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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°36566
De: Lasmar Data: Quarta 2/7/2008 16:08:28
Cidade: M. Claros

Parece que surgiu novo impasse entre as Casas Bahia e a prefeitura para que a sua terceira loja - em espaço próprio - comece a funcionar em M. Claros. A empresa comprou um antigo hotel na rua São Francisco, no quarteirão fechado entre a rua Padre Augusto e Ruy Barbosa. A reforma começou há meses, mas foi logo embargada pela prefeitura. Depois reiniciou e afinal está pronta, protegida por tapumes. Funcionários teriam sido contratados, mas algo surgiu que impediu a abertura da loja. Há notícia de que a prefeitura exigiu da empresa a remodelação dos dois quarteirões fechados da rua S. Francisco. A empresa teria concordado em fazer apenas no quarteirão onde está localizada a loja. Daí pra cá, não se sabe o que teria surgido, ou se foi isto, pois esta informação também não é confirmada. O fato é que as Casas Bahia, em pouco tempo, farão funcionar sua terceira grande loja em Montes Claros. Se o impasse existe ou não é fato a confirmar. Alguém sabe alguma coisa?

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Mensagem N°36565
De: Ângelo Data: Quarta 2/7/2008 16:05:05
Cidade: Montes Claros

A rede atacadista Makro transferiu para o próximo dia 15 o início de suas atividades em M. Claros. Inicialmente, a data era 29 de junho, mas a adaptação do prédio comprado está longe de terminar. O prédio fica ao lado da Coteminas, a primeira unidade instalada no bairro Planalto, pouco antes do trevo do aeroporto. Máquinas trabalham no local do super-armazém, adaptando as antigas instalações da indústria Fuji. O pátio será asfaltado e iluminado para servir de estacionamento gigante. Dificilmente o serviço estará concluído também na próxima data agendada.

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Mensagem N°36562
De: Luiz de Paula Data: Quarta 2/7/2008 15:11:07
Cidade: Montes Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 25)

O CASO DAS SEMENTES DE CAPIM

Quando eu cursava o 3º ano ginasial, no Gymnásio Municipal de Montes Claros, os padres cobravam duzentos mil réis por trimestre. Eram três trimestres, total 600$000. (Era como se escrevia seiscentos mil réis). Correspondentes a 4 salários mínimos da época. Como referência, uma caixa de fósforos custava um tostão, ou 100 réis e um peão recebia 150$000 (cento e cinqüenta mil réis) por mês de serviço, correspondente ao salário mínimo de hoje.
Meu pai ainda vivia sob os efeitos da recessão de 1929 e não mandava o pagamento em espécie, mas em produtos da região, que eu negociava e fazia o pagamento ao Ginásio.
De uma feita ele me mandou 30 sacos de sementes de capim jaraguá, para o pagamento da parcela de um trimestre, já vencido.
Com o conhecimento da Estrada de Ferro na mão, saí procurando comprador. E encontrei o sr. Niquinho Teixeira, como era conhecido o fazendeiro de renome e farmacêutico Antônio Augusto Teixeira, formado pela Escola de Farmácia de Ouro Preto e irmão do médico Antônio Teixeira de Carvalho, o Doutor Santos, ex-prefeito de Montes Claros e nome de rua do centro, em nossa cidade. Ele disse que ficaria com as sementes de capim pelo preço de mercado. Resolvida esta parte, fiquei atento à chegada da mercadoria, na estação da Central. A mercadoria despachada como encomenda, incorre em frete maior, mas chega mais depressa. Acontece que vivíamos numa fase de máxima economia. Vivíamos espartanamente. Meu pai sentenciava: até pagar o que devemos, e recomprar a nossa casa de morada, que havia sido entregue em pagamento de dívidas decorrentes da baixa do algodão no “crack” de 1929, só podemos gastar com o nosso sustento. Nada de roupa, nada de sapato ou do que não seja alimento. E concluía: “do preciso, o mais preciso”.
De modo que o capim veio em despacho “como carga”, e não “como encomenda”. Mais demorado, cerca de 15 dias, de Várzea até aqui. Mas muito mais em conta. O meu cuidado em acompanhar a chegada tinha dupla conveniência. A primeira era apurar o dinheiro para o pagamento ao colégio. E a segunda era para evitar armazenagem, que passava a correr a partir do dia seguinte ao da chegada.
No dia em que a semente chegou eu estava vigilante. Contratei carroceiro e fiz a entrega ao sr. Niquinho Teixeira. Era num cômodo que servia de garagem e depósito de pequenos volumes, com portão aberto para a rua Camilo Prates. Eu fui chamá-lo e quando voltamos, juntos, o carroceiro já havia descarregado a carroça e carregado a primeira balançada. Seu Niquinho pesou essa e as outras balançadas, fez as contas, me pagou, e eu me despedi. Lá fora paguei ao carroceiro e desci a Camilo Prates, no rumo de casa. Ia pensando na vida. Tudo difícil. Meu pai em dificuldades, custando a sair da crise. Ele fôra dono da maior loja de Várzea. Comprava e vendia de tudo. Do toucinho e cereais à seda mais fina, com bom estoque de tecidos, ferragens, miudezas, como era comum na ocasião. E era grande comprador de algodão. Financiava os plantadores, aos quais fornecia crédito em caderneta, para receber na colheita.
Em 1929, na véspera da colheita, veio a grande depressão. O preço do algodão caiu de 30$000 a arroba para 6$000, mercado sem interesse. O café, no varejo, era vendido a 3$000/quilo. Caiu para $800. Foi uma quebradeira geral.
No caso do meu pai, houve queda de valor em todas as mercadorias de seu estoque. O comércio parou. Ninguém comprava nada, a não ser o que comer. O povo estava aturdido. Parecia o fim do mundo. Além da desvalorização dos estoques e da paralisação do comércio, o comerciante teve de enfrentar o grave problema de suas dívidas. Ninguém comprava o que o comerciante tinha para vender. Mas seus débitos vencidos eram cobrados com rigor.
No caso do meu pai, o seu capital estava nas mãos dos plantadores de algodão. Gente pobre, que trabalhava da mão para a boca. Eles iam colhendo o algodão e trazendo para pesar. Parte por conta do financiamento, parte para aquisição de alimentos. Todos, mas todos mesmo, ficaram devendo financiamento. Os bancos fecharam o crédito: a época era anormal.
Meu pai calculava que se vendesse tudo que possuía, incluindo estoques da loja, fazendas, gado e casa de moradia, mesmo por menos do valor, pagaria suas dívidas. Isso demandaria dois anos de muito trabalho, de muita conversação e muita paciência. E enquanto estivesse dispondo de suas cousas, iria procurando receber seus créditos espalhados com mais de uma centena de pequenos plantadores de algodão.
E assim fez. A loja, pouco a pouco foi se resumindo a uma pequena venda de gêneros e bebidas. Com aquele mundo de prateleiras vazias. A Fazenda foi vendida por 30 contos de réis. Valia, no mínimo, 100 contos. O gado foi com a fazenda, na bacia das almas. O último bem a ser vendido foi a casa de morada. Como era costume no interior, era casa de comércio e moradia. Havia 4 portas na frente, para a loja. E uma porta e janelas, de lado, de ingresso em nossa residência. Foi vendida por um conto de réis. A verdade é que ninguém podia agradar a ninguém, porque todos tinham os seus ajustes.
Mas meu pai continuava ocupando a casa, pagando aluguel de 30$000 por mês, ou seja, o equivalente a juro de 3% ao mês, até poder recomprá-la, o que fez, 4 anos depois.
Naquelas alturas, de meu 3º ano de ginásio, a coisa continuava feia. Eu pressentia que aquele seria o meu último ano de estudo. Meu pai não teria condições para continuar pagando seiscentos mil réis de ginásio por ano, para mim. Minha tristeza era maior porque eu era o primeiro da turma. E ia parar.
Mas, não havia andado mais que três quarteirões, quando olhando a conta verifiquei que lá estava escrito, com a letra do sr. Niquinho: 32 sacos de sementes. Eu me lembrava bem que no conhecimento de embarque estava escrito 30 sacos. Se o comprador me pagara 32, estava errado. Meu dever era voltar e corrigir o erro.
Voltei. Bati palmas na porta. Seu Niquinho era homem de pouca conversa, muito sisudo. Tive receio de falar com ele que a conta estava errada e ele correr comigo aos gritos. Por isso fui com muito jeito. Quando ele chegou à porta, eu fui dizendo, com voz mansa.
- Seu Niquinho, acho que o senhor me pagou a mais. Eu queria que o senhor conferisse a conta.
Ele olhou a nota que me dera, conferiu os cálculos, e me devolveu a nota, dizendo. Tá certo, menino. Pode ir embora.
Eu insisti.
- Meu pai me mandou 30 sacos de sementes e o senhor está me pagando 32. O senhor quer me levar no armazém, para eu conferir?
Ele deu um sorrizinho, coisa rara naquele homem casmurro. E ao virar-se para dentro, me disse:
- Vem comigo!
Eu o segui, agora por dentro da casa dele. E fui observando a casa: salas grandes, espaçosas, muitos armários, muito vidro, sofás, retratos nas paredes, casa de gente abastada. Da sala de jantar saímos num pátio, cortamos rumo por um passeio cimentado, e chegamos ao depósito/garagem. Ele entrou na minha frente, parou diante da pilha de sacos de sementes, contou-os e me disse:
- Tá tudo certo. Olha aí, 32 sacos.
Eu contei por minha vez. E lá estavam os 32 sacos.
E vendo os 32 sacos, eu pensei: alguma coisa está errada. Meu pai mandou 30 sacos, eu só tenho direito a 30 sacos.
Observei bem os sacos. Porque há uma particularidade nos sacos que contém sementes de capim Jaraguá. É que as sementes atravessam o espaço existente na trama que forma o tecido de aniagem de que são feitos e ficam saindo para fora. Em todos aqueles 32 sacos havia as pontas das sementes pelo lado de fora.
- Vamos embora, moço! - Falou o sr. Niquinho. - Você é um menino direito. Já provou isso. Agora vamos embora.
Eu continuava quebrando a cabeça com aquele enigma. E ousei propor:
- O senhor me deixa desmanchar a pilha?
- Desmanchar pra que?
- Para conferir, eu disse. - Eu arrumo de novo.
- Conferir mais o que, menino?
Mas ante a minha insistência, e por certo ante a disposição que sem dúvida eu demonstrava, de alguém que sabe o que tem a fazer, e não cede, ele, embora não convencido, concordou:
- Pode desmanchar.
Eu meti mãos à obra. Fui desempilhando de um lado e empilhando do outro. Na última carreira de sacos, na que estava por baixo dos outros, encontrei 2 sacos mais pesados do que os demais. Separei-os. Externamente eles ofereciam a mesma aparência dos outros, cobertos das sementes que a eles haviam aderido pelo contato. Mas forçando a costura que os vedava, por ali meti a mão e verifiquei que não continham sementes. Continham sacaria vazia. Eram o que se denominava de “mala de sacos”.
O sr. Niquinho, admirado, exclamou:
- Agora me lembro. Havia duas malas de sacos(*) aqui no meio do depósito. Por certo o carroceiro descarregou os sacos de sementes em cima deles e na hora de pesar se esqueceu e colocou todos na balança.
- Deve ter sido isso, eu disse. E apanhando as duas malas de sacos, coloquei-as, por minha vez, na balança, entregando a ele a nota e o dinheiro que ele me havia entregue.
- O senhor pode pesar estes dois sacos e fazer o desconto na nota e no dinheiro.
Depois de refazer as contas e me entregar o pagamento, ele me olhou bem de frente, ali naquele depósito de coisas de Fazenda e me disse:
- Menino, fale com seu pai que fiquei te conhecendo. Você é um homem!

(*) Mala de saco: encapado de sacos, geralmente 49 sacos vazios bem dobrados e ensacados em um saco maior, com a boca costurada.

FORA DA ESCOLA

De 1933 a 1939 fui trabalhar onde não havia escola noturna.

SEIS ANOS DEPOIS

Seis anos depois consegui voltar a uma sala de aulas. Eu trabalhava em uma casa comercial, em Juramento, desde 1936, quando soube que havia sido criada uma Escola de Comércio em Montes Claros, com aulas noturnas, para quem trabalhasse durante o dia. Passei a movimentar-me no sentido de transferir-me para Montes Claros, onde cheguei em 1938 e me matriculei, em 1939, no 3º ano propedêutico, que precedia o curso comercial.
A escola adotava a prática de dois exames no ano, no final de cada semestre. Um no final de junho, com provas escritas, e outro, no final de novembro ou início de dezembro, com provas escritas e orais. Eram seis as matérias do currículo. Estávamos no final de junho, no ano de meu ingresso na escola e já havíamos feito as provas de cinco matérias. As aulas iam das 19:00 às 22:00 horas. No dia em que íamos fazer a última prova, ao chegar de manhã à empresa onde trabalhava, fui informado de que ocorrera um estremecimento no mercado do feijão e eu deveria embarcar no trem das 11:00 horas para Buenópolis, onde desceria para trabalhar na praça e a seguir regressaria parando nas estações intermediárias, para vender o estoque de feijão da firma. Quando regressei, na semana seguinte, o resultado das provas estava exposto no pátio interno da escola. As minhas notas causaram admiração em toda a escola. Eram seis as matérias. Eu havia obtido nota 10 em cinco delas e zero na sexta.
Cursei a escola por 4 anos, durante os quais mantive a rotina do primeiro lugar. Em 1942 recebi o diploma de perito-contador, com nota 10.
No governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra foi promulgada uma lei que permitia aos contadores acesso aos cursos universitários mediante prestação de exames vestibulares. Era a equiparação dos contadores aos diplomados nos cursos clássico e científico, da última reforma do ensino, para efeito de ingresso nas universidades.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°36561
De: Raquel Chaves Data: Quarta 2/7/2008 14:01:25
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Triste noite de São João

Raquel S. Chaves

24 de junho, dia de São João. Dia da mais longa e fria noite do ano. O dia hoje está mais triste. Montes Claros está de luto. Partiu Beto Oliveira.
Parte exatamente no dia de São João, dia escolhido por Deus para levá-lo para junto de si... Como todo bom boêmio, amante da noite e da lua que se preze. Dia de tocar sanfona, de dançar Lundu e Guaiano... Dia de cantar aboio e rastar o pé no salão. Beto Viriato, da famosa, cheirosa e saborosa cachaça Viriatinha. Beto do Rebentão dos Ferros, Beto seresteiro, Beto de Tonha (companheira de tantos anos!), Beto de margarida, sua extremosa irmã, com quem morava; Beto de Maria Teresa, sua sobrinha querida, companheira de farra e de um copo ou outro de cerveja gelada... Beto de sua inseparável sanfona. Beto de uma fidalguia ímpar. Beto calmo, manso... Conheci Beto, ainda menina, era um dos grandes e fiéis amigos do meu pai Raimundo Chaves. Meu pai costumava brincar dizendo que, até que Beto tirasse um pé do chão, cupim já havia comido o outro, tamanha era a sua paciência... Vez ou outra íamos ao Rebentão dos Ferros, onde estão plantadas, até hoje, as suas raízes. Éramos recebidos por Pedrinho, Tiãozinho e Beto. A casa, de sala de visita grande, de paredes brancas e toras de madeira, era o ambiente propício para os adultos jogarem conversa fora, tomarem café com biscoito e trocarem sabedoria. No fundo da casa, a molecada nada na barragem e apronta traquinagens. E o almoço? Ah o almoço! De lamber os beiços! O famoso frango caipira com angu de milho verde e picadinho de quiabo com carne seca. Passávamos um dia de completa diversão. Desde menina, me tratava com um carinho especial. Além do Rebentão, nos encontrávamos nas apresentações do Grupo de Serestas João Chaves. Encantava-me ouvi-lo cantar “Fazendeiro rico” (música lindíssima, que só agora, venho saber que é de sua autoria). Como poucos, tive o privilégio de ver e ouvir tocar sua famosa sanfona! Sempre que tinha oportunidade, dizia-me que sou linda, de coração grande. Até pouco tempo, quando nos encontrávamos nas apresentações da Seresta, em festas ou barzinhos, pude sentir a sua alegria de viver. Tomando sua cervejinha de pernas cruzadas e na companhia de alguma moiçola. No dia 14 de junho, na saída da missa de um ano de saudades, do meu primo Repolho, encontrei-me com Tonha, na porta da Catedral, que me informou da sua internação Notei uma grande tristeza no seu semblante, disse-me que você não merecia estar daquela forma. Concordo em número, gênero e grau! Pessoas como você, Beto não merecem sofrer. Por isso, Deus resolveu aliviar a sua dor, te pegou pelas mãos o colocou em um balão de São João e o levou para o lugar merecido: o paraíso; onde provavelmente, já se encontrou com os amigos de noite alta e carraspana... Dr. Hermes, com certeza, já deu o grito; e agora, já estão perto de você: Tele, meu avô João Chaves, Sinval Fróes, meu tio avô Monzeca, Gilberto Câmara, Luis Procópio, Raimundim Chaves meu pai, com minha mãe Terezinha, amante de uma boa seresta, Virgilio de Paula e Adélia Miranda, e tantos outros montesclarenses que se foram. Grupo de primeira qualidade pode soltar a voz, que Montes Claros no alto dos seus 151 anos inteira, ouvira e se emocionara. Com a falsa modéstia de que é a genitora, de filhos ilustres, como você. Descanse em paz.

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Mensagem N°36556
De: Freire Data: Quarta 2/7/2008 11:26:27
Cidade: M. Claros

Antigamente era impensável alguém de M. Claros não se preparar para dois dos eventos imperdíveis de Montes Claros. A Exposição Agropecuária e à festa de São Pedro, no Pentáurea. A Exposição Agropecuária transformou-se em Expomontes, jogou fora uma marca consagrada, saltou na vala comum e, hoje, é comum ouvir pessoas dizendo que já não têm motivos para lá comparecer, de tanto que se descacterizou e se perdeu. A festa do Pentáurea, também inchada e mercantil, vai pelo mesmo caminho. Ainda é possível salvar estas que são duas das datas mais importantes do calendário de M. Claros. É examinar os muitos erros e desvios acumulados.

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Mensagem N°36555
De: Oliveira Ribeiro Data: Quarta 2/7/2008 11:22:50
Cidade: M. Claros

Enquanto os serviços de internet rápida Velox empacam em M. Claros, já é possível ver nas torres de telefonia móvel as novas antenas do sistema 3G (3ª geração), que permitirão o acesso rápido à internet. Creio que será uma revolução, pois o monopólio do acesso estará quebrado. (...) Quanto mais depressa o serviço vier, melhor para todos.

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Mensagem N°36553
De: Fernando Data: Quarta 2/7/2008 11:01:01
Cidade: M. Claros

Os bombeiros de M. Claros informaram há pouco que continuam na região de Januária-Itacarambi, onde desapareceu o querido comerciante em M.Claros Adalmo Leão da Paixão, na noite de anteontem. As buscas prosseguem. Adalmo, há muitos anos na cidade, no ramo de fogões, é de São José do Jacuri, perto de Coluna, São João Evangelista, Diamantina.

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Mensagem N°36549
De: Alberto Francisco Lopes Data: Quarta 2/7/2008 10:20:30
Cidade: Montes Claros

Acabo de ligar para o atendimento velox, e o atendente me informou que o sinal estar passando por problemas que só será solucionado no dia 30/07/2008, e as contas como fica? Com a palavra os representantes da “OI”, cadê o ministério publico de Minas Gerais? Já tem 48 dias que o sinal velox não funciona como deveria, mais um descaso com o consumidor.

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Mensagem N°36548
De: Juliano Data: Quarta 2/7/2008 10:02:49
Cidade: M. Claros

O Jornal de Notícias, num bom trabalho, hoje traz entrevista com o secretário de Defesa Social de Minas, Maurício Campos Júnior, que estará hoje na cidade para inaugurar o sistema de câmeras nas ruas. Pena que o secretário, na entrevista, confirme uma notícia triste para a cidade. M. Claros, para tristeza geral, realmente foi transformada em cidade depósito de presos, com a concordância de suas autoridades, assunto que deverá ser exaustivamente explorado na campanha eleitoral que se aproxima.

A certa altura, o repórter perguntou ao secretário:
-Algumas pessoas em M. Claros não ficaram muito satisfeitas com a transferência de presos de outros municípios para a cidade. Isto vai virar uma rotina?
(O secretário então na respondeu, preferiu fazer propaganda do governo, e acrescentou:)
- (...) Por isto estamos transferindo a administração das cadeias publicas para o sistema prisional da Secretaria de Estado da Defesa Social. Para tornar isso possível, temos que retirar os presos e levá-los para outra unidade enquanto é feita a reforma da cadeia, que, depois das obras, são transformadas em presídios.

Depois, o secretário ainda acrescentou:
- Montes Claros está ajudando Minas Gerais neste processo, recebendo os presos da cadeia do Palmital, em Santa Luzia. Tão logo terminou a reforma nesta cidade, voltamos com os presos para lá. Atualmente, são os presos do 2º Distrito Policial de Contagem, que deverão ser recambiados até agosto. Usamos o presídio que o governo de Minas construiu em Montes Claros porque é um dos melhores do Estado e possui agente em número suficiente e especializados na guarda e escolta de presos (...)

Desta maneira, o secretário confirma que o governo de Minas escolheu M. Claros para ser cidade-penitenciária de detentos em trânsito, um tipo de hotel de presos.

Ficam algumas perguntas:
- O governador Aécio Neves faria isto com a sua São João Del Rey?
- Por que os governantes de Montes Claros permitiram isto, que trará graves consequências para a cidade? Aliás, está trazendo. Basta consultar os índices. Montes Claros, uma cidade de reconhecida cultura, está sendo transformada em depósito de presos pelo governo do estado, debaixo dos aplausos dos seus atuais governantes. Pagaremos um altíssimo preço por esta omissão. Mas ainda há tempo de reagir vigorosamente. Não permitam isto. (...)

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Mensagem N°36541
De: Mariangela Data: Terça 1/7/2008 19:50:11
Cidade: M. Claros

Estava nostálgico o clima ainda há pouco, na praça dr. Carlos, onde tomei o ônibus. No ponto da rua Camilo Prates, iluminado apenas por lampiões dos carrinhos de pipoca, milho verde, algodão doce, uma carrocinha de som expelia a toda altura a música de Anísio Silva, do meu tempo, que me fez suspirar:

"Onde estás agora, meu coração chora, quero estar contigo
Quero dar-te um beijo, matar meu desejo, estar perto de ti
Seguir os meus passos contigo em meus braços feliz nesta hora
Pelo nosso amor, pela minha dor, onde estás agora?"

Pena que estava muito alto, e não podíamos sequer falar no silêncio da noite. A praça continua às escuras. Embarquei, vim cantando - onde estás agora?

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Mensagem N°36540
De: Márcio Data: Terça 1/7/2008 19:40:01
Cidade: Moc

Encontrei-me há pouco com político bem informado. Ele me colocou o quadro político de M. Claros, neste começo de tarde, ainda muito provisório. 1) O candidato Ruy Muniz, dos Democratas, terá como vice o vereador Sebastião Pimenta, irmão do deputado Carlos Pimenta. Leva o horário político do rádio e TV do partido deste. 2) O candidato do PMDB, Tadeu Leite, escolhe ainda o seu vice. Tem como alternativas, entre outras, Paulo Lopes e a esposa do deputado Gil Pereira, com o que sinalizaria que tem a simpatia do Palácio da Liberdade, em função do trânsito fácil do deputo Gil. 3) O prefeito Athos sai com a mesma chapa de 4 anos atrás, com o ex-vereador Sued. Tudo, no entanto, pode ainda mudar muito até o próximo dia 5, quando finda o prazo do rgistro das chapas. A batalha neste momento é em torno das coligações proporcionais. Traduzindo: a chapa dos vereadores coligados, o baixo clero, o verdadeiro saco de gatos, todos com unhas afiadíssimas. Como não há grande novidade entre o nomes decididos, nem para prefeito e vice, os eleitores estão atentos para examinar como os grupos se aninham. O pouso de tantas e tão desencontradas pretensões pode definir mais claramente o perfil dos grupos que disputarão a sucessão. É a "entourage", nome pomposo, ou a claque - escolham. A formação deste agrupamento, seu perfil, pode ajudar os leitores a se localizarem na babilônia em que se transformou a política. Dia 6, todos botarão o bloco na rua - e haja paciência para ouvir tanto carro de som...

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Mensagem N°36534
De: RAFAEL NOGUEIRA Data: Terça 1/7/2008 17:15:08
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O que era para ser consertado até o dia 30 de junho vai se estender até o dia 31 de julho (para quem quiser acreditar). Inicialmente o Velox operava com 10% da velocidade. Hoje caia toda hora. Perguntei ao atendente quando que iria voltar ao normal, ele disse que iria parar de cair até as 18 horas. Contudo a velocidade só voltará ao normal no dia 31 de julho. Disse que um equipamento quebrou e quem eles têm que trocar.Perguntei se eu iria pagar somente 10% do valor normal. Ele disse que quando a conta chegasse eu poderia contestar o valor. Sugiro a todos que liguem também e peguem o número do protocolo para posteriormente entrar com ação no Procon e na ANATEL. É uma vergonha.

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Mensagem N°36530
De: Wanderlino Arruda Data: Terça 1/7/2008 16:33:06
Cidade: Montes Claros

Loja Maçônica Deus e Liberdade

Wanderlino Arruda

O último dos fundadores da Loja Maçônica Deus e Liberdade a viver entre nós foi o bom amigo e mestre Professor Athos Braga. Todos os seus companheiros de fundação já haviam gozado do direito de uma nova iniciação no Oriente Eterno, deixando para os que vieram depois apenas a lembrança do bom exemplo, da coragem e da fé no trabalho e no estudo. Um a um, como tinha de acontecer, foi deixando a vida e entrando para a história, cada qual marcando a sua participação, assinalando uma hora importante do progresso da oficina. José Esteves Rodrigues, Sebastião Sobreira, Álvaro Marcílio, todos, cada um ao seu modo e com a força e prestígio que tinham, foram acrescentando o "algo mais" que tanto valor tem somado à instituição em Montes Claros nestes setenta e seis anos de tantas lutas e louvores da Maçonaria. Que poderia eu dizer de setembro de mil novecentos e trinta e dois? Quem dos leitores poderá dizer, com conhecimento de causa e com testemunho ocular, do que acontecia naqueles tempos bons e difíceis? Não acredito que seja possível falar muito de Maçonaria sem ser maçom, uma vez que a ordem nem sempre divulga os seus feitos ou anuncia a sua realização, ficando na maioria das vezes, a mão esquerda sem saber o que realiza a direita, como bem manda o figurino evangélico desde os tempos apostólicos. Avessa à publicidade, a maçonaria é pouco vista do lado de fora, só aparecendo o trabalho que, de forma alguma, pode ficar escondido. Assim, muita coisa dos setenta e seis anos de Deus e Liberdade permanece apenas na memória dos seus protagonistas, dos que tomaram parte direta nos próprios acontecimentos. Houve tempo, é certo, que nada poderia ser feito sem passar antes pela Loja e pelo Rotary, reuniões semanais que reuniam a maior parcela de liderança de Montes Claros. Do Rotary eu sei que cada reunião me dava quase totalidade da matéria de um jornal, nos meus tempos de repórter convidado por João Souto e Luiz de Paula, no salão dos jantares do velho Hotel São Luiz. Muitos e muitos - maçons e rotarianos - entrecruzavam-se nas duas organizações, entre eles Nozinho Figueiredo, Henrique Baendel, , Gentil Gonzaga, Sebastião Sobreira, João e Luiz de Paula. Quase nada teria realização segura, nenhum progresso poderia ser sonhado sem que uma palavra de ordem fosse comandada pelo movimentar deles e de suas duas entidades. A tradição local de maçons continua ainda apoiada na memória de Athos Braga, de José Gomes, de João de Paula, de Almerindo Alves de Brito Faria, de João Murça Júnior, os mais antigos, de iniciações mais remotas, na década de quarenta. Toninho Rebello, Júlio Pereira, Hélio Athayde, Geraldo Novais, Walter Suzart, Vadiolano Moreira, Cesário Rocha, Marcelo Furtado, José Geraldo Drumond, João e Terezo Xavier e mais um punhado de outros vieram depois de cinqüenta e sessenta, bem depois da longa administração de Chico Tófani e de Sobreira. Poucos ainda estão aí, vindos de antes. Como eu olhava com respeito aquele pessoal de avental vermelho, do grau dezoito, que se assentavam mais perto do Venerável! Os graus trinta e três só vieram tempos mais tarde, quando José Gomes foi ao Rio de Janeiro a chamado urgente e foi depois um sucesso! O tempo de irmo-nos igualando - alguns de nós - aos mais velhos veio nos idos de setenta e oito, quando pudemos nos postar ao lado de grandes amigos, entre eles o Georgino Jorge de Souza, de saudosa memória. Muito teremos ainda de escrever sobre a história de Deus e Liberdade. Espero que o futuro não nos negue tempo e memória. Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Mensagem N°36529
De: José Maria Data: Terça 1/7/2008 16:11:41
Cidade: M. Claros

O acesso rápido à internet pelo Velox pifou de vez agora à tarde, em Montes Claros. A empresa Oi disse que está fazendo uma "manutenção de emergência". O serviço vinha péssimo há semanas e a empresa dizia que tudo estaria resolvido no dia 30. Dia 30 de junho passou e nada foi resolvido. Pelo contrário: o serviço pifou de vez e deixou milhares de clientes na mão. Falam que às 18 horas o reparo de emergência será concluído. Alguém acredita? E o pior é que não há a quem apelar.

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Mensagem N°36528
De: Marden Carvalho Data: Terça 1/7/2008 14:42:23
Cidade: Londres  País: Inglaterra

Os “doidos” de outrora.

(Devido ao uso de um teclado fora do padrao portugues, algumas palavras ficaram sem a sua devida acentuacao. Desculpem-me por isso e sintam-se livres para uma devida correcao)

Eh lamentavel ter que ler diariamente noticias tao tristes da minha querida e saudosa Montes Claros. Terra onde nasci e me criei. Relembro que quando era pequeno, ficavamos assustados com alguns "doidos" que tinhamos na cidade e de tao pouca quantidade que era, se podia contar nos dedos das maos. Mas eram "doidos" inofensivos, que so te faziam mal se voce mexesse com eles e poderei citar aqui os apelidos que eram conhecidos, pois acredito que ditos seres ja nao se encontram mais entre os viventes montes-clarenses, para o bem deles. Eram eles: Galinheiro, Requebra, Risadinha, dentre outros.

Parece que os doidos de hoje assustam muito mais e o que eh pior, eles sao desconhecidos ou passam desapercebidos. Os doidos de hoje usam armas e de bom calibre. Os doidos de outrora usavam pedaco de pau ou um bom calhau. Estes doidos de antes, por vezes nos assustavam sim e as vezes nos faziam rir, quando encaravamos as nossas peraltices como um jogo de policia e ladrao, onde buliamos com eles e logo de imediato tinhamos que fugir em disparada. Mas os doidos de hoje, nos assustam. Nos roubam o sono e nao somente o sono. Nos fazem entrar em desespero. Nos tiram a vida. E tao pouco nao podemos brincar como antes, porque neste jogo nao esta bem definido quem eh a policia e quem eh o ladrao. Quem deveria perseguir, corre e quem deveria correr, persegue.

Minha mae costuma dizer: “ Lugar de doido eh no hospicio”. Mas sera que haveria hoje lugar para tantos? O sistema penitenciario, que deveria ser encarado como um meio de exclusao, lugar para redimir, faz justamente o contrario. E as estatisticas demonstram que quem tem uma passagem pela policia volta a reincidir nos atos criminosos.

Fazendo apenas uma analogia, Londres uma cidade com aproximadamente 8 milhoes de habittantes, teve 17 assassinatos, sendo a maioria deles perpetrados por armas brancas. E as autoridades estao preocupadissimas com o incremento da violencia. Montes Claros, com uma populacao de menos de 400.000 habitantes, 20 vezes menor, teve ate os dias de hoje quase o triplo de assassinatos. Aqui as pessoas cobram. E o governo tem que dar uma resposta. Caso contrario, teriam eles que aturar as manifestacoes, como minimo.

Talvez seja a hora de agirmos. Acordem meu povo! Exijam! Manifestem-se! Voces pagam seus impostos? Entao cobrem seus direitos. Nao adianta armarmo-nos ate aos dentes, porque violencia gera mais violencia. Se a populacao eh participativa e proativa, todos terao a ganhar. Invistam mais em educacao. Sejam voluntarios. Eduquem e reeduquem-se. E que os doidos de hoje em detrimento dos doidos de outrora, caiam em nosso olvido.


(Marden Carvalho, de 34 anos, nasceu em Montes Claros, imigrou aos 21 anos para o Japão, onde morou por dois anos. Depois de breve retorno à terra natal, foi para Portugal, onde permaneceu por 5 anos, seguindo para a Espanha (3 anos). Atualmente, está na Inglaterra onde trabalha em duas áreas: computadores, reparacao, e como barman)

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Mensagem N°36527
De: george Data: Terça 1/7/2008 14:36:37
Cidade: montes claros/mg  País: brasil

VELOX. incrível!!!!! como é desrespeitoso o tratamento da OI com seus usuários. o meu velox esta lentíssimo a quase 1 mês. pelo que constatei esta assim em toda cidade. ligo no 0800-565658 e eles dizem que esta tudo normal. Façam o seguinte , peguem o numero do protocolo de atendimento e liguem para Anatel 0800-332001. Vamos fazer pressão para que isso se resolva o mais rápido possível

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Mensagem N°36525
De: Menezes Data: Terça 1/7/2008 12:10:24
Cidade: M. Claros

Já começaram a instalação dos equipamentos de telefonia 3G, em M. Claros. A primeira empresa a faze-lo colocará o equipamento inicialmente em 17 torres. Seis delas já estão preparadas. O funcionamento é previsto para o mês de agosto, quando o serviço da empresa será acionado também em BH. É o que sei, e repasso.Em tempo: está péssimo o serviço Velox, que custa muito caro e está vergonhoso. A nossa esperança é a chegada, urgente, da telefonia 3G

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Mensagem N°36524
De: M.soares Data: Terça 1/7/2008 12:00:14
Cidade: MOC

marcio,mensagem n. 36494,já imaginou quando a campanha eleitoral começar? carros de som e bicicletas nas ruas urrando jingles e nomes de mais de 200 candidatos?proponho uma campanha: não a candidatos barulhentos...

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Mensagem N°36523
De: PM Data: Terça 1/7/2008 11:59:55
Cidade: M. Claros

(..) O Secretário de Estado de Defesa Social, Dr Maurício de Oliveira Campos Júnior, o Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fuad Jorge Noman Filho, o Comandante-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Coronel Hélio dos Santos Júnior, o Chefe de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Delegado Geral Marco Antônio Monteiro de Castro, o Prefeito Municipal de Montes Claros, Dr Athos Avelino Pereira e o Diretor-Geral do Departamento de Obras Públicas, João Antônio Fleury Teixeira, convidam Vossa Senhoria para as seguintes solenidades no dia 2 de julho de 2008, quarta-feira, em Montes Claros:9 horas – Inauguração do Vídeo Monitoramento (Olho Vivo) e entrega de 16 viaturas da Polícia Militar:Local: Décimo Batalhão de Polícia Militar – Avenida Deputado Plínio Ribeiro, s/nº, Bairro Cintra.10 horas - Inauguração do 3º Núcleo de Prevenção à Criminalidade:Local: Rua Jequitinhonha, nº 107, no Bairro Alto São João – Praça Itapetinga;11 horas – Inauguração da Avenida Cem:Avenida que dá acesso ao Presídio de Montes Claros.(...)

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Mensagem N°36521
De: Antônio Data: Terça 1/7/2008 11:39:59
Cidade: Moc

01/07/08 - 11h - Depois de procurar por 50 dias, pai encontra o filho na selva amazônica, mas ele morre no seu colo
Comovente esta notícia. Que se torna ainda mais comovente pois está, na página, localizada acima de duas outras. Numa, é a história de uma mãe, desvairada, que jogou pela janela e matou a filha de oito meses. A notícia seguinte, logo abaixo, ainda é daquele casal de classe média de S. paulo que lançou a menina Isabella, do sexto andar. Numa notícia, o pai (que poderia ser a mãe) procura o fiho por 50 dias, quando os bombeiros já haviam desistido. E o encontrou, apenas para cerrar os seus olhos, agonizando. Noutras duas, são os pais que matam. Assim caminha a humanidade.

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Mensagem N°36520
De: Lucimary Noleto Data: Terça 1/7/2008 10:16:06
Cidade: Luziania/GO

Nome: Lucimary Noleto de Albuquqerque
E-mail: [email protected]
Telefone: (61) 36013278
Mensagem: quero parabeniza-los pela programação. grande abraço!

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Mensagem N°36519
De: Jornal "Hoje em Dia" Data: Terça 1/7/2008 10:08:38
Cidade: Belo Horizonte

Sucessão Municipal PSDB rachado será vice do DEM Em Montes Claros, partido indica Ana Maria na chapa encabeçada pelo democrata Ruy Muniz Girleno Alencar, da Sucursal MONTES CLAROS - A crise no PSDB de Montes Claros acabou no inicio da noite de ontem, quando o grupo liderado pela deputada estadual Ana Maria decidiu se aliar ao candidato do DEM, o deputado estadual Ruy Muniz. Este só havia consolidado sua candidatura depois de o marido de Ana Maria, o deputado federal Jairo Ataide Vieira, abrir mão em seu favor. Os tucanos colocaram três nomes para Ruy Muniz escolher: a própria Ana Maria, o empresário Antonio Henrique Sapori (Grupo Transnorte) e o ex-deputado Roberto Amaral. Ao HOJE EM DIA, Ruy Muniz afirmou que sua preferência era por Ana Maria. PDT e PR também integram a aliança.
Com a definição do quadro, o deputado estadual Luiz Tadeu Leite, candidato do PMDB, ficou sem o apoio dos tucanos, embora possa se aliar ainda ao grupo dissidente, já que o PSDB acabou rachado. Ruy Muniz havia deixado de sobreaviso a vaga de vice para o PDT, que indicaria o vereador Sebastião Pimenta, irmão do deputado Carlos Pimenta.
Na manha de ontem, com o acirramento das relações, o deputado Luiz Tadeu Leite foi para o Diretório do PSDB, onde se reuniu com os tucanos e fez o convite para uma coligação proporcional, para vereador. O deputado Ruy Muniz e o ex-prefeito Jairo Ataide ficaram de fora da reunião, na área externa. No final, Ruy Muniz e Tadeu Leite se encontraram na saída, quando prometeram mútuo apoio para o segundo turno. Muniz se queixou do peemedebista, de que ele quer tudo, sem dar chance as outras candidaturas. O prefeito Jairo Ataide mostrou que estava seguindo apenas um projeto político, sem nada pessoal contra o peemedebista.

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Mensagem N°36518
De: Wanda Data: Terça 1/7/2008 10:03:07
Cidade: M. Claros

Enquanto os políticos se esfalfam (e se esmurram em público, mas apenas de mentirinha), a população se mostra indiferente. Poucas vezes o processo eleitoral desperta tanto desinteresse. A decepção com a "classe" política é enorme, o desgaste imenso. Quem conhece alguma coisa de política sabe que "é tempo de murici, "onde cada qual cuida de si", e nada mais. Nos arranjos, não há interesse pela coletividade, não há busca do bem comum, não há sentimento cívico, patriotismo, coisas assim, do passado mais distante. Cada qual busca o seu espaço para arranjar-se. É assim que a população acompanha o processo.Ideologia? Desapareceu. Há léguas e léguas separando a realidade do mundo político, e em toda parte, pelo jeito. A bruma que cobre os interesses de todo tipo ficará assim, densa, até por volta do dia 5, quando termina o prazo para as chamadas composições, ou lambanças, como queiram. Depois se verá como o quadro é de aleijões de toda espécie e deformações. Foi o que me disse, tapando o nariz, um que perdeu seu tempo olhando o horizonte.E nada viu, além de desolação. Assolaram a terra. O que fizeram dos chamados homens de bem?

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Mensagem N°36512
De: José P.Neto Data: Terça 1/7/2008 08:47:28
Cidade: Montes Claros

É com muito pesar, que recebemos a noticia do desaparecimento do corpo do nosso Ir:. Adalmo Leão durante uma pescaria nas águas do Rio São Francisco. Que DEUS possa confortar sua familia neste momento tão triste. Ele foi um comerciante na linha de fogão a gás,com algumas lojas em Montes Claros.

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Mensagem N°36509
De: J. Fábio Data: Segunda 30/6/2008 20:23:20
Cidade: M. Claros

26/06/08 - 15h - Nova mistura vai deixar diesel mais caro, a partir de 1º de julho

Li a notícia cujo título é este aí em cima, há dias, neste site. Lá está escrito que o aumento seria de 1 centavo a partir do primeiro dia de julho. Pois bem, agora à noite encontrei um posto de gasolina praticando o aumento de amanhã, e não apenas de 1 centavos, mas de 8!! Oito vezes mais. Alguém precisa acompanhar o que acontece com os postos de gasolina de nossa cidade.

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Mensagem N°36507
De: Júlio César G. Antunes Data: Segunda 30/6/2008 18:17:32
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

VELOX:Acabo de ligar novamente para a Oi/Velox e falei com um atendente muito ruim... ele pelo menos foi ingênuo e revelou as causas da lentidão por aqui: o sistema deles já acusa uma falha geral no setor MCL (Montes Claros), que causa "lentidão no acesso". A causa da falha é uma super-utilização de dois links por alguma estação não especificada. Segundo ele, os técnicos estão trabalhando numa solução para o problema. Mas pasmem no prazo: dia 31 de julho!! Isso ae, vamos ficar mais um mês com essa carroça em casa.Ainda segundo o atendente, podemos reclamar do valor das contas.

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Mensagem N°36503
De: Reivaldo Santos Data: Segunda 30/6/2008 16:58:04
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

  Estranho o Sr. Luiz Tadeu Leite querer pacto contra poluição visual e sonora.   Se ele não está querendo fazer propaganda usando muros porque então  seus cabos eleitorais já possuem uma declaração impressa para os proprietários autorizarem a propaganda dele em seus muros?

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Mensagem N°36501
De: César Data: Segunda 30/6/2008 16:47:47
Cidade: M. Claros

Hoje, às 20h, a Seresta João Chaves cantará em memória do bom Beto Viriato, seu de coração. E, uma hora antes, às 7h, cantará pelo bom Toninho, gêmeo de Carlinhos, ambos da Vila Brasília, coordenador que foi da logística da Seresta, nos últimos tempos. A missa para o primeiro, cantor enamorado, será na igrejinha que tem o nome de Francisco de Assis, no bairro Edgar Pereira. A missa de Toninho, no Colégio Imaculada. A cantoria in memoria pela seresta, geralmente na missa do Sétimo Dia, é a homenagem mais alta que se presta a um montesclarense de boa cepa. Hoje, teremos duas, portanto. Por favor, não deixem de cantar "Nome Dulcíssimo", que padre Dudu a todos nós ensinou a cantar. "Tu é-é-s-s o bál-sa-mo, da-a minha do-or!"

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Mensagem N°36500
De: Vilmar Hollanda Cavalcante Data: Segunda 30/6/2008 16:46:41
Cidade: Vespasiano - MG

Leia a manchete do montesclaros.com que diz: "Em 14 anos do Plano Real, preço dos alimentos sobe 393% em Minas"Com isto e em todo este tempo o funcionalismo estadual de Minas Gerais e o pessoal do magistério não teve sequer um aumento salarial.(...)

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Mensagem N°36499
De: Fabrício Data: Segunda 30/6/2008 16:45:45
Cidade: Montes Claros

na verdade já está em construção um edificio que terá 24 andares e 96 apartamentos, porém não será apenas um edificio, será como um condominio. quem passar onde a Raul Corrêa se encontra com a mestra fininha poderá ver o terreno que já está sendo preparado, além da parte já iniciada ainda serão adicionados outros lotes que estão sendo adiquiridos pela construtora.

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Mensagem N°36497
De: Raquel Data: Segunda 30/6/2008 15:58:19
Cidade: M. Claros

O pedreiro joaquim Poló, mestre de toda a Caboclada, está novamente internado, desta vez no Hospital São Lucas. Queremos que fique bom depressa, e que volte para liderar os caboclinhos nas Festas de Agosto, que se aproximam.

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Mensagem N°36496
De: Ezequias Data: Segunda 30/6/2008 15:56:42
Cidade: M. Claros

Olhai. Estão floridos os nossos mangueirais.

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Mensagem N°36494
De: Márcio Data: Segunda 30/6/2008 15:43:50
Cidade: Montes Claros

Estou no centro de nossa cidade, trabalhando e infelizmente ecoa das ruas um som altíssimo, com um funk horroroso, perturbando sensivelmente a todos. é impressionante como a Prefeitura não impede esses abusos. Por favor, publiquem, posto que o infernal barulho é ilegal, desrespeitodo e atrapaha e muito quem está trabalhando, especialmente nos prédios próximos à Praça Dr. Carlos.
Grato.

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Mensagem N°36493
De: M.Soares Data: Segunda 30/6/2008 15:17:06
Cidade: Moc

Acabo de saber que hoje,as 11.00 da manhã em entrevista coletiva á imprensa,na camara municipal de moc, o candidato do PMDB,tadeu leite,propos um pacto entre todos os candidatos e partidos,sob a coordenação da justiça eleitoral,no sentido de não serem praticadas a teriveis poluições visuais e sonoras,ou seja,nenhum canditado poderia usar nem os terriveis carros de som e bicletas idem,nem haveria a horrenda pintura de muros.espantoso... será que vamos nos salvar?

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Mensagem N°36492
De: Fernanda Data: Segunda 30/6/2008 14:28:20
Cidade: MONTES CLAROS

Estou cada vez mais assustada com o trânsito de Montes Claros. A cada momento é um susto. São motoqueiros e motoristas que não respeitam sinais fechados, que simplesmente optam em não dar seta e que acham que são sempre os mais atrasados. Todos temos horários e compromissos a cumprir. É preciso ter respeito ao próximo e a si mesmo. Pensar que o outro tem família e tem uma vida inteira pela frente. Se cada um fizer a sua parte, quem sabe teremos um trânsito mais seguro.

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Mensagem N°36489
De: Edras Santos Data: Segunda 30/6/2008 10:44:49
Cidade: São João das Missões-MG

(...)No ultimo dia 23 um grave acidente vitimou estantaneamente dois jovens da cidade de Manga que transitavam de motocicleta na BR-135 sentido S.J.das Missões. Devido à pouca visibilidade dessa rodovia nessa epoca do ano por causa da poeira, chocaram-se de frente com um veiculo que transitavam em sentido oposto, ambos tiveram morte estatanea.E comum assaltos e acidentes no trecho desta rodovia entre Itacarambi e Montalvania, rodovia que ja deveria ter sido pavimentada, pois teve seus serviços parados provavelmente por desvio de verbas.Gostaria que os politicos do Norte de Minas echergasse isso e fisessem algo para que não mais venham acontecer tragedias como essa.

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Mensagem N°36488
De: Norberto F. Prates Data: Segunda 30/6/2008 10:32:17
Cidade: Montes Claros  País: BRASIL

Para Luiz Guilherme Mens. 36465Acho que minha atitude foi mais drástica que a sua. Depois de mais de 10 anos como sócio, simplesmente encerrei a cota. Cansei de reclamar do modo como a festa é feita e o puxasaquismo na distribuição de apartamentos e barracas, em detrimento dos sócios, que são os verdadeiros proprietários do clube.br>Quanto ao fato de no folhete distribuído pelo clube falar que ele não é responsável por dano, ELE É SIM RESPONSÁVEL, uma vez que o fato, se ocorrer, ocorreu dentro de suas dependências. O fato de ter terceirizado a festa e/ou estacionamento, não tira a responsabilidade civil do clube.

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Mensagem N°36487
De: Edson Honorato Data: Segunda 30/6/2008 10:26:43
Cidade: Montes Claros

Obrigado Raphael Reys pela viagem que fiz ao ler esta sua materia, pessoas de sua grandeza deveria ser homenageada pelos mais diversos segmentos de nossa sociedade.Graças a pessoas como você é que nossa historia não é esquecida.

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Mensagem N°36486
De: Luiz Gandra Data: Segunda 30/6/2008 10:02:16
Cidade: Montes Claros

com a presença de mais de 1500 pessoas o dem de são francisco aclamou o candidato a prefeito, severino gonçalves da silva e como vice o médico dr. vicente vieira neto( graduado em medicina pela unimontes). (...)

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Mensagem N°36484
De: Davidson Caldeira-arquiteto Data: Segunda 30/6/2008 09:20:34
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

quanto a enquete sobre a construção de edificio de 25 andares em montes claros, antes de saber se é necessário, se significa progresso, é importante ser colocado que a altura do edificio não é o fator mais importante a ser analisado e sim a sua ocupação no terreno. se esse edificio ocupar só 20% do terreno não tem problema nenhum ele ser alto, pois estaria preservado a ventilaçao entre outros edificios vizinhos e mantida areas permeaveis e verdes proporcionando aos moradores e a cidade maior qualidade de vida. sãos esses os conceitos de uma boa arquitetura e um bom urbanismo.

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Mensagem N°36483
De: Jose Wilson Data: Segunda 30/6/2008 09:10:32
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Convençao partidária, aclamou na tarde de ontem,o KIko Canela como candidato a prefeito do partido,PSC.Com certeza será mais uma boa opçao p/ o eleitorado de Moc.Estarao concorrendo ao cargo Ruy Muniz(DEM),Luis Tadeu Leite(PMDB)e o atual prefeito Atos Avelino(PPS).

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Mensagem N°36481
De: Mercia silva Data: Domingo 29/6/2008 20:00:52
Cidade: Capitão Eneas

na mensagem n°36438 , relatei que sou moradora do quem-quem, perto de capitão eneas , é impossivel beber agua do poço tubular , o gosto é horrivel , e uma agua salobra . só temos esta agua para beber gostaria que algum orgão nos ajuda-se ... nas mensagens n° 36468 de: josé prates e na n° 36474 de: oliveira júnior não faz referencia nenhuma ao nosso problema que é a nossa agua de beber ... por favor nos ajuda

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Mensagem N°36478
De: Evelina Antunes Data: Domingo 29/6/2008 18:42:30
Cidade: Maceió, AL

Viva Raphael Reys!Tenho 52 anos e até 1962 morei perto da Praça da Matriz.Das recordações da Infância me trouxe ótimas recordações.Parabéns pelo texto.Evelina

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Mensagem N°36474
De: OLIVEIRA JÚNIOR Data: Sábado 28/6/2008 21:52:24
Cidade: JANAÚBA/MG

QUEM QUEM - JANAÚBA: Em referência à mensagem 36.468, do norte-mineiro e carioca José Prates, uma atualização: a localidade de Quem Quem a que ele referiu-se está situada no município de Janaúba. Quem Quem fica bem perto da localidade de Caçarema, esta no município de Capitão Enéas (antiga Burarama). Ele também fez uma referência ao nome de Glaucilândia - não sei se seria a mesma localidadde, hoje município, situado na região de Juramento.
Falando ainda de Quem Quem, em 1995 essa comunidade tentou se emancipar de Janaúba. Ao lado do também distrito de Barreiro da Raiz, Quem Quem seria transformado em município com o nome de Itapuã de Minas. A intenção não foi adiante. Quem Quem continua sendo distrito e, há pouco tempo, serviu para gravações do filme dirigido pelo jornalista Pedro Bial cuja personagem principal foi a atriz Giulan Gan, então esposa de Bial. No Quem Quem também teve filmagens com os atores Tarcísio Meira e Bruna Lombardi, em longa (salvo engano, Diadorim) baseado em escritos de Guimarães Rosa. Isto quer dizer que Quem Quem não é qualquer lugar e muito menos lugar de alguém, mas, sim, um ambiente tranquilo, histórico e famoso.

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Mensagem N°36471
De: Zé Nelson Data: Sábado 28/6/2008 20:11:57
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Acabo de chegar de viagem de BH e quase presenciei um acidente na entrada do Clube do Pentaurea, os organizadores da festa junina poderia pedir que os políciais da rodoviaria federal organizasse um esquema melhor na entrada do clube.

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Mensagem N°36470
De: Rogério Data: Sábado 28/6/2008 18:54:26
Cidade: Montes Claros

Acabei de ouvir detalhes do assalto no Automóvel Clube, detalhes contados por pessoa muito próxima dos garçons roubados na madrugada de sexta-feira, depois do tradicional encontro dançante. Os assaltantes, dois, desceram de motos, por volta de duas horas da madrugada. Renderam dois garçons na entrada de serviço, que foram trancados na despensa. Em seguida, subiram para o salão de festas e renderam mais dois, escoltados, sob a mira de armas, também para a despensa. Na escada, por ingenuidade, um dos rendidos mencionou que um quinto garçon estava no banheiro. Muito à vontade, depois de trancar a chave os quatro, os dois ladrões bateram na porta do banheiro e levaram o quinto. Tomaram cinco celulares, todo o dinheiro que tinham, passaram o cadeado e saíram, sem tropelia. Os garçons arrebentaram o cadead, concluído o serviço dos ladrões, chamaram a polícia, que fez as anotações de praxe.

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Mensagem N°36468
De: JOSÉ PRATES Data: Sábado 28/6/2008 16:58:49
Cidade: RIO DE JANEIRO  País: BR

QUEM-QUEM DO PASSADO

José Prates


“Sou moradora de Quem-Quem...”, diz Mercia Silva, em sua mensagem Eu a li com interesse, porque, também, morei em Quem-Quem. Não foi ontem, que estive lá como morador. Foi há muito tempo passado, quando, talvez, Mercia nem sonhava em nascer. Foi naquela estação ferroviária que tive a minha primeira experiência como funcionário da Estrada de Ferro. Recém nomeado, fui para lá para substituir o Agente que entrava em gozo de férias. Não era um arraial, nem sequer um povoado. Naquele lugar, fora a estação, não tinha mais nada de importância que chamasse atenção ou atraísse pessoas para lá. Era uma fazenda de “seu” Paculdino, entregue a Demerval como administrador. Uma grande extensão de terra, sem nada cultivado além de pasto para o gado. O rio verde, caudaloso, cortava a fazenda de lado a lado e era onde íamos pescar à noite, na busca do peixe para o almoço do outro dia. Sem o peixe, era pegar a espingarda e ir logo cedo, pra beira do rio caçar marrecos ou ir ao milharal de Zequinha caçar pomba verdadeira. Uma vez, no mandiocal de “seu” Arlindo, cacei um porco do mato que pesou quarenta quilos. Foi uma festa quando chegamos no pátio da estação com o animal morto. Ali mesmo foi esquartejado e cada um levou o seu pedaço.
Como agente, eu tinha pouco a fazer. O trem passava de manhã, descendo e à tarde, subindo. Trem mixto, que parava na estação para descarregar as sacas de mantimento despachadas para as fazendas vizinhas, que já estavam de carroças no pátio da estação, aguardando a carga. Como eu disse, Quem-Quem, naquele tempo não era nada além de uma fazenda criatório de gado, destinado ao abate nos grandes frigoríficos, para onde era despachado em vagões lotados. Casas residenciais eram poucas, de contar nos dedos: a casa do agente, e a casa do guarda-chaves que ficavam no pátio da estação; a casa sede da fazenda e logo adiante a casa de Manoelzinho da serraria. Do outro lado, a venda de Dominguinhos onde à tarde o pessoal da turma ia tomar cerveja e beber cachaça com tira-gosto de torresmo. Perto da estação tinha a casa de Zé Antônio, caçador corajoso, sempre procurado por fazendeiros pra caçar a onça que ameaçava o rebanho. Tinha sido enfermeiro na construção da estrada. Casou-se com uma moça da redondeza e ali foi ficando. As casas da turma era bem lá em baixo, quase na beira do rio, perto da caixa dágua que abastecia as locomotivas. Por incrível que pareça, não era tedioso morar ali. Era, até gostoso.
À noite, o guarda chaves pegava o violão e íamos pra plataforma iluminada a lampião de querosene e ali ficávamos até altas horas. Rádio? um ou dois, à pilha. Ouvia-se como obrigação, o Repórter Esso com Heron Domingos e a novela o Direito de Nascer. Para ouvir a novela, vinham as mulheres e crianças e faziam roda em torno do rádio, sentadas em cadeiras que traziam de casa. Pois é. Esse era o Quem-Quem que eu conheci e onde iniciei minha carreira de funcionário público. Hoje, talvez seja um povoado com muitas casas e muitos habitantes, um distrito de Capitão Enéas que era Burarama, depois Glaucilândia e numa homenagem mais do que justa, tornou-se Cidade Capitão Enéas. Pois é, Senhora Mércia, ai está a história. de Quem-Quem. Conte aos seus filhos, se os tem. .Se não, faça isto quando os tiver.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°36466
De: Eduardo Maciel Data: Sábado 28/6/2008 16:00:02
Cidade: Belo Horizonte  País: Brasil

Somente hoje, através da mensagem de Haroldo Lívio, tomei conhecimento do falecimento de Beto Oliveira, exatamente no dia 24/06, do tão festeiro e festejado São João.Muito mais do que pelo seu trator vermelho, tão audaz e musical como o Jippe Manuel, que trabalhou inúmeras vezes no Buriti, tive a oportunidade de conviver com ele desde pequeno, devido sua grande e boêmia amizade com meu pai, Benedito Maciel, vendo-o dançar, tocar, e, principalmente, cantar de maneira particular e ímpar a música do Fazendeiro Rico.Beto Oliveira foi uma dessas pessoas boas, que viveu de maneira simples, honesta, romântica, boêmia e calma.Creio que ele reencontrará com os seus inseparáveis amigos do Bar Sibéria, o que fará do céu uma festa só.Montes Claros perdeu um de seus filhos mais puros e originais, o que a desfigura e descaracteriza cada vez mais. Bené, Zoca, Cao, Lisa, Lú, Dú e Junior são personagens de uma história onde Beto Oliveira desfilou como amigo e herói, e, neste momento, só nos resta rezar por ele.

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Mensagem N°36465
De: Luiz Guilherme Data: Sábado 28/6/2008 12:55:17
Cidade: Montes Claros

Pela primeira vez em quinze anos morando em Montes Claros, vou deixar de ir a uma festa junina que ocorrerá em um clube campestre neste fim de semana, não irei por que no verso do panfleto de divulgação da festa o clube diz que terá seguranças particular no interior do clube, bem como a presença da Policia Militar e termina dizendo em letras garrafais "O CLUBE NÃO SE RESPONSABILIZARÁ POR NENHUM FURTO OU ROUBO." Ano passado arranharam completamente a lateral do meu carro e de quebra levaram o meu som. Um amigo socio do clube me disse que isto vem acontecendo desde que a festa vem sendo feita apanas com fins lucrativos e não para a diversão ou lazer do socio deste "famoso" clube campestre.

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Mensagem N°36463
De: Luiz de Paula Data: Sábado 28/6/2008 08:57:15
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 24)


O ESTUDANTE

INÍCIO

Aos seis anos e meio entrei para a Escola Rural Mixta (com x) de Várzea da Palma, diplomando-me no final do 2º ano, com nota 10 (distinção). Dessa formatura guardo o diploma com carinho e respeito. Ele traz as assinaturas da professora, Flávia Pimentel Roquete e do presidente da mesa, Joaquim de Paula Ferreira, meu pai.
Fiz o terceiro ano no Grupo Escolar Gonçalves Chaves, em Montes Claros e conclui o curso em Pirapora, em 1928, com nota 10, distinção.
O ano de 1929 e parte do ano de 1930 eu passei em Várzea. Foi um tempo rico em convivência com a natureza e as pessoas do lugar.
Em agosto de 1930 meu pai combinou com meu tio Basílio meu retorno a Montes Claros. Para tentar o prosseguimento dos estudos. Dessa vez eu fui sozinho, sem a companhia dos dois irmãos mais velhos.
As notícias que tínhamos de Montes Claros eram de que em 1928 começara a funcionar o Gynnásio Municipal de Montes Claros e que meu primo Antônio, um ano mais velho que eu, matriculara-se no ano anterior no Curso de Admissão, fôra aprovado nos exames e estava matriculado no primeiro ano ginasial.
As aulas haviam começado em fevereiro ou março. Eu estava indo em agosto.
(É bom lembrar que estávamos vivendo os tempos negros da depressão de 1929).
A viagem se fazia pelo S-2, trem expresso, com pernoite em Corinto. Viajei de carona, acertada com o chefe do trem.
Levava comigo uma carta de meu pai, para o senhor Manoel de Sá, proprietário do Hotel Ideal, em Corinto. Na carta ele pedia ao hoteleiro que me hospedasse, por uma noite, e conseguisse no dia seguinte uma carona para eu prosseguir viagem para Montes Claros. Tudo seria acertado com a venda de bilhetes de loteria que o sr. Manoel de Sá mandava para o estabelecimento de meu pai.
Eu viajava contra minha vontade, obrigado por meu pai. E levava comigo muitas preocupações.
Da primeira vez, em 1926, fui para a casa do meu tio a convite dele. Desta vez eu estava indo a pedido de meu pai. Eu estava indo para a casa dos outros, sem ter recebido convite. Era uma situação muito constrangedora para mim. As matrículas haviam se encerrado em janeiro e eu estava indo em agosto. Além disso, fazia mais de ano que eu estava com uma ferida feia na perna, que não sarava com os banhos de entrecasca de pau santo e de barbatimão. Incomodava-me chegar em casa de meus tios com aquela ferida.
Eu já conhecia o sr. Manoel de Sá, dono do hotel em Corinto. Ele andava sempre de cara fechada. Foi assim que me recebeu. Mas era um bom cidadão, honesto, trabalhador e prestativo. Leu a carta de meu pai e me arranjou um quartinho escuro, sem janelas, nos fundos do hotel, depois do quarto da cozinheira, para passar a noite. E me avisou. “Levante cedo. Às seis e meia nós vamos para a estação. O trem para Montes Claros parte às 7 horas”.
No outro dia, cedo, fomos para a estação.
Por sorte o chefe de trem escalado para Montes Claros era o mesmo que viera até Corinto. Tudo combinado, eu fui instruído para continuar na segunda classe e devia manter-me atento quando chegasse a Buenópolis, onde ocorria um cruzamento de trens. Se o Fiscal Itinerante, que viria no trem de Montes Claros, resolvesse passar para o nosso, como era comum acontecer, alguém me entregaria um bilhete já picotado, que eu apresentaria ao chefe de trem, quando este viesse percorrendo os carros, acompanhado do Fiscal Itinerante. Em Buenópolis fiquei atento, mas o trem partiu sem que me procurassem. A linha estava livre.
Ao chegar a Montes Claros, carregando minha velha mala de papelão, encontrei um quadro não desejado, mas que me favoreceu. O meu primo Antônio também estava com uma ferida na perna, em piores condições do que a minha, só que a dele estava recebendo tratamento médico: banho diário com Líquido de Dakin (hipoclorito de sódio) e aplicações de uma fórmula líquida receitada pelo Dr. Santos. A ferida localizava-se no terço médio da tíbia, na parte frontal, e sangrava quando ele tentava caminhar. Em conseqüência o Antônio fôra obrigado a trancar a matrícula e perder o ano.
A minha ferida não me impedia de caminhar, localizada que estava na parte lateral esquerda do terço médio da tíbia. Não alcançava o osso e por isso não forçava sangramento.
Meus tios ficaram satisfeitos com a minha chegada. O Antônio era o filho caçula, muito adulado. Eu, sendo apenas um ano mais novo, era uma boa companhia para ele.
Meu tio Basílio, sempre bondoso, conseguiu matricular-me, mesmo àquela altura do ano. Imagino que ele aproveitou a matrícula do Antônio.
As aulas eram ministradas em dois turnos. Das 8 às 11 horas da manhã e das 13:00 às 16:00 horas.
Meu primeiro dia de aula não começou bem.
Às 8 horas da manhã, do dia marcado para meu comparecimento, o padre Eugênio Guypers, diretor do Colégio, levou-me à sala de aulas e me apresentou ao professor Firmino Velloso, informando que eu viera do interior e que o colégio abrira uma exceção e aceitara minha matrícula para tentar o ingresso ao curso ginasial.
À nossa frente estavam os alunos, com o vistoso uniforme de brim cáqui – túnicas abotoadas até o pescoço e calças compridas. Fazia parte da turma um primo meu, o Olympio Teixeira Guimarães, um dos poucos alunos externos a fazer o curso. Ele havia me informado que a turma se compunha de mais de 40 rapazes, com idade que variava de 14 a 18 anos, quase todos estudando em regime de internato. Eram filhos de fazendeiros da região. Eles eram submetidos a uma disciplina muito severa, com horário rígido para refeições e estudos, que começava com uma missa diária, às 6 horas da manhã e terminava com o recolhimento ao dormitório às 9 horas da noite.
Os alunos ouviram as palavras do diretor no mais absoluto silêncio.
Assim que o diretor se retirou, o silêncio foi quebrado por risos e assovios mas o professor conteve a quebra de disciplina soando energicamente a campainha da mesa.
Observei que a sala era ampla e tinha quatro fileiras de carteiras de dois lugares, todas ocupadas. Só havia uma carteira vazia. A primeira de uma das fileiras. Foi nessa que o professor mandou que me sentasse.
A reação iniciada pelos alunos, e contida pelo professor, me desconcertou bastante, mas procurei compreender. Eles estavam ali desde o início do ano escolar, submetidos, a maioria deles, a um regime de internato rigoroso. E de repente aparece, no início da primeira aula da manhã, levado pelas mãos do padre diretor, um fulano da roça, magro, miúdo e amarelo, e mais novo do que eles, com cara de capiau e uma roupa velha desirmanada – casaco de uma cor, calça de outra, e curta, batendo nos joelhos. E com uma ferida na perna, amarrada com um pano branco.
Aqueles jovens, criados em liberdade nas fazendas dos pais e agora submetidos a um regime de clausura, viviam entediados, ávidos por uma novidade qualquer que quebrasse a rotina cansativa a que estavam submetidos. Minha presença, nas circunstâncias em que ocorreu, foi um prato cheio.
Eu não os condenava. Mas preferia não estar ali naquela situação. Mas meu pai me mandara vir. Cabia-me enfrentar os problemas. E tentar superá-los.
Estava eu imerso nessas reflexões quando meu primo Olympio pediu licença ao professor e veio sentar-se a meu lado.
E a aula prosseguiu.
Quando o polaco, que substituía o sino, tocou, anunciando o recreio, o professor me reteve a fim de completar o preenchimento da minha ficha escolar. E quando me liberou, faltava pouco para o recreio terminar.
Mesmo assim saí para o pátio e logo se aproximaram alguns alunos e um deles me perguntou o nome.
– Luiz – eu respondi. – E ele, a sorrir, foi dizendo, sob o aplauso dos presentes:
– Luiz, catibiribis, serra matutís, firifirifís ...
Desapontado e surpreso, ao ser alvo daquela brincadeira que não conhecia, senti, logo a seguir, duas pancadas fôfas no alto da cabeça. Vim a saber depois que eram as tais de cacholetas, pancadas deferidas com as mãos cruzadas em conchas, que o brincalhão desfere, por trás, na cabeça do agredido. Voltei-me rápido, para verificar quem era o autor da brincadeira de mau gosto mas todos na roda estavam a rir e eu não pude identificar ninguém. A seguir soou o polaco e voltamos todos para a sala de aulas.
Às 11:00 horas eu e o Olympio saímos juntos, ele a lamentar o comportamento dos colegas e eu a dizer-lhe que não se preocupasse com isso.
Às 13:00 horas estava de volta. Com minha roupa da roça e a ferida na perna. E de mãos limpas, como viera de manhã. Eu era o pato feio no meio daqueles veteranos alegres e brincalhões.
A disposição dos alunos, na ocupação das carteiras, considerava a idade e/ou a altura de cada um. Os menores e mais novos à frente e os maiores e mais velhos ao fundo. Para facilitar a visão de todos. Para mim, como já disse, foi designada uma carteira da frente, que estava vazia. Meu primo Olympio pedira licença ao professor e viera sentar-se a meu lado.
Todas as matérias do curso eram ministradas pelo professor Firmino Velloso, um cidadão moreno, magro e de boa altura, que não ria. Era competente. Mas carregava a fama de mau. De massacrador. Ele recebera dos padres a tarefa de disciplinar aqueles rapazes habituados a lidar com cavalos e bois, nas propriedades rurais dos pais e que todos os anos se matriculavam no colégio em regime de internato. Para que, ao alcançarem o primeiro ano ginasial, já estivessem condicionados para assimilar as matérias do curso de Ciências e Letras, que credenciava o aluno a prestar o exame vestibular para o ingresso à Universidade.
Assim que tomamos nossos lugares, no segundo horário daquele meu primeiro dia de aula, o professor Firmino Velloso alisou o bigode preto, usando o dedo polegar da mão esquerda para alisar a metade esquerda do bigode. E os demais dedos da mesma mão para alisar a metade da direita.
Disseram-me, depois, que era um hábito dele, quando estava preparando alguma maldade. Parece que era assim mesmo, porque em seguida ele me encarou.
– Senhor Luiz – disse ele – Nós estamos aqui desde o início do ano escolar. E vamos ter exames para acesso ao ginásio em menos de três meses. O senhor está chegando inteiramente fora do tempo regulamentar. Não sei como conseguiu matricular-se. Isso não é assunto meu. Já verifiquei, pelas anotações que me passaram, que o senhor terminou o curso primário em 1928, em Pirapora, com nota 10. E dando por encerrado esse intróito, autorizou:
– Venha ao quadro. Vou argüi-lo sobre as matérias deste curso. – E usou a campainha para conter alguns assovios da turma.
Com a sala em silêncio, levantei-me, recebi o giz das mãos do professor, aproximei-me do quadro negro e voltei-me para ficar de frente para ele.
E teve início o massacre. Português. Matemática. História. Geografia. Ciências Naturais.

Como compareci às aulas do Curso de Admissão ao Ginásio, em agosto de 1930. Foto feita no quintal do tio Basílio, próximo ao pé de urucum. [foto]

O que aconteceu eu posso resumir em três palavras: dei um “show”. Que os meus filhos, um dia, ao lerem esses apontamentos, pois é para eles que os escrevo, me desculpem. Mas não posso deixar de ser fiel ao acontecido. Tive realmente um desempenho excelente naquela sabatina. A partir do primeiro momento, após minhas primeiras respostas, de viva voz ou por escrito, no quadro negro, um silêncio total tomou conta da sala de aulas. Só se ouviam a voz roufenha do professor Firmino Velloso e minhas respostas.
No final da aula muitos alunos se aproximaram de mim. Queriam saber de onde eu era, quem eram meus pais, o que eu fazia em minha vida. Queriam ser meus amigos. Eu havia conquistado o respeito daqueles brincalhões, que passaram a aceitar-me como colega e não como intruso.
Em novembro houve os exames. Eu fui o segundo colocado entre os aprovados. A partir daí ninguém mais me afastou do primeiro lugar, até eu ser obrigado a deixar os estudos, por falta de recursos para custeá-los, quando já estava matriculado na quarta série, em 1934.


(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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