Vale do Jequitinhonha, antes chamado de Vale da Miséria, passa a ser chamado de Vale do Lítio, por suas reservas do mineral que atrai a procura do mundo
Sábado 23/09/23 - 6h52Nesta sexta-fez Vale do Jequitinhonha, antes descrito como Vale da Miséria, tem uma das principais reservas mundiais de Lítio, a ponta de ser chamado agora de Vale do Lítio.
A indústria automobilística se volta para veículos elétricos e a demanda por lítio, essencial para as baterias, aumenta.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos revelou que 23 países possuem reservas de lítio, totalizando 98 milhões de toneladas, embora alguns ainda não tenham começado a explorar o recurso.
A Austrália e o Chile se destacam como grandes produtores, sendo que o Chile é líder global, fornecendo quase metade do lítio consumido no mundo.
Faz parte do "Triângulo do Lítio," juntamente com a Argentina e a Bolívia, que concentram 60% das reservas mundiais.
O Brasil está entrando na corrida do lítio, com estudos do Serviço Geológico Nacional indicando reservas em vários estados, incluindo Rio Grande do Norte, Paraíba, sul da Bahia e norte de Goiás, com estimativas de 470 mil toneladas de estoque.
A demanda por baterias de íon de lítio no setor automotivo aumentou significativamente em 2022, com a China liderando a fabricação das baterias.
As reservas brasileiras estão em forma de rochas, especificamente espodumênio, o que oferece uma vantagem em termos de concentração de lítio em comparação com os depósitos de sal dos desertos do triângulo Chile-Argentina-Bolívia.
O Brasil começa a investir em tecnologia para explorar suas reservas de lítio, seguindo o exemplo da Austrália.
Os governos de Minas e o federal promoveram o "Vale do Lítio" em evento na Bolsa de Valores Nasdaq, em Nova York, em maio.
Multinacional canadense já exportou lítio da região para a China em 2023, indicando o potencial do projeto.