônio Minha Nora” e “Tia Mariquinha”, desde a infância, gostava de aviação. Maduro, resolveu se brevetar. Aplicado e inteligente, estudou aqueles manuais complicadíssimos e aprendeu, logo, a controlar o complicadíssimo “passarin de ferro”. Com louvor, tornou-se piloto. Nunca havia ingerido bebida alcoólica. É costume dos aviadores, depois que o aluno se torna apto, dar-lhe um banho de champanhe. Gegê, a contragosto, tomou o seu e, ainda, no embalo dos colegas e instrutores, pela primeira vez, encheu a cara. Chegou à sua casa completamente bêbado. Entrou, cambaleando, pelo portão lateral, foi até um tanque que havia no imenso quintal e pisou na cabeça de um jacaré. “Tia” Mariquinha saiu na varanda e deu a maior bronca, mais preocupada com a segurança do filho do que com seu estado etílico. Gegê fitou a mãe, sério, e, pastosamente, argumentou:
— Ô maínha, pára de me xingar. Hoje me tornei piloto e só tô comemorando. Foi a primeira vez que bebi em minha vida. Fique a senhora sabendo que Cláudio Athayde e Haroldinho Veloso chegam em casa assim, direto e reto, e as mães deles nem ligam.
A bondosa “Tia” Mariquinha, sorrindo, pediu a Robertão que tirasse o irmão de perto do bocudo réptil e mandou que lhe preparassem um forte caldo de mocotó.

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Mensagem N°37279
De: Alexandre Veloso Data: Terça 29/7/2008 14:05:59
Cidade: Ribeirão Preto  País: Brasil

O melhor Habeas Corpus!

O brasileiro mais uma vez está “conseguindo “ colocar seu velho e bom jeitinho novamente em ação. Desta vez, o afamado jeitinho se insurge contra a polemica e famigerada “Lei Seca”, que todos nos já estamos “carecas” de saber quais são suas sanções caso sejamos flagrados em seu descumprimento.
O jeitinho brasileiro dessa vez vem amparado por decisões conseguidas em Habeas Corpus Preventivos, onde cidadãos invocam o judiciário, e justificam que a lei tem traços fortíssimos de inconstitucionalidade em seu texto, já que segundo os peticionários desses remédios constitucionais, a lei obriga o cidadão a produzir provas contra ele mesmo, fato esse que o texto constitucional da guarida ao cidadão liberando-o desde ônus, sem que se possa ser aplicada qualquer sanção por essa escusa, que no caso da Lei Seca pode ser multa, suspensão do direito dirigir, retenção do veiculo e nos casos mais graves até mesmo a prisão do condutor.
Contudo, tal pedido de socorro ao judiciário, é uma espécie de chover no molhado, uma vez que o texto da lei não determina obrigatoriedade ao cidadão em se submeter aos procedimentos diretos de produção da prova destinada a mensurar o grau alcoólico, não podendo a recusa ser interpretada em desfavor do condutor, que nesses casos deverá ser encaminhado ao Instituto Medico Legal local para realização de Exame Clínico, realizado por peritos , em sendo constatados os indícios clínicos de embriaguez, será aplicada ao condutor as sanções previstas pela legislação, sendo totalmente inócuo o efeito liberador concedido pela decisão judicial.
Porém, outra face dessa moeda tem me intrigado muito, uma vez que a Constituição Federal, não assegura que o direito de possuir habilitação para conduzir veículos é intangível e não pode sofrer qualquer tipo de cerceamento.
Cabe ressaltar que a permissão para dirigir é uma concessão que o Estado faz ao cidadão, mediante o preenchimento de uma serie de requisitos, sejam eles, idade, capacidade física, exames de conhecimentos trânsito teórico e prático e finalmente “bom comportamento” no trânsito, já que quem tem 21 pontos oriundos de multas no seu prontuário tem sua licença caçada, portanto, a implantação de mais alguns requisitos impostos pela nova legislação, são legítimos, legais e necessários.
Creio que o Brasil ainda não esta preparado para a aplicação plena deste novo dispositivo legal, seja por parte dos agentes públicos que irão fazer a fiscalização, seja por parte dos cidadãos que serão fiscalizados, mas esse fato não pode ser desculpa para que a lei não seja aplicada em sua totalidade, devendo as falhas serem sanadas ao logo do tempo, até que haja uma total harmonia na aplicação deste novo dispositivo.
Então gente o melhor Habeas Corpus é não beber quando for dirigir!

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Mensagem N°37276
De: Alves Data: Terça 29/7/2008 11:46:50
Cidade: M. Claros

Agradável surpresa. Ontem à noitinha, a amada banda da PM tocava para uma praça Dr. Carlos na escuridão, apagão que todo mês completa mais um aniversário. O lusco-fusco até ajudou no clima, especialmente quando a banda - comemorando os 52 anos do 10º Batalhão, nos pôs a sonhar, tocando A Banda, de Chico Buarque, e Cisne Branco, este belo hino da Marinha de Guerra do Brasil:

Qual cisne branco que em noite de lua
Vai deslizando num lago azul,
O meu navio também flutua
Nos verdes mares, de Norte a Sul.

Linda galera que, em noite apagada,
Vai navegando no mar imenso,
Nos traz saudade da Terra amada,
Da Pátria minha em que tanto penso.

Qual linda garça que aí vai cortando os ares,
Vai navegando sob um belo céu de anil,
Nossa galera também vai cortando os mares,
Os verdes mares, os mares verdes do Brasil.

Com que alegria sentimos a volta
À nossa Pátria do coração!
De justo orgulho nossa alma envolta,
Pois já cumprimos a obrigação.

Linda galera que, em noite apagada,
Vai navegando no mar imenso,
Nos traz saudade da terra amada,
Da Pátria minha em que tanto penso.

Quanta alegria nos traz a volta
À nossa Pátria do coração.
De justo orgulho nossa alma envolta,
Temos cumprido nossa missão.

(Banda da PM: toque sempre, toque mais, toque nas praças, toque nas ruas, toque nos corações; esqueça a praça de propósito deixada na escuridão, de pirraça; ainda assim, aplaudiremos, cada noite escura mais. Se puder, toque Amo-te Muito.)

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Mensagem N°37275
De: Estado de Minas Data: Terça 29/7/2008 11:37:53
Cidade: Belo Horizonte/MG

Cerol faz três vítimas em 10 dias em Montes Claros Luiz Ribeiro - Estado de Minas Nesta época do ano, devido ao aumento dos ventos, há um crescimento da diversão de soltar pipas. Mas, a brincadeira feita de maneira inadequada – com o uso de linhas de cerol para soltar as “araras” – se transforma num perigo que pode provocar mortes, tendo como principais vítimas motoqueiros. Em Montes Claros (Norte de Minas), nos últimos 10 dias, nos últimos 10 dias, três pessoas tiveram ferimentos no pescoço, provocados pelo cerol, o que levou o Corpo de Bombeiros a iniciar uma campanha para inibir o uso da perigosa linha com mistura de cola e vidro moído. Uma das vítimas foi o entregador de pizza José Ribeiro Medeiros Dias, de 31 anos, que sofreu um corte no pescoço, causado por uma linha de cerol, domingo à tarde, quando trafegava pela avenida Osmane Barbosa, no bairro JK. Ele foi atendido no Pronto Socorro da Santa Casa, sendo liberado ainda na tarde de domingo. O motoqueiro conta que não percebeu a linha de cerol. “Senti uma dor no pescoço. Parei a moto e vi que sangrava muito”, afirma a vítima. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele teve um corte de 18 centímetros e levou 12 pontos.“Eu estava rodando a uma velocidade de 30 quilômetros por hora. Se tivesse a uma velocidade maior, as conseqüências seriam piores. Foi Deus que me salvou”, disse entregador, que fez uma promessa: só volta a pilotar depois de adaptar uma antena de proteção contra a linha de cerol no guidom da moto, uma Honda CG 150 cilindradas. Na manhã dessa segunda-feira, a cabeleireira Vera Lúcia Oliveira, quando transitava com a sua moto pela avenida Paulista, no bairro Santo Antônio II, foi atingida por uma linha de certol e sofreu um corte de 15 centímetros no pescoço. Há 10 dias, um outro motoqueiro foi ferido da mesma forma na cidade.O subtenente Célio de Araújo, do Corpo de Bombeiros de Montes Claros, disse que a corporação iniciou uma campanha, orientando os pais para que não permitam que os filhos façam o uso do cerol. Ele ressalta que a vigilância precisa ser dobrada nesta época, período em que a maior velocidade do vento favorece a brincadeira de “soltar pipa”.O Corpo de Bombeiros alerta que o uso do cerol é proibido por lei e pode resultar no pagamento de multa que varia de R$ 100,00 a R$1,5 mil. Nos casos de vítimas com ferimentos, os infratores podem ser condenados a penas que variam de três meses a um ano (lesões leves) e de um a cinco anos (lesões graves). “As pessoas devem ficar atentas, pois em casos de acidentes, os pais respondem pelos filhos menores”, observa o subtenente Araújo. Ele lembra ainda que o Corpo de Bombeiros faz um trabalho de conscientização junto aos empresários e comerciantes para que instalem antenas de proteção nas motos usadas no serviço de entrega.

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Mensagem N°37274
De: Manoel Luciano Silva Data: Terça 29/7/2008 11:31:22
Cidade: BOCAIUVA. MG

Gostaria de aproveitare este valoroso espaço para fazer uma sujestão e uma reclamação. Trabalho com uma ambulância e trago pacientes as vezes duas vezes ao dia para hospitais de Montes Claros. O problema que enfrento é na hora de receber os resultados dos exames na Santa Casa, principalmente na tomografia. As vezes o atendente está ao telefone, ou mesmo conversando com o colega. Sempre ficamos mais de uma hora esperando, e não temos tempo para isso, pois vamos a vários locais durante a nossa viagem. Fica a sugestão para que destaquem uma pessoa só para entregar os exames, agilizando o serviço e diminuindo as pessoas no recinto. Muito Grato

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Mensagem N°37273
De: César Data: Terça 29/7/2008 10:46:04
Cidade: M. Claros

Completamente equivocada a informação de Graciano, que se apresenta aqui com endereço e tudo. Manoel Quatrocentos teve um dos velórios mais prestigiados de toda a história de Montes Claros. Recebeu duas encomendações, uma delas por parte do próprio bispo de M. Claros, Dom José Alves Trindade, que a pedido dos amigos de Manoel deixou seu palácio pela manhã e foi oficiar a última prece. Manoel foi velado na igrejinha do Rosário, numa longa noite de homenagens, por onde passou sua romaria de amigos e admiradores para dele se despedirem. Há páginas e páginas de jornal e na internet (inclusive neste Mural), relatando o fato, contando detalhadamente como foi o prestigiado velório. Manoel recebeu em vida o reconhecimento publico por suas muitas qualidades; recebeu também durante a morte, e recebeu depois dela, na vida que segue. Mereceu até um auto de teatro em que é o personagem único. Manoel Quatrocentos, não duvidem, é célebre personagem destes Montes Claros, cuja lembrança avançará no tempo. Não podemos esquecer também que na missa de Sétimo Dia a Seresta João Chaves o homenageou com a gala de suas músicas, em noite irretocável, aonde não faltaram os seus grandes amigos, numerosos como as estrelas do céu. É um equívoco completo o reparo que quis fazer o sr. Graciano. Evidentemente, baseou-se em informação de quem não conhece o personagem e muito menos a história. Manoel tinha amigos, tem amigos, e eles honram integralmente a sua memória, cultuam-na, como agora faz o admirado escritor, professor e líder em todas as áreas, Wanderlino Arruda, mestre de todos nós. Que ele escreva mais, cada vez mais, para a alegriageral e nossa, seus discípulos, que também nos dedicamos a cultuar a história e os vultos de M. Claros. Parabéns, professor Wanderlino Arruda, pela exatidão de suas informações e pelo que elas dizem além do que cabe nas palavras. Ao sr. Graciano, peço ainda que localize no cemitério local a campa digna, simples, mas digna, onde repousam as relíquias de Manoel Quatrocentos, lápide doada por um comerciante bondoso e com bela frase a assinalar sua última passagem entre nós. Manoel não é personagem que possa ser esquecido.

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Mensagem N°37272
De: Márcio Data: Terça 29/7/2008 10:35:12
Cidade: Montes Claros

Vai ser nesta quarta-feira, 30 de junho, às 19 horas, na capela do Colégio Imaculada, a missa de 30º Dia da morte de Adalmo Leão da Paixão, comerciante em M. Claros. Na noite de 30 de maio, ao pular no rio para salvar um companheiro de pescaria, ele foi levado pelas águas, entre Januária e Itacarambi. Até hoje o corpo não foi localizado.

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Mensagem N°37271
De: Graciano Data: Terça 29/7/2008 09:57:09
Cidade: Montes Claros(MG)

À mensagem 37268 de Wanderlino Arruda. Exaltar a vida de alguém depois da morte é um gesto de lembrar aquele que passou por essa paragens, mas continua vivo na memória do povo. Qaundo vivo Manoel Quatrocentos vivia miseravelmente numa toscana, num lote grande, atrás da atual Autonorte(inclusive esse lote pertence hoje aquela empresa)e alí morreu e foi levado por um camburão diretamente para um cemitério da cidade e não recebeu sequer um buquê de flores como lembrança póstuma. Onde está enterrado o Monoel Quatrocentos, agora cantado em versos e exaltado em prosa? Fizeram alguma catatumba para o mesmo? Qual! Assim como passou pela vida também foi esquecido depois da morte. Que o exaltem os Castro Alves desse mundo!

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Mensagem N°37270
De: Marinho Data: Terça 29/7/2008 09:00:25
Cidade: M. Claros

Diz a meteorologia hoje - e vem dizendo a cada dia com mais certo - que a partir do próximo domingo as temperaturas em M. Claros já estarão acima de 30 graus. As da madrugada, que tanto frio trouxeram este ano, também subirrão. Tudo indica que chega ao fim um dos invernos mais rigorosos dos últimos anos. Incompreensível até, pois que choveu pouco nestas últimas águas de M. Claros.

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Mensagem N°37269
De: Raphael Reys Data: Terça 29/7/2008 08:58:38
Cidade: Montes Claros

DAS RECORDAÇÕES DA INFÂNCIA

Pedaços da minha infância nos Montes Claros provinciano dos anos 50 e 60, detalhes de um cotidiano bucólico, tipos humanos, coisas simples... Ternuras!A pança de Deba de Freitas, balançando a calca de linho S120. O ar tranqüilo e resoluto de Mário Veloso, na sua pharmácia de manipulação e o indefectível cabide rococó de colocar os chapéus dos elegantes cavalheiros de antanho que chegava para dois dedos de prosa.
Os óculos modelo Ronaldo do líder político Ronaldo de Neco Santa Maria, a traseira do Cadilac Rabo de Peixe de Oscar Gabriel, o baticum do reclame da Boneca de Leonel pelas ruas em paralelepípedos. O guaraná espumante no Montanhês e a conversa inteligente do elegante professor Pedro Santana.
Padre Agostinho, o último dos brutos atávicos vociferando impropérios à porta do confessionário e o estofado vermelho-fogo do Lincol Preto de Dom José Alves Trindade. A visão do contraste da mão branca de Virgínio Preto segurando a pirata com o cabo incrustado em prata. O cavalo Appaloosa do cowboy de Janaúba e as histórias hilárias e inteligentes de João de Paula.
O menestrel João Leopoldo cantando na nave da Catedral, os chapéus Ramezhonne da Casa Preferida à voz de Nivaldo Maciel e o Irmão Marista Idelfonso lendo e teatralizando os capítulos de Inocência de Taunay
O triste destino do menino no colo de Maria Babona, o pedaço de jornal com as letras para baixo de Geraldo Tatu, o tubo do lança perfume Rodoro metal no carnaval da Rua XV e a fantasia de Yalorixá de dona Afra Bichara abrindo o carnaval de rua e Lazinho Pimenta gritando Evoé foliões! A fantasia de Zorro de Biô Maia curtindo uma ressaca à porta do Cabaré de João Pena com o chapéu amassado.
O boné de couro do chapa Brigadeiro, a bengala cabo de marfim de Vavá Alfaiate, os suspensórios de Benjamin Rego e o Colt Cavalinho de Antonio Leite. Fragmentos de lembranças do gesto de Juca de Chichico e o seu que aperta e não machuca. Os inflamados discursos políticos de Mundim Atleta em cima de um caixote de cerveja à porta do Bar de Nelson Vilas Boas sentando o cacete em Juscelino. As ferradas de Manoel Quatrocentos!
A cachaça de Bem-Pau-Véi penducando o equilíbrio nas ruas em paralelepípedos, a bazófia de Leônidas da Onça e a baratinha de Jair Aminthas. O sabor do pão alemão feito na Padaria Santo Antônio e entregue no lusco-fusco das manhãs por Adão Padeiro. Das bolachas formato pastilhas de seu Tóta que grudavam no céu da boca.
O sabor indefectível da garapa gelada de Jason, o pão de doce com manteiga Alvorada o carro de madeira de seu Manoel dos Carneirinhos. O colorido dos colares de Ogum e Oxossi do babalorixá-Baba-Obá Zé Fernandes. A leitura na biblioteca universal da doutora Juracy Felix e as ilustrações de Gustavo Doré na Divina Comédia e a surpresa de ler As Estâncias de Dzian de Blavasthsk.
O sapato bico fino furadinho em marrom e branco, presente de aniversário que ganhei do meu padrinho Deba. O bloco de papel de cartas com a gravura de Bem-me-quer, mal-me-quer na papelaria de Nice David e o cheiro da fumaça do cachimbo de Benjamim do Anglo e o jeito matreiro e curraleiro de Benedito Gomes.
Da camisa Prist, a tampa dourada do isqueiro Ronson, mastigar o quente pastel recheado de vento do bar de Tiano e do cigarro Columbia no bar de Bebé no velho Mercado Municipal.
Da caixinha de sorvete Esquibom saboreado e olhando aquela menina morena jambo dos olhos verde mar e de vestido Bangu. O relógio Tissot Militar do meu pai e da sua biblioteca da Sociedade Teosófica. A caneta Parker 51, pena foliada a ouro comprada na Gráfica Orion de Laertes David e da voz metálica e gutural de Zé Amaro.
O latido do cão dinamarquês de Loyola e Cia., o embornal de milho ou balas 44 na cabeceira das selas aos roletes de cana caiana na talisca de bambu. Ver os caminhões atolados na lama da rua Doutor Santos, o passeio no Cedro no Ford Bigode de meu pai, o Mate Couro no canudinho de palha, da brincadeira de finca, do estraque deixa, dos banhos nus em pêlo no rio do Melo tomando Cinzano Rossi...

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Mensagem N°37268
De: Wanderlino Arruda Data: Segunda 28/7/2008 22:29:35
Cidade: M. Claros

O ROMÂNTICO MANOEL QUATROCENTOS
Wanderlino Arruda

Eu estava no décimo-quarto andar do edifício do Banco do Brasil, no centro de Fortaleza. Dentro, a temperatura era de dezoito graus, cortinas fechadas em quase todas as janelas, menos em uma que dava visão direta para o mar. Lá fora, calor intenso, um sol que daria gosto se estivesse na praia. O céu de brigadeiro, de um azul que indicava não haver igual em nenhuma parte do mundo. Fazendo moldura, abaixo da linha do horizonte, o Oceano Atlântico que parecia mais clorofila que água salgada: o verde era intenso, quase um verde de esmeralda ou de turquesa, daquele verde tão lindo como a cor dos olhos de uma bonita mulher de olhos verdes. Era o mar de Iracema, a virgem criada por José de Alencar, de lábios de mel e cabelos mais negros do que a asa de graúna e de pele mais macia que a pe1úcia de um pêssego maduro em manhã de chuva. Meu momento de professor de Lingüística num curso para palestrantes era a capital do Ceará.
Foi lá naquela festa urbana, onde trabalhava uns dias e vivia cada minuto, que recebi um telefonema de Olímpia, com notícias de casa, de Montes Claros e da região baiana de Minas. Sorvi, com atentos ouvidos, cada detalhe, cada ângulo de comentários. Misturava tudo com uma profunda saudade dela e das coisas com sabor mineiro. Quem nasceu? Quem vivia ainda? Morreu alguém conhecido? Ela me falou das mortes de dois prefeitos, das passagens súbitas de Caetana Meira, de Afrânio Tempone e da viagem eterna de Manoel Quatrocentos. Senti profundamente a ausência da Caetana, tão nossa amiga, quase nossa vizinha, companheira da Casa da Amizade, do Rotary, do Elos Clube. Ninguém nasceu para viver definitivamente. Haverá sempre um último dia. Mas acostumar-se com a ausência física de pessoas amigas, mesmo que não estejam sempre próximas de nós, é sempre uma angústia. Não existe alegria na morte. Mesmo de longe, senti muito a falta dos bons amigos. Importante pensar espiritualmente em cada um. Via méritos em todos: da alegria de viver de Tempone, por exemplo. Poucos dias antes, eu tinha convencido Caetana a ir com Meira a uma conferência do Rotary em Caxambu. Fiz propaganda de maravilhas do encontro rotário, e ela aceitou.
Do verde do mar, da imensidão do oceano, da fantasia do céu do Ceará, voltei-me inteiramente para todas as idéias que materializo hoje nesta crônica, focalizando na memória as muitas vezes que vi e admirei a figura nostálgica e cavalheiresca de Manoel Quatrocentos, um misto romântico de Dom Quixote e de Carlitos, último dos distantes conquistadores da beleza e do charme de mulheres famosas do velho cinema hollywoodiano. O verde do mar cearense seria como um foco dos sonhos do nosso romântico Manoel? De tudo que ele tinha na vida – e quase não tinha nada além do machado de cortar lenha – o de que mais se orgulhava era do verde dos olhos que herdara da mãe. Pode ser que fosse isso, porque nos olhos do Manoel Quatrocentos estavam quase todas as suas maiores qualidades: a gentileza, a alegria, o humanismo, o desejo de conquista, a admiração por Montes Claros, a cerimônia com as mulheres, a ironia com os orgulhosos, a malícia com os amigos, a simpatia com os jovens. Grande Manoel!
Lembrei-me perfeitamente dos meus primeiros tempos de estudante, lá pelos idos de 1951, quando íamos ouvir, aplaudir e anarquizar o jovem Manoel Quatrocentos, o "maior" cantor de boleros da Rádio Sociedade nos programas de auditório, no Cine Montes Claros e Cine Ipiranga. Chupando cana, comendo pipocas, fazendo bolinhas de papel de caramelos para jogar no animador e nos artistas, que grande alegria era cada manhã de domingo! Manoel Quatrocentos, mais romântico que o eterno romântico Adauto Freire, meu amigo, fazia poses de Gregório Barros, lançava beijos para as belezas invisíveis de Ingrid Bergman, Vivien Leigh e Lauren Bacall. Era como se ele estivesse vivendo cenas de Casablanca e de E o Vento Levou, só possíveis de serem descritas pelo companheiro Ângelo Soares Neto, outro fã incondicional do Manoel, que a esta hora também no mundo espiritual, deve estar sorrindo com ele, ou desfiando saudades como até hoje faz Haroldo Lívio. Quantas vezes pedíamos bis, bis só para sentir as impostações de voz de quem se acreditava, Tyrone Power, Charles Boyer, Errol Flynn, ou, nas horas de maior coragem, o próprio Charles Starett ou o Flash Gordon.
Lembro-me, agora, também da mania do Manoel Quatrocentos em falar línguas estrangeiras, no enrolado dialeto dos gringos: s`il vous plâit, merci beaucoup, yes, thank you, buenas noches, oh muchachas, take it ease, shut up, tão comuns aos artistas franceses, mexicanos ou de Hollywood. Era um tal de falar em footings e flirts que dava gosto! Lembro-me dos amores de Manoel Quatrocentos com o que parece ter sido seu único amor materializado – a Maria Tostão, lá no alto dos Morrinhos, quem sabe a sua alegria legítima. Perfumado sempre nas horas de folga, nunca sem gravata, castelhano gravado no sotaque, Manoel Quatrocentos foi um homem despojado de orgulho nas horas de trabalho braçal, dono de pouco, mas sempre sagrado dinheirinho para as próprias necessidades.
Do Ceará, mandei mentalmente meu último aplauso a Manoel Quatrocentos, o maior candidato ao noivado com as mais lindas mulheres do mundo. Que a manhã daquele sábado, 23 de abril de 1988, tenha sido para ele – Manoel Nunes da Silva – um fantástico momento de glória, uma contemplação maravilhosa do infinito azul do olhar de todas as belezas femininas da história. Ele muito fez por merecer!
Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Mensagem N°37263
De: Lorena Data: Segunda 28/7/2008 13:49:53
Cidade: MOntes Claros

(...) O auxiliar de servicos gerais, Rodrigo Dias, foi atingido por uma bala perdida nao atiraram com intencao de acertar o mesmo... Ele por sinal estava na esquina com o filho de 1 ano e meio,brincando quando ouviu barulho de tiros so teve tempo de pegar a criança no colo e protege-la. A criança teve algumas escoliaçoes devido a queda, pois quando foi atingido ele caiu em cima do filho...Reação normal q qualquer pai de familia teria para proteger o filho... A q ponto chegamos nem podemos ficar com nossos filhos na porta da rua.... E incrivel como as coisas pioraram na questao de segurança... Não so no morrinhos mas em toda parte da cidade.... Esperamos q providencia sejam tomadas para q tenhamos paz!!!

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Mensagem N°37262
De: Web Outros Data: Segunda 28/7/2008 09:52:26
Cidade: Belo Horizonte

Além da Macedônia

Manoel Hygino (Jornal "Hoje em Dia")

Adalmo Leão da Paixão era comerciante e nascido em São José do Jacuri. Com menos de 62 anos, pescava no São Francisco, entre Januária e Itacarambi. Cidadão tranqüilo e de sincero sorriso, equipava-se para o agradável esporte. No dia 30 de junho último, as grandes águas, quando a noite descia, o levaram consigo. Para sempre.
Quando a embarcação submergia, ainda salvou um amigo que o acompanhava. Muitas homenagens lhe foram tributadas, porque era um bom, dedicado a belas causas e costumes, que começavam no lar. Restaram lembranças e lembrancinhas, que entretanto não o trazem de volta ao convívio, a que muita falta faz.
O curioso no episódio é que, no colete protetor não utilizado naquele dia, de pescaria, havia um texto atribuído a Alexandre, o Grande. O filho de Felipe, da Macedônia, discípulo de Aristóteles, o filósofo, faz pensar, sobretudo diante das circunstâncias do infausto acontecimento do mês findo.
São os três últimos desejos do poderoso monarca. À beira da morte, ele convocou seus generais e seu escriba oficial, para revelar seus últimos desejos e anseios. Ei-los:
1 - Que seu caixão seja transportado pelas mãos dos mais reputados médicos da época; 2 - que seja espalhado no caminho até seu túmulo, seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas): que suas duas mãos sejam deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Quando um dos seus generais, surpreso com os desejos insólitos, perguntou-lhe a razão ou razões de seu testamento, Alexandre explicou:
1 - Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão, para mostrar aos presentes que estes não têm poder de cura nenhuma diante da morte; Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem; Quero que minhas mãos balancem ao vento, para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos, de mãos vazias partimos.
O cinema já mostrou Alexandre Magno em guerra contra povos adversários e povos contrários a seu planos. Por suas ações, é uma das figuras universais da história, pelo influxo extraordinário que a sua vida, obra e personalidade exerceram no mundo inteiro.
Não quis simplesmente ser o filho do grande Felipe. Sua inclinação se revela, ao convocar a seu lado Aristóteles, que lhe abriu e ensinou todos os ramos do saber humano. Ainda príncipe, guerreou contra os trácios, os gregos e os ilírios. A sétima arte recriou imagens da época, de seus costumes, das imensas regiões que percorreu.
Em assembléia, foi eleito chefe supremo dos helenos, submeteu os bárbaros do Norte da Mesopotâmia, arrasou Tebas de assalto poupando Atenas. Depois se encaminhou para a Ásia, com 5 mil ginetes e 30 mil homens a pé.
Desbaratou o exército persa e, atingindo o Górdio, cortou com a espada o nó célebre, que - segundo o oráculo - conferia o império da Ásia a quem o desatasse. Jamais estagnou. Entrou em Tarso, onde quase morreu, atravessou as portas da Cilicia, contornou o golfo de Issus e esmagou o exército que Dario lhe opôs, capturando a própria família do rei persa.
Entrou na Síria, cercou duas vezes Tiro, na Fenícia, durante sete meses, e Gaza, dali partindo para o Egito, onde fundou Alexandria. Granjeou o afeto do povo por sua magnanimidade e tolerância política e religiosa.
Continuava seu projeto, quando quase repentinamente morreu. Não consolidou a sua política, mas legou uma obra civilizadora sem par pelo desenvolvimento das riquezas, do comércio e da navegação, progressos extraordinários nas ciências na técnica e na indústria.
Sua figura se pode medir pelos três últimos desejos a ele atribuídos. Por seus atos e posições agigantou-se e toma as proporções de um dos gênios da humanidade.

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Mensagem N°37260
De: Frederico Data: Segunda 28/7/2008 09:25:17
Cidade: Montes Claros - MG

No domingo, dia 06 de julho, eu estava no sítio, na região do Milivre, quando por volta das 11 horas, ouvi um estrondo abafado, e em seguida senti sob os pés, o chão tremer e as louças e copos sobre as prateleiras titilarem.Novamente neste sábado, 26 de julho, por volta das 8 horas, voltei a ouvir quatro estrondos abafados, porém de menor intensidade que o anterior, em intervalos não mais do que entre 5 e l0 minutos um do outro. Nestes não percebi o tremor de terra ou o balançar dos objetos nas prateleiras. O som dos estrondos assemelhava ao estrondo de dinamite utilizada pela fabrica de cimento. Entretanto não pode ter sido isto, pois o sítio fica a mais de trinta quilômetros do local. Também desconheço que aja qualquer atividade de exploração de pedreira na região. Por favor, alguém tem noticia de maiores detalhes? Existe algum órgão na região ou em outro local que possa recolher para obter outras informações?

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Mensagem N°37259
De: Wallace Data: Domingo 27/7/2008 22:16:22
Cidade: M. Claros

31 de julho é o prazo vagamente passado pela empresa Oi para recuperar o seu péssimo serviço Velox em M. Claros. Contudo, pouca gente acredita. A empresa não está nem aí para as reclamações. (...)

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Mensagem N°37258
De: Marcão Data: Domingo 27/7/2008 22:02:44
Cidade: BH

Não é "agouro", mas prestem atenção. (Antes, explico aos mais novos - agouro é adivinhar, prever, pressentir, prognosticar). Sinto no ar que pode, pode, acontecer em BH nestas próximas eleições aquilo que aconteceu em M. Claros, nas últimas. Explico: em M. Claros, o governador Aécio Neves, bem avaliado pelas pesquisas, juntou-se ao então prefeito Jairo, também bem avaliado naquela ocasião, para apoiar o candidato Gil Pereira, disparado na frente das pesquisas. Foi o horário eleitoral repetir que o favorito tinha o apoio dos dois, do prefeito e do governador, e o candidato favorito experimentou uma vertiginosa queda. Não ficou nem para o segundo turno, algo impensável para quem tinha mais do que 50 por cento das intenções de voto e, de quebra, recebeu o apoio das máquinas dos governos estadual e local. Agora, aqui em BH, governador e prefeito se juntaram para apoiar um candidato. E o que aconteceu: ele está em terceiro lugar, empacado. Será a síndrome de M. Claros ? O tempo dirá.

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Mensagem N°37257
De: Antônio Data: Domingo 27/7/2008 21:33:21
Cidade: M. Claros

Complementando as informações da moça que se identificou como Fátima: retiraram a banca de revista que fica na rua Simeão Ribeiro, onde ela cruza com a rua Presidente Vargas. A retirada da banca foi para permitir a mudança do piso. Ocorre que, sem a banca, a rua ficou desobstruída, mais clara, mais arejada. Os comerciantes fizeram um abaixo-assinado pedindo que a banca não volte, melhorando o aspecto geral. E até colocaram umas faixas, agradecendo ao prefeito pela retirada. Contudo, no dia seguinte, as ditas faixas desapareceram misteriosamente. Agora, todos se perguntam: voltará a banca com a sombra que ela projeta na via pública? Sou dos que preferem a rua aberta, limpa, sem obstáculos. Se querem colocar um comércio de revistas e jornais, que façam como nós – aluguem ou comprem um cômodo para o serviço e não usem o espaço público, que é de todos. (...)

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Mensagem N°37256
De: Fátima Data: Domingo 27/7/2008 21:20:25
Cidade: M. Claros

Trabalho na rua Simeão Ribeiro, centro de M. Claros, mas não vou revelar o meu nome por temer que estas observações possam provocar perseguições contra a empresa que me dá emprego. Quero falar dos serviços de remoção do piso e colocação de outro. Primeiro, o serviço se arrasta por bastante tempo, prejudicando as atividades da rua. Segundo, o material que está sendo colocado no lugar do que existia - que fiquei sabendo chamar-se mosaico português, é bem inferior a ele, o piso original. É um tijolo reforçado de cimento, sem gracinha, que contudo não suporta peso. Alguns já estão até quebrados ao serem colocados. É um material inferior ao que existia, por mais antigo que fosse. Até os trabalhadores da empreiteira não demonstram muito empenho para terminar os serviços e desimpedir a rua. Quando não estão jogando baralho, estão dirigindo gracejos a nós, mulheres - as que trabalham na rua e as que passam por ali. Por que não pensaram num material melhor, mais duradouro, que justificasse a substituição? Se algum dia um carro de bombeiros, por exemplo, tiver que entrar na área, não ficará um desses tijolos sem quebrar. Acho que faltou planejamento, além da demora excessiva, a exemplo do que acontece com a renovação da praça da Matriz. (...)

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Mensagem N°37253
De: Luiz Ortiga Data: Domingo 27/7/2008 13:08:04
Cidade: Brasília/DF

Reportando-me à mensagem 37221, na qual o Sr. José Prates solicita informação sôbre os nomes dos sargentos que trabalharam, dirigindo a Praça de Esportes no período citado. Informo que o primeiro a a Praça de Esportes foi o sargento da PMMG Marino. Ficou à frente da Praça de Esportes até aproximadamente 1951, quando se transferiu para Belo Horizonte a fim de fazer o curso de oficial. O sera aficionado pelos esportes e principalmente pela natação, época em que Montes Claros pontificou na natação nacional com várias medalhas. Foi substituido pelo sargento Pimenta. Muito elegante, era incentivador do esporte coletivo. Montes Claros teve grandes equipes de basquete e voleibol, sendo estar no feminino e no masculino. No feminino Montes Clarou-se campeã mineira de voleibol em 1952. Dias de glórias para nossa Montes Claros. Para nossa Praça de Esportes.Um abraço.

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Mensagem N°37252
De: Web Outros Data: Domingo 27/7/2008 12:21:51
Cidade: BH

As sapatadas de D. Tiburtina

Manoel Hygino

Esta história caminha para oitenta anos. Aconteceu em 6 de fevereiro de 1930, quando uma caravana política da Concentração Conservadora, que apoiava Washington Luís na Presidência da República e seu candidato à sucessão Júlio Prestes, passava pela praça em que residia João Alves, um dos líderes da oposição em Montes Claros e favorável à Aliança Liberal.
Em meio ao foguetório, quando destilavam prestigiosas figuras da política federal, estadual e municipal, ocorreu um grave incidente, que resultou em mortos e muitos feridos. Pelo calor da campanha, pela significação dos visitantes, exaltaram-se os ânimos e o tiroteio alcançou as páginas dos jornais da capital da República.
Na comitiva oficial; dentre outros estava Melo Viana, vice-presidente da República e candidato ao Governo de Minas, que antes já ocupara. Assis Chateaubriand, contrário ao Catete, encontrou no episódio motivo para sua imprensa. Mais recentemente, Fernando Morais, conceituado jornalista e apreciado pesquisador, inseriu na biografia da chatô registros sobre o 6 de fevereiro.
Aparecem os nomes de João Alves, médico querido na cidade, sua esposa Tiburtina Alves, “fanática militante da Aliança Liberal”, e “a caravana foi atacada a tiros - supostamente por jagunços a mando da mulher do deputado”. Está no livro.
Segue o texto: “Em meio ao tiroteio, a mirrada Tiburtina aproximou-se do vice-presidente da República e aplicou-lhe sucessivas sapatadas, ferindo-o com violência no rosto e na cabeça”. Chateaubriand quis fazer de Tiburtina a Joana D’Arc do sertão, da Aliança Liberal, a Anita Garibaldi do Vale do São Francisco.
Morais observou: “Por maiores que fossem os desejos do jornalista, Tiburtina Alves eram apenas uma enfermeira gorducha que um dia, por mera casualidade, dera uma surra de sapato no vice-presidente da República.”
A agressão a sapatos, contudo, não existiu. Em muitos anos de trabalho, encontrei referência aos episódios de fevereiro, ouvi depoimentos de muitas pessoas da época, li artigos e livros, escutei comentários de meu pai, tudo demonstrando que o ataque enfurecido de Tiburtina Alves não houve. Em meio ao tiroteio, quem teria coragem de avançar na direção do grupo político recém-chegado, fortemente armado, para tentar ferir um ex-presidente de Minas e então vice-presidente da República?
De princípio, a versão seria simplesmente inverossímil. Os depoimentos no processo policial que se abriu nada revelou a respeito, confirmando as informações divulgadas e pessoalmente colhidas.
Há de advertir que Tiburtina não era “apenas uma enfermeira gorducha”, até porque não existia na época cursos de enfermagem em Minas. Apenas ajudara o marido-médico a levar assistência aos vitimados pela gripe espanhola, em 1918, visitando-os, de cada em casa, solidariamente.
Para um dos depoentes, inserido seu testemunho em livro de Milene Antonieta Coutinho Maurício, Tiburtina tinha “todos os dotes da mulher espartana. Quando jovem diziam que era de peregrina beleza”. E eu a conheci em Belo Horizonte, já idosa, mas uma mulher com traços de rara personalidade, bela ainda quando chegava a velhice.
Quando veio de sua cidade para Montes Claros, Tiburtina viveu dos serviços que prestava como costureira. Até que, encontrando-se com João Alves, começaram uma nova etapa de vida, que, pelo visto, entrou para a história.

Jornalista e escritor
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