General de exército Braga Netto completou 140 dias de prisão nesta sexta-feira, em sala adaptada da 1ª Divisão

​O general de exército, da reserva, Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, completou 140 dias de prisão nesta sexta-feira (3).

Ele segue detido desde 14 de dezembro de 2024, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais.



Braga Netto ocupa sala adaptada no Comando da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.

O espaço, originalmente destinado a oficiais do Estado-Maior, foi modificado para atender às exigências do Estatuto dos Militares, que prevê condições específicas para a detenção de oficiais de alta patente.

A acomodação possui janelas sem grades, armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro privativo. ​

O general tem direito a quatro refeições diárias, as mesmas servidas aos demais militares da unidade, e a um período diário de banho de sol.

Ele é vigiado 24 horas por dia por soldados da Polícia do Exército e só pode receber visitas autorizadas, como advogados e familiares próximos, segundo a imprensa do Rio.

Braga Netto é o segundo general de quatro estrelas a ser preso na história do Brasil; o primeiro foi o marechal Hermes da Fonseca, em 1922.

Sua defesa nega as acusações e afirma que ele não teve participação em qualquer plano golpista.

O processo segue no STF.​