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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 30 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°79042
De: Rádio e Televisão de Portugal Data: Sexta 21/11/2014 08:14:10
Cidade: Lisboa

A batalha de Montes Claros - A batalha dos Montes Claros, em 17 de junho de 1665, é a última de um conjunto de batalhas de grandes proporções, tidas como essenciais para garantir a independência de Portugal durante a guerra da restauração.
O Alentejo viveu, durante as guerras da restauração, um dos seus mais conturbados momentos, com diversas batalhas e recontros entre portugueses e castelhanos.
Na batalha de Montes Claros, entre Estremoz e Vila Viçosa, o exército português alinhou cerca de 20 mil homens, enquanto os castelhanos avançaram com mais de 25 mil.
Os soldados castelhanos cercavam Vila Viçosa, terra do novo rei de Portugal D. João IV, quando souberam da presença da força portuguesa que chegava de Lisboa e se detivera em Montes Claros.
O comandante espanhol, o Marques de Caracena, decidiu avançar sobre as tropas portuguesas comandadas pelo Marques de Marialva. O combate foi equilibrado, mas depois de sete horas, e após vários ataques que não deram resultados práticos, o exército castelhano tentou retirar de forma ordenada, mas os portugueses aperceberam-se da manobra e realizaram diversos ataques de cavalaria e infantaria que transformaram a retirada numa debandada.
Os portugueses perderam cerca de 700 homens nesta luta, mas os castelhanos viram as suas froças reduzidas em mais de dez mil homens, entre mortos, feridos e prisioneiros. Considera-se que foi um golpe decisivo para o reconhecimento da independência portuguesa em 1668.

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Mensagem N°79041
De: Luiz Ribeiro, jornalista Data: Sexta 21/11/2014 10:13:22
Cidade: Montes Claros/MG

Agradecimentos e cumprimentos a Alberto Sena pelo brilhante texto publicado nesse espaço. Quanto maior a vaidade menor a inteligência. Quanto maior a inteligência, menor a vaidade. Os cumprimentos, sobretudo, por recordar e valorizar a memória de O Jornal de Montes Claros, que, de fato, foi uma grande "escola de jornalismo", de onde, das mãos dos mestres Oswaldo Antunes e Waldyr Senna Batista, saíram expressões como Robson Costa, Carlos Lindenberg, Robério Antunes, Waldemar Brandão, Flávio Pinto, Paulo Narciso, Felisberto Versiani, Avaí Miranda, Itamaury Teles, Paulo Braga e o próprio Alberto Sena. Com certeza, o JMC marcou a historia de Montes Claros.

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Mensagem N°79040
De: geraldo lopes Data: Sexta 21/11/2014 09:50:00
Cidade: moc

bom dia. é preciso alertar aos motoristas que utilizam o anel rodoviário ( da br 135 para a 365 ). fizeram um quebra-molas no anel, 1 km depois que se entra da br 135 para a 365. o pior: não tem sinalização de quebra-molas, só tem um aviso de travessia de pedestres 20 metros antes do dito cujo. é risco de acidentes, pois quando o motorista avista o infeliz, a primeira coisa que se faz é pisar no freio, o que aconteceu comigo, e arrebentou com meus amortecedores. porque não colocam placas avisando??? só no brasil mesmo!!! grato

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Mensagem N°79039
De: O Tempo Data: Sexta 21/11/2014 08:17:07
Cidade: Belo Horizonte

Touros fogem de caminhão, matam homem, atacam PMs e são mortos em MG - Animais estavam sendo transportados na MG-401 e foram parar na zona rural da cidade; policiais dizem ter atirado mais de 70 vezes contra os bichos - Fernanda Viegas - Dois touros mataram um morador de Matias Cardoso, no Norte de Minas, e atacaram dois policiais e dois guardas municipais, que foram registrar a ocorrência do óbito, nessa terça-feira (18). Os militares atiraram pelo menos 70 vezes contra os animais, que resistiram, e foram mortos na sequência por tiros de fuzil nos corpos e de pistola nas cabeças. "Nascemos novamente", disse um dos guardas que estiveram no local.
Segundo o sub-comandante da Guarda Municipal, Rony Cássio José Ferreira, logo que ele, um companheiro de trabalho e os dois militares chegaram à Ilha de Curimatã, na zona rural da cidade, já encontraram o corpo de Manoel Carlos da Conceição, de 54 anos. Em seguida, avistaram os dois touros que foram descritos como os de rodeio, por não terem chifre, e que teriam fugido de um caminhão que os transportava na MG-401.
Ainda de acordo com Ferreira, os animais foram para cima dos policiais, que atiraram sem parar. Mesmo assim, um sargento foi jogado ao chão pelos touros, que o pisotearam. Ele conseguiu jogar o carregador da arma para o soldado que o acompanhava, que pegou e continuou a atirar. “O sargento chegou a falar ‘me acode, que estou morrendo, eu já não consigo mais. Salvem vocês`”, relembrou Ferreira.
Com a movimentação da munição, os animais foram para cima do soldado, que correu, mas foi alcançado e lançado a cerca de três metros, além de também ser pisoteado. Sem muito o que fazer, os guardas municipais arrastaram o sargento para longe dos animais e pediram reforço para a PM de Manga, cidade vizinha. Os militares desta cidade chegaram com fuzis 556 e descarregaram as armas nos touros, que ainda assim não caíram. Até que, com uma pistola mais precisa, um policial conseguiu atingir as cabeças dos animais, que morreram.
“Somente quem estava lá, e presenciou aquelas cenas que só vemos em filmes, sabe que nascemos novamente”, desabafou o sub-comandante.
Os militares feridos foram encaminhados para o Centro de Saúde de Matias Cardoso com escoriações pelo corpo. Eles foram medicados e liberados. O dono dos touros ainda não foi localizado. Não se sabe como eles fugiram do caminhão.

Investigação
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil (PC), a delegada Irany Santos irá instaurar um inquérito para apurar as responsabilidades do ocorrido. Os levantamentos iniciais já identificaram o proprietário dos animais e todos os envolvidos no caso serão intimados para prestarem depoimento nos próximos dias.

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Mensagem N°79038
De: Alberto Sena Data: Sexta 21/11/2014 08:54:46
Cidade: Grão Mogol

(...) Era um jovem franzino, pele queimada pelo ardente sol de Montes Claros, de natureza tímida, fala baixa, disto me recordo bem, mas não tive o privilégio do convívio no dia a dia porque me mudei para Belo Horizonte logo que ele começava as incursões no O Jornal de Montes Claros. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79036
De: Lojista Data: Quinta 20/11/2014 01:09:07
Cidade: MONTES CLAROS

A população precisa ser devidamente informada que nesta quinta-feira Dia da Consciência Negra o comércio funciona normalmente em Montes Claros. Somente Orgãos Públicos e Bancos não funcionarão. Em um ano já bastante ruim para o comércio as noticias precisam ser dadas claras e com fidelidade.

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Mensagem N°79035
De: Hoje em Dia Data: Quarta 19/11/2014 10:30:38
Cidade: Belo Horizonte

Polícia diz que PT trocou até Bolsa Família por votos - Ezequiel Fagundes - A Polícia Federal (PF) deflagrou nessa terça-feira (18) a operação “Curinga” com o intuito de coibir fraude nos cofres da Previdência Social no Norte de Minas. No curso das investigações, a PF deparou-se com fortes indícios de crime eleitoral em benefício de candidatos da coligação do PT. Dessa forma, a operação policial será desmembrada.
Isso porque os nomes dos deputados petistas Reginaldo Lopes, reeleito para a Câmara dos Deputados e cotado para assumir o Ministério da Educação, e do deputado estadual Paulo Guedes foram citados no relatório parcial da PF. O envolvimento dos parlamentares com a quadrilha do INSS foi descartado, mas eles podem ter sido beneficiados eleitoralmente.
O esquema de fraude na Previdência foi montado dentro da prefeitura e da Câmara Municipal de Monte Azul. O escritório do INSS em Espinosa, cidade localizada a 40 Km de Monte Azul, foi utilizado pelo bando. Os principais políticos de Monte Azul estão diretamente envolvidos com o rombo nos cofres da Previdência, estimado em R$ 200 mil, e com os crimes eleitorais. Entre eles, o vice-prefeito, três vereadores, três secretários da prefeitura, além do sindicato de trabalhadores rurais da cidade, todos eles ligados ao PT. A partir de documentação forjada, o grupo conseguia aposentadoria para pessoas que nunca foram trabalhadores rurais.
O Hoje em Dia teve acesso aos documentos e aos grampos telefônicos da investigação. De acordo com o inquérito, benefícios previdenciários, materiais de construção, combustível, além de cadastros do Bolsa Família, auxílio-doença, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e até dentaduras foram oferecidos em troca de voto.
Além da Zona da Mata, o Norte de Minas foi a região na qual a presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT) obteve maior vantagem perante o tucano Aécio Neves, seu principal oponente. Em Monte Azul, por exemplo, Dilma obteve 76% dos votos da cidade, enquanto Aécio ficou com 14%. Guedes e Lopes conquistaram 30% dos votos válidos do município. Lopes foi o mais votado, e Guedes, o segundo.
Em um dos grampos telefônicos, o vereador Geraldo Moreira dos Anjos, o Ladim (PT), foi flagrado orientando o eleitor Flávio Custódio Teixeira a votar nos candidatos do PT. O vereador petista, segundo o inquérito, intermediou a inclusão da mulher de Teixeira na lista do Bolsa Família. A inclusão dela no cadastro será investigada, já que a maioria das benesses, especialmente os programas de transferência de renda e as aposentadorias, foram destinadas a pessoas que não poderiam ser contempladas.
Em outro diálogo, o vice-prefeito de Monte Azul, Antônio Idalino, o Toninho da Barraca (PT), foi pego autorizando o caminhão-pipa da cidade a fornecer água para uma piscina na casa de um eleitor. Numa outra conversa, o petista determina que a dentista da prefeitura faça dentaduras para eleitores.
Vice, vereadores e secretários envolvidos
Contra o vice-prefeito de Monte Azul, Antônio Idalino Teixeira, o Toninho da Barraca (PT), a Justiça Federal em Montes Claros, no Norte de Minas, decretou mandado de condução coercitiva e busca e apreensão na casa do político e na prefeitura. Ele é considerado uma das principais peças do esquema.
O servidor do INSS de Espinosa Ronaldo de Medeiros Boeira e os vereadores Geraldo Moreira dos Anjos, Geraldo Ladim (PT), e Marineide Freitas da Silva, a Marineide do Sindicato (PT), foram presos temporariamente.
O mesmo ocorreu com o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Monte Azul, Antônio Tolintino, e seu secretário, Nilton Rodrigues Nunes. Conforme as investigações, os dois são suspeitos de fraudar os processos de aposentadorias rurais por tempo de serviço. Os benefícios eram concedidos a pessoas que não preenchiam os requisitos legais.
Já o vereador Francisco de Assis Gonçalves Dias, o Diassis (PP), foi conduzido para prestar depoimento e teve a casa vasculhada pelos federais. Depois do interrogatório foi liberado.
Três secretárias de Monte Azul também estão entre os investigados. São elas: Aurélia de Paula Santos (Educação), Vanessa dos Anjos Dias (Saúde) e Cássia Michele Gomes (Finanças). Para as três, foram expedidos mandados de condução coercitiva, além de busca e apreensão em suas residências e na prefeitura.
Durante todo o dia, a reportagem fez contatos com a prefeitura e com a Câmara Municipal de Monte Azul, mas até o fechamento desta edição ninguém foi encontrado para comentar a ação da PF.
Em entrevista ao Hoje em Dia, o deputado Paulo Guedes classificou a operação de “factoide eleitoral”, mas comprometeu-se a averiguar o assunto. “Se houve alguma irregularidade, não tenho nada a ver com isso. Obtive 165 mil votos em todo o Estado. É impossível policiar todos os aliados”, declarou.
Mais votado do PT em Minas, o deputado federal Reginaldo Lopes foi procurado no celular e em seu gabinete, em Brasília. A assessora de imprensa do parlamentar em BH chegou a atender os telefonemas do Hoje em Dia. Alegou que o parlamentar estava com a agenda cheia de compromissos. Depois, informou que o parlamentar não iria se manifestar nessa terça.
Operação ‘Curinga’ tem 19 alvos
Ao todo, 19 pessoas são alvo da operação “Curinga”, sendo que 17 foram levadas para a sede da Polícia Federal (PF) em Montes Claros, no Norte de Minas, e outras duas são procuradas. A polícia informou ainda que 39 mandados judiciais de busca e apreensão, condução coercitiva e sequestro de bens estão sendo cumpridos.
Uma segunda fase da operação “Curinga” será deflagrada para reprimir possíveis crimes eleitorais. Os investigados responderão, neste primeiro momento, por crimes contra a administração pública, estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, dentre outros. Uma vez condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar 20 anos.
***
Estado de Minas - Justiça Eleitoral vai investigar concessão de aposentadorias irregulares em Minas - Investigações mostram que suspeitos também prometiam atender aos pedidos de inclusão no Bolsa-Família em troca de votos - Luiz Ribeiro - O suposto uso de favores e de programas sociais em troca de votos, levantado durante a Operação Curinga, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Publico Federal (MPF) para investigar a concessão de aposentadorias irregulares em Monte Azul, no Norte de Minas, deverá ser apurado tanto pela Justiça Eleitoral estadual quanto pelo Ministério Público Eleitoral. A informação foi confirmada ontem pelo MPF. O esquema, que seria comandado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, previa a concessão de aposentadorias rurais a moradores da área urbana do município, com o uso de documentos e testemunhos falsos. Será aberto inquérito contra cada uma das 24 pessoas que receberam o benefício, causando prejuízo de R$ 200 mil aos cofres públicos.
De acordo com as investigações, o esquema também envolve lideranças do PT no município – o vice Antônio Tolentino Teixeira (PT); a presidente da Câmara, Marineide Freitas (PT), e o vereador Geraldo Moreira dos Anjos (PT), o Ladim. Teixeira e Ladim apoiaram a campanha eleitoral de Paulo Guedes (PT) e Reginaldo Lopes (PT) candidatos a deputado estadual e federal mais votados em Minas.
Durante as investigações, por meio de escutas telefônicas, foi verificado que os envolvidos também prometiam atender aos pedidos de inclusão no Bolsa-Família em troca de votos. Por isso, o inquérito será desmembrado para a investigação dos indícios de prática de crime eleitoral.
O PSDB divulgou ontem nota, na qual manifesta “protesto e perplexidade” diante das informações sobre as investigações da PF que “apontam os indícios de pratica de crimes na disputa eleitoral em nosso estado”. Na texto, o partido informa que “trabalhará para que os fatos comprovados cheguem ao conhecimento de todo Brasil, assim como estará vigilante para que os autores de tais crimes sejam punidos”.
Ouvido ontem, o deputado estadual Paulo Guedes voltou a negar com veemência qualquer envolvimento nas supostas fraudes. “A Polícia Federal tem ampla liberdade para apurar toda as denúncias. Não tenho nadas a temer, pois nunca pratiquei nenhum ilícito”, afirmou. Quanto à informação de que as promessas de benefícios em troca de votos foi flagrada em escutas telefônicas da PF, ele comentou: “Não tenho como controlar mais de 164 mil pessoas que votaram em mim. Se alguém cometeu algum delito, a pessoa vai pagar por isso”.

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Mensagem N°79034
De: Debora Data: Quarta 19/11/2014 10:00:32
Cidade: Montes Claros

(...) Por este site ser uma referencia de informações responsáveis e concretas, gostaria de saber se amanha será considerado pelo comercio local feriado ou não e o que diz a legislação. Aguardo.

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Mensagem N°79033
De: Câmara Municipal Data: Quarta 19/11/2014 08:14:20
Cidade: Montes Claros

Informamos que no dia 20/11/2014 (quinta-feira), não haverá expediente na Câmara Municipal de Montes Claros em virtude do Feriado Municipal relativo ao Dia Nacional da Consciência Negra, conforme Lei Municipal nº 3.897/2007. No dia 21/11/2014 (sexta-feira), o expediente será normal.

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Mensagem N°79032
De: Manoel Hygino Data: Terça 18/11/2014 15:41:51
Cidade: Belo Horizonte

Montes Claros é pródiga em mulheres talentosas nas letras, nas artes, na pesquisa histórica, no magistério. Quem as conhece e ao que elas perfeitamente fazem avaliam méritos e virtudes, amplamente reconhecidos, até consagrados.
A presença e atuação das montes-clarenses nestes campos é notável e invejável. Imagino como uma cidade, no sertão que já foi longínquo, cresceu em tão bela seara.
Faço esta meditação, ainda sob o impacto do passamento de Ruth Tupinambá Graça, que tanto resumiu o panorama da inteligência e sensibilidade de nossa terra. Deixou-nos aos 97 anos, mas sua contribuição à crônica local supera o limite do tempo.
Por todos estes motivos, encaminhei, através de Wanderlino Arruda, modesto texto de homenagem a quem apenas partiu de nosso meio, deixando um legado de valor inestimável.

Meu estimado Wanderlino,
Há mais do que um vácuo pelo passamento de Ruth Tupinambá.
Ficou conosco a graça riquíssima de suas reminiscências, para que as novas gerações conheçam a Montes Claros que houve.
Não há como deletar as belas páginas que ela escreveu para a descendência seguinte.
O legado não se perdeu, nem se perderá. Veio para ficar.
É com este sentimento que recebo a pungente notícia.
Saberemos respeitá-la pela lindeza do que nos transmitiu e pelo que foi.

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Mensagem N°79031
De: Polícia Federal Data: Terça 18/11/2014 07:41:35
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

(...) A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), em conjunto com o MPF e o INSS, a Operação “Curinga”, visando a desarticulação de uma quadrilha especializada em crimes contra a Previdência Social no norte de Minas Gerais.
Estão sendo cumpridos 39 mandados judiciais de busca e apreensão, condução coercitiva e sequestro de bens nas cidades de Montes Claros, Monte Azul e Espinosa.
Os investigados, servidores públicos, agentes políticos e até mesmo funcionários do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Monte Azul/MG, fraudavam processos de aposentadorias rurais por tempo de serviço, os quais eram concedidos a pessoas que não preenchiam os requisitos legais. Em troca, exigiam e recebiam vantagens indevidas e até mesmo apoio político na região.
As investigações demonstraram que as estruturas do município de Monte Azul, do sindicato e da agência do INSS em Espinosa foram utilizadas pelos investigados com o fim de captarem, de forma ilícita, o sufrágio.
Benefícios previdenciários, materiais de construção, canos, combustível e até mesmo dentaduras eram fornecidos aos eleitores, em troca de votos.
Os investigados responderão, neste primeiro momento, por crimes contra a administração pública, estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, dentre outros. Uma vez condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar 20 anos.
Em uma segunda etapa, novos inquéritos policiais serão instaurados com o fim de se apurar os crimes eleitorais e os desvios de recursos públicos constatados.
***
O Chefe da Polícia Federal no Norte de Minas, delegado Marcelo Eduardo Freitas, concederá entrevista coletiva sobre a Operação Curinga, deflagrada hoje com objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em crimes contra a Previdência Social na região.
Estão sendo cumpridos 39 mandados judiciais de busca e apreensão, condução coercitiva e seqüestro de bens nas cidades de Montes Claros, Monte Azul e Espinosa. Entre os alvos das 19 conduções coercitivas estão o vice-prefeito, vereadores e secretários de Monte Azul; servidores do INSS de Espinosa e advogados de Montes Claros.
A entrevista será às 10h30min na sede da Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros.
***
O Tempo - PF deflagra operação contra crimes previdenciários no Norte de Minas - Entre os investigados estão servidores públicos e agentes políticos - A Polícia deflagrou na manhã desta terça-feira (18) uma operação para tentar desarticular uma quadrilha especializada em crimes previdenciários no Norte do Estado. A ação acontece em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ao todo, 39 mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e sequestro de bens em Montes Claros, Espinosa e Monte Azul. Entre os investigados estão servidores públicos, agentes políticos e funcionários do Sindicato dos Trabalhadores rurais de Monte Azul.
De acordo com as investigações, os investigados fraudavam processos de aposentadorias rurais por tempo de serviço. O benefício era concedido a pessoas que não preenchiam os quesitos legais. Em troca, recebiam vantagens indevidas e até apoios políticos.
Em troca de votos, eleitores recebiam benefícios previdenciários, materiais de construção e, até mesmo, dentaduras.
A princípio, os suspeitos irão responder por crimes contra a administração pública, estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Caso sejam condenados, as penas podem passar de 20 anos de reclusão.

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Mensagem N°79030
De: Mota Data: Segunda 17/11/2014 17:20:34
Cidade: Montes Claros

Comunicamos com pesar o falecimento do Cel Vicente Gomes da Mota (Motinha), ex comandante geral da PMMG, natural de Jequitaí (MG).

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Mensagem N°79029
De: Estado de Minas Data: Segunda 17/11/2014 14:09:22
Cidade: Belo Horizonte

13/11/14 - Médicos cubanos abandonam os trabalhos em Montes Claros - Os profissionais do Programa "Mais Médicos" deixaram a cidade sem dar explicações - Luiz Ribeiro - Dois médicos cubanos que atuam em postos do Programa de Saúde da Familia (PSF) em Montes Claros, dentro do Programa “Mais Médicos”, do Governo Federal, abandonaram o trabalho, na semana passada, sem deixar pistas. Eles deixaram os pacientes das unidades de saúde sem atendimento. De acordo com o secretário municipal de Saúde do Município, colegas dos dois profissionais foram vistos em Belo Horizonte sexta-feira passada e teriam viajado para Miami (EUA).
Conforme o secretário adjunto de Saúde de Montes Claros, Danilo Macedo Narciso, os dois médicos da ilha caribenha chegaram a cidade em 13 de março deste ano, na segunda etapa do “Mais Médicos”. O médico Johan Gimenez passou a atuar numa unidade do Programa de Saúde da Familia no bairro Novo Delfino, na região Noroeste da cidade, enquanto o colega dele, Frank Mesacabrera, ficou responsável pelo atendimento em um posto do PSF no bairro Jardim Olímpico (perto do Novo Delfino).
Os dois cubanos trabalhavam pela última vez no dia 6, quinta-feira. Eles teriam o dia seguinte para estudos e deveriam voltar a atender na última segunda-feira. Mas, não mais retornaram às unidades de saúde. As informações recebidas pela Secretaria Municipal de Saúde é que eles foram vistos pela ultima vez, sexta-feira, 7 de novembro, em Belo Horizonte, onde teriam embarcado para Miami.
O secretário adjunto Danilo Macedo Narciso informou que os dois postos do PSF ficaram sem atendimento nesta semana. Mas, a prefeitura, por conta própria, providencia a contratação de outros dois profissionais, para retomar as consultas na próxima semana. Narciso disse ainda que o município fez a comunicação ao Ministério da Saúde sobre o “desaparecimento” dos dois médicos cubanos, que, pelas regras do Programa Mais Médicos, tem 48 horas para se apresentarem. Vencido esse prazo, eles serão considerados desistentes, sendo,automaticamente, desligados do programa.
Em junho deste ano, outra profissional cubana do Mais Médicos, Flora Olga Hernandez Fleitas, que trabalhava no município de Catuti, de 5,2 mil habitantes, também no Norte de Minas, abandonou um programa, sem informar o seu destino. Poucos dias depois do desaparecimento de Flora Olga, foi divulgado que ela viajou para os Estados Unidos.

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Mensagem N°79028
De: Ferrovia Centro-Atlântica Data: Segunda 17/11/2014 10:18:21
Cidade: Belo Horizonte

A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa controlada pela VLI, está com inscrições abertas para o Programa Jovem Aprendiz. Existem vagas em Montes Claros (MG) para jovens que estão ingressando no mercado de trabalho. O prazo de inscrições do Programa Jovem Aprendiz da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa controlada pela VLI, termina no próximo domingo (23). A companhia oferece oportunidades para jovens que estão ingressando no mercado de trabalho e para pessoas com deficiência. São, ao todo, 101 vagas distribuídas em 11 cidades no país. A previsão é de que a admissão dos candidatos ocorra até fevereiro de 2015. Os interessados devem ter no mínimo 18 anos, ensino médio completo e precisam se cadastrar no site http://pfpvli.peopleontime.com.br/inscricao.asp. Parte das vagas é destinada a pessoas que têm o Certificado de Reabilitação emitido pelo INSS ou que possuam quaisquer deficiências enquadradas no Decreto nº 5296/2004. Há oportunidades nas cidades de Divinópolis (MG), Montes Claros (MG), Lavras (MG), Uberaba (MG), Vitória (ES) e Ribeirão Preto (SP). Em Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Pedro Leopoldo (MG), Uberlândia (MG) e Vespasiano (MG), as vagas são voltadas, preferencialmente, a pessoas com deficiência.(...)

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Mensagem N°79027
De: Câmara Municipal Data: Segunda 17/11/2014 10:15:59
Cidade: Montes Claros

(...) A Câmara Municipal de Montes Claros é a primeira no país a adquirir carro com acessibilidade. A aquisição do veículo tem como objetivo atender parlamentares com deficiência física. Para o Presidente da Câmara Municipal, Antonio Silveira de Sá (PTN), "o carro adaptado garante o embarque dessas pessoas com deficiência com dignidade, uma vez que elas não precisam da ajuda de terceiros para entrar no veículo", comenta. (...) O veículo, que já está em Montes Claros a serviço da Câmara, foi adaptado em São Paulo e tem capacidade para cinco passageiros, sendo um deles a pessoa com deficiência física. (...)

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Mensagem N°79026
De: Iara Tribuzzi Data: Segunda 17/11/2014 06:41:40
Cidade: Belo Horizonte Mg

Querida Dona Ruth, A tarde do domingo se turvou com sombras, ao ler a notícia da sua partida. Ficarão conosco o seu sorriso calmo, a sua doçura e simplicidade. E as suas cartas, guardadas com carinho. Encontrará as antigas colegas da Escola Normal, dê um beijo em Wanda Veloso dos Anjos Ramos, que partiu em março. Outro beijo para Seu Armênio, e para minha tia Heloisa Sarmento, sua amiga e antiga vizinha. Tentarei enviar algumas palavras de conforto para as meninas Márcia e Norma, que tiveram a grande bênção da sua presença. Muito afetuosamente, Iara Tribuzzi

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Mensagem N°79025
De: Wanderlino Arruda Data: Segunda 17/11/2014 10:22:57
Cidade: Montes Claros/MG

(...) E quem não estiver no alto, no meio do cenário, estará num entusiástico auditório, de pé e à ordem para sempre aplaudi-lo. Você nos ensina a olhar para fora e sonharmos, e a olharmos para dentro e despertarmo-nos. Você é personagem perfeita do que escreveu Fernando Pessoa, os supra Camões da Língua Portuguesa: "O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis" Que o Grande Arquiteto do Universo o proteja muito, nos proteja sempre! Academias Montesclarense de Letras e Maçônica de Letras do Norte de Minas (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79023
De: Walter Abreu Data: Segunda 17/11/2014 08:22:12
Cidade: Montes Claros/MG

(...) Assim acontecem a corrupção e a ineficiência, que, somadas à apatia e a conivência da sociedade local, afundam os pequenos municípios e os condenam a evoluir tão lentamente, que muitos perdem as esperanças de usufruir, ainda na vida terrena, de uma condição mais digna. Felizmente surgem, em alguns municípios, novas lideranças que se propõe a mudar esta situação, aliando-se a este fato a firme atuação da Polícia Federal, do Ministério Público e de algumas iniciativas da sociedade local, nos fazendo esperar melhorias e a alteração desta lógica perversa, que tanto tem prejudicado o desenvolvimento de nossa região. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79021
De: leitor Data: Domingo 16/11/2014 23:18:58
Cidade: montes claros

SOBRE MSG DE N° 79020 Jéssica, deixe seu contato aqui.Um telefone ou email pra que alguém possa tentar ajudá-la. Qual é o nome da enfermidade da sua mãe, que cirurgia é? Pode dizer qual é o médico que faz essa operação? Deixe um contato aqui para o caso de surgir alguma ajuda.

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Mensagem N°79020
De: jessica andressa goncalves aguiar aquin Data: Domingo 16/11/2014 22:59:08
Cidade: M. Claros

Meu nome e jessica e venho por meio dessa mensagem pedir a todas as pessoas que puderem ajudar a minha mae a conseguir uma cirurgia dos olhos pois ela esta com quase toda a vista tampada e se ela nao fizer nao vai conseguir enchergar mais.em montes claros so tem um medico que faz esse tipo de cirurgia e fica12.000 pra fazer so ne um olho e no outro precisa fazer tres injecoes e cada uma custa 1.5000 e nao temos condicoes e se tiver alguem que possa me ajudar e nao acreditar eu levo os laudos.os exames.os pedidos mais eu preciso de ajuda o mais rapido possivel...qualquer ajuda que poderem me dar agradeco de coracao e eu sei q eu vou conseguir por que deus nao deixa um filho seu perecer sem q ele possa ajudar.....obrigado

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Mensagem N°79019
De: Paulo Narciso Data: Domingo 16/11/2014 13:18:10
Cidade: Cabo Canaveral, EUA

Daqui, de onde o homem partiu para as estrelas, tomo conhecimento de que Dona Ruth Tupinamba Graça ergueu-se para outros mundos, merecidamente promovida, com excelentes notas. Interrompo a visita e, de um canto ao pé do foguete com seus impressionantes 110 metros, no caso o Saturno V, contemplo nos céus de M. Claros esta outra escalada, cingida e nimbada de qualidades humanas que não nos deixam devedores de ninguém. O céu do sertão incorporou uma estrela. Sua voz ficará, firme e sem medos, como foi sua vida. Não choremos. Celebremos.

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Mensagem N°79018
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 16/11/2014 12:24:21
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Nesta manha de Domingo 16/11/2014 chega aos Céus a Professora Ruth Tupinambá.
Com este passamento Montes Claros perde uma das ultimas memorialista. Sempre lúcida, o acompanhei lendo suas crônicas; era confreira do nosso Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, tendo como patrono o próprio pai Tobias Leal Tupinambá, na instituição ocupava cargo no Conselho Fiscal.
Aqui no site “montesclaros.com”, temos a honra de tê-la como colunista ao nosso lado; suas crônicas e histórias narradas, fazem-nos sentir mais montes-clarense.
Preocupada, sempre mostrava ressentida quando conversávamos sobre a forma que o maior símbolo de Montes Claros é atacado; em uma das suas escritas narrou: - “Não me canso de admirar os morros "Dois Irmãos" que apesar de toda a maldade e exploração das Empresas de Cimento,que vêm corroendo-os covardemente pelas costas tanto, que ouvi dizer que eles estão parecendo uma boca da qual se arrancaram Todos os dentes ficando apenas os buracos....”
(*) José Ponciano Neto – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas.

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Mensagem N°79017
De: Wanderlino Arruda Data: Domingo 16/11/2014 10:12:48
Cidade: M. Claros

Companheiros e Companheiras do IHGMC, da Academia Montesclarense de Letras e da Academia Feminina de Letras, da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas, do Elos Clube de Montes Claros e da Associação das Amigas da Cultura, Com muito pesar, comunico o falecimento, aos 97 anos, de nossa Confreira Ruth Tupinambá. O velório será na Santa Casa e terá início às 13horas. O sepultamento está previsto para amanhã, às 10 horas.

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Mensagem N°79016
De: Augusto Vieira Data: Domingo 16/11/2014 10:01:53
Cidade: Montes Claros

ADEUS, QUERIDA "TIA" RUTH TUPINAMBÁ!

Aqui, aos prantos, depois de saber por intermédio de Rogério Borges, quero abraçar Norma, Márcia, Nara, Teca, Alberto, Armeninho e demais familiares. O Conde Armênio Graça estava reclamando muito, dizendo que o céu estava ficando sem graça sem ela.
Vai uma crônica a ela dedicada em meu livro Bala 60 e que está aqui no site do Facebook também. Mudei para minha aldeia e meus amigos começaram a viajar. Primeiro Cláudio Athayde, depois Haroldinho Veloso e, agora, minha querida "tia" Ruth. Recebemos, juntos, a medalha do Movimento Catrumano. Não tenho a capacidade de retribuir à altura a crônica que Armeninho dedicou à memória de meu pai, mas vai a que pude fazer:

Minha querida tia, pelo coração. Primeiro, devo dizer-lhe que recentemente tive o prazer de falar, por telefone, com seus filhos Alberto e Armênio, meus fraternos amigos. Segundo, que li, em nosso Mural, sua crônica “Cibernética, assim caminha a humanidade” e a notícia da conclusão da pesquisa da UNICAMP, no sentido de que o uso do computador pode piorar o desempenho dos estudantes. Louvando suas teses, seu romantismo, seu otimismo, sua eterna juventude e esposando a tese da universidade paulista, envio-lhe esta singela mensagem.
Certa feita, tia Ruth, recebi um hóspede indesejável: um vírus no disco rígido {(HD = hard (quente) disk)} de meu PC (Personal Computer = computador pessoal). Então fui obrigado a aprender a dar o famoso boot (pé na bunda, pontapé) em todos os softwares (programas) instalados. Resolvi fazê-lo sozinho, para aprender. Fui ao BIOS (vida), que é uma espécie de retrato da placa-mãe (útero do computador), onde você lê todas as características básicas da máquina e pode configurá-la. É como entrar na alma do bicho. Sabia que o macete era colocar o CD de instalação no driver (condutor) e dar uns toques repetidos na tecla delete (apagar). Hoje nem isso é mais necessário. É tudo automático. Basta a pressão de duas teclas. Teclado chama-se Keyboard = chave de bordo. A bordo de quê? Seria o timão de um navio singrando mares? Teria surgido daí a expressão navegar na Internet? Minha sorte é que havia feito backup (cópias de meus arquivos) em CD. Reinstalei todos os softwares (programas) e, como não tinha problemas de hardware (equipamentos), copiei-os e tudo funcionou às mil maravilhas.
E foi assim, minha jovem e amada escritora, que me rendi aos novos tempos, perplexo por já estar falando a linguagem da informática com a maior naturalidade. Logo eu que, só depois dos cinquenta anos, influenciado por meu filho, o Combat, passei a usar essa milagrosa maquininha. Acostumado a ler romances de ficção, livros de filosofia, direito, política e história, li e gostei do livro do Bill Gates, “A estrada do futuro”. Mal fechei sua última página assaltou-me o seguinte pensamento: já pensaram se o canadense Marshall Mcluhan quando, no início dos anos 60, do século próximo passado, lançou a expressão “aldeia global”, tivesse imaginado a revolução da informática, ou seja, que quase tudo poderia lhe vir às mãos, instantaneamente, de qualquer canto deste nosso vasto mundo? Pouco tempo depois passei a defender a democratização dos PCs. Toda morada do Brasil deveria ter, pelo menos, um. Tal qual luz elétrica, geladeira e telefone. O PC, principalmente depois da navegação em banda larga – e hoje já navegam até sem fio –, simplificou nossas vidas porque não mais enfrentamos aquelas filas quilométricas dos bancos; escrevemos, produzimos, alteramos e corrigimos textos, salvando tudo em arquivos; fazemos pesquisas sobre todos os temas que quisermos; mandamos documentos e mensagens instantaneamente; passamos e recebemos “faxies” (permitam-me esse plural); imprimimos o que nos interessa; ouvimos músicas; vemos filmes e televisão; escaneamos (permitam-me esse verbo), editamos e arquivamos fotos; produzimos filmes caseiros e mil coisas mais. Logo, logo, livros e jornais impressos serão coisas do passado, principalmente depois que minha geração passar e amadurecer a moçada que conviveu com a informática desde a infância. Meus netos usam um computador com a mesma naturalidade com que eu uso um garfo e uma faca para comer um arroz com pequi e carne de sol.
No entanto, grande Ruth Tupinambá, e a bem da verdade, há momentos que, como toda máquina, computador enche o saco, satura, cansa. Todos eles deveriam ter uma teclazinha chamada “foda-se”, para acionarmos nessas ocasiões. A gente não pode nem deve se viciar nessa cativante maquininha, porque isso poderia levar-nos a deixar de lado os prazeres maiores da vida, tais como beber uma cervejinha batendo papos com amigos em volta das mesas dos bares; fazer amor gostosamente; ler um bom livro ou uma crônica de Ruth Tupinambá; tocar um instrumento musical; andar pelas ruas, sem rumo e sem nada para fazer, só admirando a obra-prima da criação: gente. E o que seria pior: o vício cibernético pode também mandar para o espaço toda nossa criatividade, a ponto de nos transformar em meros manipuladores de informações, o que nada tem a ver com o processo conhecimento.
Computador é que nem bebida: gostosa, mas deve ser usada mo-de-ra-da-men-te. É valioso instrumento, preciosa ferramenta para facilitar nossa existência, cujos valores maiores, encabeçados pelo amor, foram tão bem ressaltados em sua artística crônica, eivada da mais profunda filosofia. Já imaginou, minha querida e cibernética Ruth Tupinambá, se Machado de Assis tivesse um PC?
Você, minha querida amiga, é, no altar de seus mais de 90 anos, a grande escritora de minha aldeia. Um símbolo de inteligência e honradez para as novas gerações. Obrigado por seus livros, artigos e crônicas. Obrigado pela homenagem que você prestou à memória de meu pai, numa de suas crônicas, relatando a amizade entre ele e seu marido, nosso saudoso “Conde” Armênio Graça. Querida "tia", sua bondade te fez Santa. Descanse em paz, sua vida valeu a penha.

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Mensagem N°79015
De: Haroldo Lívio Data: Domingo 16/11/2014 02:06:24
Cidade: M. Claros

A esquina dos três poetas

HAROLDO ´LÍVIO*


Fica na Rua Artur Lobo, que liga a Praça Dr. Chaves à Rua Gonçalves Figueira, bem próximo ao Centro Cultural Hermes de Paula, a esquina onde se dá o encontro de três notáveis poetas do passado. Esta rua, em tempos idos, foi chamada de Beco de Santa Bárbara, que nos protege de raios e trovões, e era usada como via de acesso às aguadas do Rio Vieira, na época navegado por canoas e povoado por curimatãs, surubins e outras delícias. Muito tempo depois, nossa vereação decidiu prestar homenagem a um dos primeiros vates de nossa cidade, Artur Lobo, de grande prestígio e montes-clarense nascido no então distrito do Sacratíssimo Coração de Jesus. Ele foi um dos primeiros jornalistas de Belo Horizonte, tendo participado das festas de inauguração, em 1897, da nova Capital de Minas Gerais, em cuja elite intelectual figurava com invejável distinção, tanto que os vereadores belo-horizontinos deram seu nome a uma artéria muito conhecida. Salvo engano, esta rua fica na Floresta, um dos bairros mais tradicionais daquela metrópole, outrora coroada Cidade Jardim.
Entra em cena o segundo poeta, quando a Rua Artur Lobo, antes de desembocar na antiga Rua do Pedregulho, hoje Gonçalves Figueira, atravessa a Rua Hermenegildo Chaves, cujo patrono é uma das glórias literárias da Montes Claros de antanho, da quadra distante das serenatas e dos saraus familiares. Seu nome e seu apelido carinhoso, Monzeca, estão inscritos na galeria das personalidades mais elevadas do jornalismo brasileiro. Nas redações por onde passou, na Capital que adorava, ainda repercute a admiração pelo texto exemplar que era a marca registrada de sua arte de fino lavor, quer seja prosando, quer seja versejando. A soprano Maria Lúcia Godoy, profunda conhecedora e intérprete consagrada da modinha, relaciona na contracapa de uma gravação os nomes dos quatro maiores modinheiros do Brasil e Portugal. Apontou o português Gonçalves Crespo, Castro Alves, o bardo João Chaves e seu irmão Monzeca. Isto basta para dar uma idéia da dimensão do encontro de Artur Lobo e Monzeca, dois gigantes de nossas letras. Monzeca vinha pouco à nossa cidade, embora a amasse a distância. Na última vez que por aqui esteve, parece que pela festa do Centenário, foi recepcionado em uma tertúlia no palacete do também menestrel Luiz de Paula, que alcançou o auge com a voz encantadora do seresteiro Telé Prates interpretando modinhas imperiais, valsas e outras cantigas de amor.
Completando o trio de poetas da esquina, entra em cena Geraldo Freire, o grande trovador de apenas um livro publicado, Fonte dos Suspiros. Ele, que me honrava com sua amizade, sempre foi considerado um eleito das musas e morava na casa da Rua Hermenegildo Chaves com lateral na Rua Artur Lobo. Dessa convergência de celebridades desta Cidade da Arte e da Cultura surgiu o encontro de três cabeças fulgurantes, de três épocas distintas, que enobreceram esta terra. Montes Claros tem umas coisas que as outras terras não têm...

* Do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Mensagem N°79014
De: c.jesus Data: Sábado 15/11/2014 11:23:12
Cidade: coraçao de jesus

Onibus de turismo de coraçao de jesus foi assaltado na madrugada de hoje proximo a cidade de jequitai, os ladroes conduziu o onibus pra dentro do mato, saqueou e bateram nos passageiros q ainda estao no local. alguem tem mais noticias????

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Mensagem N°79013
De: PM Data: Sábado 15/11/2014 08:26:51
Cidade: M. Claros

Às 15h40 de ontem, 14Nov, na Av. Sidney Chaves, no bairro Edgar Pereira, a Polícia Militar foi acionada a atender um roubo à mão armada consumado. Segundo relatos da vítima, um homem de 26 anos, conduzia um caminhão pertencente à cooperativa de leite para a qual trabalha, quando foi abordado por dois infratores sendo que um deles, armado com uma arma de fogo, após anunciar o roubo, subtraiu da vítima certa quantia em dinheiro, sendo parte em espécie e parte em cheque, bem como sua carteira de bolso. Foi feito rastreamento, que continua, na busca pela prisão dos infratores e recuperação dos objetos subtraídos, sendo que um deles já foi reconhecido.
***
Às 21h27 de ontem, 14Nov, na av. Deputado Plínio Ribeiro, no bairro Esplanada, a Polícia Militar foi acionada para registrar um roubo à mão armada consumado a posto de combustíveis. Segundo relatos das vítimas, um homem de 30, outro de 57, outro de 35 e um quarto de 41 anos, estavam trabalhando no posto quando chegaram dois infratores em uma bicicleta que, armados com arma de fogo, anunciaram o roubo e subtraíram do estabelecimento certa quantia em dinheiro, saindo em seguida. Através das informações prestadas pelas vítimas, iniciou-se o rastreamento, que continua, tendo sido um dos possíveis infratores responsáveis pela ação, um menor em conflito com a lei, de 17 anos, já identificado.

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Mensagem N°79012
De: montesclaros.com Data: Sábado 15/11/2014 01:18:56
Cidade: EUA

Excepcionalmente, parte do montesclaros.com - que entrará no seu 15º ano em janeiro - está sendo editada de ponto extremo da costa leste dos EUA. Será assim por breves dias, daí o horario incomum das postagens, devido ao fuso horário.

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Mensagem N°79011
De: Unimontes Data: Sexta 14/11/2014 23:47:23
Cidade: M. Claros

Conselho Universitário homologa resultado das eleições para reitor e vice-reitor O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Montes Claros (Consu/Unimontes) homologou em reunião extraordinária na tarde desta quinta-feira (13/11), o resultado das eleições para composição de lista tríplice para reitor e vice-reitor – gestão 2014-2018. O procedimento a seguir será o encaminhamento das listas, em ordem alfabética, ao governador do Estado, Alberto Pinto Coelho, para a nomeação dos dirigentes da instituição, o que deverá acontecer até 4 de dezembro, quando termina a atual gestão. A vice-reitora Maria Ivete Soares de Almeida foi a presidente em exercício nesta reunião do Consu. O presidente da Comissão de Legislação e Normas, professor Dalton Caldeira Rocha, fez a leitura do relatório final da Comissão Eleitoral, que foi aprovado por unanimidade. É importante ressaltar que, somente com esta homologação do Conselho Universitário, os resultados das eleições para reitor e vice-reitor são considerados oficiais. De acordo com a Comissão Eleitoral, uma vez aplicados os pesos estatísticos, os percentuais de votação para cada candidato, em conformidade com ordem dos nomes nas cédulas (como consta no relatório oficial), foram estes: REITOR – João dos Reis Canela (35,9%), Wagner de Paulo Santiago (39,4%) e João Batista Silvério (24,7%); VICE-REITOR – Rosivaldo Gonçalves (22,77%), Antonio Alvimar de Souza (33,43%) e Sílvia Nietsche (43,81%). As eleições que não se caracterizam como diretas – e se constituem como consulta à comunidade acadêmica – aconteceram no último dia 6 de novembro, em todas as cidades onde a Unimontes possui unidades. Não houve qualquer incidente, segundo constou no referido relatório apresentado pelo presidente da Comissão Eleitoral, professor Paulo César Mendes Barbosa. Os candidatos a reitor e vice-reitor concorrem indistintamente, sem a formalização de chapas. Conforme as regras do processo eleitoral, o voto na universidade é paritário: professores (peso de 70%), servidores técnico-administrativos (15%) e acadêmicos (15%).

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Mensagem N°79010
De: Sindicato do Comercio Varejista Data: Sexta 14/11/2014 23:33:39
Cidade: M. Claros

(...) O comércio de Montes Claros deverá funcionar normalmente no feriado de 20 de novembro, próxima quinta-feira, em que se comemora o Dia da Consciência Negra. Desta forma, os consumidores poderão ir às compras normalmente. O Sindicato do Comércio Varejista (Sindcomércio) divulgou a medida com antecedência, para dar tempo de os empresários, trabalhadores e consumidores se organizarem, evitando eventuais dúvidas quanto ao funcionamento do comércio nesta data.
Presidente do Sindcomércio, Glenn Andrade informa que termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015, firmado entre o Sindcomércio e o Sindicato dos Empregados regulamenta o funcionamento do comércio no dia 20/11 e esclarece que a comemoração deste feriado se deu no dia 04/03/2014 (terça-feira de carnaval), quando as empresas permaneceram fechadas.
O Sindicalista esclarece ainda que as empresas que funcionaram na terça-feira de Carnaval permanecerão fechadas no Dia da Consciência Negra. Caso tenham necessidade de funcionar, deverão pagar aos seus funcionários o dia em dobro em 20/11/2014, sem concessão de folga compensatória, conforme acordo firmado entre as partes.
Para o presidente do Sindcomércio, o acordo beneficia o comércio, trabalhadores e a sociedade, que desfrutaram o período carnavalesco sem interrupção. Em compensação o comércio não fica prejudicado com a sequência de três feriados em novembro, uma vez que o período que antecede ao Natal o sobrecarrega com a preparação de estoque, qualificação e contratação de mão-de-obra. Assim, os empresários concentram as atividades nesta data, além do pagamento da primeira parcela do 13º salário junto aos seus colaboradores, cujo vencimento se dá no dia 30 de novembro.

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Mensagem N°79009
De: Ucho Ribeiro Data: Sexta 14/11/2014 23:22:57
Cidade: M. Claros

BAIXADA DA SANTA CASA
4ª PARTE

Uma minúscula casa guinada para o poente, ao fundo do Colégio Imaculada, abrigava um casal germânico com três filhos louros, de olhos azuis. O mais velho, John, era colega de Fred, o do meio, Henry, meu colega, e o menor, que não lembro o nome, também estudava no colégio São José. A porta, sempre trancada, só era aberta parcialmente pela mãe quando batíamos para chamar os meninos para brincar. O pai nunca aparecia, não trabalhava nem saia de casa. Na fértil imaginação infantil, achávamos que o oculto e carrancudo alemão era da Gestapo e fugitivo da guerra. Suspeitávamos que fosse parceiro do famoso médico da SS nazista, Josef Mengele, “Anjo da Morte”, responsável pelo extermínio de judeus. Chegamos a montar uma carta denúncia para a embaixada de Israel, colando cuidadosamente palavra por palavra, recortadas de revistas e jornais, porém nunca conseguimos tirar uma foto do temido e misterioso oficial ariano para anexarmos como prova. Creio que só não efetivamos a delação por causa da amizade e afeição que tínhamos pelos três meninos.

Ao lado do refúgio da família alemã era o dormitório do internato do Colégio Imaculada. Quase todas as semanas rapazes faziam serenata para galantear as resguardadas internas, entre elas, as belas Marina Queiroz e Suely Oliveira. O cortejo musical se estendia à casa da frente, morada das jovens donzelas Lopes: Teresinha, Maristela e Vicentina(19).

No mesmo passeio em direção a Cel. Luiz Pires, residia o solitário e elegante Pedro Santana, mestre nas cadeiras de história, inglês e na norma culta, coloquial, sem gírias. Só saia de casa arrumado e bem penteado, sempre pronto para uma recepção. As duas casas vizinhas eram da família Dias. Na primeira, vivia Dona Aldinha, com suas filhas Ariana e Ana Verena e, na outra, Dona Nenzinha, que tinha uma filha chamada Neuza. Na direção a Rua Reginaldo Ribeiro, havia a casa de Dona Idália, mãe de João Capoteiro, Ernestina, Arlinda e Neném(20).

Também na irmã Beata, lado oposto, vizinho do Seu Juquita Queiroz, morava Seu Geraldo Borges do Café Diplomata, pai de uns dez filhos(21).

Findando a rua, à direita, em frente a casa da família Tralalá(22), ficava a casa do Seu Píndaro e Dona Ilda(23), que não fugindo à regra, tinham uma porção de filhas, todas bonitas, e um punhado de marmanjos, dois deles notívagos e músicos, Dandão e Davi.

À esquerda, era a funerária da Santa Casa, onde fabricavam variados tipos de caixões para os defuntos da cidade. Uns eram acolchoados, nos quais Paulinho, meu irmão, quando matava aula, dormia. Marão o acordava cedo para ir ao Polivalente e ele se esquivava e corria para a funerária. Lá, destampava o caixão mais fofo, deitava e puxava a tampa e o ronco. Só deixava uma frestinha para respirar. Acordava ao final da aula gazeteada. Esperava desinchar a cara e chegava para almoçar.

Existia um único caixão para os indigentes, construído com o fundo falso. O pobre morto só era agasalhado até o cemitério. Depois que o caixão descia na vala comum, o fundo era aberto e o coitado despejado. O féretro era recolhido e o defunto coberto de terra. Bai, bai...

Na Santa Casa, trabalhavam: Zé Azul, motorista e braço direito das Irmãs, que as acompanhava para fazer compras no mercado e outras tarefas; Pedrinho e Tampinha, mecânicos e eletricistas, responsáveis pela manutenção dos carros; Seu Liordino, um velho senhor que dirigia tanto a Veraneio das irmãs como a caminhonete fordona. Esta tinha uma carroceria de carregar defuntos para o cemitério que parecia um oratório.

Um dos divertimentos era cuspir fino e pouco nos olhos abertos dos mortos recém-chegados à funerária, para ver se eles piscavam e fechavam a pálpebra do olho salivado.

Tinha ainda dois outros senhores, responsáveis pelo destrinchamento dos cadáveres para a vistoria do legista Dr. Geraldo Drumond: Seu Geraldo e Seu Barbosa. Este último era um negro forte que, antes de iniciar o serviço de corte, ia ao boteco mais perto e tomava um copo até a tampa de pinga. Ao final, outro, para arrematar. Um para ter coragem, o outro para esquecer.

Na lateral da Santa Casa também tinha uma fabriqueta de hóstias. Sá Joana, após cortar as redondas pastilhas de trigo, distribuía as rebarbas para a gulosa meninada. Tinha moleque que chegava entalar com as sobras que pregavam do céu da boca a garganta adentro.

Na esquina do Café Diplomata, iniciava-se o beco da Coronel Spyer. Logo depois do muro da casa de Tóla, no outro passeio, moravam Seu Idevano, gerente do Automóvel Clube, e Dona Pedrelina(24), costureira de mão cheia. Nosso convívio era com os filhos Marcão (Gordo) e Nenga (Nem Galinha). Este último era o capeta em forma de gente. Uma vez, minha mãe estava encomendando uma roupa na casa de Pedrelina e viu Nenga correndo em cima do muro do quintal. Assustada, mamãe perguntou: - Ave Maria, Pê, este diabo do Nem Galinha frequenta aqui também? Não sei como você aguenta, ele falta me enlouquecer lá em casa.
Pedrelina, sem graça, disse: - Ô Jacy, eu tenho que aguentar, Marcos Antônio é meu filho.

Colado na casa de Idevano havia o sobrado de João Caldeira, dono da madeireira que funcionava na Irmã Beata, ao fundo lateral da nossa casa. O dia inteirinho ouvíamos o barulho do vai e vem das serras cortando as imensas toras de madeiras. Era de lá que pegávamos a serragem para colocar nos gols dos campinhos de futebol. Ele tinha um filho, Roger que, salvo engano, foi para Belo Horizonte estudar dança, e uma linda filha chamada Vilma. Havia também o assisado Jackson, que o ajudava na serraria, andava sempre arrumado e só se deslocava montado numa bicicleta verde toda paramentada e limpíssima. Tinha um moderníssimo dínamo para acender os faróis e até um rádio acoplado no guidom. De dar inveja.

Já quase no final do beco, situava-se a casa do Coronel João de Deus(25) e seus rebentos. Os homens, Ziba, Têra e Ada, eram companheiros de toda hora, tinham o sentido sempre voltado para as brincadeiras e para o futebol, quando não estavam no mundo encantado deles: Juramento. As meninas, Deusmira e Valmira, diferentemente, eram estudiosas e a última tornou-se promotora em Montes Claros.

Na Cel. Spyer também moravam Dona Joana e seus filhos, Amarildo, Ronnie e Alexandre, amigos da rapaziada.

Bem, depois de tantas e saudosas memórias, o que restou da minha baixada? Onde está o longo muro esburacado da Santa Casa? E o murinho da casa de Jessinho? Cadê os campinhos de futebol e as casas dos meus amigos com as portas escancaradas? Não vejo crianças nas ruas, nem o rio correndo vistoso e piscoso. Não ouço mais a gritaria da meninada, apenas buzinas e freadas. O cheiro de café foi substituído pela fumaça dos carros e das ambulâncias. Só na memória e de olhos fechados ouço o variado barulho dos rolamentos percorrendo as diversas texturas dos passeios das residências: zizizizi, vrum vrum vrum, tlec tlec tlec, vrup vrup vrup, ziiiiiiii, e o sonoro e contumaz tombo. Onde eu guardei as minhas bolinhas de gude, minha manivela de 16 cruzetas e o meu álbum completo de figurinhas, tão quistos? Cadê a minha tanajura mor, da bundona mais inchada, vitoriosa em todos os combates frente às dos outros meninos? E a meia dúzia de cobras de vidro que eu guardava na gaveta do meu guarda-roupa? Para aonde foi a minha coleção de selos, herdada de mamãe? Lembro-me de páginas e páginas de “Olho de Boi”, que troquei com Ernesto e Paulão por míseros centavos, por um lápis de cor ou por uma desejada borracha? Cadê a inocência de Cori, os causos do Cel. Georgino, a gentileza de Seu Juquita, a amizade de Waltinha, a fidalguia de Júlio de Melo Franco, a alegria de Tola, as palhaçadas de Tadeu, os tombos de Aníbal, o fundo musical do piano de Júnia, as brincadeiras de strak-deixa, estátua, bolso esquerdo, a raça de Têra e Ada na defesa e os dribles de Tone Lídio e Malveira no ataque? Não ouço mais a estridente corneta de Mazzaropi, nem a rouca buzina de Adão Padeiro, anunciando o seu pão alemão. Não mais flutuo por cima do rio Vieira, pendurado em cipós, nem pego mais cari em suas águas. Nunca mais nadei em seus poços ou brinquei nos esconderijos de suas margens. Hoje tudo está cimentado, asfaltado, enterrado na nossa memória. Tudo passou, foi embora, levado para longe, como as enchentes do Vieira que arrastavam madeiras, fogões, cobras, portas, vidas e sonhos.

Resto-me só, desamparado, neste caos urbano, anônimo, tentando aspirar na memória, inocentemente, um pouco daquele cheirinho de café torrado, na esperança de voltar à minha infância para brincar com aquela meninada alegre e amiga, principalmente com os que se encantaram e nos deixaram saudades.

Fim.


NOTAS:

(19) Filhas de Biô e Florinda Lopes, juntamente com Irmã Marilda, Padre João Batista, o vereador Hamilton Lopes, Geraldo, Antônio Augusto (Antoninho), Romário, Jason e Alexandre.
(20) Neném, casada com João Rosquinha, pais de Ernane, Everaldo e Everlando.
(21) Geraldo Borges e D. Sinhá, pais de Jandira, Elenice, Luciene, Cristina, Betinha, Marco, Walkir, Irã, Reinaldo e Marcinho.
(22) Ubaldino e D. Marlene, pais de Tone Lídio, Lalá, Lucado, Cazoba, Caderinque (Ique), Sergio, Marcelo (Nem) e Viviane.
(23) Píndaro e D. Ilda, Ari, Davi, Dandão, Ernani, Danilo, Oldack, Geralda (Gue), Kaia, Ieda e as gêmeas Eni e Adi.
(24) Idevano e D. Pedrelina, pais de Marcão (Gordo), Marco Antônio (Nem Galinha ou Nenga), Marília, Mary e Marla.
(25) João de Deus e D. Durvalina (Vainha), pais de Ziba, Têra, Ada, Deusmira (Di) e Valmira.
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Mensagem N°79008
De: Joao Data: Sexta 14/11/2014 19:23:53
Cidade: montes claros

Movimentaçao de viaturas policiais e ate helicoptero sobrevoando proximo ao hospital haroldo tourinho agora umas 18:00.alguem tem mais informaçoes do q seria?

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Mensagem N°79006
De: José Geraldo de Freitas Drumond Data: Sexta 14/11/2014 10:12:55
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

REGRAS DO JOGO

Em toda democracia, as relações entre os distintos estratos e segmentos sociais são balizados por regras estabelecidas por leis, originadas da instância competente, no caso o parlamento, onde têm assento os representantes da população.
Assim são formuladas a Constituição e as leis de um país, estado ou município, em todo o mundo democrático. São as regras do jogo que medeiam o papel de cada membro da sociedade.
No Brasil, a criação de universidades públicas determinou que se lhes assegurasse os princípios da autonomia administrativo-acadêmica, além da indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão. Eis o que emana da Constituição Federal, estadual e da Lei Orgânica dos municípios, que albergam em seus âmbitos administrativos as suas universidades.
O estatuto legal destas universidades varia entre fundação de direito público e autarquia, ambas compreendidas na estrutura da administração indireta estatal. Como tal, os seus dirigentes são designados pelo governo de cada instância mediante a apresentação de listas de nomes escolhidos pela comunidade universitária.
No entanto, como se trata de uma lista de nomes, é do alvedrio do governante definir quem, no seu entendimento, alcança os predicados adequados para liderar a instituição universitária.
No caso da Unimontes, uma autarquia estadual regida por normas consoantes à Constituição Estadual e por seu Estatuto, está estabelecido que, ouvida a comunidade universitária, formar-se-á uma lista tríplice para reitor e outra para vice-reitor, as quais deverão ser remetidas ao Governador do Estado para a designação dos respectivos nomes que deverão governar a universidade por um quadriênio.
Essas listas, homologadas pelo Conselho Universitário, são encaminhadas tradicionalmente obedecendo-se uma ordem alfabética dos nomes mais votados., com a finalidade de se evitar constrangimento (e/ou uma indelicadeza) à autoridade que tem o poder decisório.
Este é o processo legal e tradicional que vigora na Unimontes até mesmo antes de sua criação, quando ainda era a Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM).
Compulsando a história e os dados existentes nas atas dos conselhos superiores dessas instituições, constata-se que a escolha do Governador nem sempre recaiu sobre o primeiro nome ou sobre quem tenha recebido maior número de votos.
É bom lembrar que na primeira eleição direta para a Direção Geral FUNM, que precedeu a criação da Unimontes, a escolha para vice-diretor geral recaiu sobre o nome do Professor Geraldo de Magalhães Zuba e não sobre o segundo colocado em ordem de votação, o Professor Alfredo Dolabella Portela Filho.
Na eleição para o primeiro reitorado da Unimontes, período 1998-2002, a escolha do Governador para vice-reitor foi do Professor Paulo César Gonçalves de Almeida, que não era o primeiro colocado na votação da lista para vice-reitor.
E na segunda eleição para reitor da Unimontes, período 2002-2008, o reitor escolhido foi o Porfessor Paulo César Gonçalves de Almeida, que ocupava o segundo lugar na lista dos mais votados pra o cargo.
Portanto, não há que discutir sobre a prerrogativa do Governador do Estado em designar, ao seu talante, os nomes que considera adequados para os cargos de reitor e vice-reitor, dentro das opções que lhes são encaminhadas pelo Conselho Universitário, periodicamente.
As gestões políticas feitas pelos candidatos incluídos nas respectivas listas para obter sua designação governamental, são mais que legítimas e democráticas; entretanto, há que se ter como perfeitamente legítimo e democrático a submissão de seus nomes à decisão final da autoridade governamental, que tem a prerrogativa constitucional de nomear os dirigentes da autarquia.
Qualquer excesso, sob qualquer pretexto, que possa deslegitimar esse processo, significa mais uma deficiência de convicções democráticas de seus autores, quando não podem ecoar motivos escusos...

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Mensagem N°79003
De: Ucho Ribeiro Data: Quinta 13/11/2014 12:15:31
Cidade: Montes Claros

Hoje, o acriançado poeta Manoel de Barros foi-se ou se encontrou eternamente com o menino que o conduziu vida afora. Faleceu em Campo Grande, ao 97 anos.
Sua linguagem era artesanal, não se prendia as convenções gramaticais ou sociais, buscava sempre a simplicidade. "Porque me abasteço na infância e minha palavra é bem-de-raiz e bebe na fonte do ser".
Na maturidade, confessou: Me procurei a vida inteira e não me achei - pelo que fui salvo...

A poesia está de luto.

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Mensagem N°79002
De: Manoel Hygino Data: Quinta 13/11/2014 10:43:59
Cidade: Belo Horizonte

As chuvas no sertão

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Chuva no sertão é mais esperada, com mais fervor e ansiedade, que o prêmio maior da Sena. Enfim, a loteria beneficia apenas um, ou uns, quando do chamado bolão. As águas descendo das nuvens são mais democráticas, trazem bondades a milhares e milhares, mesmo milhões de pessoas. Por isso, o homem do sertão – ou mulher – diz que ela vem do céu, constitui algo sobrenatural, que depende de Deus, porque nele se crê.
Quando falta esta bênção no sertão, em longa temporada, reúnem-se as devotas para o terço na suas humildes habitações, fazem novenas e formam procissão com as fiéis carregando pedras na cabeça em cantorias tristes, expressando dor, mas também confiança em que não sejam esquecidas. E o sol, inclemente e impiedoso, desce em chispas sobre as cabeças desprevenidas.
Caminhões e caminhões, lotados dos que procedem de terras mais ao Norte, chegam carregando suas dores e já parcas esperanças. São dezenas e centenas de quilômetros de incômodo percurso, passando fome, lembrando o que ficará para trás, os pequenos e pobres bens que herdaram de pais e avós também sofridos. Sem mais condições físicas para enfrentar o extenso deslocamento ao Sul, ficavam em seus casebres os mais idosos, aguardando a hora final ou já sepultos na terra em que vieram à vida.
Quando outubro se esvaía neste 2014, o redator local, atento e com bom texto, registrou eufórico: chuva de encher rio, uniforme, vigorosa, comportada, sem raios e trovões. Chuva de lavar os ares, de acender a iluminação das ruas. Chuva de Deus, chuva da infância em minha cidade, quando a população toda rumava para a beira do rio Vieira, a fim de ver a enchente chegar e passar, ir levando grandes toras e tudo que achava pelo caminho. Chuva de transformar ruas em rios, próprias às brincadeiras dos indomáveis meninos que fomos todos. Chuva de se juntar às outras na memória da gente, de tapar os horizontes, de aquietar a terra, serenar, docemente lhe dizendo nas profundezas que aqui estamos nós, os filhos de Eva e da terra.
Persiste, porém, a dúvida. Ela vai continuar? As boas impressões persistiram, mas não longamente: as chuvas inaugurais do sertão, ou mesmo as saideiras, que abrem e fecham o ciclo das águas, costumam ser iradas. Este ano, não. Surgiu de mansinho, estendeu seu manto sobre a serrania com doçura e o calor forte fugiu. Temporariamente.
Reina a natureza, há festas nos ninhos, a natureza se recompõe, a ensinar aos homens que eles pertencem à natureza, e não o contrário, como julgam na sua soberba, e enfatiza o jornalista Paulo Narciso. Ele olha pela janela – os montes claros encobertos pela chuva mansa e pensa: é a sinfonia de sempre nos pingos de chuva. O Natal parece que chegou. Glória a Deus nas alturas.
Mas tudo não passou de um aviso prévio, para que todos se preparassem para quando a chuva chegar forte, ao ponto de destruir moradias humildes. Resta esperar, os rios estão secos, até o Velho Chico chora de saudade na lonjura de seu leito sagrado.
O São Francisco murchou, virou um filete de água, os peixes morrem, a agricultura ribeirinha padece duramente, o gado enfraquece e carrega seu esqueleto em busca de alimento. Que venha mais água do céu!

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Mensagem N°79001
De: Prefeitura Data: Quarta 12/11/2014 18:23:13
Cidade: M. Claros

Dois médicos cubanos do programa Mais Médicos que atendiam à Estratégia de Saúde da Família nos bairros Jardim Olímpico e Novo Delfino deixaram de comparecer ao trabalho há cerca de uma semana.A situação já foi comunicada ao Ministério da Saúde. Eles foram notificados ontem pelo Ministério e, se em 48 horas não responderem, serão considerados desistentes voluntários do Programa.A Secretaria Municipal de Saúde informa que o atendimento nos locais estará normalizado já na semana que vem.
***
Hoje em Dia - Cubanos são notificados por ausência no Mais Médicos em Montes Claros - Dois médicos cubanos que integravam o programa Mais Médicos, do Governo Federal, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, não comparecem ao trabalho há uma semana. A informação é da prefeitura da cidade. Segundo o Executivo de Montes Claros, os médicos atuavam no programa Estratégia de Saúde da Família nos bairros Jardim Olímpico e Novo Delfino. A ausência dos profissionais foi comunicada ao Ministério da Saúde, que já notificou os cubanos. Casos eles não retornem ao trabalho em 48 horas, poderão ser considerados desistentes do Mais Médicos. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o atendimento nos dois bairros deverá ser normalizado até a próxima semana.
***
O Tempo - Ministério da Saúde notifica cubanos que abandonaram trabalho em Minas - Dupla que atuava no Programa Federal Mais Médicos, em postos de saúde pelo Programa Municipal Estratégia de Saúde da Família, deixou posto de trabalho há uma semana e ainda não apareceu - Camila Kifer - O Ministério da Saúde notificou dois médicos cubanos do Programa Federal Mais Médicos, que atendiam em postos de saúde pelo Programa Estratégia de Saúde da Família em Montes Claros, no Norte do Estado, e abandonaram os trabalhos há uma semana. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (13) pela Secretária Municipal de Saúde.
Por meio de nota, a secretaria informou que ambos os profissionais trabalhavam nos postos localizados nos bairros Jardim Olímpico e Novo Delfino. Na última semana, os médicos deixaram o local de trabalho e não retornaram. Amigos cubanos que, também, fazem parte do programa informara à secretária que na última vez que a dupla entrou em contato estavam em Belo Horizonte. Agora, ambos estão refugiados em Miami, nos Estados Unidos, segundo os relatos.
A prefeitura de Montes Claros notificou o Ministério da Saúde nessa quarta (12). No mesmo dia, o ministério contactou os médicos. Caso não retornem ao trabalho em 48h, a partir de quarta, eles serão considerados desistentes voluntários do programa.
Outros dois profissionais estão sendo contratados pela própria prefeitura, que espera que o atendimento seja normalizado até a próxima semana. Ainda conforme a Secretaria Municipal de Saúde , atualmente 26 médicos estrangeiros participam do programa federal, desses 16 são cubanos.

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Mensagem N°79000
De: Liliane Data: Quarta 12/11/2014 13:15:49
Cidade: Montes Claros - MG

Gostaria de informar ao Sr.Valdemar Pereira da cidade de Manga (Mensagem 78997), que as inscrições para o vestibular da UNIMONTES foram prorrogadas até o dia 14/11/2014. Espero que consiga inscrever sua filha para o vestibular.

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Mensagem N°78999
De: José Ponciano Neto Data: Quarta 12/11/2014 08:58:20
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Parque Lapa Grande: A direção do parque deve explicações acerca das medidas inconsequentes que estão impondo e dificultando realizações de importantes tarefas naquela Unidade de Conservação (UC). Na mensagem 78995 postada pela CEMIG retrata o desatino. Como pode deixar faltar água numa parte da cidade face de um regulamento descomunal? Quando cogitaram a criação do Parque Lapa grande por meio de um decreto (44.204) no Art. 3º está explicito: Compete ao Instituto Estadual de Florestas - IEF, em conjunto com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, administrar o Parque Estadual da Lapa Grande, adotando as medidas necessárias à sua efetiva proteção e implantação. Atualmente, além da Copasa não fazer parte da administração, tem dificuldade de realizar algumas tarefas alusivas a estudos do manancial; como aconteceu recentemente quando fomos impedidos de coletar água para analises que iriam subsidiar o Projeto: “Avaliação Hidrogeológica dos Sistemas Aquíferos Cársticos e Físsuro-Cársticos na Região Hidrográfica do São Francisco”. Somente dois dias depois após um agendamento desnecessário foi possível. Ressalto que, o acesso franqueado a Copasa é para troca de turno dos operadores que trabalham na unidade de bombeamento ali existente bem antes da criação do parque. Tais, ocorrências não ocorre em outros Parques onde a Copasa é co-gestora: Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (BH) ; Parque Estadual Serra do Cabral Buenópolis/ Joaquim Felício; e o Parque Estadual Pau de Fruta em Diamantina, destaco o acesso e o relacionamento que são harmonioso e frutífero Preservar é necessário, mas, tudo tem limite. Talvez o próximo secretário da SEMAD possa mudar o tratamento com as estatais que depende de pesquisar e dar manutenção no interior do parque Lapa Grande. Talvez seja este rigorismo que vem deixando a população contrária à ampliação do parque. Aliás, provavelmente tem outro viés. Alguns proprietários desejam equilibrar sua situação com a desapropriação. O pior. Em detrimento dos pequenos sitiantes nativos naquela região.
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente Natural e Urbano e Técnico do Programa Água Doce do Ministério do Meio Ambiente no componente Mobilização Social.

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Mensagem N°78998
De: Sulamita Popoff Data: Terça 11/11/2014 16:05:39
Cidade: MINAS GERAIS  País: Brasil

Acabei de ser roubada nas imediações da Vila Guilhermina por um homem de moto escura que vestia calça jeans, camisa amarela e botina. Ele me fechou de moto na esquina da rua José Joaquim Guimarães. Levou a minha bolsa com dinheiro, documentos e pertences pessoais. Fiz a ocorrência e fui muito bem atendida pela Polícia Militar. Consegui imagens dele na câmera de segurança de uma residência próxima. Peço que divulguem as imagens e qualquer coisa entrem em contato comigo.

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Mensagem N°78997
De: Valdemar Pereira Data: Terça 11/11/2014 09:08:45
Cidade: Manga/MG

Sou leitor deste Site e faço isto todos os dias, lamentavelmente é que por confiar neste informativo que esgotou o prazo para inscrição do vestibular 2015 - Unimontes, não sendo mais possível inscrever minha filha para o curso de medicina. Somente ontem às 20:00 que tomei conhecimento do prazo. Sei que a culpa não é da equi pe do montesclaros.com, mas o culpado sou eu mesmo por confiar tanto neste informativo e que desta vez nada postou sobre o vestibular Unimontes. Continuarei sendo leitor de vcs mas com um pouco de descrédito... Jesus abençoe a todos! Obs. Agora tenho que torcer para ser prorrogado o prazo para inscrição.

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Mensagem N°78996
De: Geraldo Lopez Data: Terça 11/11/2014 08:44:05
Cidade: m.claros

Bom dia. Saí ontem cedo de BOCAIÚVA e peguei chuva até JANAÚBA. chuva boa, constante. Muitos tanques à beira da estrada já pegaram água. Deus queira que chova bastante até março para termos pelo menos água nos rios, pois o pasto já se foi, infelizmente.

att

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Mensagem N°78995
De: Cemig Data: Terça 11/11/2014 08:13:52
Cidade: Montes Claros

(...)A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig informa que a interrupção no fornecimento de energia ocorrida ontem no Parque Lapa Grande, atingindo uma unidade da Copasa, ainda não foi solucionada. A equipe da Cemig esteve no local para identificar as causas e solucionar o problema, mas teve dificuldade para chegar até o local, devido à dificuldade de acesso, em função do tipo de vegetação do Parque. Ao retornar para dar continuidade aos trabalhos, foi impedida de entrar, tendo sido informada que estava fora do horário de liberação de entrada no Parque. A Cemig aguarda a liberação do órgão responsável para que a Empresa possa realizar as manutenções necessárias na rede para corrigir o problema e evitar, inclusive, interrupções acidentais futuras.

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Mensagem N°78994
De: Observador Data: Segunda 10/11/2014 16:47:09
Cidade: Montes Claros/MG

"9/11/1944 - Morre em ação, nas operações do rio Reno, Itália, Geraldo Martins de Sant’Ana, Cabo da Força Expedicionária Brasileira. Nasceu, em Montes Claros, a 29 de março de 1922, filho de Antônio Martins de Sant’Ana Primo e dona Josefina Cândida Sant’Ana..."
Montes Claros homenageia os 70 anos da morte do seu herói da II Guerra Mundial.

Mensagem N° 75132

De: Neto Data: Seg 15/4/2013 11:54:45
Cidade: Montes Claros MG País: Brasil

Prezados senhores, Quantos pais ainda restaram nos dia de hoje como esse pai montes-clarense que escreveu ao seu filho enviado para a II Guerra? Att, Neto 14/04/13 - Cabo Geraldo Santana: uma carta de pai para filho sexta-feira, 12 de abril de 2013 Este ano, coloquei-me na missão de pesquisar a respeito do meu único conterrâneo a morrer em combate na Segunda Guerra Mundial, Cabo Geraldo Martins Santana, que neste 2013 faria 90 anos de idade. Seu irmão caçula foi bastante gentil comigo, cedendo uma grande quantidade de documentação, que hoje está no arquivo da Sala de Guerra.Entre a documentação que recebi, uma carta me chamou a atenção. Emocionei-me muito da primeira vez que passei os olhos sobre este documento, perdido há quase 70 anos. As palavras nele contidas são as angústias sinceras de um pai entregando a vida do filho à nobre causa da defesa da Pátria - fato que o destino consumou apenas 13 dias depois.
Geraldo Santana morreu em combate em 9 de novembro de 1944, sem nunca ter recebido esta carta; e é muita sorte que uma cópia tenha sobrevivido até nossos dias. Todos a quem mostrei este documento são unânimes em dizer que jamais viram algo semelhante sobre a FEB. É um testemunho de abnegação e dever patriótico que vai acima do amor familiar - quando o Sr. Antônio Santana despede-se do filho e pede-lhe para não sentir medo da morte. Sentindo-me no dever de compartilhar esta carta com todos vocês, faço dela, finalmente, imortal:Júlio César G.Antunes


Montes Claros, 28 de outubro de 1944
Querido filho Geraldo:
Saudades...


Recebi do Quartel-General do Rio de Janeiro comunicação que foste incorporado à Força Expedicionária Brasileira.
Não foi pra mim nenhuma surpresa, porque o soldado está sempre sob as ordens dos seus superiores e deve acatar essas ordens com todo o respeito.
Foste incorporado porque era necessário que a Pátria insultada respondesse à agressão dos corsários Nazistas que agiram debaixo de espesso nevoeiro, matando nossos irmãos.
Aqui, em casa, todos receberam com imenso orgulho essa notícia. Filho, jamais surja em teu cérebro o pensamento de um homem covarde. Seja firme no cumprimento do dever, principalmente quando a nossa Pátria foi traiçoeiramente atacada pelos vilões de além-mar.
Não importa que o intenso inverno dificulte a nossa marcha ou que o sol abrasador faça demorar o avanço, o certo é que precisamos chegar até o fim do nosso itinerário ombro a ombro com as FORÇAS ALIADAS.
Ainda me recordo daquela bela poesia que diz em uma de suas estrofes:
Para a frente que importa a invernada,
Temporal, inclemência de sois.
Quem for fraco, que fique na estrada,
Que a vanguarda é o lugar dos heróis.
Pedimos a Deus para conservar tua pessoa ilesa das balas assassinas dos Nazistas; porém, se for do agrado do Altíssimo que o teu corpo tombe no campo de batalha, para que muitos outros vivam, seja feita a vontade de Deus.
O ataque deve ser repelido embora sucumbam alguns dos nossos. Que papel faríamos se permanecêssemos de mãos cruzadas quando o inimigo comum tentou ultrajar a nossa soberania?
Seremos por ventura alguma estátua onde o sangue não circula?
É legal trair nossa tradição?
Não, isto não.
Dos túmulos de Caxias, do Tenente Antônio João, de Camisão e outros mais, ouviríamos o grito da dor do insultado dizendo-nos:
Irmãos, hoje mais do que nunca o Brasil precisa vingar os seus filhos.
Levai em resposta à agressão a esses Nazistas o brilho de uma baioneta empunhada para que os nossos sejam vingados.
E, assim, acalmarão as ondas tempestuosas do mar furioso, e a bonança reinará para todos os povos do mundo, que foram vítimas dos sutis ataques do Eixo.
Portanto, filho, não queiras ter maus pensamentos e jamais haja em tua pessoa o desespero.
Seja também calmo. Porque todos nós temos que morrer um dia; logo, é desnecessário e mesmo indecente o desespero.
Muitos se enganam com a morte.
Ela não causa assombro a ninguém, porém enobrece a muitos. Se for preciso, morre em honra da Pátria e viverás eternamente. A tua lembrança ficará sempre conosco.
Um conselho: conserve sempre a tua fé em Deus e jamais a deixe seduzir por outrem. Todos nós estamos indo bem graças a Deus.
O que sentimos são saudades tuas, mas esperança de que em breve estarás aqui em Montes Claros conosco.
Terminando, pedimos a Deus por tua pessoa e pela honra e glória do Brasil e o cabal êxito da FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA.
Queira aceitar a benção de teu pai e os abraços que teus irmãos, tias e cunhados lhe mandam.
Teu pai,
Antônio Martins de Santana Primo

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Mensagem N°78993
De: André Data: Segunda 10/11/2014 15:00:13
Cidade: Montes Claros - MG

Aviso a quem tem lote em Montes Claros e não o visita regularmente. É preciso sempre ir lá, verificar se ainda está no mesmo lugar. Lotes não mudam de lugar, mas a sua propriedade - entre nós - muda, de maneira fraudulenta. Todo dia, há notícia de alguém que é surpreendido por uma construção no imóvel que é seu. Há tempos, anos, age na cidade uma poderosa quadrilha especializada em vender lotes - dos outros. Quando o dono acorda, seu imóvel foi transferido no cartório, com toda aparência de legalidade. É preciso que as várias ramificações da Polícia investiguem e revele o tamanho deste golpe - que pode ser o maior da história de Montes Claros. É preciso que o assunto seja levantado pelo Ministério Público. Há poucas semanas, um dono de lote ainda conseguiu parar o início de uma construção no seu imóvel, localizado em importante avenida do Bairro Ibituruna. Há um silêncio absurdo e inquietante cobrindo esta fraude.

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Mensagem N°78992
De: Judith Data: Segunda 10/11/2014 14:54:10
Cidade: M. Claros

Pela primeira vez, nestas "águas", a barragem do chamado Interlagos, que o povo chama de Pampulha, a barragem sangrou. Foi hoje cedo, resultado das chuvas da manhã de hoje e da "pancada" de ontem à noite, cheia de raios. A última previsão do serviço meteorológico agora diz que vai chover em Montes Claros até domingo, pelo menos. A ver, pois a nossa meteorologia funciona como um "pato manco", nome que tomou dos políticos asnados.

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Mensagem N°78991
De: Manoel Hygino Data: Segunda 10/11/2014 10:44:28
Cidade: Belo Horizonte

Relíquias... ou quase

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Leio uma lauda sobre a beatificação de Paulo VI, considerado o papa da continuação, conclusão, recepção e aplicação do Concílio Vaticano II. No texto, informo-me de que o pontífice beijou os pés do patriarca de Constantinopla, devolvendo a relíquia da cabeça de Santo André à Igreja Ortodoxa.
Os pormenores me chamam a atenção. Santo André é um dos apóstolos, o outro é Felipe, com nome grego. Natural de Betsaida, era irmão de Simão Pedro e pescador de Cafarnaum, sendo – juntamente com Pedro – chamado por Jesus ao apostolado. A tradição lhe atribui vários campos de atividade missionária, incluindo Bizâncio e Grécia, onde foi martirizado sobre uma cruz em forma de X, chamada Cruz de Santo André. Padroeiro da Rússia, ali Pedro, o Grande, criou a Ordem do Cavaleiro de Santo André.
Suas relíquias foram trasladadas, na época da quarta cruzada, de Acaia para Constantinopla e, em fins do século, para Roma, onde ficou principalmente em Amalfi, cidade italiana. Hume, “History of England”, 1891, conta que, no reinado do soberano inglês Henrique VIII, foi encontrado num “prego”, penhorado por quarenta libras (soma elevadíssima para a época) um dedo de Santo André, pertencente a um dos mosteiros ingleses mais célebres da Idade Média.
O tema, tão curioso, serviu para um capítulo de excelente obra de Ivan Lins (evidentemente o escritor), membro da Academia Brasileira de Letras, mineiro de Belo Horizonte. Lins, que foi meu amigo, recorda que o padre Vieira, no século 17, lembrava que foram disputadíssimos os restos mortais de São Francisco Xavier, cujo braço direito fora requisitado em Roma pelo Santo Padre, Paulo V.
Essa exagerada devoção gerou muitas fraudes. Frei Salibene, franciscano do século 13, nascido em Parma em 1221, deixou interessante crônica a respeito. Diz ele que, apareceu em Parma, carregada por frenética multidão em procissão, uma relíquia de Santo Alberto de Cremona. Era o pequeno dedo do pé.
Um cônego, dotado de extraordinário olfato, aproximou-se do andor e percebeu que o cheiro não era exatamente de santidade. Tomou em suas mãos a relíquia e constatou que a preciosidade não passava de um dente de alho.
O imenso valor das relíquias na Idade Média se devia a sua eficácia para exorcizar Satanás, o grande e permanente pesadelo medieval. Trata-se de algo que, mesmo hoje, ainda influencia os incautos e ingênuos. Guibert, Abade de Nogent, discípulo de Santo Anselmo, escreveu, em meados do século 12, a propósito de um dente de leite de Cristo, minucioso tratado que impressiona pela solidez da argumentação.
Naquele remoto tempo, até cidades europeias adiantadas acreditavam em estupendas relíquias. Várias localidades se orgulhavam de possuir sapatos, camisas, cabelos e até o próprio leite da Virgem. Autores garantem que o Papa Clemente V, em 1310, dividira em três o santo Umbigo, que teria sido conquistado por Carlos Magno ao império grego. Uma parte foi direcionada à igreja de São João de Latrão, em Roma, outra enviada a Constantinopla, e a terceira à igreja de Nossa Senhora de Châlons, onde se celebrou missa para recepcionar a honrosa partícula do corpo de Jesus.

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Mensagem N°78990
De: Wanderlino Arruda Data: Segunda 10/11/2014 08:27:12
Cidade: Montes Claros/MG

FAFIL, MAIS DE MEIO SÉCULO

Wanderlino Arruda

Creio que o grande laboratório de ideias a usina dos sonhos tenha sido mesmo as salas de aulas da Universidade Federal de Minas Gerais, onde moças montes-clarenses terminavam diferentes cursos, tão distantes uns dos outros que iam da História à Pedagogia, das Letras à Matemática, da Geografia às Ciências Sociais. Diplomatas, portadoras de muito saber e incentivo de antigos professores da capital, Isabel Rebelo de Paula, as irmãs Baby e Mary Figueiredo, Sônia Quadros Lopes, Florinda Ramos Marques, Dalva Santiago de Paula, ansiosamente, se uniram a outros idealistas, e o resultado foi o nascimento da Fafil - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Norte de Minas aqui em Montes Claros. Verdade é que não houve oposição ao seu trabalho e até não faltou crédito ou aquele sempre necessário voto de confiança. Todo mundo acreditou nelas, com o Colégio Imaculada Conceição cedendo espaço físico e moral, a Fundação Educacional Luiz de Paula fornecendo recursos e entusiasmo, professores como Jorge Ponciano Ribeiro, dando logo a sua quota de serviços. Foi uma beleza o começo, um sucesso o primeiro cursinho de Montes Claros. Lembro-me bem, da primeira aula de francês que tivemos com a professora Baby Figueiredo, com texto solto, impresso fora de livro, uma novidade! Lembro-me do Adélia Miranda elaborando, como secretária, os primeiros relatórios, apertando os primeiros alunos retardatários para não atrasarem no pagamento das mensalidades ou início das aulas. Era uma experiência interessantíssima com passagens de se emocionar! Era tanta sabedoria nova, um conhecimento tão organizado, uma perspectiva de aprendizagem tão grande, que problemas apareciam a toda hora, todos querendo aproveitar de tudo, sorver de vez todo um alimento que por não existir antes, estava sendo negado a quem muito o desejava. Acontecia então o troca-troca de salas, uma espécie de mineração de assuntos, um descobrir quem era o melhor professor um abeberar de toda uma nova filosofia de vida. Não posso contar tudo sobre as aulas de nossos cursos, nos primeiros dias do semestre, porque os acontecimentos vinham aos borbotões, quase sufocando a curiosidade, até confundindo as cabeças. Era como se fosse um vasto ciclo de conferências de palestras, um eterno comício. Hamilton Lopes, calouro, ensaiava os primeiros passos da política estudantil, João Valle Maurício, José Nunes Mourão, Hélio Vale Moreira, Mauro Machado Borges, alunos mais vividos, mostravam uma compenetração pouco natural de estudantes. Yvonne Silveira, esta numa santa vaidade de literata, se desmanchava em sorrisos e sutilezas numa alegria quase infantil. Tudo foi uma longa festa intelectual, uma corrida de muita sede à fonte, todos considerando um grande privilégio, uma oportunidade a mais de vencer na vida, em campos profissionais já longamente seguidos. Pela primeira vez, vimos professorinhas ensinando para ver elenco de construtores do futuro! Olhado de longe, cinquenta e um anos depois, quase uma loucura. Mas que maravilhosa loucura! Que o diga Isabel Rebelo de Paula, a primeira diretora.
Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°78989
De: Yara Data: Domingo 9/11/2014 21:35:43
Cidade: Moc

Chuva e faíscas ainda há pouco em M. Claros. Veio da região certeira, da Malhada dos Santos Reis, tocada pelo vento norte. Chuva de descer em enxurrada, mas rápida, e faiscante. Aliviou um pouco do calor. Para amanhã, a previsão de agora é de 10 milimetros, consultei.

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Mensagem N°78988
De: Marcos Antônio Ferreira, juiz de Direito e professor da Unimontes Data: Domingo 9/11/2014 16:35:22
Cidade: Montes Claros/MG

A ÉTICA, A DEMOCRACIA E OS NÚMEROS DAS ELEIÇÕES DA UNIMONTES

Marcos Antônio Ferreira (*)

Na última quinta-feira, dia 6 de novembro, 6.189 pessoas, entre professores, servidores e acadêmicos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), votaram nas eleições para Reitor e Vice-Reitor. Desse colégio eleitoral, 3.419 pessoas votaram no candidato Wagner Santiago, ou seja, 55,24% do total, proporcionando-lhe a vitória em números absolutos e proporcionais.
A Unimontes estava diante de três excelentes opções e possibilidades de Reitorado. A escolha das urnas aclamou o professor Wagner, que tem um perfil gestor construído ao longo de toda a sua história profissional. Associou-se a Vice-Reitora professora Silvia Nietsche, também majoritariamente votada, e um dos nomes mais ligados à pesquisa e à pós-graduação entre todo o valoroso quadro docente da nossa instituição. Esse “casamento” de perfis e propósitos foi calorosamente acolhido pela comunidade acadêmica.
Ressalte-se que a eleição da Unimontes apresenta um modelo questionado por muitos segmentos da Universidade, em função da sua desproporção no peso dos votos, em uma complicada matemática onde a parcela dos professores representa 70% de todo o processo e o voto dos servidores e alunos correspondem a 15% para cada categoria, totalizando 100% dos votos.
Esse cálculo considera o comparecimento dos eleitores às urnas. Neste pleito, o total de eleitores foi de 6.189 pessoas, sendo que após a aplicação dos pesos, o voto de cada professor foi multiplicado por 6, enquanto o voto de cada servidor foi multiplicado por 1,37 e o voto de cada aluno foi multiplicado por 0,19. Nessa complexa conta, os votos são convertidos em pontos. Também na pontuação, o professor Wagner Santiago seguiu sendo o mais votado e primeiro colocado da lista tríplice, com 3.525,08 pontos (39,61% do total), João Canela teve 3.173,48 pontos (35,66%), enquanto João Batista Silvério ficou com 2.201,11 pontos (24,73%).
O processo eleitoral foi permeado por discussões de alto nível propositivo. Todos os três candidatos, nas várias oportunidades de diálogo e debates com os eleitores, declararam categoricamente seu respeito aos princípios éticos e democráticos que devem reger o pleito acadêmico. Neste momento, a comunidade universitária tem convicção nas escolhas do governador Alberto Pinto Coelho, a quem cabe a prerrogativa de escolher, de acordo com a lista tríplice resultante do processo eletivo, o legítimo representante da Unimontes.
O professor Wagner Santiago foi o mais o votado em números absolutos ou proporcionais. A comunidade acadêmica espera que prevaleça a vontade das urnas, em conformidade com o desejo de mais da metade das pessoas que participaram deste processo, num total de 14 campi espalhados pelas regiões Norte e Noroeste de Minas e Vale do Jequitinhonha, representantes da magnitude e importância da Unimontes no Estado de Minas Gerais, seguindo-se a práxis adotada nos dois últimos pleitos dessa Universidade, onde a escolha do Governador recaiu sobre aquele que foi chancelado por seus pares.

(*) Juiz de Direito, Professor Universitário e Chefe do Departamento de Direito Público da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

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Mensagem N°78987
De: Ucho Ribeiro Data: Domingo 9/11/2014 13:20:24
Cidade: M. Claros

BAIXADA DA SANTA CASA

(3ª parte)

A encascalhada Rua Irmã Beata era usada como corredor de bois para o matadouro Otani. Ao ouvir o toque do berrante repicado amadrinhando a boiada e ao avistar de longe a poeira em nuvem levantada, todos corriam para dentro de suas casas. Das janelas, portas e varandas, a meninada arreliava o tropel esquentado, bufante, torcendo por um estouro ou por um desatino de uma vaca mais doida, que não raro saltava a mureta de uma casa e fazia um escarcéu no jardim. Passado o tumulto, a rua ficava toda esverdeada, salpicada de estrumes, que deixavam o rastro e um cheiro de curral.

Essa nem tão beata rua foi uma chocadeira de artistas. Dali saíram vários músicos e compositores.

Depois da casa de Baixote morava Dona Carlota(15), mãe de uma porção de gente, inclusive de Tadeu, artista polivalente, mambembe, circense, itinerante. Rodou o país como músico, teatrólogo, hippie, artesão e o escambau. Viveu e bebeu a vida como poucos. Sempre alegre e criativo. Seu irmão, Dirceu, foi-se novo. Outra das minhas primeiras sentidas mortes. Mas a figura que habita o melhor da minha lembrança é Vicença, uma velha empregada, que passou a vida na casa de Dona Carlota. Era compacta, cheia, rosto redondo, despachada, alegre e conversada. Entendia-se bem com os adultos e dava conta da vida da meninada inteira. Sabia dos malfeitos, das brigas, dos romances e de todos os fuxicos e intrigas, mas não entregava ninguém. Amigona da garotada, sempre alertava:
- Ó, soverte, sua mãe está atrás de você.
- Cuidado, Seu Cristóvão está sabendo que você passou bosta na chave do relógio da casa de Dona Piluxa.
- Os meninos já desceram para jogar bola.
- Fulaninha tá dando mole procê! Acoche!
Era o cupido da safadeza. Estimulava e dava guarita pras malinagens. Sabia de tudo, mas sempre de bico calado. Não entregava a criançada, que confiava nos seus conselhos e dicas.

A casa seguinte era a de Cori Gonzaga(16), a eterna criança. Desde pequeno já participava das molecagens dos mais velhos. Não era o artífice, mas cúmplice, sempre xereta. Cedo pendeu para música e para os atrativos da noite. Adolescente, percorreu o Brasil com o Grupo Raízes. No compor músicas belíssimas procurou inspiração em muitos venenos e volta e meia calcava o pé no coentro.

Uma vez, ao sair de casa à noite, deparei com Cori sentado sozinho no murinho. Triste.
- E aí, meu poeta, como vão as coisas?
- Ô, Ucho, eu não tô bom não. Cê acredita que eu esqueci o nome de mãe?
O jeito foi recomendá-lo ir para casa tomar um copo de leite e dormir. – Amanhã conversaremos, Cori.

Outra feita, num velório na Santa Casa, Cori, que morava ao lado, apareceu para ver quem era o defunto. Manso, chegou junto ao caixão e perguntou a um dos familiares: - Ô, Nem, o compade aí morreu de quê?
O parente, sentido, em voz baixa, respondeu: - Já estava doente há muito tempo.
Cori arrematou: - Ah, então já tava carunchado, né?

Casa cheia era a de Seu Juquita Queiroz(17). Fábrica de artistas e músicos. Tudo pedra noventa. Era gente que não acabava mais. Recordo do Seu Juquita sempre formal, bem vestido, educado, elegante. Cumprimentava todo mundo, levantava o chapéu para as senhoras e tinha trato até para as crianças. Canarista e amigo do meu avô Pacífico, que sempre remoía: Todo criador de canário da terra é gente boa e séria. Pode confiar.

Uma vez, Seu Juquita, ao chegar em casa, deparou com um menino em cima do muro contemplando o por do sol.
- O que você está fazendo aí em cima do muro, jovem?
O garoto pego de surpresa: - Ahn?
Seu Juquita, curioso, indagou de novo: O que você está fazendo aí em cima do muro?
O rapazinho respondeu, brandamente: - Tô de bobeera.
- De bobeira? Como assim?

À tarde, sempre passava um vendedor gritando: - Olha a paçoquinha! Olha a paçoquinha! E em certos dias, frisava: “Hoje tem! Hoje tem!” Os desinformados achavam que ele anunciava que quem comprasse sua mercadoria afrodisíaca ia ter uma caliente noite. Mas para os entendidos, avisava que naquele dia ele estava abastecido com outras especiarias mais alucinantes e contemplativas.

Existiam outros ambulantes vendedores de guloseimas para a molecada. Um era Mazzaropi, que de longe tocava sua corneta estridente avisando a chegada de sua deliciosa iguaria – “Olha o quebra queixo da Bahia, quem tem dinheiro compra, quem não tem espia..... Burlesca e ao mesmo tempo fúnebre era a doceira Pacífica, sempre de luto, vendendo pés de moleque, doces de leite, cocadas brancas e pretas. A dupla concorria com os vendedores de pirulitos em cones de rapadura derretida, envoltos em uma fina película de papel manteiga e encaixados nas dezenas de buraquinhos de uma tábua furadinha que ficava pendurada no pescoço do ambulante.

De noitinha, apareciam pipoqueiros na Praça da Santa Casa, com os amendoins achocolatados, os cocos caramelizados, os algodões doces coloridos e os tradicionais roletes de cana caiana. Mas o suprassumo das gostosuras era a bala de puxa das Irmãs do Imaculada. Na fissura de refrigerantes, bebida rara naquela época, saíamos de casa em casa atrás de garrafas e litros para trocarmos pelo guaraná da fábrica RC, que por um tempo funcionou na Rua Irmã Beata. Dividíamos a bebida, gole a gole, sem nojo ou higiene. Lá perto tinha também uma das delícias de Montes Claros, a paçoca de Dona Teresinha Vasconcellos(18), muito apreciada pelos adultos.

Doces não eram vigiados. Os adultos adoravam ver os pequenos comerem fartamente. Até incentivavam a comilança. Ninguém preocupava com obesidade e nunca vi criança fazer regime. A meninada era ativa, não ficava parada. As brincadeiras aconteciam na rua e despendiam muita energia. Íamos a pé ou de bicicleta por todo o canto da cidade. Brincávamos até o anoitecer e nossos pais desconheciam o nosso paradeiro. A patota era unida e havia regras que eram seguidas à risca, pois todos tinham o sentimento de pertença a baixada e se orgulhavam de ser da turma.

Continua...

NOTAS:

(15) D. Carlota, mãe de Tadeu, Dirceu, da grande mestra Edméia, de Dilma (namorada de Beto Viriato), Fredo, Frido, Lindéia e Dílson. E a empregada Vicença.
(16) D. Clarice, viúva de Antônio Gonzaga, pais de Cori, Antonina, Sandra e Artur.
(17) Seu Juquita Queiroz e D. Lia, pais de Ruy Bongô, Dino, Marcos (Juquitão), Juquitinha (Nuné), Rosa, Amália, Marly, Olívia, Suzana e Silvia.
(18) D. Teresinha Vasconcellos, mãe de Cláudia, Sônia, Tina, Juliana e Leonardo.
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