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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 8 de outubro de 2024

Delegado segue preso em Brasília, mas irmãos (deputado federal e conselheiro do tribunal de contas) foram transferidos para Campo Grande e Porto Velho, separados

Quarta 27/03/24 - 9h21

O delegado Rivaldo Barbosa, acusado de obstrução de investigações, permanece preso em Brasília enquanto os irmãos Brazão, suspeitos de envolvimento nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, foram transferidos pra lugar não informado.

Os locais não serão divulgados por razões de segurança, de acordo com o Ministério da Justiça.

Os três foram levado do Rio de Janeiro para Brasília no domingo e passaram por exames antes de serem transferidos para a Penitenciária Federal da capital.

Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes do STF.

Domingos Brazão é atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, enquanto Chiquinho Brazão é deputado federal e vereador na época do crime.

A votação sobre a prisão de Chiquinho Brazão na CCJ da Câmara foi adiada para a segunda semana de abril, conforme pedido de vista.

Os 3 envolvidos negam envolvimento nos crimes.

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Irmãos Brazão são levados para presídios em Campo Grande e Porto Velho

Eles são suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco


Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, em prisão preventiva determinada no processo de investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foram transferidos durante operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (27). A aeronave transportando os suspeitos decolou de Brasília com destino às penitenciárias federais de Campo Grande, onde está previsto o desembarque de Chiquinho, e de Porto Velho, destino de Domingos.

Os irmãos e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram presos no último domingo (24), após relatório final da investigação apontar que Domingos e Chiquinho foram os responsáveis por contratar o ex-policial militar Ronnie Lessa para assassinar Marielle. Rivaldo teria ajudado a planejar o crime, além de ter feito uso do cargo para dificultar as investigações.

As transferências acontecem um dia após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiar a votação sobre a legalidade da detenção de Chiquinho Brazão, que é deputado federal pelo Rio de Janeiro e está sem partido, após ser expulso do União Brasil, por decisão unânime. O parlamentar tem a prerrogativa de ser inviolável, conforme previsto na Constituição Federal, e sua prisão precisa ser analisada e aprovada pela maioria dos 513 parlamentares que constituem a Câmara dos Deputados.

A operação não transferiu Rivaldo Barbosa, que permanece em Brasília.

Caso
A vereadora Marielle Franco foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, após participar de um encontro no Instituto Casa das Pretas, no centro do Rio de Janeiro. O carro em que ela se deslocava era conduzido pelo motorista Anderson Gomes, que também foi alvejado, após perseguição e sucessivos disparos que teriam sido efetivados por Ronnie Lessa.

O ex-policial militar acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser o executor ainda aguarda julgamento mas permanece preso desde 2019, condenado por outros crimes como contrabando de armas de fogo. Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil

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