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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: 07/12/09 - 9h18 - O dia em que o ministro Francisco Sá voltou, no ´Packard último tipo, com três velocidades´, para rever a mataria da casa onde nasceu, no Brejo de Santo André Ainda não aprendemos a tomar conta da hossa história. Lembro disso, agora que a família (mais que a cidade) comemora os 100 anos do doutor Hermes de Paula, o maior guardião da nossa história. A notícia acima, da vinda do ministro Francisco Sá para rever sua casa natal na zona rural do município que hoje ostenta o seu nome, serve para mostrar como somos muito descuidadosos com as nossas origens. Soube, por amigo confiável, que nada mais resta da mataria que um dia existiu guardando a casa do ministro montesclarense. Até a casa desapareceu, ruiu. E a fazenda está à venda, para quem pagar mais. Nada, no local, lembra que ali nasceu este ex-deputado brasileiro às Cortes de Portugal, exímio orador, representante de um tempo em que política tinha vergonha na cara, não roubava descaradamente, não se envolvia em arruaças pelas rua, não prosperava misteriosamente, da noite para o dia. O ministro Francisco Sá, o nome desse montesclarense (pois o Brejo das Almas então pertencia ao município de Montes Claros) hoje empolga uma das principais avenidas de Fortaleza, capital do Ceará. Foi lá que ele fez vida política, depois de casar-se com a filha do governador local. Foi influente prócer na República Velha e os almanaques guardam os seus discursos, cheios de sabedoria e de verve. Não faz tempo, li menção da presença de sua filha no leito de morte da madre Honorina de Abreu, carmelitana, filha de Capistrano de Abreu e maior nome da vida mística brasileira. No entanto, o nome deste homem que trouxe os trilhos da Central do Brasil ao N. de Minas é citado como vago patrono de uma cidade que cedeu sua bela denominação poética - Brejo das Almas - para reverenciar o valor mais alto que ali rebrotou. E vem sendo esquecido. Nenhum povo avança para o futuro se não souber de onde veio. É velha lição.

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