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Mensagem: Expedito é carroceiro o ano todo. Nas Festas de Agosto, transforma-se em chefe do Terno de Catopês de São Benedito, o único do santo nas festas de Montes Claros. Dois outros ternos são de Nossa Senhora do Rosário. Há um só grupo de caboclinhos e duas marujadadas. Expedito, tanto o carroceiro quanto o chefe Catopê, é estimadíssimo, porque é cordato, é modesto, é humilde, é pacífico. Certamente, está nas bem-aventuranças. Certamente segue sem saber o eremita Benedito, do século 16, da Ordem de Francisco de Assis, que transformou pães em rosas no surrado burel. Comove a leveza de alma do nosso Expedito, de tão benedito. Jamais alguém o viu levantar a voz. Aproximando-se dos 70 anos, treme as mãos. Tem o mal de Parkinson. Mas nada, nem doença alguma, nada o desvia de suas obrigações de Catopê há mais de 50 anos, trema ou não suas mãos honradas de carroceiro o ano todo. Hoje, justamente no Reinado de São Benedito, de quem seu terno é o único, foi demoradamente aplaudido, e por motivo relevante. O terno de São Benedito foi esquecido na Festa de seu santo, no Reinado de São Benedito, justo. O ônibus escalado para buscar o Terno não chegou. Em vão, esperaram - catopês e seu chefe. Às 11 horas, o Reinado ameaçava partir, e o ônibus não chegava para apanhá-los. O cortejo chegou a se movimentar, mas volveu à Praça do Automóvel Clube para esperar o grupo mais humilde. Os chefes Catopês dialogaram e decidiram - esperar. Pelo caminho, pessoas desistiram sob o sol quente de agosto. Gente alheia à organização oficial conseguiu um ônibus para buscar os esquecidos. Quando, por fim, desembarcaram, já depois do meio-dia, a assistência, que ignorava o acontecido, mas que testemunhou a aflição e o empenho dos dançantes, a assistência de um lado e do outro da rua aplaudiu. Aflito, com receio de perder compromisso de 50 anos, trêmulo, Mestre Expedito, sereníssimo, atravessou com os dançantes todo o cortejo, que se abriu, e tomou o seu lugar. Os aplausos se prolongaram. Venceu Expedito, o sereníssimo - discípulo de Benedito. (Estes, assim, vencerão sempre). Não foi a primeira dificuldade a acometer os dançantes, nestas atuais festas, que são deles. Quarta-feira à noite, por ocasião do primeiro mastro, faltou ônibus para apanhar uma das marujadas - a enlutada marujada do Mestre Miguel Sapateiro. Marcada para as 20h, a procissão com a bandeira de Nossa Senhora do Rosário só chegou ao Rosário perto das 23h, quando poucos esperavam. Levantado o mastro, a bandeira despencou, triste quem sabe. Recolocada, ficou lá até ontem, quando de novo sumiram - mastro e bandeira. Ainda há pouco, não havia voltado - contra toda uma tradição de quase 200 anos. E, ontem ainda, os caboclinhos, as encantadoras crianças da devoção, não puderam concluir seu canto ao pé do Mastro de São Benedito. A organização da festa cortou o som dos pequenos dançantes e o transferiu para um palco ao lado, onde cantou uma música alheia à festa - que é essencialmente de Catopês, dos Marujos, dos Caboclinhos. É, por quase 200 anos - é preciso sempre repetir. Os meninos e meninas Caboclinhos, a descendência de Joaquim Poló, como o mestre Expedito, são humildes e habitam o reino da mansuedade e da paciência. Se reclamam, é porque algo lhes dói, muito. Os Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros estão re-clamando. Nome: JOANA DARC DE SOUZA SANTOS E-mail: [email protected] Cidade: Montes claros/MG Comentário: Eu filha de um falecido e respeitado piloto da marujada o senhor Anibal fico indignada com fatos como este pode acontecer,uma falta de respeito com aqueles que fazem a festa.por outro lado a organização da festa deveria ficar mais atenta com os horários marcados para o deslocamento dos grupos dançantes.Porque esta festa é o marco da nossa cidade.São 200 anos de existencia.Outro fato curioso é que dentro desta festa de agosto os organizadores da mesma não lembram de fazer sequer uma homenagem aos mestres já falecidos que com bravura dançavam e abrilhataram esta festa.Vou citar alguns nomes;mestre sinhó.mestre Anibal,mestre Nenzinho,mestre joaquim poló,Mestre Miguel,JOsé preto .calhoto e varios outros.Estes sim foram uns verdadeiros herois andam quilometros e mais quilometros a pe pelas ruas da cidade com seus instrumentos e lindas vozes causando uma verdadeira festa para o coração e para a alma de todo cidadão montes clarense. Somente para completar minha fala,as festas de agosto hoje perdeu muito no sentido religioso,muito brincam para mostrar roupas chiques ,tênis caros.e a devoção ficou para segundo plano.Além disso há uma triste rivalidade entre os ternos .Não existe aos olhos dos santos reverenciados ternos de catopes ou mesmo de marujos que são uns melhores que os outros.O que eles deveriam preocupar eram mostrar a verdadeira história que compõe a marujada a tão respeitada morte do patrão que foi realizada a 19 anos atrás pelo mestre Nenzinho E o Mestre Anibal(já falecidos).Vamos voltar a fazer as lindas apresentações da Morte patrão.Nestas festas de agosto está faltando resgatar a verdadeira história dos catopes,marujos e caboclinhos!!!!!!!!
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