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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: POLUIÇÃO SONORA José Prates A notícia publicada no MURAL sobre a criação de uma patrulha do silêncio, percorrendo a cidade e acabando com o barulho que prejudica a muita gente, noticia um ato acertado da municipalidade que ouviu e atendeu ao clamor dos habitantes contra a insensatez de poucos, na promoção de shows barulhentos fora de hora e em lugares impróprios. Mas, pensando bem, é possível que o Sr, Prefeito tomando conhecimento de que o nosso Brasil está classificado pela ONU como país do primeiro mundo, não queira admitir a sociedade montesclarense vivendo nas condições e sistema terceiiromundista, vez que Montes Claros é líder com larga influência na região norte do Estado, segundo em importância no país.. Essa patrulha pode ser o primeiro passo para inclusão da cidade na maneira civilizada de viver em sociedade, respeitando os direitos de cada um e, sobretudo obediência às leis vigentes. O que nos dá a certeza das boas intenções do prefeito é que “a Patrulha do Silêncio não vai somente fiscalizar e multar os que teimarem em promoverem shows barulhentos, mas, tem também o objetivo de educar os moradores”. Segundo a notícia, “todas as empresas foram comunicadas, para antecipar os horários dos eventos, Os bares da cidade foram fiscalizados e notificados, além das lojas que colocam equipamentos de som nas calçadas”. Ainda, segundo a noticia, houve queda no índice de poluição sonora na cidade o que mostra a eficácia da medida.. O fato é alviçareiro e mostra o interesse das autoridades em atender aos reclamos da população prejudicada. Não digo que isto esteja acontecendo porque é véspera de ano eleitoral. Prefiro encontrar na ação do Prefeito, o interesse na proteção ao descanso do munícipe trabalhador, perturbado pelo barulho dos shows noturnos em locais inadequados. Prefiro imaginar um ato administrativo de bom senso, do que simplesmente eleitoreiro. Entretanto, seja lá o que for, não deve limitar-se à proibição com aplicação de multas aos infratores. Sabemos que tal é necessária como punição pela transgressão das leis, mas, a isto a ação das autoridades não se deve limitar. O mais importante é promover debates, palestras, até mesmo publicidade, que venham conscientizar o habitante a não permitir a poluição sonora que prejudica o meio ambiente e fere o sagrado direito do cidadão ao repouso noturno, depois de um dia de labuta. Talvez a conscientização dos efeitos prejudiciais da ação poluidora do meio ambiente seja mais importante e eficiente que a punição propriamente dita. De qualquer maneira, a iniciativa foi tomada e as providencias estão a caminho ou já chegaram e isto nos coloca no dever de agradecer e elogiar a ação do governo municipal nesse particular, da mesma maneira que criticamos e apontamos falhas na condução das autoridades frente ao sério problema de poluição sonora que incomodava a todo mundo, numa cidade cujas autoridades demonstravam-se alheias às leis. O que agora nos é apresentado de maneira eloqüente, pode, inclusive, servir de exemplo e incentivo para outros municípios onde ocorra o mesmo problema Por outro lado, o que se nos apresenta de maneira clara e, obviamente, nos deixa contentes, são dois fatores que contribuíram de maneira extraordinária na decisão das autoridades em acabar com a poluição sonora: primeiro, a insatisfação geral; segundo o poder de penetração deste Mural que se transformou em voz do povo, publicando as mensagens recebidas e levando o clamor popular além das fronteiras do município, do Estado e do País. Baseado na Declaração dos Direitos Humanos, este jornal chamou atenção dos governantes para o dever governamental de proteção à população agredida pelo som alem do normal permitido, ferindo os princípios estabelecidos nessa Declaração, subscrita por todos os países deste mundo. Não digo que a insistência das mensagens e a contundência das crônicas levaram, mas, com certeza, induziram o Sr. Prefeito às medidas agora adotadas que certeza darão um fim, ou pelo menos diminuirá em muito a poluição sonora com seria agressão ao meio ambiente. . (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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