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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°49213
De: Ucho Ribeiro Data: Quinta 20/8/2009 17:08:05
Cidade: Montes Claros

SER CATOPÊ

Ucho Ribeiro

Desde muito as cores das fitas e os sons das caixas dos Catopês me entorpecem.
Quando criança, ao final da aula do Grupo D. João Pimenta, segui atordoado aquele tum-trum-tum estonteante, ouvindo encantado o espocar dos foguetes e o bem-vindo sininho da antiga Igreja do Rosário. Fiquei ali horas, boquiaberto, me deliciando com o enlevo dos movimentos e das saudações ao São Benedito. Estava em transe com tanta glória e encanto quando fui puxado pelas orelhas e esculhambado pelo meu sumiço. Vexado por ter causado preocupações aos mais velhos - e com receio de uma sova - careci de coragem para inquirir o que era aquilo tão alegre e tão comovente. Cresci desejando pular para dentro daquela roda, daquele cordão de contentamento, mas as voltas da vida me afastaram para longe. Do distante só restou saudade dos matizes vivos das fitas arco-íricas e o pesar de não ter-me misturado em meia-luas com os Catopês.
Ao voltar à terra, a carranquice e o cotidiano sintonizaram-me às coisas menos importantes. O rito do dia a dia baixou a chama do menino, censurou seu fascínio e desejo catopêico. Vivi durante muito tempo um torpor para as coisas intangíveis, uma impassibilidade às ocorrências habituais, na busca peregrina do amplo acontecimento e da grande mudança.
Entretanto, os trancos e arrancos da vida, aos solavancos, me ensinaram que o ritmo tem que ser outro. O segredo está na simplicidade. Temos que perceber que tudo é um milagre e nosso maior poder é a capacidade de sempre agradecer a Deus. É a gratidão.
Resolvi, então, afrouxar. Frouxar a vida, as rédeas, os quereres e as rigidezes. Deixar estar. Procurar a humildade, que é a fé na sua expressão mais sublime.
Este desaperto do espírito somado aos incitamentos do Paulo Narciso, de Raquel e do meu padrinho Paulo Estevão, foram terminantes para tornar-me um Catopê. Paulo levou-me até Mestre João Faria, e o seu filho, o veterano PA, abençoou minha calorice. Raquel cuidou das minhas alegorias, emoldurando afetuosamente meu cocar com lantejoulas, miçangas e plumas de pavão.
Na quarta-feira a noite, estava pronto para altear o mastro de Nossa Senhora do Rosário e misturar o tum-tum-tum do meu coração com o tum-trum-tum das caixas, surdos, tamborins e pandeiros dos Catopês. A emoção transbordava por todo lado, por todos os poros, e mais ainda porque Tavinho, meu filho, sairia também no terno. Iria viver o que não pude viver na minha infância.
Ao chegar, Rubim e eu ouvimos o meu Mestre João Faria dizer: “Oh, os meninos, a alma precisa de festa.” E retrupicar : “Onde tem alegria não tem pecado”. Aquelas palavras bateram forte e de forma sagrada. Naquele momento decidi exercitar-me na fé e na alegria. Catopecizar na fé. Lembrar que a fé é o poder mágico. Isto não é uma coisa fácil, exatamente porque é muito simples. Procurei, então, esvaziar-me, deixar espaço para ela entrar. A alegria viria junto. Como veio. Ali, mais uma vez, aprendi que jamais devemos subestimar a simplicidade.
Chegou a hora. Concentramo-nos em uma rua quieta e escura. Os Catopês, para mim anônimos e desconhecidos, fizeram uma fogueira para afinar seus instrumentos de batuque. Aproximaram os tamborins e as caixas de folia junto do fogo para esticar o couro e apurar o som. Eu a tudo observava, sem entender bem o sentido das coisas. Receava também não dar conta de acompanhar o ritmo. Virgínia, filha do historiador Hermes de Paula, dissera-me que acreditava que a palavra “Catopê” era um vocábulo africano que significava batuque e eu, pobre de mim, jamais soubera batucar.
Partimos. Os dançantes me receberam como um deles e riram do meu desajeito. Ensinaram-me a batida de um toque lento e dois rapidinhos. Tum-trum-tum. Percebi que, além da fé, o riso é a única coisa que levam realmente a sério. Creio que é por isso que eles falam “brincar o Catopê”.
Frouxei-me ao ver Tavo ao meu lado, saltitando e batendo seu pandeirinho. A respiração ficou ofegante. Os olhos marearam. A face deixou escapar um sorriso longo e verdadeiro – como todos os sorrisos deveriam ser. Daí em diante, relaxei de vez, mergulhei inteiro nas festas, a gosto, passei a quinta e sexta-feiras; o sábado e o domingo em desatino, em desvario.
Voltei à minha menina Montes Claros, senti sua poeira e o seu calor, sua alegria. Experimentei o frescor da noite e o luar. Percebi, a cada passo, o lusco-fusco das luzes entrelaçar nas minhas fitas coloridas; senti o cheiro de manga rosa e do pequi. Ouvi os gritos alegres das crianças; o silêncio quieto das missas de Padre Quirino; vi em passeata as castas beatas irmãs imaculadas; o murmurejar dos mantras das novenas e dos terços. Relembrei o medo dos pecados e as pernas nas soltas camisolas das meretrizes da Rua de Baixo, prostitutas miúdas expulsas de casa pelo descuido no amor. Vesti-me dos redemoinhos poeirentos e voei alto em cor com as pipas e papagaios nos ventos do meio do ano. Senti o gosto dos infinitos biscoitos de Fininha, dos cocos e dos melados dos quebra-queixos de Mazaropi, dos tintos pirulitos em cone enfiados simetricamente na tábua pendurada ao pescoço de Pacífica. Ouvi em oração a sublime lamúria “Dê uma esmola a pobre cega que não pode caminhar...” Dilui-me em gostosos delírios.
Andei fitado, colorido, em rodopios pelas antigas ruas de Montes Claros, ao lado da alegria de Leonel e sua boneca; da singeleza e inocência de Tuia e seu bico alvo; dos faniquitos de Requebra que Eu Te Dou Um Doce; da obsessão de João Doido com “Terezinha é minha”; da solidão do nômade Galinheiro e sua enorme tralha em mudança; da beleza e jovialidade de Lena, quando era doida; dos invertidos Olhos Dessa Muquiça e o seu caminhão paramentado; e de Manoel Quatrocentos com Gina Lolobrigida e seus “Ô Lalaica” – toquei minha caixa de folia carinhosamente para cada um deles. Eu os vi e os ouvi, graças ao transe que vivi nestes dias. Viver Catopê não passa despercebido, não deixa ninguém incólume. Ninguém que foi tocado por aquelas tentáculas fitas continua o mesmo.
Dentro daquele turbilhão de emoção, percebi que além de fé e alegria, o que havia era solidariedade, generosidade e a mais terna amizade. Só consigo me lembrar dos brilhos dos nossos olhos e da frouxura dos nossos risos.
Assim aconteceu comigo. E nada mais posso fazer agora do que agradecer por ter tido tamanha oportunidade de ser Catopê. Ser Catopê é para mim um doce que derrete lentamente na boca e que não se gasta nunca.
Cada vez que os meus pés tocaram a calçada da Igrejinha do Rosário, ao lado de onde o sininho saúda a chegada dos Catopês, Marujos e Caboclinhos, e depois de testemunhar pelas ruas de Montes Claros as lágrimas, sorrisos e promessas dos meus conterrâneos, reafirmei o compromisso de devoção ao Divino, para sempre.

Para o ano eu voltarei para cumprir nova missão.

Viva os presentes. Viva os ausentes. O Catopê não tem fim...

Aúi!

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Mensagem N°49210
De: André Lagoeiro Data: Quinta 20/8/2009 16:40:47
Cidade: Januária/MG  País: Brasil

Em Januaria devido a gripe a suina a prefeitura resolveu por motivo de saúde que não vai ter nenhuma comemoração no dia 7 de setembro de 2009. (...)

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Mensagem N°49209
De: Daniel P. Data: Quinta 20/8/2009 16:40:07
Cidade: Moc

V. Rita, Eu também já fui (sou) vítima do fanático do carro de som. Mtas vezes ele para o carro numa esquina perto da minha casa para fazer propaganda de um comércio. Falta à esse cidadão e às autoridades competentes bom senso para colocar limites nessa barulheira absurda e descabida, promovida por um (...) quer lucrar, e ainda impor a sua fé e religião aos transeuntes de Montes Claros.

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Mensagem N°49208
De: Jose Ambrósio |Prates Data: Quinta 20/8/2009 16:18:06
Cidade: Janaúba-MG

Escolas de Janaúba cancelam desfile de 7 de setembro por causa da gripe suína - Depois de vários anos a cidade de Janaúba quebra uma de suas maiores tradições cívicas por causa da gripe suína. este ano não haverá o desfile da independência no 7 de setembro. A E.E. Rômulo Sales de Azevedo ja avisou que depois de uma reunião entre professores, especialistas e diretores da escola a determinação foi pelo cancelamento da participação dos alunos no desfile. Outra escola a Maurício Augusto de Azevedo, escola mais antiga de Janaúba decidiu adiar o desfile para uma data ainda a ser confirmada. Segundo as diretoras a decisão tem como base as recomendações da própria Secretaria Estadual de Saúde e do comitê de combate à influenza n1h1. Na cidade as opiniões se dividem entre os que não acreditam que as medidas tenham algum efeito tendo em vista que não há nenhum caso registrado até agora, e entre aqueles que fazem uso do velho dito popular, "preudência e canja de galinha, não fazem mal a ninguém".

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Mensagem N°49207
De: Jr. Data: Quinta 20/8/2009 15:34:59
Cidade: Montes Claros

Leio varias noticias sobre a criação da Universidade Federal de Montes Claros. Analisando rapidamente, o que querem é apenas trocar de nome algo que ja existe, pois o Núcleo de Ciências Agrárias da UFMG cumpre muito bem o seu papel, pois, estando ele ligado à UFMG, Montes Claros conta com tecnologia de ponta, desenvolvida por uma das melhores universidades do Brasil. Caso este núcleo se desvincule da UFMG e passe a se caracterizar como Universidade Federal, apenas continuaremos com o que ja temos e ainda perderemos a toda a estrutura tecnologica que a UFMG nos fornece pois teremos que desenvolver a nossa propria tecnologia e a Unimontes por exemplo, esta há mais de 20 anos desenvolvendo sua propria tecnologia e ainda carece de muito avanço, com todo respeito ao que ela já conquistou. Acho que a luta deve ser por uma Universidade Federal além de todas as que ja temos, para somar e não para dividir. Cidades muito menores e mais próximas de grandes centros, como São João Del Rey por exemplo já conseguiram as suas Universidades Federais, enquanto nós, com 400.000 habitantes e servindo a uma imensa população regional ficamos aqui lutando para mudar de nome aquilo que ja existe e funciona muito bem. Chega de ficaramos lutando por migalhas e passarmos a lutar por conquistas reais e de grande valor.

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Mensagem N°49206
De: mario Data: Quinta 20/8/2009 15:27:59
Cidade: montes claros

De onde sairão os Catopês, Marujos e Caboclinhos nesta noite de quinta-feira, levando a bandeira de São Benedito para ser alteada na Igrejinha do Rosário?Ontem, seguindo a orientação de Raquel neste mural, levei a minha família para assistir a maravilhosa apresentação na Rua Paraná, no Roxo Verde. Que Deus seja louvado.

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Mensagem N°49195
De: Nivaldo Rocha Data: Quinta 20/8/2009 11:36:55
Cidade: Montes Claros

Postagem do Prefeito Louvável a participação do Sr. Prefeito aqui no Mural. Realmente, admirável. Nossos representantes devem se pronunciar sempre, nos mais variados canais de comunicação, sempre com o intuito de prestar esclarecimentos, de ouvir as sugestões e críticas do povo, do eleitorado, para que eles possam trabalhar de acordo com os nossos anseios.
Entretanto, O Sr. Prefeito Tadeu Leite, como assíduo leitor desse canal, além de se pronunciar sobre a "gripe suína", deveria se pronunciar sobre outros problemas que sempre são colocados em debate aqui.
Por exemplo, o caos no trânsito e os problemas relacionados ao barulho desordenado na cidade.
Em relação ao barulho, à "atuação" da Secretaria de Meio Ambiente e às inúmeras reclamações a respeito de eventos que tem tirado o sessego da população (com apoio da Secretaria de Cultura), oportuno seria um posicionamento a respeito desses problemas.
No que diz respeito ao trânsito, o Sr. Prefeito poderia esclarecer quais os projetos e idéias existentes para que possamos humanizá-lo. Não estamos vendo fiscalização. Sem ela, e sem multa (o povo só sente o bolso), não teremos educação, infelizmente. Esta é a conclusão que todos estão tendo. Como o executivo municipal pretende colocar (urgentemente) ordem nas ruas de Montes Claros?
Com a palavra, o Sr. Prefeito.

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Mensagem N°49187
De: Karen Data: Quinta 20/8/2009 10:50:16
Cidade: Montes Claros

Sou estudante da Unimontes e gostaria de relatar para a população que nesta instituição não há nenhuma instrução sobre como previnir a gripe suína. Os professores estão dando aula com janelas e portas fechadas e não existe alccol em gel ou sabão para que os estudantes e funcionários possam se prevenir!

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Mensagem N°49182
De: João Carlos Diniz Data: Quinta 20/8/2009 10:38:58
Cidade: Montes Claros

Queria aqui pedir ao senhor Prefeito Luiz Tadeu Leite que também comente sobre as reclamações de barulho e desrespeito a lei do silêncio que ainda não e efetivamente aplicada em nossa cidade, já que disse que é leitor do mural e tenho certesa que leu todas as manifestaçôes publicadas aqui. Agradeço desde já seu futuro comentário.

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Mensagem N°49176
De: Jornal Hoje em Dia Data: Quinta 20/8/2009 09:35:22
Cidade: Belo Horizonte

Acordo garante construção de adutora para abastecer Montes Claros - Girleno Alencar - Montes Claros - A Copasa, concessionária estadual de água e esgoto, vai assumir a construção de uma adutora que fará a transposição de águas do Rio Congonhas para o Verde Grande, com o objetivo de garantir o abastecimento de água em Montes Claros nos próximos 30 anos. Na última terça-feira, dirigentes da empresa e do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) acertaram parceria para a realização da obra, em reunião na sede do órgão, em Fortaleza, no Ceará. A adutora, de 21 quilômetros, despejará 2,6 litros de água por segundo no Verde Grande, em investimento de R$ 80 milhões. Pela Copasa, o acordo foi feito pelo diretor de Relações com Investidores, Ricardo Augusto Simões Campos, e o superintendente no Norte de Minas, Daniel Antunes Coelho. A carta de intenções foi elaborada e assinada pelo diretor-geral do Dnocs, Elias Xavier, e agora depende da assinatura da empresa.
O diretor do Dnocs em Minas Gerais, Marco Antônio Graça Câmara, que também participou da reunião, afirmou que o Conselho de Política Ambiental do Norte de Minas se comprometeu a aprovar a concessão da licença de instalação da Barragem de Congonhas, no rio de mesmo nome, na divisa dos municípios de Grão Mogol e Itacambira, desde que seja construída a adutora para transpor águas para o Verde Grande. O Dnocs assumiu a construção da Barragem de Congonhas, em projeto que está sendo viabilizado pelo Consórcio Odebrecht/Andrade Gutierrez. Para garantir a licença de instalação, a Copasa assinou termo de compromisso de que irá consumir água da barragem e viabilizar a construção da adutora, atendendo a exigência do Copam.
Na reunião, o vice-presidente da Fundação Rural de Minas Gerais (Ruralminas), Paulo César Bregunci, assumiu o compromisso, junto ao Dnocs, de instalar um escritório em Taiobeiras, para retomar a negociação com as famílias que terão áreas inundadas pela Barragem de Berizal, no Rio Pardo, entre os municípios de Berizal e Taiobeiras. A obra está embargada desde 2002 e, no ano passado, o Copam-Norte concedeu licença prévia para a obra, desde que a Ruralminas resolva o problema do assentamento das famílias. Segundo Bregunci, o planejamento foi enviado em maio ao Dnocs e depende da assinatura do acordo.

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Mensagem N°49169
De: Petrônio Braz Data: Quarta 19/8/2009 22:27:34
Cidade: Montes Claros/MG

Olyntho da Silveira

Este ano de 2009 está sendo marcado por uma série de comemorações de importantes centenários como o do nascimento de Felicidade Perpétua Tupinambá, da descoberta da Doença de Chagas, do nascimento do arcebispo Dom Hélder Câmara, do falecimento do escritor Euclides da Cunha, do nascimento de Carmen Miranda, do nascimento de Ataulfo Alves de Sousa, e outros mais.
Também neste ano comemoramos os duzentos anos do nascimento de Charles Darwin, autor do importante livro “A Origem das Espécies”.
A relação seria grande se o objetivo fosse enumerar os centenários que neste ano se comemoram. Mas, em verdade a importância maior, neste mês de Agosto de 2009, vincula-se à lembrança de ontem, de quase hoje, do escritor Olyntho da Silveira, cujo centenário de nascimento será objeto de homenagens da Academia Montesclarense de Letras, programadas para o dia 25 de agosto em curso, em solenidades no Automóvel Clube.
O acadêmico Olyntho da Silveira, escritor e poeta, por muito pouco deixou de estar presente nas festividades de seu centenário de nascimento. Nas comemorações de seus 99 anos estivemos em sua residência, a convite de sua esposa, escritora Yvonne Silveira. Como lembrou Itamaury Teles, “foi uma noite festiva”.
Olyntho da Silveira nasceu em Brejo das Almas, hoje Francisco Sá/MG. Foi fazendeiro, comerciante, funcionário público, delegado de polícia, vice-prefeito de Montes Claros. Membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais e da Academia Montesclarense de Letras, de que foi presidente. Ele publicou: “Cantos e Desencantos”, “Minha terra e a nossa história”, “Portais Versificados”, “Francisco Sá nas suas origens: O Velho Brejo das Almas, Cinquentão”, “Cantos Chorados” e, em parceria com sua esposa Yvonne de Oliveira Silveira, “Brejo das Almas”. Realista e amoroso, no seu soneto a Maria Luísa, em auto-realização, ele canta: “Você começa a sua Primavera, / enquanto o meu Outono está no fim / e aproveitá-la mais eu bem quisera. / Mas mesmo assim bendigo a sua vinda, / Pois que você é o Universo em mim, / na pouca vida que me resta ainda”.

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Mensagem N°49164
De: Luiz Tadeu Leite Data: Quarta 19/8/2009 19:12:42
Cidade: Montes Claros

Como leitor diário deste site, gostaria de tranquilizar alguns sobressaltados sobre o risco da "gripe suina" em Montes Claros. É tamanho o alarmismo que alguns chegam a dar a impressão de estarem torcendo para que aconteçam óbitos em nossa cidade. Cada cidade é um caso específico. Em Uberlândia, talvez a suspensão das atividades tenha sido necessária porque lá a gripe esteja fazendo vítimas. Em Montes Claros, ao contrário, ainda não tivemos um caso sequer de vítima fatal e estamos cumprindo todos os protocolos para que continuemos imunes à epidemia. Tanto que suspendemos a realização dos Jogos Escolares que aconteriam aqui no final do mês. Todas as atividades previstas para os próximos dias serão em locais abertos, arejados, sem risco de contaminação. O torneio internacional de volei, no ginásio poliesportivo da AABB, reunirá não mais de 400 pessoas, menos do que o público que se reune em igrejas, escolas e shopings da nosa cidade. No comando da saúde de Montes Claros tem gente séria, competente, que sabe que não se pode simplesmente parar a cidade por causa dessa gripe. Agradeço aos que realmente se preocupam com a gripe suina e ressalto que estamos comandando Montes Claros com absoluta responsabilidade.

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Mensagem N°49158
De: Melo Data: Quarta 19/8/2009 16:35:08
Cidade: Montes Claros

Enquanto Uberlandia promove jogo de futebol com portões fechados por causa da ameaça da gripe A, em Montes Claros teremos : Festas de Agosto, Vitor e Leo, Carnamontes, Torneio de Volei. Todos são eventos em que certamente teremos grandes publicos. Quem será que está certo ? Uberlandia ou Montes Claros ? O tempo dirá e tomara Deus que a resposta do tempo não seja trágica.Nunca vi tanta irresponsabilidade junta.

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Mensagem N°49153
De: Santana Data: Quarta 19/8/2009 14:54:08
Cidade: M. Claros

Os termômetros em M. Claros não aguardaram a chegada dos Catopês - hoje já marcam 34 graus.

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Mensagem N°49152
De: V. Rita Data: Quarta 19/8/2009 14:30:27
Cidade: M. Claros

Ao barulho produzido na cidade de forma artificial e deliberada, que de nenhuma forma se confunde com o rumor rotineiro das atividades próprias da cidade, veio juntar-se mais uma triste novidade: carros com potentes caixas de som estacionados em esquinas e entroncamentos, parados, mas com um locutor de microfone em punho, aproveitando o sinal para fazer propaganda de alguma coisa, sempre aos berros, locomovendo-se entre os carros. O pior - como aconteceu ainda há pouco comigo, na avenida Plínio Ribeiro - o locutor cria constrangimentos para quem, como eu, defendia-se do som alto, procurando fechar os vidros do carro para escapar da gritaria e do constrangimento. Bastou o gesto para que o propagandista, no microfone que as caixas de som do carro estacionado reproduziam, começasse a fazer um discurso sugestivo de maldição. A que ponto chegamos! Isto, ao meio-dia, numa das mais movimentadas avenidas da cidade. A cidade, e não de agora, está virando uma babel, sem lei - ou melhor sem que as autoridades responsáveis tomem alguma iniciativa para cumprir a lei e proteger os cidadãos, até aqui indefesos. A polícia diz que o problema não é com ela. A quem devemos recorrer? - clamamos. Aos promotores? aos juízes? ao delegado? à secretaria do 1/2 ambiente? - a quem, enfim???

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Mensagem N°49149
De: ADRIANO Data: Quarta 19/8/2009 13:28:59
Cidade: MONTES CLAROS MG  País: BRASIL

Quando Agosto se aproxima doces recordações brotam em meu coração. Me lembro de meu saudoso avó paterno Quintiliano Maia, do alto de suas 9 décadas de vida me levava pela mão para ver e ouvir ao longe aquele som surdo e ritmado e inconfundível dos catopés, marujos e caboclinhos. O som se espalhava no ar, doce melodia que enchia de imaginação e fascínio minha infância. Na praça Portugal, após longo cortejo pelas ruas centrais da cidade, se reuniam ao pé do mastro, e entoando canções e batuques ora melancólicos ora num ritmo próprio e para mim ainda indescritível, asteavam a cada dia um mastro em homenagem e devoção a São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e Divino Espírito Santo. Aquele gesto simples de pessoas ainda mais simples, uma devoção singela e pura, a vista de muitos admiradores e curiosos me surpreendia e me deixava cheio de uma alegria que ate hoje aos 28 anos, universitário e homem já formado, me transformam naquele menino que ia pelas mãos da sabedoria, disfarçada nas rugas de mãos calejadas por longos anos de trabalho duro e muita honestidade conhecer o que nossa gente tem a oferecer, simplicidade, devoção, e demonstrações de que mesmo nos gestos mais simples e desprovidos de orgulho ou empáfia, podem ser grandioso como nossa cultura. Que por muitos anos ainda se ouçam nos dias de Agosto esse som surdo, simples, ritmado que bate ao mesmo som que os corações que cresceram acompanhando essa riqueza incomparável de nossa terra e nossa gente, que as novas gerações possam passar pelos momentos de emoção como os que me acontecem a cada novo agosto. Viva os Catopês, Marujos e Caboclinhos....

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Mensagem N°49145
De: Raquel Data: Quarta 19/8/2009 11:13:11
Cidade: Montes Claros

Catopês, Marujos e Caboclinhos sairão às 19h de hoje, da Rua Parana 61, bairro Roxo Verde, para o levante do mastro de Nossa Senhora do Rosário, na Igrejinha do Rosário, Praça Portugal. Vão cantando.

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Mensagem N°49144
De: Jaime Data: Quarta 19/8/2009 10:38:27
Cidade: Moc

A Universidade Federal de Ouro Preto completa 40 anos. A Universidade Federal de M. Claros apenas está nos planos, nem no papel está. E tem a forte resistência da UFMG, que, no entanto, não aumenta (como quer a população) a sua presença em Montes Claros.

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Mensagem N°49141
De: Wanderlino Arruda Data: Quarta 19/8/2009 08:16:06
Cidade: M. Claros

FALARES DE PORTUGAL E DO BRASIL

Wanderlino Arruda

Mais para o lado do curioso que do científico, é sempre interessante verificar as diferenças existentes na língua portuguesa nos espaços brasileiros e portugueses, duas culturas numa só cultura e uma só origem: a lusitana. Juntos na época colonial e quase sempre juntos depois da nossa independência, as duas literaturas, os noticiários e mesmo as migrações conjuntas jamais conseguiram impor uma escolha lingüística de modo a tornar de uso comum muitas das palavras e seus significados. Algumas só usadas lá, outras só escritas e pronunciadas aqui, algumas lá e cá, mas nem sempre com o mesmo significado, o mesmo sentido. E, partindo para os dialetos, principalmente os portugueses (beirão, algárvio, interaminenho, transmontano, lisboeta) é aí, que a coisa pega, muito difícil pra nós brasileiros. Importante lembrar alguns exemplos colhidos em Portugal, nos hotéis, no comércio, nos cafés e restaurantes, no dia-a-dia das ruas e lindas praças de Lisboa, Porto de Coimbra, assim como em Almada, no Faro, em Santarém, na Serra da Estrela. Não vamos pensar que é alguma coisa produzida por brincadeira. É tudo verdade, pois falas e falares são coisa séria, mesmo que seja divertida. Por exemplo: pomar, em Portugal, é loja onde se vende frutas; puto é criança abandonada, rebuçado é bala doce; revisor, chefe-de-trem; sobrescrito, envelope; talho, açougue; traseira, fundo de casa; travão, freio de carro; miúdo é criança; folhetim é novela; recheio, móveis domésticos; anginas, dor de garganta; vendedor de carne, dono de açougue é carniceiro. Mais ainda: Alcatifa é carpete; soco é tamanco; sinaleiro, guarda de trânsito; tasca, botequim. De cá para lá, fila é bicha, trânsito é viação; maquiadora é visagista; vitrine é montra; fogo é lume; bolsa é mala, mocotó, mão-de-vaca. Quando tomamos um táxi em Portugal o motorista, na hora de cobrar a conta, olha no relógio, que é o nome do taxímetro. Numa sorveteria ou geladeira, compramos gelado (picolé) e neve (sorvete). Num talho (açougue), pede-se lombo, que é o nome de filé. Num bar, barzinho, armazém ou supermercado, pedimos gasosa (refrigerante), água de quinino (tônica), bagaceira (cachaça). Numa charutaria compram-se havano (charuto) e iluminador (isqueiro). Num jogo de futebol (ludopédio, não, ludopédio é palavra brasileira!), podemos ver e admirar o relvado (grama), o esférico (bola), o guarda-redes (goleiro); os avançados (atacantes), os castigos (pênaltis), as camisolas (camisas de malha). Ganhará a equipa que fizer mais golos. Num hotel, o pernoite é dormida e o banheiro é lavabo, ou casa de banhos, dependendo do tamanho. Na escola, o professor escreve na ardósia (quadro). Na rua ou em casa, jovem é rapariga (feminino de rapaz) e pejorativo é o nome moça (que quer dizer não-virgem). Em alguns lugares, rapaz é chamado de senhorito, carregador é moço e, se parecer pobre, galego. Há muitas palavras comuns usadas em Portugal e no Brasil, dependendo da região: Reclamo/propaganda, sumo/suco, vivenda/casa, pimenta preta/pimenta do reino, comboio/trem-de-ferro, condiscípulo/colega de escola. Constipação é resfriado, frigorífico é geladeira, arca congeladora é frízer. Mas já imaginou isopor chamar esferobite? Marcha à ré, marcha-à-trás? Lá o gordo e o magro são chamados de o bucha e o estica e os três patetas, de os três estarolas. Pai natal é papai Noel. O mais gozado, porém, é nome recém-casados: casados de fresco. Eis uma pequena estória: "Um ciclomotorista (motoqueiro) vai à esquadra (delegacia), pede uma chapa de matrícula (placa) para a sua motorizada (moto) e depois, voa pelo alcatrão (corre em velocidade pelo asfalto). Ora pois, pois!

* Dos Institutos Históricos e Geográficos de Montes Claros e de Minas Gerais

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Mensagem N°49138
De: Ministério da Saúde Data: Terça 18/8/2009 20:15:57
Cidade: Brasília DF

MINISTÉRIO DA SAÚDE - GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS - NOTA À IMPRENSA -Terça-feira, 18/8/2009, às 20h30
Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil
Período entre 25 de abril e 15 de agosto
I – ÓBITOS E FATORES DE RISCO
· As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde informaram, neste período, 368 óbitos por influenza A(H1N1).
ATENÇÃO:
o O aumento no número de óbitos em relação ao último boletim NÃO SE REFERE a casos novos de pessoas que morreram neste período de uma semana, mas a casos que tiveram confirmação laboratorial entre 8 e 15 de agosto.
o Eventuais confirmações de novos óbitos pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde serão incluídas analisadas apenas no próximo boletim.
Distribuição de óbitos por influenza A(H1N1) por Unidade Federada
· Do total de pessoas que morreram, 185 (50,3%) tinham fator de risco, incluindo gestação.
· Doenças metabólicas e respiratórias, cardiopatias crônicas, hipertensão arterial e imunodepressão (pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes de câncer e aids), além de gestação, são os principais fatores de risco para óbitos, entre os casos graves pelo novo vírus (leia mais sobre gestação abaixo).
Distribuição de óbitos de SRAG pela nova Influenza A (H1N1), segundo presença de fatores de risco. Brasil
· Reitera-se que o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos. Esta conduta tem sido recomendada pela OMS desde meados de julho e seguida pela maioria dos países, com priorização para monitoramento de casos graves. A taxa de mortalidade dos casos graves confirmados para o novo vírus no Brasil é de 0,19 óbitos por 100 mil habitantes.
Taxas de mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes)
País
Óbitos
População
Taxa de mortalidade
1. Argentina
404
40.276.376
1,00
2. Chile
112
16.970.265
0,65
3. Uruguai
22
3.360.854
0,65
4. Costa Rica
29
4.578.945
0,63
5. Paraguai
39
6.348.917
0,61
6. Austrália
118
21.292.893
0,55
7. Malásia
67
27.467.837
0,24
8. Peru
62
29.164.883
0,21
9. Brasil
368
191.481.045
0,19
10. Canadá
66
33.573.467
0,19
11. Equador
23
13.625.069
0,16
12. EUA
477
314.658.780
0,15
13. México
163
109.610.036
0,14
14. Tailândia
97
67.764.033
0,14
15. Reino Unido
44
61.565.422
0,07
IMPORTANTE:
o Os países do Hemisfério Sul, que estão no inverno, continuam registrando aumento no número de casos e de mortes, ao contrário dos países do Hemisfério Norte, que estão no verão, quando a transmissão é significativamente reduzida.
Os países adotam periodicidade diferente para atualização do número de óbitos.
II – CASOS GRAVES E FATORES DE RISCO
· De 25 de abril a 15 de agosto, foram registrados 20.820 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país – ou simplesmente casos graves. Segundo a distribuição destes casos por semana epidemiológica, observa-se diminuição no número absoluto de casos graves pelo novo vírus na 32ª semana, que vai de 9 a 15 de agosto.
· Isso pode ser visto nas colunas vermelhas do gráfico abaixo. Porém, esta observação pode não refletir a realidade, pois muitas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde possuem casos não digitados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a base de dados que o Ministério da Saúde utiliza para analisar a nova doença.
· Portanto, trata-se de um indicativo ainda preliminar de que a doença pode estar recuando.
Distribuição de casos de SRAG, por semana epidemiológica, segundo classificação etiológica. Brasil
· Do total, 3.712 foram confirmados para algum tipo de vírus influenza, sendo 58% em mulheres. Entre os casos graves positivos para influenza, 3.087 (83%) foram confirmados para o novo vírus e 625 (17%) para influenza comum.
Distribuição de casos de SRAG e Influenza A (H1N1) por unidade federada. Brasil
· Os principais fatores de risco para desenvolver formas graves são doenças respiratórias, idade igual ou menor que 2 anos, debilitação do sistema imunológico, doenças cardiovasculares (incluindo hipertensão arterial) e metabólicas, além de gestação (leia mais sobre gestação abaixo).
· Entre os casos graves por influenza sazonal (gripe comum), os principais fatores de risco foram doenças respiratórias, idade igual/menor que 2 e igual/maior que 60 anos, doenças cardiovasculares (incluindo hipertensão arterial) e debilitação do sistema imunológico.
· Dentre os casos graves de influenza causados pelo novo vírus, 42,4% (1.308) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, incluindo a gestação. Nos casos graves confirmados para influenza sazonal, a proporção foi de 37,3% (233). Os dois índices são semelhantes aos observados no boletim anterior: 43% e 38%, respectivamente.
Distribuição de casos de SRAG, pela nova Influenza A (H1N1) e pela influenza sazonal, segundo grupos e fatores de risco. Brasil
· Segundo a faixa etária, a maior proporção de casos graves confirmados para o A(H1N1) está nas faixas de 15 a 24 anos e 30 a 49 anos. Para os casos de influenza comum, predomina a faixa etária de 30 ma 49 anos.
Proporção de casos de SRAG por influenza sazonal e Influenza A (H1N1) por faixa etária. Brasil
III – MULHERES E GESTANTES
· De todos os 3.087 casos graves confirmados para Influenza A (H1N1), 283 são gestantes (9,1%). Das 283 gestantes infectadas pelo A(H1N1) em estado grave, 237 evoluíram para a cura.
· Do total de 1.151 casos graves de mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) confirmados para o novo vírus, 24,6% são gestantes, enquanto que para influenza sazonal, 15,4% são gestantes.
Distribuição de casos de SRAG por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil
· Do total de 368 óbitos no país, 46 eram gestantes (12,5%).
Distribuição de óbitos por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil
IV – ANÁLISES LABORATORIAIS
· Os três laboratórios de referência do Ministério da Saúde analisaram 8.519 amostras de secreção respiratória positivas para influenza e outros vírus respiratórios.
· Do total, 5.767 (67,7%) foram confirmadas para o novo vírus influenza A (H1N1) e 1.958 (23%), para influenza A sazonal.
· Os laboratórios de referência são o Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP), o Instituto Evandro Chagas (IEC/PA) e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

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Mensagem N°49126
De: Maria Data: Terça 18/8/2009 14:05:06
Cidade: Montes Claros

Para o Sr. Fagundes: Fui das uma olhada no site sobre o concurso de Glaucilândia e li a seguinte informação: A Prefeitura Municipal de Glaucilândia faz saber que o Edital nº 001/2009, atinente ao Concurso Público para provimento de vagas nos cargos do Quadro de Pessoal Permanente desta Prefeitura, está SUSPENSO, em cumprimento ao ofício nº 16995/2009 - SEC/1º Câmara do Tribunal de Contas de Minas Gerais.

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Mensagem N°49125
De: Raphael Reys Data: Terça 18/8/2009 13:59:35
Cidade: Moc - Mg  País: Br

OS BORÓS

Nem Boró, batizado Armando Quintino, hoje é comerciante na loja 17 no Shoping Popular, onde ficava o antigo Mercado Central de Montes Claros. Fala-nos de quando aqui chegou em 20 de Janeiro de 1950, com quatro dias de nascido.
Mal veio ao mundo e a mãe o levou para curar o umbigo na feira, trabalhando com a família!
O seu pai, Pedro Boró, sua mãe Maria e a sua avó Rosa comercializavam verduras na Pedra, local que ficava nos fundos do logradouro. O velho tinha um caminhão Ford e com ele buscava na cidade de Taiobeiras se abastecer de verduras, requeijões e carne de sol. Produtos procuravam na feira.
A viagem durava dezesseis dias em face da condição precária das estradas.
Os produtos trazidos eram postos em cima de uma lona que ficava estendida no chão da Pedra, ao lado da loja de Joel Stark, da casa Predileta de Elpídio Carneiro e tendo como fundo os açougues.
Tempos do empório de secos e molhados de Zé Amaro, das ferragens da Casa Teixeira, do PF caprichado e das fubuias dos bares de Tiano, Bebé e Zé Saruê, local que nunca foi lavado. Do Armazém Globo de Antonio Barreto, o nosso supermercado de então, da Loja Caçula de Jason Souza Lima, a Casa Boa Vontade de Mário Reis, a Loja Cinco Irmãos, a Casa Preferida que se encontra em atividades até hoje com direção de Sandrinha Madureira.
Dentro do mercado havia a atividade do jogo do bicho bancado pelo chefe do logradouro Dimas. A família de Gabilera animava e agitava a feira e Judelina, ainda era pobre, fazia a limpeza dos banheiros. Logo ficou milionária!
Do lado de fora e no passeio, as bravatas de Leônidas, comprador de pele de animais silvestres. Volta e meia arranjava uma baita confusão, quebrava o pau, sacava a garrucha Rabo de Égua e dava disparos a esmo.
Leonel Beirão tomando todas as cervejas casco verde da Antártica e a sua Boneca de Leonel, que fazendo propaganda das empresas locais passava fazendo o maior baticum e encantando a todos com o alarido dos reclames que se misturava aos gritos de Joaquim Piranha, escorraçando a sua mula chamada Piranha!
Em 1996, Nem e sua família mudaram-se para as novas instalações do mercado à Avenida Armênio Veloso, centro, ao lado da boate de Anália e da Praça de Esportes, no prédio da antiga fábrica de Licor de Pequi Corby.
Logo o Nem viajava com seu pai para o entroncamento de Salinas, onde o seu avô tinha uma pensão. A viagem era feita parte de trem, até Janaúba.
Tempos difíceis. Logo o mercado mudou-se para a rua Coronel Joaquim Costa, em prédio definitivo. Posteriormente o mesmo foi desativado e transferido em definitivo para a Rua Marechal Deodoro no centro.
Nem Boró, lembra com saudade do antigo mercado com sua feira, os seus reclames, os gritos dos feirantes, o relincho dos animais amarrados nas ruas ao lado. Tempos em que na cidade circulavam os filhos da lua: Requeijão, Maria Babona, Tuia e sua chupeta, Alalaô, João Doido, Geraldo Pascovira.
Os açougueiros do Bairro São João, tradicionalmente com suas valentias e suas bazófias. Volta e meia botavam um para correr! Assim como os da família dos “Miós”, faziam ou viravam presuntos que terminavam na funerária dos Beirões.
Tempos de preços fixos, da tabela Price. Não havia inflação e o cidadão chegava numa casa comercial, encomendava um produto e solicitava que o mesmo ficasse guardado até o ano seguinte, quando, então, era retirado e quitado pelo mesmo valor do dia da encomenda.
Tempo de Getulismo, de políticas trabalhistas e de salário mínimo equivalente a quatrocentos dólares.
Bons Tempos!

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Mensagem N°49122
De: Fagundes Data: Terça 18/8/2009 12:59:51
Cidade: moc  País: noticia de interesse da coletividade...

Prefeitura de Glaucilândia abriu concurso público para ofertar 55 vagas para diversos cargos. As oportunidades são para todos os níveis acadêmicos com remuneração variando de R$ 465,00 a R$ 3.000,00. As inscrições devem ser feitas até o dia 21 de agosto no site Magnuns Concursos. O valor das inscrições variam de RS 28,00, nível fundamental a R$ 180,00, nível superior. A prova está marcada para o dia 20 de setembro.

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Mensagem N°49118
De: Soares Data: Terça 18/8/2009 11:41:14
Cidade: M. Claros

Nesta quarta feira às 19h, quando a toada dos Catopês, dos Marujos e Caboclinhos se erguer num ponto qualquer da periferia da cidade para vir, lentamente, como há 200 anos, fincar o primeiro mastro das Festas de Agosto, em homenagem à Nossa Senhora do Rosário, na mesma hora, na Matriz, uma missa estará começando para lembrar a voz que durante 89 anos foi marco do nosso processo civilizatório. Os onze filhos de Nivaldo Maciel, seus 27 netos e 3 bisnetos, e mais um milhão de amigos, ali estarão para celebrar o Rebroto de um ícone. Que, como tal, não perece, pois homens e mulheres da cultura são eternos, não morrem. Não digo a cultura oficial, mas a genuína, que irrompe junto do povo, e nele permanece até o fim - como nos ensinou Mestre Joaquim Poló. Todos lá! Com os Catopês, e eternamente com Nivaldo Maciel.

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Mensagem N°49117
De: Helen Venuto Data: Terça 18/8/2009 11:32:42
Cidade: Juiz de Fora/MG

É com pesar que ao ler notícias da minha cidade fico sabendo atraves deste mural, do falecimento do grande amigo, professor e advogado Dr. Clídio de Moura Lima. Lembro qdo em 1972 ele chegava a Montes Claros vindo da Bahia para continuar seus seus estudos e veio morar como estudante de Direito no Hotel Brasil de propriedade do meu saudoso pai Salvo Venuto, localizado na rua Presidente Vargas,prédio então do também saudoso Sr.Sinval Amorim. Lembro com saudades quando casou e trouxe sua bonita esposa Celina para Montes cLaros saíndo entao do hotel para morar numa aconchegante casa na vila Brasília,mesmo saíndo hotel continuou amigo da nossa família.Lembro de agradáveis passeios e viagens que fiz na sua companhia e de sua simpática esposa. Lembro quando nasceu o primeiro filho o Clídio Junior, já morando no Alto São João, depois o Cleber e a Cleide, morando na Sagrada Família, foram em 1981 a Belo Horizonte para serem padrinhos do meu casamento. Mesmo de longe mantivemos amizade e sempre que ia a Moc ele fazia questão de nos receber em sua casa no São José e hoje no São Luiz.É com o coração triste que deixo aquí o meu abraço à você Celina ao Júnior ao Cleber e a Cleide meus sinceros sentimento pela perda do batalhador, inteligente e vitorioso em terra estranha meu amigo DR.CLÍDIO.
Meu abraço consternado e de toda minha família.

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Mensagem N°49116
De: Carla Patricia Data: Terça 18/8/2009 11:24:16
Cidade: Montes Claros

Muita gente enviou mensagens ao montesclaros.com reclamando do barulho produzido pelos shows em áreas residenciais em Montes Claros, e muita gente acha que estas reclamações são preconceito por causa do gênero musical. Houve reclamações do barulho do carnamontes, do axemontes, do skolfolia, dos shows no Parque de Exposições, dos shows que acontecem na Praça de Esportes e até shows de musica gospel que aconteceu na Praça dos Jatobás. Como se vê, houve reclamações de todos estes eventos, pois todos têm uma coisa em comum: Muito barulho em área residencial. Por ultimo veio os shows de rock na Praça dos Jatobás, e como não poderia deixar de ser, incomodou muito, o que gerou muitas reclamações. É importante deixar claro que não existe preconceito, seja rock, sertanejo, gospel ou qualquer outro gênero, as reclamações foram por causa do barulho e não por causa do gênero musical.

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Mensagem N°49113
De: Globo Minas Data: Terça 18/8/2009 10:54:54
Cidade: Belo Horizonte

Polícia acha drogas e 197 celulares na sala do diretor de presídio em Minas Gerais - Globo Minas - Belo Horizonte -
A Polícia Civil apreendeu drogas e grande quantidade de aparelhos celulares na sala do diretor dos presídios de Montes Claros, em Minas Gerais. José Afonso Ferreira Filho foi afastado na semana passada pela Corregedoria de Justiça do Estado por suspeita de má administração. No gabinete foram encontrados 197 celulares, 92 chips, carregadores e cem gramas de drogas, entre maconha, cocaína e crack. José Afonso Filho administrou as unidades prisionais de Montes Claros por mais de um ano. Ele pode responder pelos crimes de prevaricação, peculato e tráfico de drogas. A produção do Bom Dia Minas tentou entrar em contato com o diretor afastado, José Afonso Ferreira Filho, mas ele não foi localizado para comentar o assunto.

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Mensagem N°49110
De: Monica Neves Data: Terça 18/8/2009 10:09:43
Cidade: Montes Claros/Minas gerais

Para mensagem 49104. Ninguem é obrigado a ter os mesmos gostos, mas temos o direito de sermos respeitados, depois de uma jornada exaustiva de trabalho. Merecemos o descanço dos junstos, inclusive com silencio. Trabalho! Será que vocês sabem o que é isso? Nossas autoridaes precisam acordar e fazer valer tantas Leis que criam e não são respeitadas. Montes Claros virou mesmo terra sem Lei, apesar, de existir tantas...

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Mensagem N°49109
De: Jornal Estado de Minas Data: Terça 18/8/2009 09:05:46
Cidade: BH

Justiça bloqueia bens de prefeito - Luiz Ribeiro - O prefeito de Pirapora, no Norte de Minas, Warmillon Fonseca Braga (DEM), teve os bens bloqueados parcialmente pela Justiça Federal, devido a denúncias de irregularidades numa licitação para a construção de módulos sanitários (banheiros) em 1999, quando era prefeito de Lagoa dos Patos, também no Norte do estado. Foi decretada a indisponibilidade dos seus bens em até R$ 348,53 mil. Warmillon nega ter cometido qualquer tipo de irregularidade e diz que apresentou recurso para anular a decisão.
O juiz Jorge Gustavo Serra de Macedo Costa, da Vara Única da Justiça Federal em Montes Claros, decretou o bloqueio parcial dos bens do prefeito de Pirapora, acolhendo pedido de liminar do Ministério Público Federal. Também foi declarado o bloqueio parcial de bens de uma empreiteira e dos seus dois sócios, citados na denúncia do MPF. De acordo com a ação, em 1999, a Prefeitura de Lagoa dos Patos assinou convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no valor de R$ 100 mil, com a contrapartida de R$ 10,4 mil da prefeitura para a construção de 138 módulos sanitários em residências do município. Segundo a denúncia, houve fraude na licitação, sendo favorecida uma empreiteira. De acordo com o MPF, "nenhuma das unidades sanitárias construídas atingiu a finalidade pública de melhoria das condições de saneamento básico buscada pela autarquia (a Funasa)".
O atual prefeito de Pirapora – que administrou Lagoa dos Patos de 1997 a 2004 – afirma que nada houve de irregular na licitação e que os banheiros foram concluídos. "A contrapartida da prefeitura foi maior do que a prevista no convênio, para assegurar a boa qualidade das obras. Em vistoria da Funasa, foi constatado que foram feitos 91% dos banheiros. Mas, com a o aumento da contrapartida, foi gasto mais de 100% do valor liberado pelo governo federal", afirma Warmillon Fonseca Braga. "Vamos provar que não houve nenhuma ilegalidade e que o dinheiro foi aplicado", disse.

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Mensagem N°49106
De: Marly Data: Terça 18/8/2009 08:08:55
Cidade: M. Claros

Pelo que se vê, os ouvidos, exaustos, dos montesclarenses são disputados numa guerra entre o pessoal do carnamontes (tristíssima invenção de jairo ataíde), o pessoal do axé e, agora, pela tribo do rock. E, nós, no meio da guerra... Eles travam uma guerra de domínio e de preferências nas ruas da cidade e a população, toda ela, paga a conta...porque não há autoridade que cumpra a lei e nos defenda!!! É um absurdo. Terra sem lei! (...)

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Mensagem N°49104
De: Graci ;) Data: Terça 18/8/2009 00:30:35
Cidade: Montes Claros / Moc Glam City

Parabéns pelo evento de Rock e de Metal. Parabéns aos músicos, vocês são pessoas com grande potencial. Vocês estão desperdiçados aqui em Moc, onde a maioria - a massa - não sabe respeitar ou valorizar conforme vocês merecem. Se todas as pessoas de Moc só escutassem "Balacobaco", imagina como seriam? Bonecos pré-fabricados, todos implorando por silêncio, não é?! Sei... =P hahahaha. Ninguém é obrigado a ter os mesmos gostos, mas cada um tem o seu direito. Um dia é dia do Axé Montes, que nem incomoda. Outro dia, é dia do Carnamontes (silêncio total!!!). Depois, é dia do Rock que deveria ser cantado no "mute" para não incomodar os mais merecedores, trabalhadores, dignos, responsáveis, íntegros - porque eles não gostam! Só por isso. Porque o barulho incomoda. Porque eles não merecem ouvir isso. E eu não mereço escutar a música deles. E então meu I-pod toca Led Zeppelin no último volume e eu me acabo de gritar e sentir a vida. E então olho o meu “Grande Sertão” completamente riscado e eu obcecada pelas citações. E quem diria. Como diria João Guimarães “o que é doideira às vezes pode ser a razão mais certa e de mais juízo”. Como diria ou gritaria ou uivaria Robert Plant “Com apenas uma palavra ela consegue o que veio buscar.
 E ela está comprando uma escadaria para o paraíso”. As coisas são como são. Na hora certa.
Obrigada!

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Mensagem N°49082
De: Melo Data: Segunda 17/8/2009 11:15:34
Cidade: Montes Claros

Para desespero dos moradores vizinhos da Praça de Esportes, a mesma se tornou um foco emissor de barulhos (autorizado pela Prefeitura) e está se especializando em infernizar nossa vida. (...)

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Mensagem N°49080
De: Maria de Fátima S. Pimenta Data: Segunda 17/8/2009 10:40:27
Cidade: Montes Claros

A lei municipal do meio ambiente no Capitulo XI art. 59 diz que é proibido propaganda nos carros de som independente da medição de ruídos, mas nos bairros Major Prates, Santo Expedito e Sagrada Família todos os Domingos tem barulho. Os anunciantes têm conhecimento da lei, só não às cumpre por falta de fiscalização por parte do órgão competente.

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Mensagem N°49073
De: Ju Data: Domingo 16/8/2009 21:49:48
Cidade: M. Claros- MG

23 cidades do Rio Grande do Sul adiaram o retorno às aulas - que seria amanhã - para o dia 1 de setembro. Ainda o medo da gripe suína. Em Montes Claros, shows e outras concentração foram mantidos.

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Mensagem N°49072
De: Cris Data: Domingo 16/8/2009 20:15:50
Cidade: Montes Claros

Vi aqui muita gente reclamando do barulho que houve na Praça dos Jatobás com aquele show de rock que aconteceu. Moro perto e realmente o som estava alto, e incomodava mesmo as pessoas que moram ao redor. Mas algo que me chama muita atenção é o fato de o Carnamontes ser absurdamente mais ensurdecedor e ninguém até agora teve coragem de "lutar" para que o evento seja transferido de lugar. O número de pessoas urinando nas nossas casas, sujando as ruas, brigando e atraindo perigo pelas redondezas, nas noites de Carnamontes, é evidentemente maior. Muita gente tem que viajar ou se refigiar para conseguir dormir. Que axé e pagode são preferências aqui na cidade, isso é indiscutível. Mas o fato de um show de rock causar tanta polêmica, enquanto eventos mais frequentes e mais barulhentos acontecem na mesma praça a torto e a direito só mostra como há pessoas que avaliam os fatos superficialmente e por mero preconceito. Além disso, acontece quase todos os dias da semana o projeto "Caminhar com Saúde", com um som mecânico que se inicia às 6:00 (não é tão alto, mas é o suficiente para acordar todo mundo). Pelo que percebo, ninguém grita contra isso, ou contra o Carnamontes ou contra qualquer outro evento que agrade às massas. O rock é mesmo incompreensível para muitos, e é bom que assim continue, mas aquela noite Fora do Eixo foi ainda bem mais baixa que muitos eventos rotineiros que acontecem ali, em fins de semana também.

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Mensagem N°49071
De: Mariana Data: Domingo 16/8/2009 17:28:57
Cidade: MOC/MG

Os moradores do B. Todos os Santos agradece, a quem quer que seja, o silencio que deixou-se imperar na noite desse sabado. Muito Obrigada.

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Mensagem N°49069
De: Alves Correia Data: Domingo 16/8/2009 12:50:35
Cidade: M. Claros

Não há registro definitivo da vinda de Guimarães Rosa a M. Claros. Hoje, o extraordinário cronista montesclarense Manoel Hygino, que presta à memória de Minas um serviço impagável, hoje Manoel Hygino registra em sua coluna no jornal Hoje em Dia que Guimarães Rosa, segundo depoimentos, teria apenas cruzado M. Claros, de trem, na companhia de Manuelzão, tornado célebre por ele, na obra universal. Se não há registro incontroverso, também não está descartado que o maior escritor do Brasil, nascido na vizinha Cordisburgo, não tenha ficado entre nós outras vezes, quando menos conhecido. Se não veio fisicamente, conceda-se que o menino Joãozito ouviu histórias sem fim dos sertões de M. Claros, quando, deitado na parte inferior do balcão do pai, absorvia histórias (e estórias) dos vaqueiros do Norte de Minas que aportavam ali, indo e vindo com boiadas embarcadas nos trens para Belo Horizonte. O trem parava bem defronte à venda do senhor Florduardo Pinto Rosa, conhecido e reconhecido como senhor "Fulô", empório que ficava, fica, bem defronte à gare de Cordisburgo. Tanto é que uma das frases mais bonitas de Guimarães Rosa – das milhares contaminadas por infinita poesia – uma em especial é para M. Claros. Na zona boêmia da cidade, jagunço apaixonado (creio que em “Noites do Sertão”) deixa escapar em relação a antigo amor – “Montes Claros me deve paixão...” Esta frase encantava o grande escritor mineiro, dos maiores, Wander Pirolli, que a repetia sem parar nas numerosas vezes que veio a M. Claros, quase incógnito, modestíssimo e brilhante que era.

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Mensagem N°49068
De: Web Outros Data: Domingo 16/8/2009 12:06:46
Cidade: BH

Os dois imortais

Manoel Hygino (Hoje em Dia)

Quando pronuncio o nome de Hernani Fittipaldi, geralmente a primeira pergunta é: “É parente do Émerson, o campeão mundial de Fórmula 1?. E é, o Hernani é seu tio, gaúcho, nascido nas barrancas do Rio Uruguai, na fronteira com Argentina.
Hernani ingressou na Aeronáutica, foi piloto e ajudante-de-ordens de Getúlio Vargas, presidente da República, acompanhando-o até o desfecho trágico. É autor de “Histórias do piloto e ajudante-de-ordens de Getúlio Vargas, publicado pela TV Mais, em 2007.
O piloto da Aeronáutica, em 1952, já estava com Vargas no Catete para este cumprir seu mandato presidencial. Ao final de audiência com o ministro das Relações Exteriores, João Neves da Fontora, Getúlio, ao receber um livro de presente, afirmou:
Eu gosto de receber livros, especialmente deste jovem talentoso. O nome ainda será famoso.
O militar pegou o livro a que o presidente se referia e leu a dedicatória: “A Getúlio Vargas, com sincera admiração e profundo respeito, oferece J. Guimarães Rosa, Rio, 1952.
Nome do livro: “Com o Vaqueiro Mariano”. Edição Hipocampo, Niterói. Pela originalidade na forma e conteúdo que escolhera os sertões, o homem, os falares e deveres, Getúlio previa sucesso crescente na carreira literária de Rosa, se perseverasse na trilha, mais um estrela das letras do qual de tornaria admirador e por quem sempre perguntava, isto no início de carreira do escritor mineiro. Anos mais tarde, Rosa seria eleito para a Academia Brasileira de Letras, tornando-se confrade de Getúlio, empossado na Casa de Machado de Assis, falecendo dois dias após a solenidade.
Manuelzão ficou mais tempo que o companheiro de andanças pelo sertão. Napoleão Valadares, homem do Urucuia, escritor da mais alta competência e do melhor agrado, lembrou os fatos. Comentou: “Parece que a indesejada das gentes está solta contra os personagens de Guimarães Rosa. Advertiu: “Espere aí, dona indesejada. Deixe ainda com a gente o Bindoia e o Zito, ali em Andrequicé, quietos.
Deixe os últimos vaqueiros de Rosa. Ele ainda têm muita coisa para contar daquela viagem que fizeram da fazenda Sirga para a fazenda São Francisco. Podem até esticar um pouco a história da mula Balalaica, chegando mais perto do Burrinho Pedrês”.
As coisas que poderiam ser descritas sobre Rosa e seus personagens-companheiros de jornada talvez já tenham sido transmitidas. Tudo vira passado, o tempo é impiedoso e infatigável. Só de formatura, o escritor, que foi colega de Juscelino na Faculdade de Medicina, são transcorridos 92 anos. A turma foi de 1927, composta por jovens ilustres.
As gentes de minha terra, que adoram Rosa e o estudam com devoção, e o leem e o admiram, não têm o que contar sobre o predestinado autor de Cordisburgo, que tanto falou em Montes Claros, até porque a cidade, por sua significação, não poderia ficar ignorada.
Rosa não teve maiores contatos com montes-clarenses, sequer teria estado na cidade, segundo Haroldo Lívio e outros historiadores locais e da região. O próprio Haroldo descobriu uma pista, quando uma equipe da TV Globo esteve ali para estudar filmagens do seriado “Diadorim”.
Mas o grande autor não visitou a cidade, apenas por ela passou, alguns minutos, pelo trem da Central do Brasil, ferrovia que ligava extensas regiões de Minas. Ele ia para Janaúba e não tinha jeito senão transpô-la. O escritor estava acompanhado de Manuelzão.
O personagem do romancista, contou a Walter Avancini, diretor do projeto da televisão, que Rosa não desceu sequer para tomar um cafezinho na estação, na gare que recebera Melo Viana em 1930, na famosa “emboscada de bugres”, aludida por Assis Chateaubriand.
Parece que tudo está virando pretérito, definitivamente.

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Mensagem N°49067
De: G. Magela Data: Domingo 16/8/2009 11:38:13
Cidade: B. Hte.

É preciso explicar aos jornais e quetais que número populacional não é significativo de progresso e muito menos de desenvolvimento. O fato de M. Claros ser a sexta cidade em população de Minas (e sequer constar entre as 100 primeiras em Índice de Desenvolvimento Econômico no estado), isto sim, é uma lástima, uma tragédia - que nenhum ufanismo pode desconhecer e ocultar. M. Claros disputa sim a atual posição de 6ª cidade mais "inchada (esté o termo certo) com o município de Ribeirão das Neves, sem favor o mais atrasado e o mais violento do entorno de BH, porque um dia, há 50 anos atrás, aceitou ser cidade-penitenciária "modelo". E ainda agora, para piorar, a última administração municipal permitiu que M. Claros desse o terrível passo em falso ao aceitar um cadeião dentro da área urbana, abrindo a brecha - tão esperada por BH - de transformar mais uma cidade periférica em depósito de presos de Minas. Tanto que os presos de fora estão chegando, e foi preciso uma atitude corajosa do juíz para estancar o absurdo. De maneira que é grande equívoco festejar a cidade quando ela disputa com Ribeirão das Neves uma posição populacional que, quando muito, significa inchaço. Inchaço acrescido de lamentável desinformação de quem confunde índice populacional com progresso. O que M. Claros precisa é de administradores sérios, realmente sérios, que recoloquem a cidade nos trilhos, como o fez o prefeito de vocês, muito bem avaliado até aqui em Belo Horizonte. Falo de Antônio Lafetá Rebello, que entre vocês é tratado por Toninho. Ainda é tempo de rever os equívocos. Não comemorem inchaço populacional como desenvolvimento. São coisas muito diferentes. (Calcutá, na Índia, seria a capital do mundo, se isto fosse verdade).

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Mensagem N°49064
De: Vanessa Data: Domingo 16/8/2009 09:16:14
Cidade: Montes Claros(MG)

Mesmo com a presença da PM, os traficantes ou distribuidores de drogas do Feijão Semeado, no Alto São João, continuaram durante toda a tarde de ontem e durante toda esta madrugada a trocar tiros e mais tiros, entre facções rivais, amedrondando e despertando o sono dos moradores dessa parte conflituante da cidade, que parece não ter fim. Onde andam as autoridades? O Feijão Semeado é nova Rocinha de Minas Gerais. Infelizmente a droga, armas e munições correm à revilia no Feijão Semeado,(...)

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Mensagem N°49060
De: Dr. Willian Data: Domingo 16/8/2009 03:24:48
Cidade: Montes Claros

Alguem pode me informar o que aconteceu no "feijao semeado" no sabado? Muitas viaturas policiais, moto, e ate um helicoptero da policia foi usado. Depois muitos tiros e muito barulho no local. Queremos saber o que aconteceu.

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Mensagem N°49055
De: Enoque Alves Rodrigues Data: Sábado 15/8/2009 21:30:49
Cidade: São Paulo - SP  País: Brasil

Você sabia???
- Que a primeira escola de Brejo das Almas, hoje Francisco Sá, ´beldade do norte de minas`, foi fundada pelo Padre Augusto Prudêncio da Silva?
- Que a primeira professora a lecionar nesta escola, onde o fêz por 35 anos, ninguém mais era senão a Dona Mariquinhas, esposa do fundador da cidade Jacinto Alves da Silveira?
- Sabia, também que Dona Mariquinhas àquela época era a única normalista do povoado?
- Que o antigo nome de brejo das almas foi dado a hoje linda e progressista cidade de Francisco Sá por garimpeiros que presenciavam a morte de seus companheiros que após serem assaltados em seus "picuás" de ouro eram assassinados e jogados em muitos dos brejos que ainda existem naquela região?
- Sabia também que em Francisco Sá, onde hoje existe a Praça Jacinto Silveira, principal da cidade, outrora havia um casarão que servia de moradia a um parente próximo de Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, o mártir da independência e que seu nome era Jerônimo Xavier de Souza, ou melhor, sargento-mor Jerônimo Xavier de Souza?
Pois é, estas são algumas das curiosidades de nossa cidade. Um grande abraço conterrâneos de Francisco Sá.

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Mensagem N°49049
De: Mary Pimenta Alkmim Data: Sábado 15/8/2009 13:57:47
Cidade: Belo Horizonte

PARA: CARMEN NETTO
Alguém já disse:“Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos... É conservar os velhos ”
Assim sendo, não posso deixar de registrar o dia em que minha querida amiga conquista a “maior-idade”. Modestamente reconheço não ser eu a pessoa mais indicada para tal; porém, nesta altura da vida, deixo de lado o medo, para caminhar a igualdade. Cada ano que avançamos conquistando os “entas” ficamos felizes pela vida vivida; e por outro lado, as modificações e limitações físicas acendem os faróis, sinalizando a temporalidade do corpo. Também fazemos o balanço da vida, com suas perdas e ganhos. Você Carmen, colocou toda essa análise para escanteio; criou o seu “mundo maravilha”. Em sua trajetória tomou um antídoto contra essa tal de “3ª idade”, e como você é a pessoa mais positivista que conheço, soube transformar o seu mundo numa pasárgada, com amplos elogios a tudo que vê e sente. Sustentados por sua formação sensível por temperamento, aceita e deixa pra trás os aborrecimentos e segue construindo o futuro que tem pela frente! Sua válvula de escape são os livros, como lê essa menina! Seu marido costuma brincar: - Se Carmen não tem um livro ou um jornal novo, ela lê os classificados dos jornais. Daí sua vasta cultura que, ajustada por uma privilegiada memória, nos delicia sempre com crônicas gostosas de ler e que nos faz voltar ao passado onde atualizamos o tempo que não queremos esquecer, aliás, sinto-me madrinha por Carmen publicar suas crônicas, incentivei-a muito para que publicasse seus escritos, e assim foi feito, e foi a conta! O sucesso bateu à sua porta; Discreta, Carmen, dona de uma modéstia incrível, agradece os elogios. Fica feliz, é claro! Pois seu ego é massageado a cada crônica. Em certa ocasião tive o privilégio de encontrar-me com a notável poetisa mineira, Adélia Prado, e mostrando a ela um texto da Carmen, ela o leu e imediatamente escreveu um bilhete com palavras elogiosas e incentivadoras à nossa amiga. Hoje, luto para a publicação de seus livros, já que tem uma gama enorme de crônicas publicadas; mas ela sempre tem uma desculpa. E o tempo vai passando! Mas esta gestação uma hora tem que vir à luz! Ela viaja muito e nestas viagens vem com uma bagagem recheada de idéias e novidades para seus escritos que ela entremeia com fatos antigos e aí surge a sua cria, verve, consistente e bonita; Mas, voltando ao mundo de Carmen Maravilha, preciso contar duas facetas conhecidas dos que ela convive: - Se visitamos uma casa, lá tem uns vasos com flores e um canteiro com dúzias de hortaliças, este então é considerado um “recanto dos deuses”. Comida? Tudo que lhe é oferecido nas casas visitadas são as melhores que ela já saboreou em sua vida e são sempre comparados aos que alguém em sua infância fazia.
- A D O R A R! É a palavra mais usada.
Adora música clássica ou MPB, adora teatro, novela, adora bordar, isto sem falar do seu culto por livros e viagens. Bem... Se uma coisa que não adora neste mundo, é passar mais que um fim-de-semana em fazendas. Quase não visita a sua propriedade rural que fica lá perto de Diamantina, sempre tem uma boa desculpa para ali não ir. O Iran, seu marido, sabe disso e respeita a mulher declaradamente urbana que é.
Temos nós o costume de, sempre à noite, nos falarmos ao telefone, muitas vezes varando a madrugada, pois os assuntos vão se espichando. Se falo que estou triste, vem o conselho de como agir. Se estiver lamuriando algum aborrecimento: o tom imperioso para eu fazer isso ou aquilo. O mais engraçado são sobre as doenças: o remédio receitado é imediato. Tantas gotas ou quantos comprimidos, e tem até de quantas em quantas horas. Assim, vou dormir calma e alegre, relembrando de suas recomendações. - Tem mais: eu obedeço fielmente! Essa minha amiga é a Carmen Neto que conheço: amiga, irmã, companheira, parceira, solidária e confidente. Faz de sua casa, em volta de uma mesa farta, com tudo ligth (segundo ela), o QG das amigas que ali vão desabafar seus problemas, rirem à larga e jogarem conversa fora.
Parabéns amiga, trilhe essa trajetória que Deus fez para você. Continue se despertando cada vez mais para a beleza que mora em você e que envolve todos à sua volta. Não reclame o peso dos anos, pois nessa balança da vida você agüenta. E se prepare para as novas remessas de “entas” que não param! Jesus e Maria Santíssima a abençoe!
De sua amiga, Mary Pimenta Alkmim

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Mensagem N°49048
De: Paulo de Tarso de Moraes Souza Data: Sábado 15/8/2009 13:11:33
Cidade: Jaboatão dos Guararapes(Pe)  País: Brasil

Inicio minha mensagem com uma confissão:sou fâ de Montes Claros e do seu povo.Conheci a cidade por vota dos anos 60.Era técnico da Sudene e ira "provocar"empresários a realizarem investimentos com os incentivos administrados por nós.Montes Claros cresceu e nós temos orgulho de dizer que a cidade e os seus empresários corresponderam e souberam aplicar bem os seus recursos,salvo exceções que ocorrem em todas as atividades humanas.Erro e injustiça grave levaram à extinção da Sudene.Reagimos e conseguimos que o Presidente Lula a "recriasse"através da Lei Complementar 125,de janeiro de 2007.Entretanto ao aprovar a citadalei o Presidente foi orientado,por alguns dos seus Miinistros a vetar alguns artigos que proporcionavam recursos para que o órgão "recriado"pudesse funcionar a pleno vapor.Precisamos "sensibilizar"o Presidente Lula a colocar os vetos em discussão e votação no Congresso.E isto só pode ocorrer se houver um movimento forte e para valer dos Deputados Federais e Senadores sob a liderança do Governador Aécio Neves. Será que os senhores que já realizaram tanto por Montes Claros e por Minas Gerais poderiam dar o ponta pé inicial nesta nobre e arrojada iniciativa? Coloco-me à disposição de voçês para quaisquer esclarecimentos adicionais através dos telefones 81-34682615, 91326513 ou 33631893 ou via e-mail: [email protected]

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Mensagem N°49047
De: Web - Chorografia Data: Sábado 15/8/2009 13:09:03
Cidade: Montes Claros

Transcrição da Revista do Archivo Público Mineiro, editada em Ouro Preto, então capital de Minas, em 1897. O conteúdo, doze anos antes, em 1885, saiu no primeiro jornal de Montes Claros, “Correio do Norte”, fundado e editado pelo autor – o depois desembargador Antônio Augusto Veloso, pai da imprensa de Montes Claros. É o mais antigo documento sobre a história de Montes Claros - Parte 25 - (As partes anteriores estão arquivadas na seção Colunistas - Web - Chorografia)



(Continuará, nos próximos dias, até a publicação de toda a "Chorografia")

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Mensagem N°49046
De: Ruth Tupinambá Data: Sábado 15/8/2009 13:06:51
Cidade: Montes Claros

Velho casarão da Fafil

Ruth Tupinambá Graça

Abrindo o Jornal deparei-me com uma boa notícia; a Restauração do “Velho Casarão da Fafil”.
Fiquei felicíssima. Entristecia-me vê-lo, através de fotografias nos jornais, em tamanha decadência.
Graças a sensibilidade do Secretario de Estado da Cultura Ângelo Oswaldo, desencadeando uma campanha para restauração do Casarão na qual Walduque Wanderley, demonstrando o grande amor a sua terra foi o primeiro a aderir em generosa doação em dinheiro para início da referida reforma.
E no dia 18 de agosto de 1999 na Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais foi realizada a assinatura do convênio entre a Construtora Cowan e a Unimontes com intervenção da Secretaria da Cultura, do IEPHA (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico).
As obras foram iniciadas mas a passo de tartaruga... pela falta de verbas do governo.
Resolvi então mostrar (principalmente aos montesclarense de coração) que ele não é apenas um sobrado em decadência, um sobrado qualquer, ele tem uma história muito bonita e que deve ser conhecida e reverenciada.
Este Casarão pertenceu ao Cel. José Antônio Versiani, chefe de uma das principais famílias tradicionais da nossa cidade. A sua construção (edificada na Rua Cel. Celestino n° 45) começou em 1886, mas só em 1989 foi terminado e inaugurado com uma pomposa solenidade, inclusive uma “missa campal” celebrada pelo então vigário do senhor do Bomfim (hoje Bocaiúva) Cônego José Maria, Tio do proprietário.
Nesta época em que a cidade não contava com engenheiros, máquinas apropriadas para construções, nem mesmo transporte fácil, este sobrado foi uma bela construção e até com certo luxo.
Ainda me lembro dos detalhes das grandes e maciças portas, na pura madeira de lei, torneadas e com lindíssimo trabalho em florões; caprichadas venezianas, forros de largas taboas, com pintura de duas cores.
No grande salão da frente, com nove portas, sacadas de ferro trabalhadas em arabescos, com desenhos interessantes.
Este salão era original, o seu teto chamava atenção. Bem no centro, sobreposto ao forro, um enorme sol com grandes raios, de cor diferente, talhado em madeira, e no centro do mesmo, protegido por um vidro, uma fotografia da família do Cel. José.
Este detalhe dava uma nobreza àquele salão onde a família se reunia com visitas nas noites festivas e também para os saraus daquela época.
A cidade foi crescendo e para a instalação da Escola Normal (recém-criada) precisava de um prédio, grande exigência do Governador de Minas.
Em 1896 o Cel. José Versiani, num gesto de solidariedade, cedeu o seu sobrado ao Governo para instalação da primeira Escola Normal de nossa cidade, mudando-se com sua família, para a Rua Bocaiúva (hoje Dr. Santos).
Em 1905, esta Escola foi impiedosamente cortada pelo nosso Governo, causando enorme prejuízo à população montesclarense.
Entretanto, o Cel. José Versiani, mais uma vez, se sacrificou cedendo-o aos Cônegos Premonstatenses, recém-chegados a Montes Claros.
Este gesto do Cel. Foi bem recompensado pois estes Padres muito fizeram pela cultura e progresso de nossa terra, fundando o “Clube Dramático São Genesco”, “Clube Literário Monte Alverne”, com excelente Biblioteca, Posto Metereológico, Museu etc, onde a juventude montesclarense poderia aprimorar seus conhecimentos.
Mais tarde com a necessidade de uma Escola Pública, onde todas as crianças tivessem acesso, a Câmara Municipal, com a boa vontade do seu Presidente, comprou o sobrado por 30 contos de reis (moeda da época).
O prédio foi cedido pela Câmara ao Governo Estadual e no dia 22/07/1909 nele se instalou, o Grupo Escolar Gonçalves Chaves, o 1° de Montes Claros, sendo o seu 1° diretor o Sr. José Rodrigues Prates Júnior.
Mais tarde esta Escola mudou-se para a Praça Dr. João Alves, onde funciona até hoje em prédio próprio.
A Escola Normal que foi tão injustamente fechada pelo Governador, foi equiparada mais tarde pelo decreto 6.670 no Governo de Melo Viana, instalando-se no “Casarão” recebendo o nome de “Escola Normal Dr. Melo Viana”.
Em 1928 Dr. Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, ganhando a eleição, em represália (ao Dr. Melo Viana) mudou o seu nome para “Escola Normal Oficial de Montes Claros” pelo dec. 8.245 em 18/12/28.
Esta Escola funcionou maravilhosamente, muitos anos, proporcionando educação e cultura a milhares de Montesclarense.
Sabemos que grandes inteligências e brilhantes escritores de nossa terra passaram pelos simples bancos desta Escola: Cyro dos Anjos, Darci Ribeiro, Hermes de Paula, Darci Bessoni, Cândido Canela, Mário Ribeiro, Manuel Higino, Simeão Ribeiro, Felicidade Tupinambá, e muitos outros, com professores dedicados que lutaram pela cultura de nossa cidade, pouco se ligando para as “cifras”.
Eram advogados, médicos, engenheiros ocupadíssimos, entretanto, as aulas e o compromisso com os alunos eram sagrados e na hora certa lá estavam eles: Dr. Plínio Ribeiro, Dr. Alfredo Coutinho, Dr. José Thomaz, Dr. Marciano Maurício, Dulce Sarmento, Prof. João Câmara, Dona Nieta Veloso, Dona Joana D’Arc Veloso dos anjos e outros.
Eu freqüentei esta Escola. Lá fiz o Curso de Magistério, com muito orgulho. Este “Casarão” me traz grandes recordações.
Levantando as teias de aranha (cortina do passado) eu me vejo adolescente, cheia de sonhos e esperanças quando freqüentava aquela Escola nos “anos 30”.
Eu me sentia orgulhosa e feliz como se estivesse cursando grande Faculdade da Inglaterra, França, Estados Unidos.
Cheia de entusiasmo que queria aprender tudo, fazendo planos, para o futuro, galgar um Curso Superior.
Eu me recordo de tudo como se estivesse vendo um filme do passado: Cada cantinho daquele “Casarão me traz recordações significativas que marcaram minha infância, adolescência e juventude. Neste eu fiz o primário, o curso Normal (professora) e mais tarde (com 60 anos) eu fiz a Faculdade de Pedagogia, na “Fafil” recém-inaugurada.
As conversas, no recreio, com as colegas, quando alegres e esperançosas trocávamos confidências, falávamos dos namorados das conquistas, as paixões, dos beijos que não foram dados e que morreram nos lábios...
As comemorações cívicas, os piqueniques, as serenatas, os teatros da Escola, onde éramos as grandes artistas.
O “Chá Dançante” que a professora Dulce Sarmento promovia (todos os domingos) para pagar o piano, comprado corajosamente por ela, para melhorar nossas aulas de música e Canto Coral.
E pensar que este “Casarão”, com seus nobres salões (que hoje são apenas caricaturas) se tornou, mais tarde, o ponto de concentração de toda a sociedade montesclarense, visto não existir, ainda, Clube Social na nossa Terra. Lá se realizaram festas saraus.
Era lá os “célebres bailes” em benefício da Caixa Escolar, que saudade! Foi num destes que conheci o meu “Príncipe”...
Esperávamos com ansiedade, Mês inteiro, passando ingressos, era obrigação das alunas.
O salão da frente era unicamente ornamentado com flores artificiais (não existia floricultura) e o assoalho de taboas largas era esfregado com as folhas ásperas de sambaíba e lustrado com raspas de velas, para que os pares, se deslizassem melhor, ao som das valas.
As belas sacadas de ferro nas portas da frente eram o refúgio dos namorados. Por trás das pesadas cortinas as atrevidas mãos se entrelaçavam e sob o olhar terno das donzelas, as juras de amor, enquanto os outros casais se rodopiam ao som das valas dolentes executadas pelas ágeis mãos da professora Dulce, o sax do Tonico de Nana, o bandolim do Ducho e a clarineta do Adail Sarmento. Tocavam a noite inteira gratuitamente. Sentiam-se felizes com a alegria dos casais e prestigiando nossa Escola.
Quantos namorados começaram naqueles animados “bailes”, floresceram e se concretizaram em casamento, graças ao romantismo e o ambiente acolhedor daquele magnífico sobrado, formando as tradicionais famílias de nossa cidade, que ainda existem hoje na multiplicação dos filhos, netos e bisnetos.
E o “Casarão” continuou, por muito tempo, de coração aberto, recebendo a sociedade montesclarense e paralelamente a escola Normal Oficial, recebendo alunos instruindo-os e educando-os.
Mas, o “espírito de porco” da politicagem enganosa, quando o Dr. Benedito Valadares, Interventor do nosso Estado, resolveu suprimi-la (ninguém sabe porque) pelo dec.N° 65 de 15 de janeiro de 1938.
Foi o ato mais absurdo que um governo poderia praticar, prejudicando totalmente a cidade.
No ano seguinte o “Casarão” (desocupado) e como uma “galinha de longas asas” transformou-se em abrigo de imigrantes que, fugindo da seca do nordeste lá encontravam abrigo enquanto aguardavam “passes” da Prefeitura ou de seus agenciadores, para seguirem, com as famílias, para São Paulo.
Em 1947 foi requisitado para funcionar o Grupo Escolar Carlos Versiani, enquanto durou a reforma da referida escola.
Em 1949, no Governo de Milton Campos a escola Normal Oficial de M. Claros voltou a funcionar novamente, (no “Casarão”) graças ao esforço do Dr. Plínio Ribeiro, (Deputado Estadual na época) até sua mudança para a Av. Mestra Fininha, terreno doado por Dr. Plínio, onde funciona até hoje.
Na década de 60 foi sede da Faculdade de Ciências e Letras (Fafil) o primeiro Curso Superior de Montes Claros, embrião da atual Universidade de Montes Claros Unimontes que mudando-se mais tarde para o Campus Prof. Darcy Ribeiro, em instalações próprias, vem crescendo dia a dia (graças ao magnífico trabalho do Reitor Paulo César Gonçalves de Almeida) para a felicidade da juventude e orgulho da nossa cidade.
Com esta mudança o “Casarão da Fafil” (como ficou apelidado) caiu em completa decadência, demonstrando visíveis estragos em sua estrutura física, descaracterizando pela ação do tempo e dos vândalos.
Confesso que doía-me vê-lo desmoronar ano após ano.
O esqueleto do velho Casarão está firme, por incrível que pareça, para mostrar que ainda existe uma centelha de amor e doação que continuará beneficiando nossa terra e preservando (á duras penas) o seu passado glorioso retratado neste patrimônio de inestimável valor histórico para nossa terra.
É inegável o trabalho, esforço e dedicação do Reitor da Unimontes Paulo César G. Almeida, para que se realize o grande sonho: o “Casarão” todo reformado e nele o Museu Histórico Regional funcionando, beneficiando nossa comunidade e de cidades vizinhas.
Que esta realização não se demore muito para que eu possa aproveitar, desta vitória, e a alegria de ver o meu querido “Casarão” recuperado, (fazendo jus ao que tanto doou no passado) e lindo como o conheci na minha infância, adolescência e juventude.

(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°49045
De: Augusto Vieira Data: Sábado 15/8/2009 12:57:56
Cidade: Belo Horizonte

(...)Como doeu saber do desencanto de Nivaldo Maciel. Minha aldeia não mais será a mesma sem ele, sua bondade, sua humildade e sua linda voz. Nivaldo é símbolo de nossa cultura sertaneja. Ele se foi, mas sempre estará entre nós e nossos descendentes.Quão belo e harmonioso era seu relacionamento com sua amada esposa e seus queridos filhos! Eram unidos por indesatáveis laços de amor e respeito mútuo. E ele, o paizão, parecia ser mais um irmão de suas crias.Meu fraterno abraço de pêsames a todos eles, especialmente a Maciel, Clarice e ao filho que Nivaldo adotou: Joenildo

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Mensagem N°49043
De: José Ponciano Neto Data: Sábado 15/8/2009 11:00:15
Cidade: Montes Claros MG  País: Brasil

Ao chegar de viagem deparei com a noticia que o “Seu” Nivaldo Maciel tinha nos deixado para soprar berrante lá onde viverá eternamente.
Não cheguei ser companheiro dele, até porque nos “meus cinqüenta e muito poucos anos”, não teria idade para tal felicidade, mas tive o prazer dele ser amigo da minha família, no qual o respeito era mútuo entre ambas.
Em duas ocasiões tive a honra de observar o caráter e o temperamento do “Seu” Nivaldo, uma delas foi quando estávamos fazendo um estudo dos aqüíferos da região, numa parceria entre os órgãos ligados aos Recursos Hídricos, este estudo dependia de algumas informações do procedimento dos córregos do Buriti do Campo Santo e Candeal.
Procuramos um fazendeiro da localidade, que nos prometeu estas informações, mais depois nos deixou com o pires na mão, não quis colaborar, foi então que tive a idéia de procurar o “Seu” Nivaldo para corroborar com a tal tarefa, fomos a sua casa nos fundo da Igreja da Matriz e quando lá chegamos o encontramos já saindo prá rua, mas ele voltou e depois de explicar-lo o nosso objetivo, ele diz: nasci e fui criado naquela região, posso sim, passar todas as informações necessárias a vocês, ai falou das enchentes, das chuvas e das cavernas que ali existem, e o trabalho nosso fluiu muito bem.
Outra ocasião foi no dia da ultima viagem do Trem Baiano, um dos dias mais triste da minha vida. Estavam para a última viagem do Trem muitas pessoas entre elas, João Valle Mauricio e o “Seu” Nivaldo e, entre uma história e outra “Seu” Nivaldo citou que ele veio na primeira viagem e estava tendo o desprazer de ir a ultima, a tristeza não era só dele, era de todos, quando o Trem apitou para partir Ele subiu sorrindo com Dr. João Mauricio, mais ambos não seguravam as disfarçadas lágrimas,
Nesta viagem passamos por Toledo, Canací, Uratinga e desci na Estação Engº Zander em Capitão Enéas, pois tinha que trabalhar, cada ponto de parada destas, eu ouvia atentamente as estórias contadas por aquele SERESTEIRO, eles seguiram a viagem, não pude ouvir mais as estórias das outras paradas. Perdi.
Além do “Seu” Nivaldo, conheci mais gente da Família o Sr. Benedito, o Sr.Hamilton, conheço o Murilo e a Clarice, todos influenciados pela composição bioquímica do sangue, pela hereditariedade e pela constituição física, são ciclotímicos, extrovertidos, gostam do convívio social, está no sangue, são todos artisticamente bons.
Obrigado “Seu” Nivaldo pela a colaboração do nosso trabalho e pelas histórias contadas no Trem Baiano, que foi o ultimo do Sertão, Mais principalmente pelo o legado deixado para a nossa cultura.

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Mensagem N°49041
De: T. Santos Data: Sábado 15/8/2009 09:43:26
Cidade: M. Claros- MG

Ao contrário da cidade de Uberlândia, M. Claros não se moveu para evitar o contágio da gripe suína em grande aglomerações. Nenhuma delas foi canceladas, e muitas estão marcadas para os próximos dias. O risco é grande. As consequências, maiores ainda.

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Mensagem N°49040
De: José Prates Data: Sábado 15/8/2009 09:38:42
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

A última vez que estive com Nivaldo Maciel foi há muitos anos passados, quando retornei a Montes Claros para uma visita à minha família. Nessa ocasião, lembramo-nos dos dias de glória da ZYD7, ocupando o palco do Cine Montes Claros para oferecer espetáculos maravilhosos sempre abertos pela voz marivilhosa de Nivaldo, apresentado por Serpa como "prata da casa". Lembravamos de Assis Veloso na sua teimosia em manter a rádio ativa no inicio dos anos cinquenta, apesar de todas as dificuldades que se apresent5avam. O nosso encontro foi um momento agradavel repassando o passado de nossa juventude empenhada na vida culural e artistica de nossa cidade. Ontem, abri o montesclaros notícias, como faço habitualmente desde que o conheci, e tive a desagradavel noticia de que Nivaldo nos deixou, encerrando sua vida material. Enquanto lia a noticia, um filme passava pela mente mostrando cenas do glorioso passado do seresteiro imortal. Ele encerrou sua vida material, por determinação de Deus, mas, continua vivo, eternamente vivo, na memória de Montes Claros.
Peçamos a Deus que dê luz e paz ao seu espírito, hoje na morada eterna.
J.Prates

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